Beijo Doce escrita por Machene


Capítulo 1
Marcas, Caudas e Asas


Notas iniciais do capítulo

O Dia do Beijo é comemorado no Brasil no dia 13 de abril. Então, agora que você já sabe, celebre!
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Oi gente. Sei que faz muito tempo desde a última vez que publiquei alguma coisa, mas com a faculdade, aulas de direção, dentre outras coisas, ficou difícil arranjar alguma criatividade, ou mesmo paciência, para desenrolar as palavras. Felizmente, cá estou de volta com um aviso: as fanfics da série de Fairy Tail terão alterações daqui em diante.
Eu percebi que precisava refazer algumas coisas e dar atenção a detalhes importantes, então preparei uma lista e deixarei ela aqui, nas notas finais, para todos os meus queridos leitores poderem conferir a sequência. Claro, a lista inclui fanfics que ainda não foram publicadas, e aquelas que foram estão, como eu disse antes, sujeitas a alteração, mas a leitura da série deve ser feita nessa ordem. Sem mais delongas, aproveitem a primeira fic!



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Cap. 1

Marcas, Caudas e Asas

O dia surge com esplendor em Magnólia. O sol esquenta todas as residências da cidade para avisar aos moradores que já amanheceu, mas este não é um dia qualquer, como quatro magas da Fairy Tail estão prestes a descobrir. Levy dificilmente veria uma anormalidade em seu corpo se não fosse pelo espelho no seu banheiro; já Erza percebe a sua durante os exercícios matinais, alongando os braços.

Juvia só nota seu problema um pouco tarde, passando o sabonete com a forma de Gray nas coxas durante o banho. Lucy, porém, é a primeira a ver que algo diferente do normal aconteceu, uma coisa estranha e terrível, incapaz de ser explicada racionalmente. Claro, depois de conferir todos os sinais de nascença por seu corpo, a loira é obrigada a reconhecer que não está sonhando e sua principal marca física de fato não está com ela.

De todos os sinais parecidos com estrelas que formam constelações em sua pele, nenhum poderia ganhar do seu símbolo favorito, a valiosa cauda de fada rosa. Todavia, olhando novamente contra luz, a maga estelar começa a pensar que terá de arranjar um sinal substituto pra destacar, considerando o grande vazio nas costas de sua mão direita. E então ela começa a entrar em pânico.

Lucy levanta da cama num salto, pouco se importando com os seus vizinhos ainda adormecidos, e se põe a gritar no meio do quarto com toda a sua força.

— MINHA MARCA DA GUILDA SUMIU!

{Meia hora depois, na Fairy Tail}

— Como isto pôde acontecer! Não é possível! Eu sei que dormi ontem com minha marca da guilda, e hoje, quando acordei, não está mais aqui, simplesmente desapareceu!

— Fique calma, Lu-chan. – pede Levy, enquanto folheia um grosso livro que segura nas mãos com alguma dificuldade – Nós vamos descobrir o que está acontecendo.

— Isto é muito estranho. Eu nunca tinha visto algo parecido. – Mirajane segura o queixo – Vocês passaram alguma coisa na pele antes de dormir?

— Só um hidrante de morango... – Erza confessa – Mas ele nunca fez este efeito, e está na validade ao contrário dos sais de banho mágicos da Lucy.

— Não precisava trazer a tona aquela confusão. Além disto, a guilda ficar invisível foi tudo culpa do Happy por ter me empurrado!

— Juvia não fez qualquer coisa de diferente, com certeza!

— Não se preocupem garotas, nós vamos descobrir como isso aconteceu. – mestre Makarov garante – Por hora, Mira, por que não tenta usar o carimbo novamente?

— Boa ideia, mestre! – a maga Take Over vai até o balcão, retira uma das caixinhas debaixo dele e pega o carimbo rosa, voltando até as moças – Vamos Lucy, me dê a sua mão. – a loira estende o braço pra amiga, mas Mira não consegue marca-la novamente, mesmo com três tentativas – Só pode ser mágica.

— Quem teria feito isto, e ainda ter o trabalho de tirar apenas as nossas marcas...?! – a titânia pensa irrequieta, então neste momento entra Natsu, escandaloso como todos os dias, seguido de Happy.

— Oi gente! – ele cumprimenta também levantando a mão, porém, todos ficam em silêncio – Ué, por que estão tão sérios? Aconteceu alguma coisa?

— Natsu, a Erza, a Levy, a Juvia e eu perdermos nossas marcas da guilda.

— COMO É?! – o Dragneel corre até a parceira e pega sua mão – Não acredito! O que aconteceu com vocês?

— Nós ainda não sabemos. Aparentemente, todas nós acordamos hoje sem nossas marcas e ninguém mais passou por isto. Eu preferia estar sonhando... – Lucy abaixa a cabeça, passando o polegar sobre as costas da mão direita, sem perceber que sua tristeza também atinge o Salamandra.

— Será que foi algum mago? – Gray se pronuncia, já sem camisa – Alguém que quisesse testar sua magia para nos atingir de alguma forma.

— E o quê, nos usou como cobaia? – Levy rebate – Não seja bobo, Gray! Nenhum mago que se preze teria o trabalho de apenas apagar nossas marcas se quisesse mesmo prejudicar toda a guilda. Quando isto aconteceu, nós estávamos dormindo. Dificilmente alguém conseguiria entrar nos nossos quartos e usar magia sem alguma de nós acordar, até mesmo a Erza, que embora tenha sono pesado é sensitiva.

— Como assim, baixinha? – Gajeel cruza os braços – Acha que quem fez isso não é humano? – a maga das runas bufa e fecha o livro em mãos, largando-o sobre o balcão e fazendo um sinal de calma antes que todos se alarmem.

— Sei que é difícil acreditar, ou talvez nem tanto considerando que vivemos num mundo com gatos voadores falantes e dragões, mas embora nossas marcas tenham sido apagadas com magia, não acho que tenha sido um mago ou uma maga. Quem trabalha numa guilda sabe o quanto sua marca é importante; mesmo assim, por que outra pessoa se preocuparia em invadir os nossos quartos no meio da noite apenas para apagar as nossas? Eu acho que existe outro propósito por detrás de tudo. E independente disto, eu estou preocupada por apenas nós termos perdido as nossas marcas, e também por que os carimbos não funcionam, e como nenhuma das quatro sentiu a presença de alguém. A única explicação que eu vejo é um ser misterioso com algum motivo maligno.

— Sei que você está levantando hipóteses para nos ajudar, Levy, mas será que pode ser um pouquinho mais positiva sobre tudo? Não está ajudando a me acalmar.

— Desculpe, Lu-chan. – os membros silenciam provisoriamente, então Mavis surge na frente de todos e fica de pé sobre o balcão, para ser vista melhor.

— Ei pessoal, acho que posso ajudar! Sabe, quando eu tomava conta da biblioteca na Ilha Tenrou e tinha que catalogar todos os livros, às vezes acabava perdendo algumas coisas no meio daquela bagunça. Por isto, eu aprendi a fazer uma magia de localização. Se quem fez isso usou magia mesmo, nós podemos descobrir onde essa pessoa está se usarmos essa poção. Eu ensino como fazer. Quando a poção estiver pronta, basta jogar sobre um dos locais onde as marcas de vocês estavam, e vamos poder achar o culpado.

— Muito bem, então vamos começar a preparar isto logo! – Erza incentiva todos – Quanto mais rápido nós pudermos descobrir quem fez isto conosco, mais rápido eu vou poder soca-lo na cara! – ela bate o punho na outra mão.

...

— Poção pronta! – Levy ergue um frasco com solução roxa – Muito bem, Lu-chan, me dê a sua mão. – a loira estende a palma para a amiga gotejar o líquido, e rapidamente seus dedos formigam e uma luz começa a rodear seu pulso direito.

— Lucy, o que aconteceu com a sua mão? – Natsu questiona confuso.

— Não sei! – a moça se assusta com a vontade própria que o seu membro adquire, puxando-a para a porta – Eu não consigo controla-la!

— É assim mesmo! – Mavis garante – A mão da Lucy vai leva-los até a pessoa que apagou as suas marcas da guilda, então sigam ela e não a percam de vista!

— Tudo bem. Juvia, Levy, vamos! – a titânia chama e as garotas se vão.

Com algum tempo de distância, logo Jellal se sente impaciente e começa a bater o indicador na perna sem perceber. Ele já foi perdoado pela coroa, oficialmente, por seus crimes, e é reconhecido como o mais novo membro promissor da Fairy Tail, usando sua marca vermelha na parte superior das costas. Sendo assim, também ganhou o direito de expressar claramente suas opiniões dentro da guilda. Nisto, em sua preocupação com o caso, resolve dar uma sugestão a Makarov.

— Mestre. – o velhinho resmunga em atenção – Eu acho que alguém devia ir atrás delas, só por garantia. Nós não sabemos quem fez isso, então...

— Jellal, elas podem se cuidar muito bem sozinhas.

— Eu sei, mas elas ainda são mulheres, senhor. – Makarov observa, apenas com um olho aberto, a expressão determinada no rosto do rapaz, e maneia a cabeça.

— Eu acho a sua preocupação justa, e até gosto deste cuidado que você demonstra para com os seus companheiros, mas...

— Ora vamos, Makarov, escute o garoto! – Mavis intervém, de pé ao seu lado – Por que não permite que um pequeno grupo siga as meninas? Talvez eles possam ser úteis.

— Já que Jellal deu a ideia, eu voto nele para liderar a equipe. – Mirajane apoia em um largo sorriso – Ele é um cavalheiro nato, vai saber dar o apoio emocional que Erza e as outras precisam agora. Além disto, o trabalho seria feito muito mais rápido.

— Ora, está bem! Não posso discutir com essas duas. – as moças sorriem – Jellal, escolha alguns dos rapazes para acompanha-lo e siga as garotas.

— Sim senhor, obrigado. – ele sorri e reflete um pouco antes de se virar – Então, Natsu, Gray e Gajeel, por favor. – os amigos acenam em afirmação e correm junto dele para fora da guilda, despertando a curiosidade de Mira.

— Ué... – ela põe o indicador na bochecha – Por que ele escolheu aqueles três?

— Você acha que foi uma escolha ruim? – Laxus questiona ao seu lado.

— É claro que foi! Ele devia ter nos levado! – Jet reclama e começa a choramingar ao lado de Droy – Nós somos os parceiros da Levy!

— Eu não digo que foi uma má decisão, mas... – a maga prossegue sem dar atenção à interrupção e troca um olhar e sorriso com Mavis – Estou muito curiosa para saber de que forma eles vão voltar quando tudo estiver terminado.

— Ora como, todos voltarão a pé! Ou você acha que Natsu e Gajeel vão concordar com um meio de transporte? – Mirajane encara o dragão dos raios e suspira.

— Sabe Laxus, às vezes você é muito lento. – ela ri e bate de leve em seu ombro.

Prosseguindo com o grupo, todos continuam seguindo a maga estelar. Por sorte, a pessoa responsável pelo incidente não está muito longe, então Lucy não precisa correr tanto involuntariamente. Todos param em frente a uma casa velha de dois andares. Os degraus da escada e o corrimão de madeira estão se desmanchando por causa dos cupins famintos, devorando também o cavalete jogado no quintal.

A pintura está desbotada, mas ainda é possível perceber que as cores das paredes e do telhado de tijolos eram muito misturadas. As poucas janelas sem grades estão com os vidros quebrados e a grama do suposto jardim está muito alta, dificultando a entrada.

— Por que diabos alguém se esconderia aí? Esse lugar está caindo aos pedaços!

— Percebemos, Gray. – Levy revira os olhos – Tudo certo com sua mão, Lucy?

— Sim. – a jovem respira ofegante, endireitando a postura – Bem, se a pessoa que apagou as nossas marcas está aí dentro, nós vamos precisar entrar. E parece que a única entrada é lá em cima, no segundo andar.

— Vamos ter que cortar todo esse mato para chegar até a escada! – Gajeel bufa.

— Deixem isto comigo; eu vou queimar esse gramado rapidinho! – Natsu joga uma bola de fogo na mata, mas nem um pedaço é queimado – Como assim? – ele tenta mais uma vez, e tudo continua amarelado e seco.

— Eu vou tentar. – Gray tenta congelar o mato, e nada – Qual é o problema desse capim gigante? Nada funciona!

— O jardim está enfeitiçado. – Jellal conclui – Com certeza estamos lidando com alguém cheio de poder mágico, com habilidades bastante interessantes na verdade. Se estiver se escondendo aqui mesmo, é para não levantar suspeitas.

— Então vamos ter que fazer isso sem magia. – Erza pega uma das suas espadas e sai abrindo caminho com a ajuda de Gajeel e o seu braço de ferro, guardando-a quando chegam à escadaria – Muito bem... Vamos devagar, um passo de cada vez.

Aos poucos todos sobem, tomando cuidado com cada pisada; isto até quebrar uma das tábuas e o pé de Levy escorregar para dentro do buraco. Gajeel se vê obrigado a ir ajuda-la quando nota que ela não consegue se libertar sozinha. Ele a levanta e coloca sobre o braço direito, e com o susto a garota acaba se agarrando ao seu pescoço. A cena atrai a atenção dos outros, mas ninguém diz qualquer coisa.

Na entrada, Erza bate na porta, sem obter resposta. Quando todos já estão dentro da sala, a porta fecha. No meio da escuridão, uma luz azul emerge e, logo em seguida, tudo ganha mais cores ao seu redor. Os magos e as magas percebem que estão dentro de um salão luxuoso, estranhamente amplo e novo em folha comparado ao lado de fora. Há sofás de couro, candelabros de ouro, lustres de cristal e belíssimos tapetes adornados.

O chão está encerado de tal forma que qualquer um consegue ver seu reflexo no piso de cerâmica, e lá no topo dos corrimões das escadas laterais de mármore branco estão lindas estátuas de querubins. Para ter certeza que o caminho até ali não foi ilusão, Gray olha pela janela e vê a escadaria cheia de cupins usada pelo grupo, sem acreditar.

— Talvez a ilusão seja no lado de dentro... – ele comenta casualmente e os outros concordam com surpresa e em silêncio, então um tilintar de sinos chama sua atenção.

— Não é uma ilusão, é magia. – corrige uma bela jovem garota no meio do segundo andar, com as mãos nas costas – Como vão? Bem-vindos.

— Quem é você? – Natsu dá um passo à frente com incerteza.

— Direto ao ponto; como é impaciente! – a moça ri.

De repente, duas asas coloridas, com as pontas de cima e de baixo curvadas para fora, se abrem em suas costas, batendo para fazê-la flutuar até o topo do corrimão.

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Ela puxa o leve vestido branco de seda e se curva, colocando um pé atrás do outro e abaixando a cabeça num gesto delicado. Depois, acaba precisando levantar as mangas da roupa, que caem teimosamente sobre os ombros o tempo todo. Sua pele clara ajuda a destacar os sapatos marrons de algodão, e os loiros cabelos curtos e cacheados balançam com a leve brisa circulando o aposento. Seus olhos azuis piscam rápido antes de falar.

— Meu nome é Vitalina, e como podem ver... – as asas se abrem novamente, com uma luminosidade estonteante – Eu sou uma fada.

— Tá de brincadeira!... – Gajeel murmura tão incrédulo quanto todos.

— Não mesmo, é verdade! Se quiserem, podem tocar nas minhas asas. – ela voa até o chão, chegando perto de Jellal e do dragão do ferro, e vira as costas – Olhem, elas não são lindas? Eu me orgulho muito delas! – as moças tomam à dianteira e tocam-nas.

— Sim, parecem folhas de árvore, mas com as cores do arco-íris. Ah, e estas pontas do meio formam corações! – Lucy diz encantada – São tão macias; parecem de cetim. – ela logo retira a mão direita, assim como as amigas – Ah, desculpe! É que nunca vimos uma fada antes, então estamos um pouco surpresos. – explica, notando que de pertinho a fada deve ser pouco maior que Mavis, e aparentemente tão jovem quanto a Primeira.

— Verdade? – Vitalina ri – É engraçado, considerando que são de uma guilda cujo símbolo é uma fada, ou pelo menos parte dela. E só para avisar, como podem ver por si só, fadas não têm cauda. – ela vira de costas – Quer dizer, não as descendentes.

— Então fadas já tiveram rabos mesmo? – Natsu ergue a sobrancelha, imaginando a cena – O que você fez com o seu? Cortou fora?

— Não, seu estúpido! Eu nunca tive uma cauda! – a fada irritada cruza os braços – As fadas as quais eu me refiro, que devem ter servido de inspiração para o símbolo da sua guilda, são ancestrais de eras antigas. Elas eram pequenas e não muito inteligentes, mas os seus dons da natureza faziam qualquer ser vivo se curvar a sua beleza! – ela fica altiva e cheia de orgulho – Diga-se de passagem, eu sou uma descente mais direta delas, pois os meus poderes lidam com qualquer elemento natural!

— E o que os rabos têm a ver com isto? – o Salamandra indaga, ignorando o resto.

— Suas caudas serviam como um leme na hora de nadar. Embora as asas ficassem molhadas, elas não precisavam usá-las debaixo d’água, justamente porque tinham essa característica a mais. Por isto são conhecidas como fadas sereias.

— E por que as fadas perderam suas caudas? – Erza pergunta curiosamente.

— Bem, elas sempre foram usadas para que se escondessem dentro de rios e lagos de água doce, por segurança. Depois de um tempo as fadas desenvolveram novos dons e técnicas para se defenderem, então não era mais preciso se refugiar na água.

— Do que exatamente elas se escondiam? – é a vez de Juvia questionar.

— Quando se tem um dom especial, a gente precisa proteger. – Vitalina baixa seus olhos e vira de costas – Não importa qual seja a ameaça, devemos estar preparados.

— Ah sim... – Lucy tosse – Então, Vitalina...

— Pode me chamar de Vita. Não gosto de nomes compridos, dão dor de cabeça!

— Está bem, Vita então... Nós viemos aqui seguindo esse seu rastro. Foi você quem apagou as nossas marcas da guilda, não é?! – a maga estelar aponta para sua mão direita enquanto a moça a observa sorrindo, com as mãos juntas atrás das costas.

— Oh sim, fui eu. Mas eu tenho um ótimo motivo. Precisava atrair vocês até mim.

— E o que você quer de nós? – Erza questiona, e então Vita fecha sua mão, girando o pulso direito, e quando a abre novamente surge um pergaminho de um brilho mágico.

— Nossa! – Levy exclama fascinada – Que pergaminho é esse?

— É a história de uma premonição. – ela desenrola o papel tipo romano e entrega à “devoradora de livros”, segundo Gajeel – Como podem ver, eu traduzi um trecho desses textos antigos e descobri o significado das peças contidas na história.

— Mas de que “história” você está falando? – Gray pergunta confuso.

— “A magia suprema (...)”. – Levy lê um pedaço da tradução em voz alta e todos se espantam – “Aquela que pode transformar trevas em luz, cuja força é ilimitada”. Esta magia está ligada à história de que fala? – Vitalina confirma com sua cabeça – Mas este pergaminho não diz qual é a magia. Eu nem mesmo sabia de uma história que a cita!

— Contudo, não existe apenas uma história para falar sobre ela. – o grupo a encara com surpresa – Os humanos se esqueceram do poder desta magia, até mesmo da própria magia, e são poucos os lugares onde a fantasia ainda reina, mas este poder sobre o qual estamos falando sempre esteve presente na vida da humanidade e dos imortais até hoje. Não podem obtê-la, só senti-la. Terão sorte se um dia a encontrarem!

— Por favor, nos diga de uma vez do que você está falando! – Lucy pede cheia de impaciência – O que quer conosco? – Vita aponta para o teto.

No teto, há um belíssimo cenário, pintado em branco e azul, que ninguém notara antes: em frente a um arco de pedra, uma bela jovem com cabelos lisos, que vão até sua cintura, e um vestido de saia rasgada abraça a fronte de um dragão, cujo chifre no lugar do nariz e as escamas se assemelham ao cerco de raízes espinhosas no qual estão. Eles se olham com tristeza, embora o animal mantenha um sorriso melancólico.

Vitalina voa para cima e toca o rosto da donzela pintada, igualmente deprimida.

— Esta era minha irmã. – ela pausa para tentar sorrir, suspirando antes de continuar – O nome dela era Vivienne. Nós morávamos juntas na Ilha Tenrou.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ordem das Histórias:

1> Beijo Doce
2> Dentro de um Abraço
3> Competição Amistosa
4> Desejo me Chama
5> O Halloween das Fadas
6> Meus Dias Com Você - *5 Meses Entre o Dia das Bruxas e a Páscoa
7> Meu Namorado é um Gato
8> Despedida de Casamento - *Flash Back de Dez Anos Atrás Contado Por Mavis Para os Filhos dos Protagonistas
9> Lembre de Mim - *Dois Anos Depois do Casamento Duplo de Lucy e Levy
10> Tal Pai, Tal Filho - *As Crianças Têm Entre 5 e 13 Anos de Idade
11> Contos de Fadas da Fairy Tail
12> Meu Pai Herói - *As Crianças Têm Entre 6 e 18 Anos de Idade
13> Foi Sem Querer
14> Diário de Homenagens



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