A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 8
Progenitora Proibida


Notas iniciais do capítulo

desculpe a demora para postar outro capitulo, é que eu tive uns contra tempos.
Bom, eu queria explicar antes que a Grande Profecia ai foi alguns anos depois que em LdR.



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- Então tchau, maninho!- Eu disse enquanto saia da sala, ainda sorrindo. Dionísio não respondeu, ele estava absorto em seus planos de vingança.

- E ai? O que aconteceu ai? Eu não consegui ouvir nada! Você não vai fazer nada não é? Diz que não. Algum deus veio ai? AGHATAAAAAA, ME RESPONDE!- Luke surgiu na minha frente, me dando um susto. Ele estava com cara de cachorro sem dono, mas eu tive que rir. Ele estava falando como uma metralhadora.

- Luke, se acalme. - Eu disse tirando suas mãos de meus ombros. Ele me chacoalhava com tamanha rapidez e força que já estava me dando enjôo. – Não, nenhum deus apareceu ai, alem de Dionísio. - Eu respondi calmamente. Andando devagar em direção ao meu chalé.

- Espera. Você o chamou de Dionísio?- Ele pareceu surpreso, me parando pelo ombro.

- Sim, o que tem?- Eu olhei para ele com uma cara óbvia.

- É que geralmente você dá um apelido carinhoso para ele, ou revira os olhos. – Ele disse rolando os olhos para o lado. – Espera! - Ele semicerrou os olhos para mim. - Você... Você agiu por ele?

- Eu? Agir? Do que você está falando Luke?- Eu ri andando misteriosa, voltando ao personagem.

- Ah, nem vem com essa! Eu já vi você fazendo isso, comigo não vai funcionar. - Ele começou a andar ao meu lado.

- Isso o que?- Eu dei uma de desentendida. – Sabe Luke, eu acho que você devia maneirar no néctar. – Eu ri.

- Eu te odeio. – Ele disse emburrado, cruzando os braços.

Eu comecei a rir e dei um empurrão leve nele. Ele também riu.

Nós já havíamos chegado ao enorme U dos chalés. Luke ficou no chalé dele, e eu fui caminhando para o meu.

Eu estava pensando em algumas coisas e não conseguia parar de sorrir, por algum motivo.

- Olá. - Uma voz doce e calma como o mar disse ao meu lado, quando eu estava quase chegando ao meu chalé.

Quando eu olhei para quem falou aquilo, eu não acreditei.

Uma mulher de olhos verdes como o mar, cabelos pretos e longos caindo em cachos largos até a cintura, alta, bronzeada e de porte atlético estava parada em frente ao chalé de Poseidon, sorrindo para mim. Eu havia esquecido quão linda ela era.

- Ma-ma-mamãe?- Eu gaguejei. Ela sorriu mais ainda. – Mamãe! O que você está fazendo aqui?- Eu ri pulando nela e lhe dando um abraço.

- Ei, eu posso estar velha, mas ainda sou uma meio-sangue. – Ela riu, me abraçando. Ela estava errada, ela não era velha, aparentava no máximo 35, quando eu sabia que ela tinha um pouco mais de 40. – E este chalé ainda é exclusivamente meu não é?- Ela riu mais. Eu me separei dela.

- Er... Mamãe, eu tenho algumas coisinhas para te contar. Mas você tem que manter segredo!- eu disse cautelosa. Ela parou de sorrir.

- Problemas no paraíso?- Ela disse cautelosa, mas rindo um pouco. Ela sabia que eu amava esse lugar. Eu assenti com a cabeça. – Bom, então vamos andar, e ai você me conta. Faz muito anos que eu não vejo esse mar. – Eu ri um pouco, como toda filha de Poseidon seu lugar preferido era o mar.

Às vezes eu tentava imaginar, como meu pai, todo orgulhoso e rival de Poseidon, conseguiu namorar uma filha dele. E como a minha mãe, treinada para odiar Zeus, conseguiu se apaixonar por ele. Mas eu prefiro nem pensar muito, eca.

Chegando a praia, nós sentamos na areia e começamos a conversar, olhando o mar. Claro que eu me sentia confortável ali, eu era neta de Poseidon. Eu lhe contei tudo sobre minhas suspeitas de Percy, Apolo – cortando o que ela não precisava saber, é claro- e Ártemis.

- Você já conversou sobre isso com Quíron?- Ela estava meio cautelosa, estava olhando em meus olhos.

- Sim... Ele também acha, mas disse que é melhor manter isso em pensamento, porque meu pai poderia ficar bravinho e matar Percy.

- Concordo, seu pai é um homem maravilhoso, mas não é lá muito bem humorado. – Ela riu enquanto um raio caia. – Estou brincando, Zeus. Você sabe que eu te amo. – Nós rimos.

E amava mesmo, como toda pessoa que tem um caso com um deus, minha mãe o amaria para sempre, ainda mais quando a Névoa não a atingia.

-Mas mãe, eu pensei que você, talvez pudesse me ajudar a provar que ele é mesmo. – eu choraminguei.

- Aghata, não é assim. Pode ser o mais óbvio possível, mas se Poseidon não o assumir e nós o anunciarmos como filho dele, seu pai ficará muito bravo. – Um raio confirmou o que minha mãe disse.

- Mas mãe... - Eu choraminguei feito uma criança.

- Filha, eu sei o quanto isso é importante para você, mas talvez não seja assim. Sabe, eu também já fui uma campista rara, na minha época eu era a única Filha de Poseidon. – Ela me abraçou.

- Mas mãe, agora é diferente. Agora os três grandes foram proibidos de terem filhos. Eu não tenho uma chance de me salvar da Grande Profecia se Percy não for seu irmão.

- Mas ele não é mais novo que você? – Ela parecia confusa.

- Sim, mas... – eu já ia dar uma resposta, mas não sabia o que responder. - É mesmo, eu não tinha pensado nisso. Eu estava tão focada na minha nova profecia que me esqueci de como eu vou congelar no tempo... - Eu comecei a pensar, olhando para o mar.

- Congelar no tempo? Aghata Helena Fleury, o que você pretende fazer para congelar no tempo?- Ela disse em um tom de mãe autoritária.

Eu dei um sorriso de anjo e uma risada como um ‘hihi’.

- Ah, é que eu recebi uma profecia esses dias. – Resolvi mudar de assunto, não quero nem ver uma Filha de Poseidon irritada, ainda mais sendo minha mãe. – e creio que ela queria dizer que um novo filho dos Três Grandes chegaria. – eu expliquei, meio séria.

- Então é isso? Você espera que Percy seja a criança da profecia? De ambas as profecias?- Ela disse tentando resolver em um tom que deixava claro que ela não acreditava naquilo, apesar de ela tentar esconder eu percebi.

- Sim, mas com a minha sorte provavelmente essa criança só chegará um dia antes do meu aniversário de 16. Ou nem chegará. – Eu suspirei.

- Filha, eu sinto muito sobre a Grande Profecia. Sinto muito por ter colocado tudo isso nas suas costas. – Ela disse me apertando e afagando minhas costas.

- Ah, qual é mãe? Eu me revoltaria se eu nascesse humana com uma mãe com poderes tão legais. – Eu disse fingindo estar indignada, mas em um tom divertido. Nós começamos a rir.

- Você sabe que herdou poderes de Poseidon, não sabe?- Ela falou cuidadosa.

- Er... Sei. Mas eu não sei meus limites, eu não treino muito isso. Treino mais meus pontos fortes. – Eu nunca havia pensado em quão sortuda eu era: Eu tinha poderes de Poseidon e Zeus, enquanto alguns campistas não tinham nenhum super especial.

- Mexer com a água te cansa mais não é?- Ela leu minha mente. Minha mãe sempre sabia das coisas que aconteciam comigo.

- Sim. Pelo que eu treinei percebi que eu posso: mover um pouco a água, fazer uns ventinhos, falar um pouco com cavalos, e eles me entendem e obedecem. Eu só pego a essência de seus pensamentos.

- Uau!- Minha mãe parecia surpresa. Talvez ela pensasse que eu pudesse menos. Mas meus poderes de Herdeira de Poseidon eram ridículos perto dos delas.

- Ah, e a água me cura e dá forças, um pouco também. – Eu completei.

- Sua linhagem é realmente especial. Você sabe que a minha mãe era filha de Atena, não sabe?- Eu assenti, já ouvira milhares de histórias de missões tanto da minha avó, quanto da minha mãe. – Você é uma garota de sorte... - Minha mãe murmurou mais para ela mesma.

- Você que é uma garota de sorte. A Grande Profecia veio logo após você completar 17, mãe! Enquanto uma filha dos Três Grandes estava ali, aos olhos do mundo fazendo 17, uma profecia de uma criança de 16 dos mesmos pais vinha. É coisa de filme. – Eu pensei em voz alta, gesticulando com as mãos e olhando o mar.

- Você meio que gosta dessa profecia não é?- Ela riu, me olhando desconfiada.

- É... Quem sabe. - Eu disse rindo. – É que eu me sinto meio... Importante! Todos precisam de mim para salvar o mundo. Isso faz bem pro ego, sabe. – Nós desatamos a rir. Mas era verdade, era assim que eu me sentia.

- E então, vamos jantar? – Minha mãe disse se levantando e estendeu uma mão para mim.

- Vamos!- Eu me levantei em um salto, com a sua ajuda, é claro.

Nós começamos a andar em direção ao refeitório.

- E então, você vai ficar aqui por quanto tempo?- Eu perguntei como quem não quer nada, mas é claro que eu me importava. Ela podia ser Filha de Poseidon e super legal, mas ainda era a minha mãe. Que mico!

- Ah, não se preocupe. – Ela disse rindo, sabendo muito bem minhas intenções ao perguntar. – Eu só vou ficar uns dias, talvez depois de amanhã eu volte para casa. É que, eu estava nostálgica e resolvi vir aqui matar minhas saudades desse lugar... E de você! É claro. – Ela explicou. Eu me limitei a rir, sem saber o que falar.

Quando chegamos ao refeitório, todos os olhares se viraram para nós. Claro, ali estavam as lendas: mãe e filha, herdeiras dos Três Grandes.

- Presumo que você vá se sentar na sua mesa. - Eu murmurei para a minha mãe.

- Sim, mas acho que vou falar com Quíron e o Sr.D antes.- Ela disse bem baixinho, se inclinando.

- Sr.D, mãe? O que houve com você?- Minha mãe me ensinou a não ter medo de nada, nem mesmo nomes, e estava os evitando.

- Saudade do velho. – Ela respondeu, e nós começamos a rir.

- Tudo bem, eu vou sentar na minha mesa. – Eu dei um beijo na bochecha dela e fui sentar na mesa do meu pai.

Eu estava lá, olhando todo mundo conversando com seus irmãos e desejei ter no mínimo um irmão, como eu fazia toda noite.

- Ela é sua mãe?- Uma voz disse ao meu lado. Eu pulei de susto.

- Porque todo mundo quer me matar? Eu tenho problemas de coração sabia!- Eu ofeguei, colocando a mão no coração.

- Oh, me desculpe. Eu não quis te assustar. - Ele corou. Ah, porque eu não tenho um irmão?

- Não, tudo bem, eu estava brincando. - Eu sorri. – Sim, ela é minha mãe. Por quê?- Eu respondi calma e doce, estava curiosa.

- É que... - Ele pareceu hesitar, estava com vergonha. –Você disse que ela parecia comigo.

Nesse momento minha mãe estava indo para a sua mesa, e quando passou por nós deu um sorriso.

- E não parece mesmo?- Eu arqueei uma sobrancelha.

- Muito. - Ele murmurou para si, olhando para a minha mãe de boca aberta. Não sei se era porque ela parecia com ele, ou porque ela era linda. – Espera, porque ela sentou naquela mesa?

-Que mesa?- Respondi meio distraída. Luke fazia uns sinais mímicos para mim da mesa de Hermes, e mexia os lábios, querendo que eu entendesse àquela distancia. Fiz um sinal de ‘o que?’ para ele. Ele revirou os olhos, bateu as mãos na mesa e fez um sinal para eu esquecer.

- Aghata!- Percy me chamou.

- Oi?- Eu respondi ainda olhando para Luke e seus sinais.

- Presta atenção! – Percy estava bravo.

- Ah, desculpe. - Fiz um sinal de depois para Luke, olhando para Percy. – O que tem a mesa da minha mãe?- Eu perguntei dando atenção a Percy e tentando ignorar os sinais desesperados que Luke fazia para mim, mas a minha visão periférica era boa de mais para isso.

- Ela não é proibida ou alguma coisa do tipo? Como as outras?- Percy perguntou cada vez mais diminuindo a voz.

- Não, Percy. - Eu ri um pouco. - Cada meio sangue fica na mesa de seu respectivo pai ou mãe olimpiana. E não é que a de Poseidon seja proibida, é que... Ele não tem filhos. Assim como Ártemis, Hera e bom, Zeus devia.

- Porque eles não têm filhos?- Ele questionou curioso. Ninguém havia falado com ele sobre isso ainda?

- Porque é proibido. Pouco depois de a minha mãe completar 17 anos, uma profecia disse que... – Estava quase falando sobre a Grande Profecia, quando eu lembrei que jogar tudo isso em cima de Percy seria fazer com ele o que fizeram comigo. - Ah, esquece. O que importa mesmo é que os filhos dos Três Grandes, Hades, Poseidon e Zeus, são muito poderosos e imprevisíveis, é um perigo para a humanidade. E para o segredo do Olimpo. – Eu expliquei baixinho, torcendo para ninguém ouvir.

- Ah. – Ele parecia desapontado. Então uma onda passou por seus olhos. Esse garoto é filho de Poseidon sim!- Espera, então quer dizer que, você acha que... A sua mãe... Meu pai é... - Ele parecia confuso, mas esperançoso.

- Sim, eu acho que você é irmão da minha mãe, Filho de Poseidon. - Eu completei por ele.

Um raio caiu do céu.

- Isso explica... - Percy parecia pensativo, murmurando seus pensamentos em voz alta.

- Explica o que?- Eu perguntei franzindo as sobrancelhas.

- Bom, é que... Um dia, eu estava em uma excursão, e uma menina me aborreceu e foi como se a água... - Ele deixou a história morrer, corando.

- A engolisse?- Eu supus.

- Sim. Eu senti uma pressão no meu estomago, e em meio segundo a garota estava na água. – Ele sussurrou, chegando cada vez mais perto e diminuindo seu tom, como se estivesse contando um segredo.

- E você viu isso acontecendo?- Eu estava intrigada, isso praticamente confirmava minhas suspeitas.

- Não, eu só ouvi as pessoas dizendo. – Ele corou.

Eu queria saber mais, queria que ele me contasse cada detalhe desse episódio, para poder esfregar na cara de umas pessoas depois.

- Percy. - A voz de Quíron ecoou atrás de nós quando eu estava prestes a perguntar mais. – Acho melhor voltar para a mesa de Hermes.

- Oh, sinto muito. Eu não sabia que era proibido sair da mesa, já que Hermes não é meu pai olimpiano. – Percy corou, abaixando sua cabeça e se levantando.

- Você é indeterminado, qualquer um pode ser seu pai. – Quíron explicou olhando para mim.

Eu fingi tossir enquanto falava ‘Poseidon’, e depois ri. Pareceu que Quíron não gostou da minha brincadeira. Ele me repreendeu com o olhar e se virou para Percy.

- Vamos, Percy. – Quíron me ignorou colocando a mão nas costas de Percy e o conduzindo de volta para a mesa de Luke.

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Notas finais do capítulo

espero que o capitulo tenha tirado as duvidas de voces sobre a Aghata ser neta de Poseidon. reviews?