Jesus amado! Como aquele homem falava!

Para um bandido mega procurado ele bem que agia como alguém que tinha todo o tempo do mundo. Darcy tinha a impressão que se uma tal de Lizzie não tivesse aparecido la com cara de brava e exigindo falar com Red, ela ainda estaria papeando.

Não que fosse ruim, porque o serviço era impressionante, a vista linda e, quem quer que estivesse preparando os coquetéis, era um gênio!

Ela ficou até meio chateada de ter que ir embora, mas tinha uma avião esperando para leva-la a Marrakesh na vã esperança de que as pessoas que ela estava procurando ainda estivessem por la.

Darcy queria saber de onde o povo da SHIELD/Vingadores conhecia tanta gente de caráter duvidoso. E Phil ainda tinha coragem de reclamar que ela mentira sobre a própria família.

A mulher caminhou pelo mercado da cidade, morrendo de medo de tomar um tiro e sabendo que era uma possibilidade bem real. O novo amigo era do tipo que matava e não se preocupava com perguntas.

Ela ia exigir um aumento, isso sim.

Finalmente, depois de vinte minutos andando, finalmente avistou quem procurava. Não era o cara, era a menina, o que na verdade era positivo. Ela estava sentada sozinha numa mesa de café, um lenço escondendo seus cabelos.

—Seja o que Thor quiser... –Darcy respirou fundo, antes de abrir um mapa e se aproximar –Licença, você sabe como eu chegou no McDonald’s? –ela perguntou jogando-se na cadeira ao lado da garota e colocando o mapa de um jeito que tapasse o rosto das duas.

Katia quase pulou de sua cadeira e sua mão foi automaticamente para sua arma.

—Calma la, Katia, colega. –Darcy revirou os olhos –Desculpa pelo mapa. Eu só não quero que seu irmão louco atire em mim antes de eu conseguir falar com vocês dois.

—Quem é você? –Katia exigiu.

—Darcy Lewis, muito prazer. Eu trabalho para a SHIELD.

Katia abriu a boca para responder, então os olhos dela foram parar no homem que se aproximava da mesa.

Hum... Ele até era bonitinho, num jeito bem assustador.

—Senta ai, quarenta. –Darcy chamou, abaixando o mapa –Vamos tomar um café e conversar.

—Quem é você? –ele exigiu, a mão dentro do paletó.

—Mas de novo isso? –ela suspirou –Darcy Lewis, da SHIELD. O Soldado Invernal me falou para te procurar.

Ele arqueou uma sobrancelha.

—Eu ouvi que ele tinha se livrado de seu condicionamento. –foi a resposta.

—Sim, e agora ele atende por Bucky e sorri muito. Você deveria tentar.

A sobrancelha continuou arqueada.

—Ele nunca sorri? –ela perguntou para Katia.

—Não que eu ja tenha visto. –ela respondeu com cuidado –O que você quer exatamente?

—Que sejamos amigos, obviamente. –Darcy falou –Bucky disse que você anda fazendo uma limpa muito interessante no mundo.

—Eu sou um assassino de aluguel. -47 lembrou de forma seca.

—Bom, sim. –Darcy cedeu –Mas você é tão vítima de condicionamento como Bucky foi. E como ele, você se libertou da agência que te mantinha nesse ciclo vicioso e agora você luta contra isso. –ela deu de ombros –Eu acho que você merece um voto de confiança e meu chefe também.

—Eu não quer ser um agente para a SHIELD.

—Você reconsideraria se visse nosso plano médico. –Darcy brincou.

Ele não parecia nada impressionado.

—Sério, amigo. Aprenda a sorrir. –ela revirou os olhos.

47 puxou uma cadeira e sentou-se.

—Eu ainda não entendi o que você quer. –ele falou por fim.

—Que você saiba que, precisando tamos ai. –ela informou –E saber se, caso a gente precise, se você ta ai também.

Katia parecia estar tentando conter um sorriso.

—Eu vou pensar. –foi a resposta dele.

—Justo. –ela falou porque sabia desistir quando era hora –Eu vou escrever meu numero num guardanapo porque sei que vocês não vão confiar num cartão mesmo.

Ele arqueou a bendita sobrancelha de novo.

—Você é realmente uma agente. –falou levemente surpreso –Eu estava começando a duvidar.

—Obrigada, eu acho. –ela balançou a cabeça –Posso fazer cosquinha em você pra ver se você ri?

Katia, que tinha dado um gole em seu café, engasgou.

—Você quer tomar um tiro? –ele perguntou.

—Nossa, povo mal humorado, não da nem pra brincar...