Beijo Doce escrita por Machene


Capítulo 2
O Segredo das Fadas




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Cap. 2

O Segredo Das Fadas

§Flash Back on§

No teto, há um belíssimo cenário, pintado em branco e azul, que ninguém notara antes: em frente a um arco de pedra, uma bela jovem com cabelos lisos, que vão até sua cintura, e um vestido de saia rasgada abraça a fronte de um dragão, cujo chifre no lugar do nariz e as escamas se assemelham ao cerco de raízes espinhosas no qual estão. Eles se olham com tristeza, embora o animal mantenha um sorriso melancólico.

Vitalina voa para cima e toca o rosto da donzela pintada, igualmente deprimida.

— Esta era minha irmã. – ela pausa para tentar sorrir, suspirando antes de continuar – O nome dela era Vivienne. Nós morávamos juntas na Ilha Tenrou.

§Flash Back off§

— “Ilha Tenrou”?! – os outros repetem surpresos.

— Sim. Eu tenho certeza de que já sabem sobre a Ilha Tenrou ter sido o único lugar onde alguém já havia visto fadas. Sua primeira mestra já deve ter mencionado isto.

— Não tivemos muito tempo pra conversar. Sabe, aconteceram muitas coisas desde que o espírito dela apareceu, então... – Lucy olha de soslaio para Natsu.

— Ah, desculpe por termos destruído a ilha! – o Salamandra ri com a mão na nuca.

— Não faz mal. As fadas não viviam mais naquele lugar mesmo.

— O que aconteceu na Ilha Tenrou antes de chegarmos lá? – Juvia questiona.

— Bem... – Vitalina suspira novamente – Eu não cheguei a conhecer a sua mestra, então a única história que posso contar a vocês é a minha. Sabem, quando minha irmã e eu éramos crianças, aquela ilha era nosso refúgio, um verdadeiro Refúgio das Fadas; e Vivienne, sendo a mais velha de nós duas, tomava conta de mim. Os nossos pais eram, e ainda são, conselheiros da realeza, e eles passam muito tempo fora de casa, orientando os quatro ministros que coordenam as outras fadas com os afazeres das estações.

— “Afazeres”? – Jellal repete pensativo – Então as fadas controlam as estações?

— Claro que não, tolinho, apenas preparamos tudo para a mudança no clima.

— Interessante. Sendo assim, o que vocês fazem?

— De tudo! – ela voa de um lado ao outro, gesticulando um pouco mais empolgada – As fadas maiores podem fazer árvores crescerem, frutos amadurecerem, rios poluídos ficarem limpos, dentre muitas outas coisas! Não podemos criar uma flor, por exemplo, mas com nosso poder conseguimos cultivá-la rapidamente em um terreno produtivo. É claro, nós cuidamos disto só nas mudanças das estações, então quem mantém as nossas terras férteis até o inverno são as ninfas; e cada fada e ninfa tem sua função.

— Parece simplesmente fantástico! – os olhos de Lucy brilham.

— E é! Trabalhamos sempre em harmonia, e todos fazem o possível de acordo com a sua capacidade. As fadas pequenas lidam com detalhes pequenos, assim como elas. – Vita ri – Elas decoram céu, terra e mar com sua magia, e precisam ser bem cuidadosas com detalhes. É difícil misturar o pólen das flores para criar novos grãos, por exemplo. Para realizar nossas tarefas, todas nós, fadas e ninfas, usamos os elementos da natureza: água, fogo, terra, ar e luz. Deles podemos derivar nossos dons.

— “Derivar”? Como assim? – Gray pergunta de braços cruzados.

— Bem, você mesmo poderia responder a isto, afinal, o gelo não é uma variação da água? – o rapaz olha de soslaio para Juvia e desvia rapidamente quando ela sorri, cheia de entusiasmo – A intensidade do nosso trabalho depende da passagem de uma estação a outra. No verão, precisamos encher o mundo com ventos fortes para amenizar o calor, e usamos os raios de sol mais intensos para iluminar campos, cavernas e até o mar pela noite. É necessário derramar água no solo para acelerar a germinação de plantas, dentre muitas outras coisas. Esta estação sempre foi a mais cansativa.

— Eu te entendo. – a maga estelar encara o Salamandra de banda e os amigos logo a seguir durante a risadinha de Vitalina, fazendo-o ficar confuso.

— No outono, porém, temos muita pressa pra realizar as tarefas. Recolhemos frutos maduros, peixes e outros tipos de comida, separando uma parte para nós e a outra para os animais que hibernam comerem, enquanto arrumamos as suas casas. Com a chegada do inverno, os rios e mares tem que ser congelados; o número de brincadeiras reduz pra quem não possui resistência ao frio. – todos riem – Mas a decoração dos flocos de neve é encantadora! Aí, quando a primavera chega... – a fada suspira contente – A primavera sempre foi a nossa estação favorita do ano, minha e a da Vivienne! Nesta época, todos podemos renovar tudo na natureza!

— Acho que daí surgiu a “faxina da primavera”. – o mago celestial diz.

— Pode ser. – Vita levanta o indicador após todos rirem outra vez – A primavera é uma época de renovação, onde os animais acordam do seu longo sono, as plantas secas ganham folhas novinhas e a geada se quebra. Os Ministros das Estações, que recebem ordens de meus pais, sempre preparam uma atração especial no primeiro e último dia de cada estação, mas Vivienne e eu gostávamos mais dos espetáculos noturnos primaveris. Podíamos usar nossos dons para fazer coisas lindas. Por exemplo, eu era, e ainda sou, responsável por colorir as árvores durante o Equinócio.

— “Colorir”... – Lucy repete e logo abre um grande sorriso – Ei, você quem faz as cerejeiras ficarem coloridas no Hanami?

— Oh sim! Você já as viu, não é?! São simplesmente lindas!

— Sim! Quer dizer, na primeira vez eu não pude ver junto com todo mundo porque tinha pegado um baita resfriado, mas... – ela olha de soslaio para Natsu, que enrubesce e vira o rosto, fingindo não ter entendido a indireta.

— O Natsu arrancou a maior cerejeira do parque de Magnólia e botou num barco de pescador para passar debaixo da janela da Lucy! – Levy completa a frase com a mão em frente ao rosto, escondendo uma risada maliciosa, e o Dragneel a fuzila um tanto bravo e muito constrangido – Happy me contou. – ela explica e mostra a língua.

— Para falar a verdade, eu sei. – a fada pousa no chão novamente – E obrigada por devolver a árvore. Caso contrário, seria um estrago maior.

— Sim... Ei, você tilinta e deixa um rastro de pó quando voa. – a loira percebe.

— Sim; isto é próprio de todas as fadas. Mas você devia ver quando nossa magia se revitaliza. A cada dezenove anos, depois do Solstício de Inverno, nós fazemos um ritual, onde as nossas asas são banhadas com o pozinho azul criado da luz da segunda lua cheia do mês. Na Ilha Tenrou, dançávamos no ar debaixo da árvore mãe para receber o brilho que refletia na copa. Assim, continuamos a voar longas distâncias e usar intensamente o poder com o qual nascemos. Minha irmã criou uma máquina prática para facilitar isto.

— Então a função dela era fabricar coisas? – Erza pisca rápido.

— Não. Criar coisas é trabalho de fadas artesãs, mas Vivi era criativa e contribuiu com muitas ideias, que são usadas até hoje. Vejam, apesar de sermos irmãs, tínhamos habilidades diferentes. Eu nasci com o dom de controlar quatro elementos, então, a cada estação, as minhas asas mudam de cor.

— Ah, por isto agora elas estão com esse tom colorido! – a maga estelar conclui.

— Sim. Elas são mais agraciadas nesta época do ano. Já no outono, parecem folhas secas! – Vitalina resmunga e os demais riem – Vivienne era uma fada mais especial.

— Por quê? Ela tinha um poder maior? – a titânia cruza os braços.

— Maior e incomum a tudo que já tínhamos visto antes. – a garota gesticula com os braços, abrindo as asas – Ela podia controlar o elemento da luz, mas também das trevas.

— E isto é ruim? Se ela podia lidar com elementos opostos, melhor ainda. Assim, se fosse atacada, seria mais fácil lutar. – Gajeel retruca.

— Você não está entendendo. Fadas não lidam com magia negra. Somos os únicos seres místicos incapazes de nascer com probabilidade de desviar para as sombras. Ainda que uma fada seja corrompida e siga na escuridão, nunca conseguiria controlar as trevas como outras criaturas. Pra terem uma noção, as fadas menores, que já nascem pequenas e não podem mudar de tamanho como nós, as maiores, dependem bastante dos humanos para sobreviver. Elas nascem quando um bebê ri pela primeira vez, e se uma criança diz não acreditar em fadas, podem morrer em minutos!

— Pelo Criador! – Juvia exclama, segurando o peito.

— A pureza de uma criança é indispensável para as fadas mais frágeis, e no caso de todas nós, nossa magia só tem força se for usada para o bem. Claro, só porque usamos a magia branca, não quer dizer que ela é, necessariamente, exclusiva para as coisas boas. E também, não é que a magia negra seja algo totalmente ruim. Depende de como se usa.

— Então, a sua irmã foi a primeira que aprendeu a lidar com os dois elementos? – o mago do gelo recebe resposta afirmativa – Interessante...

— Assustador, eu diria. No começo, nosso povo ficou aflito com esta notícia, mas o talento de Vivienne era mais bem direcionado ao alvorecer das manhãs do que ao cair das noites. Ela era gentil e calorosa, sempre aprendendo e ensinando coisas novas, como o manuseio daquela máquina que eu comentei. – a fada sorri, pensativa – Ah, eu tenho a mais absoluta certeza de que gostariam de ver o processo! Primeiro extraímos cristais mágicos do solo, depois os levamos até um pote de madeira preso sobre uma hélice feita do mesmo material. Quando a lua está perto de nascer, nós puxamos o cipó para mover a roldana e subir o pote com a hélice até o topo da árvore. – ela continua gesticulando – Aí é só rodar a manivela para fazer a máquina mexer. Quando a luz reflete nos cristais, o pó azul de fada é criado. A espiral jogava tudo sobre a árvore mãe na Ilha Tenrou.

— Eu adoraria ver isto com meus próprios olhos, não somente ler em livros. – Levy lamenta um pouco – Mas espere, se vocês continuam fazendo essas coisas, significa que acharam outro lugar para viver depois da Ilha Tenrou.

— No começo, você disse que as fadas deixaram aquele lugar antes mesmo de ele ser destruído. Por que vocês foram embora da ilha? – o dragão do ferro questiona.

— Fomos obrigados a sair. – Vita se entristece de novo – Um dia, minha irmã viu uma criatura rondar a ilha. Era um dragão. – o grupo olha para os Dragon Slayers, que estão sem reação – Ele parecia jovem, e seu corpo escamoso tinha um tom de vermelho muito vivo. Vivi ficou interessada, porém, nossos pais a alertaram para manter distância dele. Os dragões e as fadas sempre seguiram uma relação de boa vizinhança, por cada grupo conservar respeito pelo espaço um do outro, então não devíamos ser nós a buscar invadir seu território pela primeira vez.

— Não era ele que estava invadindo o seu espaço? – Gray ergue uma sobrancelha.

— Era. Mas convenhamos: de todos os animais mágicos, os dragões são os mais poderosos. Você arranjaria briga com um deles por ter pousado no seu quintal? – todos riem – Pois é... Acontece que, embora Vivi, normalmente, fosse obediente, se tratando dele, ela nunca escutava os avisos. Parecia que algo os atraia um para o outro.

— E o que ela fez? – Juvia pergunta, tão envolvida na história quanto os outros.

— Ela passou a observá-lo, dia e noite. Ele tinha chegado ferido na ilha, não se sabe o motivo, então a Vivienne foi tomando conta dele. – a fada se vira e vaga pelo salão – Um dia, eu a vi saindo escondida noite adentro, e a segui, disposta a pedir que parasse de vê-lo de uma vez por todas, mas não estava preparada para o que veio a seguir... – os ouvintes silenciam com ansiedade, quando ela pausa e se vira novamente – Era época de renovar nossa força e a noite estava fria. Vivi montou sobre o dragão, e eles voaram até acima das nuvens. Quando a lua o banhou de luz, ele se tornou humano.

— Como isto é possível? – Erza pergunta, pasma.

— Não era! Com seu dom, Vivienne poderia trocar o dia pela noite e vice-versa se desejasse, mas mesmo assim, seu poder era limitado. É claro que eu fiquei nervosa com aquilo tudo, afinal, nunca tinha visto algo assim, e fiquei desconfiada! Quando ela deu a mão para aquele homem, para ajudá-lo a se manter no ar, eu me aproximei e questionei várias coisas. Vivienne confessou ter pedido a uma bruxa para transformá-lo.

— Bruxas agora... Esta história é mesmo cheia de reviravoltas. – Gajeel resmunga, recebendo dos amigos uma coletiva ordem de silêncio chiada.

— Vivi sabia que toda magia tem seu preço, e ela teria de pagar o seu. Ainda assim, ela disse que queria viver ao lado daquele dragão para sempre. – as moças gemem com ternura, fazendo Vitalina rir – Eu pensei o mesmo. Não quis me opor àquele verdadeiro amor, então eu decidi ajuda-los a ir falar com nossos pais, os ministros e a realeza. Todo mundo ficou tão preocupado com aquilo que ninguém previu o ataque que sofremos.

— Foi o que obrigou vocês a irem embora da ilha? – a maga da água questiona.

— Sim. Já esperávamos um eclipse lunar naquela noite, como ocorre a cada ritual, mas no instante em que a Lua Azul foi encoberta, nós fomos atacados. A bruxa tomou a ilha naquela noite, apoiada por um dragão maligno assustadoramente forte. – outra vez, os magos silenciam com receio e a loira acaba tendo a iniciativa de fazer uma pergunta.

— Olha... Eu tenho até medo de perguntar, mas esse dragão...?

— Era negro, catastrófico e tinha um rugido assustador. – os ouvintes paralisam de imediato – Sim, seu nome era Acnologia.

— Só pode ser piada!... – diz o perplexo dragão do ferro.

— Quer dizer que aquele infeliz já tinha atacado a Ilha Tenrou muito antes? – Natsu pergunta retoricamente – Mas por que a ilha não foi destruída?

— Bem, isto tem a ver com a premonição que vocês viram. – Levy abre outra vez o pergaminho – Eu não sei quem a previu; ela ficou esquecida na biblioteca por décadas. Eu só encontrei quando fomos embora do nosso lar. O presságio aí descrito não somente se refere à história da minha irmã, mas também relata a aparição da “magia suprema” de uma forma nunca antes vista. Sua força se provou maior que qualquer outra nesse dia.

— Então, esta magia especial tinha a ver com a senhorita Vivienne? – Juvia indaga.

— Também... Ela não era a única protagonista. Inclusive, esta magia a qual eu tanto me refiro não pode ser encontrada por apenas uma pessoa.

— Por quê? – é a vez da titânia questionar, então a fada volta a sorrir, como quem está se divertindo com a ingenuidade alheia.

— A premonição diz que almas gêmeas, em corpos diferentes, se encontrariam um dia, almejando sua união mesmo sem conhecerem uma a outra. Você poderia confirmar isto para mim, maga das runas? – a garota direciona o olhar ao pergaminho em mãos.

— Sim. Aqui diz: “a trilha em seu caminho será coberta por espinhos, e pela seiva da floresta, sua união enfraquecerá. Quando as trevas encobrirem a luz da noite, cessará, por fim, a canção das fadas, para se ouvir”... – a maga das runas pausa em choque.

— “Ouvir” o quê, Levy? Qual o problema? – a maga estelar se debruça e termina de ler, também se espantando antes de vocalizar as palavras seguintes – “(...) cessará, por fim, a canção das fadas, para se ouvir os urros dos dragões”? Mas isto...

— Foi exatamente o que aconteceu àquela noite... – Vita volta a ficar séria – Ela se enamorou por um dragão, e era um amor mal visto. Os “espinhos” em suas vidas eram todos que iam contra sua união, e a falta de apoio os fez sentir medo. Além disto, por ter feito o dragão virar humano, posteriormente, a bruxa exigiu como pagamento de Vivi as asas de todas as fadas do Refúgio.

— Sério? Foi um preço muito alto! – Lucy diz, horrorizada – Por que todos tinham que ser envolvidos se o acordo foi apenas entre a bruxa e sua irmã?

— Bem, quando nós usamos magia para ajudar outra pessoa, faz parte pedir alguma compensação de valor equivalente ao gasto de energia que tivemos. Se minha irmã fosse transformar o dragão em humano, ela teria que sacrificar suas asas, por isto pensou que, recorrendo à outra pessoa, poderia ter a chance de fazer uma troca mais vantajosa, para ambos. Mas, realmente, aquele preço foi bem alto. Hoje eu imagino que devia ter outra razão para uma exigência destas, além de um capricho egoísta... Enfim, eles quiseram fugir, pra tentarem ficar juntos, contudo, não houve chance. Quando sofremos o ataque, o ritual de revitalização ainda não tinha sido realizado, então as fadas sucumbiram. Com o dragão de Vivienne na forma humana, ele não deu conta da situação.

— Então... Aquela pintura no teto... – Jellal sussurra e todos olham para cima.

— Foi sua despedida. – a fada conclui – Ela cedeu as próprias asas para transformá-lo de volta, e sacrificou a sua vida em troca do poder das estrelas, para proteger a todos. O céu foi iluminado com uma luz forte, calorosa, por uns segundos. Nesse tempo, nos recuperamos e conseguimos aprisionar a bruxa. Então, depois...

— As fadas silenciaram e deu-se início os urros dos dragões... – Gray complementa e Vitalina sorri tristemente, retendo as lágrimas.

— Aquele dragão, mesmo enfraquecido, conseguiu derrubar Acnologia. Ele caiu no mar, e todos pensamos que morrera, mas... – os presentes se entreolham angustiados.

Ainda não. – o Salamandra destaca – E... O que aconteceu com o outro dragão?

— Eu não sei. Ele desapareceu na noite, antes do eclipse terminar. Quando a lua fez presença novamente, estava tudo destruído, excerto por alguns equipamentos, livros e as pedras preciosas em nossa posse, incluindo a conhecida Jade Tenrou.

— Ah, a Primeira já nos falou sobre esta joia! – Levy relembra – Ela era o símbolo dos moradores da ilha. Então, estava lá desde aquele tempo...?

— Quando abandonamos a ilha, por segurança, deixamos quase tudo para trás. Por outro lado, a Jade Tenrou foi abandonada de propósito, porque a bruxa acabou selada nela. E se me perguntarem, digo que fizemos bem em ir embora. Fiquei sabendo tempos depois que, quando os humanos tomaram conta do lugar, houve outro ataque.

— A Blue Skull. – Gajeel diz – Soubemos que aqueles desgraçados atacaram Fiore quando a Primeira ainda era viva, e Magnólia quase caiu por completo. Claro, isto foi muito antes da Fairy Tail ser levantada, no ano X679.

— Oh sim... Vejam vocês, eu chamei os oito aqui e contei toda essa história por um objetivo especial, mas é importante que eu diga antes, e não vão gostar de ouvir: agora são ingênuos demais para vencer os obstáculos que se apresentarão no caminho. – todos tencionam diante as palavras repentinas da fada.

— O que está querendo dizer? – o mago celestial se pronuncia em nome dos outros.

— Já ouviram falar de Zeref? – os magos cerram olhares e o sorriso de Vita amplia – É claro que já... Então, sabem como funciona a Magia Negra de Ancselam?

— É a magia que ele usa? – Gray pergunta, ansioso – O que sabe sobre ela?

— O suficiente, e talvez mais um pouco. Sei como neutralizar a maldição de Zeref.

— Já sei, foi pra isto que trouxe a gente aqui, né?! Vai nos ensinar como detonar de uma vez aquele cara! – Natsu a agarra pelos ombros e acaba recebendo uma joelhada.

— Francamente...! Seu pai não te ensinou bons modos, garoto? Minha nossa! – ela olha para a maga estelar – Todos os dragões são assim mesmo e eu não sei, ou é porque todos os melhores estão mortos? – a loira troca um olhar com a maga das runas.

— Sua irmã pode ter tido a sorte de conhecer o último mais educado. – o Dragneel a encara com um bico aborrecido, segurando a barriga dolorida – Mas... Natsu e Gajeel são até gentis. Mesmo que não acredite. – Vitalina torce o nariz.

— Isto nós veremos no devido tempo. Realmente, estou disposta a ensiná-los como alcançar a “magia suprema” para anular o poder de Zeref. É por isto que os trouxe aqui.

— Como sabia que nós viríamos junto com as garotas? – Jellal questiona.

— Ora, quando você pediu ao seu mestre para segui-las, acaso não sentiu um leve impulso incomum? – a fada balança os dedos nas costas dele – Uma indução para levar junto mais três amigos seletivos? – ela se afasta rindo ao vê-lo tremer, piscando à Erza – Foi tudo parte do meu plano, pois, por enquanto, ninguém mais pode saber do que direi agora. Contarei a vocês o maior segredo das fadas, e caso estejam dispostos a receber meu ensinamento, precisam prometer seguir todas as minhas ordens, sem hesitar.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Nota de Curiosidade:

A Lua Azul aqui descrita é o nome dado ao fenômeno que ocorre quando há a segunda lua cheia do mês, sendo a frequência de acontecimento de uma vez a cada dois ou três anos. Contudo, ver este evento na véspera do ano novo é ainda mais raro, pois a incidência é a cada dezenove anos. Curiosamente, sempre que isto acontece, a Lua Azul é encoberta por um eclipse. A próxima ocasião está prevista para 2028.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua_azul
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eclipse_lunar



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