Naruto - My Chance at Love (Itachi) After Story escrita por Mirytie


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Doença


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Depois da aparição da mãe na escola, os estudantes pararam de os assedear…agora limitavam-se a ignorá-los e a falar atrás das costas deles, tal como faziam antes.

– Hoje vamos portarmo-nos todos bem, não vamos? – perguntou a professora de educação física – Ninguém vai ter de ir falar com a directora?

Um “não” plural veio em resposta e fez a professora sorrir.

– Bem, então podem começar a correr para aquecer. – disse a professora, batendo palmas – Toca a andar!

Enquanto os alunos começavam a correr, a professora sentou-se e suspirou. Tinha ouvido que a mãe dos gémeos tinha decidido ficar na aldeia até os filhos acabarem a escola, por isso esperava não ter mais problemas vindos deles os dois.

Quando um aluno tropeçou nos próprios pés e caiu ela levantou-se imediatamente. Quando andavam na escola ninja, aprendiam a saltar de árvore mas, ali, nem sabiam correr.

O rapaz veio ter com ele, a queixar-se, com o joelho a sangrar.

– Muito bem, quem é que quer ir com ele à enfermaria? – perguntou a professora, vendo-os a começar a sussurrar – O que é que se passa?

– Porque é que temos de ir à enfermaria? – perguntou uma das aluna – A Misaka podia curá-lo num segundo e ele podia voltar a correr no outro.

– A escola de ninjas terminou no ano passado. – disse Takero, pondo-se em frente à irmã – Que eu saiba, é proibido usar qualquer tipo de jutsu nesta escola.

– Ele tem razão. – intervieu a professora – Agora, já para a enfermaria.

A olhar de lado para os gémeos, o rapaz foi acompanhado por uma rapariga e os outros começaram a correr.

– Vou passar os três anos assim? – perguntou a professora, antes dos gémeos irem.

– Eles é que nos põem de parte. – respondeu Takero, antes de começar a correr também.

Misaka limitou-se a fazer uma vénia antes de seguir o irmão.

A professora suspirou e voltou a sentar-se. Para aqueles que escolhiam a escola ninja para os primeiros anos de ensino, aquela era a oportunidade para conhecer a maioria que não tinha feito essa escolha.

Misaka e Takero já tinham entrado na escola 4 anos atrasados e, mesmo assim acabado com excelência. Depois tinham ido para uma turma onde ninguém a não ser os dois tinham escolhido formar-se na escola ninja.

Queria sinceramente que eles fizessem amigos, mas eles eram anti-sociais e, dentro da turma, só os viam como dois ninjas perigosos, filhos de um Akatsuki. Francamente, ela própria ficava um pouco nervosa quando falava com eles, mas não por causa deles. A família Utchia era uma família muito influente em Konoha e a mãe deles mandava num país inteiro e tinha ligações pessoais com o Kazekage e a familia dele.

Quando estava na altura de dar notas, tinha de admitir que a sua caneta tremia quando estava a escrever a deles.

Maiko passou pela escola dos filhos, parou por alguns segundos e continuou a andar. Eles só saíam dali a um par de horas. Tinha prometido a Sasuke e Sakura ir buscar Salad enquanto eles preparavam a festa surpresa de aniversário dela.

Quando a viu ao longe sorriu e a sobrinha sorriu-lhe de volta. Quando Maiko viu o joelho da sobrinha, obrigou-a a sentar-se num banco. Estava esfarrapado e vermelho.

– Pensava que usavam jutsus na escola ninja. – disse Maiko, olhando para o joelho da sobrinha – Porque é que não te curaram?

– A professora queria. – explicou Salad – Mas uma amiga minha quer tornar-se curandeira e eu deixei que ela me curasse.

Maiko levantou a perna de Salad com um sorriso e começou a curá-la. Para uma ferida daquelas, um ou dois segundos devia chegar.

– Ouvi dizer que não tens muitos amigos. – disse Maiko, achando um bocado estranho, sentir que Salad ainda não estava curada – Será que essa amiga não és tu?

– Bem…a minha mãe consegue curar, você é uma curandeira natural… - confessou Salad – Não queria desapontar ninguém.

– Não estás a desapontar ninguém. Pelo contrário. – Maiko começou a ficar cansada, quase como quando curava o…. – Salad!

Salad retirou imediatamente a perna da mão da tia e olhou para ela. – Por favor, não diga nada aos meus pais!

– Há quanto tempo é que já sabes? – perguntou Maiko, ajudando a sobrinha a levantar-se.

– Quando soube que o meu irmão tinha morrido de uma doença genética, fiz um teste para ver se também a tinha. – Salad suspirou – O meu pai culpa-se pela morte do meu irmão mais velho. Não quero que ele descubra até ter de descobrir.

Maiko olhou para ela com pena e começaram a andar lentamente.

– Tens de vir a minha casa. – disse Maiko – Acho que ainda tenho alguns medicamentos que o Itachi-san tomava.

Salad anuiu com a cabeça e seguiu a tia.

– Eu li livros. Esta doença até é bastante comum no clã Uchiha. – disse Salad – No entanto, quando ainda haviam curandeiros Uchiha, estes faziam uma espécie de ritual nas mães grávidas para que os bebés não nascessem com a doença. Infelizmente, o ritual morreu com os curandeiros.

– E eles não deixaram escrito em lado nenhum? – perguntou Maiko, com pena de Salad.

– A Aldeia já foi destruída tantas vezes que, mesmo se restasse alguma coisa, seria incompreensivel. – disse Salad – A minha teoria é que, o primo Takero e a prima Misaka não têm essa doença por causa do seu sangue.

– Se chegar ao ponto em que os medicamentos parem de fazer efeito… – Maiko abriu a porta da casa dela, para Salad entrar – Eu darei a minha vida por ti, de boa vontade.

– O que é que quer dizer com isso? – perguntou Salad, enquanto Maiko mexia nas suas coisas.

– Mesmo sendo como sou, se tentar curar-te, acabo morta. – explicou Maiko, escolhendo uma mistura de comprimidos – No entanto, estaria a dar-te mais alguns anos de vida.

– Nunca permetiria que fizesse isso! – exclamou Salad – O Takero e a Misaka nunca me perdoariam! Eu nunca me perdoaria!

Maiko aproximou-se de Salad e mostrou-lhe uma combinação de comprimidos coloridos.

– O Itachi-san tomava estes todas as semanas. – disse Maiko, entregando-os a Salad – Os teus pais não precisam de saber. Basta vires a minha casa uma vez por semana. Infelizmente, estes comprimidos são raros e eu já não tenho muitos.

– Não faz mal. – Salad engoliu-os e sorriu – Isto é o suficiente.

– Não, não é. Eu vou tentar descubrir uma maneira de te curar. – disse Maiko, pousando uma mão no ombro de Salad – Mas eu tenho de perguntar. Se na altura eles faziam os rituais, porque é que o Itachi-san tinha a doença?

– Não tenho bem a certeza. – respondeu Salad – Mas havia um período de tempo para fazer o ritual. Se fizessem antes ou depois não resultava e o bebé não ficava protegido. No entanto, se o tio tivesse dito que estava doente, o ritual ainda poderia ter sucesso…apesar de ser menos provável.

– Estou a ver. – murmurou Maiko, agora triste – Mas quando ele descobriu, o clã Uchiha já estava morto.

– Uma vez que o clã Uchiha está a renascer. – começou Salad, com um sorriso – Talvez devessemos mesmo procurar uma cura.

– Sim. – concordou Maiko, sorrindo também.

Felizmente, Takero não tinha a doença, em parte por causa do sangue da mãe, como Salad tinha mencionada. Infelizmente, o sangue Uchiha tinha predominado em Misaka e ela tinha contraído a doença. O seu corpo estava em constante cura ou “auto-cura” como o pai diria se fosse vivo.

Takero era o único que sabia disso e era por isso que protegia tanto a irmã. Não sabia o que lhe podia acontecer se tivesse de curar alguém. Mesmo que fosse uma ferida pequena. Sabia que a irmã ia para a cama exausta e acordava ainda mais cansada. Takero queria desesperadamente fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Tinha ouvido breves histórias que a mãe contova de como o pai controlava a doença com um elixir de comprimidos variados.

Por isso, quando chegou a casa, começou a mexer nas coisas da mãe, já que esta tinha ido entregar Salad aos tios.

– Não é preciso, Takero. – disse Misaka, olhando em volta – Não sabes quando é que a mãe vai voltar.

– Eu vejo-te todos os dias, Misaka. – disse Takero, sorrindo quando encontrou os comprimidos – Quanto tempo é que achas que o teu poder de cura vai durar. Tens de admitir que o teu poder como curandeira não é tão bom como o da mãe.

– Então porque é que não dizemos simplesmente à mãe? – perguntou Misaka, vendo o irmão a tentar descubrir que comprimidos é que devia dar à irmã – Talvez ela possa ajudar…

– Ajudar.

Takero deixou cair os comprimidos quando ouviu a voz da mãe.

– Algum de vocês tem a doença? – perguntou Maiko, olhando para os dois – Takero?

– Eu tenho. – respondeu Misaka, surpreendendo a mãe – O Takero só estava a tentar ajudar. Pedimos desculpa.

– Não pedimos desculpa! – exclamou Takero, dando um passo em frente – Olhe bem para a cara dela, mãe! Ela precisa dos comprimidos!

– Ela não precisa dos comprimidos. Ela tem o poder de cura. – disse Maiko, calmamente – A Salad precisa dos comprimidos.

– O quê!? – perguntaram os dois ao mesmo tempo.

– A vossa prima tem a doença mas não tem o poder de cura. – disse Maiko – Eu vou arranjar uma cura permanente mas, até lá, por favor, Misaka, aguenta mais um pouco.

Antes de Takero ter tempo para protestar, Maiko avançou e abraçou Misaka.

– Mãe. – murmurou Misaka, quando sentiu o poder de cura da mãe.

– Até lá, eu vou ajudar-te. – murmurou Maiko, começando a perder a consciência – Para não sofreres como ele…

Maiko acordou e, por alguns momentos, pensou estar de novo no seu quarto no esconderijo da Akatsuki. Só se apercebeu onde estava quando ouviu o filho.

– Está bem, mãe? – perguntou Takero, preocupado, ajoelhado ao lado da cama da mãe – Quando desmaiou, não sabia o que devia fazer.

– Não precisas de fazer nada. A minha auto-cura trata de tudo – disse Maiko, ainda fraca – Como é que está a tua irmã?

– Muito melhor. – respondeu Takero – Aquilo sobre a Salad, é verdade?

– É. Mas não podem dizer nada aos vossos tios. – Maiko riu-se e sentou-se na cama, lentamente – Eu pensei mesmo que nenhum de vocês teria a doença, mas parece que falhei.

– A culpa não é sua de eu ter a doença! – exclamou Misaka, com as lágrimas nos olhos, quando entrou no quarto – E muito menos do pai! A culpa não é de ninguém!

Maiko suspirou. – Vamos encontrar uma cura juntos. Entretanto, Misaka, eu vou ajudar-te. Mas não podes usar nenhum tipo de jutsu.

Misaka sorriu e anuiu com a cabeça. Mas não podia deixar que a mãe se matasse por ela e também não podia deixar que o irmão continuasse a protegê-la.

Eles os dois eram currentemente os ninjas mais poderosos da geração deles. Se alguma coisa acontecesse, ela não hesitaria em usar jutsus.

Aliás, nem imaginava como é que a mãe tinha conseguido derrotar o tio numa luta sem usar qualquer tipo de jutsus.


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Notas finais do capítulo

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