A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 5
Calor e eletricidade


Notas iniciais do capítulo

bom, esse capitulo é meio... hm... diferente.



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– O seu namorado tem 16, não é?- Percy me tirou dos meus pensamentos enquanto andávamos em direção ao chalé de Hermes.

- Hã? Namorado?- Eu tive que pensar um pouco nessa pergunta, Percy nunca havia visto eu e Apolo juntos, e além do mais, Apolo tem mais de 2 mil anos. – Ah, Luke?- Eu tive que rir, todos me perguntavam isso. - Não, Luke não é meu namorado, ele é meu melhor amigo. – Eu expliquei, e Percy corou. Que fofo! Eu quero um irmão como ele.

Depois disso ele não falou mais nada, e eu estava presa em meus pensamentos para falar alguma coisa. Mas eu tinha que verificar uma coisa.

- Percy? - Eu o chamei, me virando para ele. Eu abaixei um pouco quando ele se virou para me olhar. Me concentrei em olhar em seus olhos. E lá estavam! As ondas, seus olhos verde-mar tinham ondas, agora estavam calmas, mas eu tinha certeza que quando ele ficasse nervoso elas se agitariam bastante, até tornados passariam ali. A mesma coisa que acontece com os meus raios, só que com ondas.

-Oi?- ele chamou.

-Hã? Nada- Eu sai dos meus pensamentos. Zeus, como eu estou lenta!- É... Eu tenho que ir.

Eu me virei e sai andando, em direção a Casa Grande, eu precisava falar com Quíron. De repente eu me lembrei do meu primeiro dia aqui.

-Ah, procure por Luke, ele vai te instalar no chalé. - Eu gritei sobre meu ombro para Percy.

-Quíron!- eu entrei correndo na casa, Quíron e Dionisio estavam jogando Pinoche, pra variar. – Quíron, eu preciso falar com você!

-Respeito, pirralha!- Dionísio implicou, nós brigávamos como irmãos, e nós éramos mesmo, eu não tinha medo dele, pois sabia que meu pai não o deixaria tocar em mim, eu era a preferida dele.
- Ah vá, Dionísio- Eu respondi para ele, fazendo uma cara de tédio. E não dei tempo para ele responder, me virei para Quíron e falei. – É sério Quíron, é sobre o garoto novo.

-Percy... Quer dizer, Peter Johnson?- Dionísio se intrometeu.

- Seu esforço em errar os nomes dos campistas me emociona. - Me virei com cara de ‘seu ridículo’ para Dionísio. A raiva preencheu os olhos vinho de Dionísio.

- Um dia eu ainda jogo uma maldição em você, pirralha- Um raio sacudiu o chão, Dionísio revirou os olhos e eu sorri triunfando.

- Otário- Eu ri baixinho da cara dele. - Quíron, eu acho que ele é Filho de Poseidon. – TROW. Outro raio.

-Cuidado com os nomes. – Quíron advertiu. – É, eu também acho, mas anunciá-lo como tal aborreceria seu pai.

-Mas se ele é, o que meu pai e nós podemos fazer?- Eu perguntei indignada, ele poderia ser meu tio, mas eu o trataria como um irmão, o irmão que eu nunca tive.

- Eu tenho uma idéia- Dionísio se intrometeu de novo, dando um sorriso diabólico.

-Não, Sr.D, nós não vamos transformá-lo em uma videira. - Quíron suspirou, rolando os olhos.

-Ótimo, estraga prazeres, só estava dando a minha opinião- Ele parecia ofendido, pois se levantou, e fez uma cara como se Quíron acabasse de dizer que ser o Deus do vinho era inútil, o que eu pensava que era mesmo. Ele apontou para mim - E essa ai podia ser transformada também. – Eu mostrei minha língua para ele, - uma reação infantil, mas eu me divertia dando uma de neném com Dionísio-. E então se virou e saiu batendo o pé.

- E então? Nada que possamos fazer?- Eu perguntei para Quíron, ele parecia desapontado.

- Infelizmente não, teremos que esperar até que Poseidon o anuncie como filho, e torcer para que isso seja antes que seu pai resolva matá-lo. – Outro raio.

- É, acho que não vai demorar muito para isso acontecer.



Depois de uma conversa frustrada com Quíron, passei o resto do dia na colina, conversando com Thalia, o pinheiro e lendo um livro em grego. Não estava com a mínima paciência para treinar.
Quando percebi já havia anoitecido, algumas ninfas estavam voltando para a floresta, e harpias me olhavam com tentação, elas eram de arrepiar, mas meu humor não estava nada bom.

- Sai fora!- Gritei para elas impaciente, toda corajosa, mas no fundo estava torcendo para elas me obedecerem. Um dia essa minha informalidade me mata.

Fui correndo para o meu chalé, também não estava com paciência para ir ao jantar, eu pegaria alguma coisa pra comer no meu chalé. Dei sorrisos e ‘oi’ simpáticos para o numero de pessoas suficiente para Quíron não vir atrás de mim, ele sabia que às vezes eu não ia ao jantar porque não queria.

Eu estava deitada no meu chalé, virada para a parede, pensando em tudo que acontecera. Não estava conseguindo dormir de jeito nenhum.

Eu comecei a pensar em tudo e todos que eu sentia falta, minha vida antiga, a ação das minhas missões, Luke, minha mãe, Afrodite, o Olimpo e principalmente Apolo.

Apolo... O nome dele fez me sentir vazia, porque ele não estava aqui. Uma lágrima correu pelo meu rosto, eu peguei um travesseiro que estava ao meu lado e abracei, deixando que as lágrimas e soluços viessem, chorando com saudade da pessoa que mais me faz bem no mundo, coisa que eu fazia muito ultimamente.

Eu senti uma coisa quente e macia tocando delicadamente meu rosto, eu me virei rapidamente, pronta para pegar Alexis do meu cabelo. Quando eu vi quem era, meu coração parou e voltou a bater em um ritmo calmo, meu mundo estava em paz outra vez. Uma reação que só ele conseguia causar em mim.

Um garoto de 16 anos, feições elegantes e atléticas, de olhos amarelos como o Sol estava parado ao lado da minha cama, com uma expressão triste e sua mão estava a centímetros do meu rosto, hesitante.

Minha primeira reação natural foi me levantar e pular nele, dando um abraço apertado com um sorriso de orelha a orelha.

- Ei, senti sua falta- ele disse no meu ouvido, apertando mais ainda o abraço.

- Apolo! Como eu senti saudade!- Eu estava eufórica.
Ele me colocou na cama de novo, sentando ao meu lado, com um sorriso brilhante. Eu me sentei em seu colo e me aninhei em seu peito. Ele passou os braços a minha volta e me apertou contra ele.

- Eu sinto muito por não ter vindo ontem quando você me pediu. - Ele disse e eu corei, não era para ele ter ouvido, era só brincadeira.

- Eu queria que você estivesse comigo ontem, foi muito difícil. - eu confessei, uma coisa que eu odiava fazer.

- Era por isso que você estava chorando agora? Por mim?- Ele perguntou afagando meu cabelo.

Eu decidi que seria naquele momento, nós estávamos naquele romance há um ano e meio e ele não havia dito ainda. Normalmente isso seria contra as minhas regras, mas eu precisava ouvir, então, eu decidi tomar a iniciativa.

- Apolo, eu... Eu... t-te- eu tentei dizer mas minha boca secou totalmente.

- Eu te amo, Aghata- Ele me interrompeu e beijou minha testa.
Eu levantei a cabeça e dei um beijo nele, puxando sua nuca para mim. O beijo começou doce e calmo, mas logo nós estávamos matando toda nossa saudade com ele.

Uma das suas mãos pressionava minha cintura e a outra puxava minha perna. Uma mão minha se manteve na sua nuca, puxando seus cabelos e a outra passeava por sua barriga definida e quente.
Quando ele puxou minha perna para si, eu me sentei em seu quadril, colocando uma perna dobrada em cada lado do seu corpo, eu estava agindo pelo calor do momento, literalmente. A cada segundo Apolo ficava mais e mais quente, literalmente também.
Ele deu um gemido fraco que me fez corar, e começou a passar os dedos delicadamente nas minhas costas por dentro da blusa, me arrepiando.

Ele parou de fazer carinho nas minhas costas e delicadamente foi traçando um caminho até minhas costelas e apertou a mão ali, me pressionando mais contra ele. Eu agindo por impulso subi sua mão até o meu seio.

É, eu confesso, eu estava bem atiradinha, mas, nós namorávamos há 1 ano e meio. Nós nunca chegamos a isso antes, sempre alguém atrapalhava a gente, mas hoje, não havia ninguém ali, e ele acabara de dizer que me ama! Me dá um desconto!

Ele pareceu hesitar quando eu levantei sua mão, então eu deixei o beijo calmo, mas apertei meu corpo contra ele e finquei minha mão em seus cabelos. Eu acho que deu certo, porque ele deu um fraco gemido e apertou meu seio. Cara, isso estava indo longe demais, mas eu não estava disposta a parar.

Alguma coisa me disse que era melhor parar, ou haveria alguns raios aqui perto.

Eu peguei seu rosto em minhas mãos e parei o beijo dando um selinho.

-Eu também te amo, Deus do Sol. - Eu sorri e me aconcheguei em seu peito. Ele me abraçou.

- Eu venho te visitar assim que eu puder, e dessa vez eu não vou demorar.

-Promete?- Eu estendi meu dedinho mindinho, rindo. Ele deu uma gargalhada que fez meu coração parar de novo.

- Prometo- Ele entrelaçou o dedinho no meu, embrulhou minha mão na dele e a levou ao seu coração- Viu? Você me faz sentir humano.

- Acho que você pode ouvir o meu- Eu corei, colocando meu rosto em seu peito. Ele deu um beijo na minha testa.

- Eu tenho que ir- Ele disse em um tom triste, depois de ficarmos abraçados conversando alguns minutos.

-Já? Mas o sol nem vai nascer ainda. - Eu choraminguei como uma criancinha.

- Japão, sempre me dando trabalho- Ele suspirou teatralmente, ou não, Apolo era diferente e menos infantil comigo, mas ele tem seus momentos.

Eu ri e dei um beijo nele, doce dessa vez.

- Eu te amo- Eu corei.

-Eu também te amo, mais do que você imagina.

Então ele se levantou e tudo começou a brilhar, tirei os olhos rapidamente da cena, antes que eu virasse pó. Se um dia eu virar uma deusa eu vou ficar olhando todo deus em sua forma divina, não vou nem piscar, porque, o que pode haver de tão divino?

Minha cama ficava tão vazia e fria sem ele, eu suspirei. Meu colar ficou quente de novo, me confortando.

O meu colar em forma de sol quem me deu foi o próprio, ele disse que eu nunca sentiria frio ou sozinha enquanto ele me amasse, e eu usasse o colar, o que eu espero que seja pra sempre. Era a benção dele, uma das muitas ajudas que os deuses me deram.
Quando eu consegui dormir, meu sono estava profundo e bom, conseqüência de ver Apolo.

No meu sonho eu estava em uma sala branca, com um sol pintado na parede central, que brilhava de verdade, havia dois tronos na frente dessa parede. Um trono era dourado, e havia um enorme arco de ouro ao seu lado, e ao lado do trono de ouro, havia um de prata, que parecia estar ligado a um gerador de energia, e ao seu lado estava um mini raio mestre. A princípio eu pensei que fosse o trono de Apolo e o de meu pai, mas o trono que seria do meu pai era muito delicado e pequeno para a forma que meu pai assumia no Olimpo, então eu pensei que seria o de Ártemis, mas aquele era o palácio de Apolo, e Ártemis evitava o irmão. E eletricidade? Faria mais sentido de houvesse um arco de prata e um cão, ou algum animal.

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Notas finais do capítulo

reviews?