Naruto - My Chance at Love (Itachi) After Story escrita por Mirytie


Capítulo 3
Capítulo 3- O Sonho


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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–Acham que por terem a vossa mãe na aldeia muda alguma coisa? - perguntou um dos alunos, no intervalo entre aulas a Takero - Vocês continuam a ser os mesmos excluídos que só sabem arranjar problemas. Uchihas!

–A vossa mãe também não é melhor. - continuou uma rapariga - Foragida do seu próprio País e, mesmo do pai morrer, não volta para lá.

–A sério? - perguntou o rapaz, abanando a cabeça em desaprovação - Dizem que não podemos escolher os próprios pais, mas isso é azar demais, certo Misaka?

–Não lhe dirijas a palavra! - exclamou Takero, pondo-se em frente à irmã - Deixem-nos em paz!

–Dizem que nós arranjamos problemas, mas são vocês que começam, em primeiro lugar. - disse Misaka, ainda atrás do irmãos - Porque é que estão sempre a incomodar-nos?

–Porque a vossa "raça" desgraçou Konoha. - disse o rapaz, enfurecendo Takero - O nome da nossa Vila ficou manchado por causa do vosso irmão e do vosso tio. E vocês vêm como se pertencessem aqui? Vieram acabar o trabalho do vosso pai e do vosso tio!? Se não fosse o sétimo Hokage, a nossa vila ainda seria mal vista pelas outras! Porque é que não desaparecem!?

–O que é que se passa aqui?

Ao ouvirem uma voz atrás deles, os alunos viraram-se e viram Hinata com Himawari ao colo, a dormir.

–Senhora Hyuga! - cumprimentaram os alunos, mudando imediatamente de comportamento - O que é que está aqui a fazer?

–Vou a caminho de buscar o Boruto. - respondeu Hinata - O Takero e a Misaka estão com problemas?

–Não. - disse o rapaz, afastando-se imediatamente, juntamente com o resto do grupo - Foi bom vê-la, senhora Hyuga.

Quando eles afastaram-se, Hinata entrou no pátio da escola, sentou-se e suspirou.

–Posso falar um pouco convosco? - pediu Hinata, olhando para Takero e Hinata. Quando eles se aproximaram, Hinata suspirou outra vez e colocou Himawari nos seus braços - Eles estavam a assediá-los outra vez, não estavam?

–Não é nada com que se tenha de preocupar, senhora Hyuga. - disse Takero - Nós já estamos habituados.

–Não se deviam habituar. - disse Hinata - Se deixarem que eles se habituem a maltratar o nome "Uchiha", a Sarada também vai sofrer quando chegar à vossa idade.

–Não é a nossa intenção. - disse Misaka.

–Eu sei que não é e já disse isso ao meu marido, mas vocês acabam sempre por arranjar problemas. - disse Hinata - Em Konoha...não. Não só em Konoha. Por todo o mundo, os nomes "Hyuga" e "Uchiha" são respeitados, independentemente do que aconteça. Seja por medo ou por qualquer outra razão, os nossos clãs são respeitados por causa disto. - ela apontou para o seu próprio olho - Claro que existem muitos mais poderosos do que nós. Um exemplo seria o Nagato. Mas as outras vilas olham sempre para nós.

–Mas...

–Sim, vocês tiveram um pouco de azar. - concordou Hinata, sabendo o que Takero ia dizer– Mas o vosso pai foi o Uchiha mais forte que alguma vez existiu no vosso clã.

–Isso é mentira. - contestou Misaka - O nosso tio conseguiu matar o nosso pai e o Obito, também era um Uchiha, certo?

–Há várias razões para o vosso pai ter morrido nas mãos do vosso tio. Terão de perguntar isso à vossa mãe e o Obito ficou mais poderoso porque roubou poderes a outros. - explicou Hinata - Mas o vosso pai era, sem dúvida o Uchiha mais poderoso...tal como o meu primo era o prodígio dos Hyuga.

–Onde é que quer chegar, senhora Hyuga? - perguntou Takero.

–Vocês têm de proteger o vosso nome. O nome do vosso clã. Têm de fazer com que ele volte a ser respeitado e não desprezado. - disse Hinata, levantando-se - Em vez de se focarem nas traições, tragam de volta o orgulho que sentiram enquanto a vossa mãe vos contava como o vosso pai foi um herói e partilhem-no como se não houvesse um amanhã. Apesar de não ser bom acharem que estão acima dos outros clãs, não devem ser rebaixados por eles. Isso sim, dará uma má imagem à Aldeia.

Hinata levantou-se quando ouviu o toque para entrarem.

–Bem, vocês têm de ir. O Boruto deve estar a sair e fica chateado se eu não estiver lá a horas. - disse Hinata, ajeitando Himawari outra vez para apontar outra vez para o olho - Espero que tenham percebido.

Quando Hinta foi embora, Misaka olhou para o irmão.

–A senhora Hyuga é mais estranha do que eu pensava. - disse ela - Percebeste alguma coisa do que ela disse?

Takero virou-se para a irmã e apontou para o seu olho, com o sharingan.

–Temos de proteger o nome do clã. - disse Takero - Não só o nome do nosso pai nem da nossa mãe. O nosso principal objetivo a partir de agora é trazer o nome "Uchiha" de volta à sua glória.

–E descobrir como é que o tio conseguiu matar o pai. - murmurou Misaka.

A mãe nunca lhes tinha contado essa parte. Se calhar não sabia ou se calhar tinha vergonha de contar. Mas as únicas coisas que partilhava com eles eram como o pai a tinha ajudado e salvado várias vezes durante a sua estadia na Akatsuki e como ele tinha ajudado a salvar o mundo, mesmo depois de morrer. Nunca tinha contado como é que ele tinha morrido.

A doença teria tido alguma parte no acontecimento? Ou o tio era simplesmente mais forte?

...

Juntando toda a coragem que tinha, Misaka perguntou à mãe, à hora do jantar, como e porque é que o pai tinha morrido, se era assim tão forte. Quando viu a cara da mãe, arrependeu-se imediatamente de ter perguntado.

Apesar de ter lágrimas a quererem sair, Maiko sorriu quando a filha lhe perguntou aquilo.

–Até os mais fortes caem. - disse Maiko - E o vosso pai...apesar de ser forte...foi o que ele quis.

–Ele quis? - perguntou Misaka, confusa - Ele quis morrer?

–Misaka! - repreendeu Takero, quando viu o lábio inferior da mãe a começar a tremer - Já chega!

–Vocês devem lembrar-se do que ele fez para ajudar a Aldeia. Não da sua morte. - disse Maiko, com a voz trémula - Eu não me estou a sentir muito bem. Vou para a cama mais cedo. Acabem de comer sem mim.

Quando a mãe saiu da mesa Takero olhou para a irmã com um olhar reprovador e abanou a cabeça.

–Tinhas mesmo de trazer esse assunto? - perguntou Takero - Já sabes como é que a mãe fica.

Misaka baixou os olhos quando ouviu a mãe a fechar a porta do quarto.

...

–Porque é que não lhes contaste? Tu sabes como é que eu morri.

Tal como em muitas noites, Maiko sonhava que Itachi estava mesmo à frente dela, a terem uma simples conversa, como se ele estivesse vivo.

–Achas que lhes devia ter dito? - perguntou Maiko, olhando para Itachi com um sorriso na cara - Se lhes contasse, eles odiariam o tio ainda mais.

–O Sasuke não teve culpa nenhuma. - disse Itachi - Porque é que estás a sorrir?

–Já não sonhava contigo há algum tempo. - disse Maiko, quando uma lágrima deslizou pelo seu rosto abaixo - É bom ver-te. Gostava de poder tocar-te, abraçar-te...mas tu és só um sonho. Mesmo que eu te abraça-se, não seria real.

Itachi aproximou-se e abraçou-a.

–Quem disse que eu sou só um sonho? - murmurou Itachi - Maiko, já devias saber que eu não te ia deixar tão facilmente.

–Tu és só um sonho. - disse Maiko, encostando a cabeça ao ombro dele - É porque sinto a tua falta todos os dias da minha vida que sonho contigo. Não há nada mais. Não és nada mais do que a minha imaginação.

Itachi afastou-se e limpou as lágrimas dela.

–Dizes sempre isso, quando me vez. - disse Itachi, rindo-se um bocado - Estou a começar a sentir-me um bocado triste.

–O que é que eu posso fazer pela Misaka e pela Sarada? - perguntou Maiko, mesmo sabendo que aquilo era só um sonho - Eles também estão doentes.

–Eu sei. - disse Itachi.

–Claro que sabes. - disse Maiko, sorrindo - Estás na minha cabeça.

–Lembras-te do sitio onde te deixei quando o Nagato me mandou para te matar? - perguntou Itachi.

–Aquele esconderijo por baixo da tua casa? - perguntou Maiko, vendo Itachi anuir com a cabeça.

–Vai até lá. - pediu Itachi - Se houver alguma cura, vai estar lá. Tu és esperta...mas não o suficiente para te aperceberes que eu não sou um sonho.

Maiko riu-se e aproveitou o sonho para continuar a conversar com Itachi.

...

Preocupados com a mãe, Takero e Misaka foram até ao quarto dela. Apesar de ter lágrimas nos olhos, Maiko estava a sorrir.

Misaka aproximou-se para limpar as lágrimas da cara da mãe mas parou no último minuto.

–O que é que se passa? - perguntou Takero, aproximando-se também.

–Ela tem uma barreira a protegê-la. - respondeu Misaka, quando o irmão parou ao lado dela - Parece um jutsu.

Takero esticou o braço e ficou a milímetros de tocar na barreira.

–É um genjutsu. - disse Takero, chocado - Parecido com o que protege a cabana que o pai construiu para a mãe.

–Mas a mãe não consegue fazer nenhum tipo de jutsu. - disse Misaka, olhando para o irmão - Muito menos um genjutsu ao nível do pai.

–Então, o que é que se passa aqui? - perguntou Takero, dando um passo em frente - Podemos tocar na barreira.

–E entrar no genjutsu só para ver quem é que está por detrás dele? - perguntou Misaka - Estás maluco? Podemos nunca mais acordar!

–Fala baixo. - pediu Takero, afastando-se - Está bem. Então, amanhã perguntamos à mãe de ela não consegue mesmo fazer jutsus.

Maiko anuiu com a cabeça e olhou uma última vez para trás, antes de sair do quarto.

–Pai?

–O que é que disseste? - perguntou Takero.

–Nada. - respondeu Misaka.

Era um total disparate...pensar que era o pai que estava a fazer aquilo.

...

–Nenhum. De nenhum tipo. - respondeu Maiko, quando Maiko perguntou se ela não conseguia mesmo fazer nenhum jutsu - Porque é que perguntam?

–Ah...nada. - disse Misaka, pegando na mochila - Temos de ir indo para a escola.

Sem acabar de comer, Misaka puxou Takero para fora da casa e só parou quando saíram do território Uchiha.

–Ela não consegue. - disse Misaka, preocupada - Mas, se ela não consegue, quem é que lhe está a fazer aquilo?

–Não devias estar tão preocupada. - disse Takero, começando a andar - Ela pode estar a fazê-lo inconscientemente. Também não há razão para lhe dizeres, percebeste?

O irmão tinha-lhe dito para não se preocupar mas, à primeira oportunidade, Misaka esgueirou-se e foi falar com o Hokage.

–Genjutsus? - perguntou Naruto.

–Sim. - respondeu Misaka - Mais especificamente, barreiras. Há alguma hipótese de ser efetuada sem chacra?

–Não. - respondeu Naruto, imediatamente - O clã Uchiha é conhecido, não só pelos seus movimentos, mas também pela quantidade de chacra que usam quando usam algum jutsu. Seja genjutsu ou não.

–Mas a minha mãe... - murmurou Misaka - Eu vi uma barreira à volta dela ontem há noite.

–Da Maiko-san? - perguntou Naruto, surpreendido - Mas ela não consegue usar jutsus.

–Era uma barreira parecida com as que o meu pai fazia. - adicionou Misaka.

Naruto pensou durante alguns segundos.

–Sabes, há uns anos atrás, descobri que os meus pais usaram um pouco de chacra antes de morrerem para ficarem dentro de mim, por assim dizer. - disse Naruto, levando uma mão ao peito - Só um pouco. Para conseguirem falar comigo quando eu crescesse. Então é possível que o Itachi também tenha deixado algum dentro da tua mãe.

Um pouco confusa, Misaka inclinou a cabeça.

–Chacra dentro dela?

–O Itachi aparentava ser frio, apesar de nunca ter chegado a conhecê-lo, muito bem. - disse Naruto - Para ele se apaixonar de tal maneira pela tua mãe, deve ter sido arrebatador para ele. Principalmente porque ele sabia...ah! Nada! Mas acho que ele não se quis separar dela, então.

–Então, quando a minha mãe pensa que está a sonhar com ele...está mesmo a falar com ele? - perguntou Misaka.

Naruto anuiu com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

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