A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 28
Percabeth


Notas iniciais do capítulo

gente, esse capitulo ficou péssimo! mas eu juro que fiz o melhor que eu pude, mas eu não consigo escrever com um personagem que não é meu (percy tecnicamente é meu, mas...) ok. descupe mesmo!



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- Meu filho!

 

Nós todos olhamos para trás, para descobrir de quem era aquela voz afetada. Uma silhueta de uma mulher estava parada a 6 metros de nós. A fraca luz do longo corredor em que ela estava só me permitia ver seus cabelos brancos e seus olhos nublados.

 

- Meu filho!- Ela repetiu praticamente correndo até nós. – Meu filho!- Ela correu até Luke, colocando as mãos no rosto dele, lágrimas corriam por seus olhos.

 

- Mãe. – Luke murmurou paralisado, olhando para a mulher. Sua voz estava cheia de repulsa, seus olhos azuis fulminavam a mulher que olhava para ele admirada.

 

- Tia May... – Aghata a chamou, quase sorrindo. – Quer dizer, Sra Castellan. – A mulher tirou seus olhos molhados do rosto de Luke com relutância e se virou para Aghata.

 

- Eu sou Agh...

 

- Você!- A mulher começou a olhar para Aghata com raiva aparente, seu rosto passou de emocionado a possesso. O mais estranho de tudo eram seus olhos, eles tinham um estranho brilho verde. – Você. – Ela repetiu murmurando. – Ruína. Dele.

 

- Senhora?- Annabeth se pronunciou, tentando ir para frente, mas eu apertei mais ainda meu braço em sua cintura, prendendo-a a mim.

 

- Não faça isso. – Sussurrei.

 

- Assassino!- Ela apontou para mim, seus olhos estavam desesperados, voando de um lado para o outro.

 

- Você! Traidora!- Ela apontou para Annabeth.

 

- Epa, epa. – Eu me pronunciei em defesa de Annabeth, me colocando a frente dela.

 

- Percy... – Annabeth colocou a mão em meu ombro, me puxando para trás.

 

- Não, Annabeth. Vamos sair daqui. – Comecei a puxá-la comigo.

 

- Percy, fique. – A voz de Aghata estava embargada, mas ainda dura e poderosa, aquela convicção que ela passava quando falava. – Ela não nos machucará. – Apesar da certeza na voz, ela não tirara os olhos da mãe de Luke, sua expressão parecia perturbada, Luke tinha a mesma expressão. Eles eram tão iguais que me causava arrepios.

 

- Fique, meu filho. – Ela colocou uma mão no rosto de Luke, o brilho verde em seus olhos tinha sumido. – Eu fiz sanduiches de pasta de amendoim para você. – Ela sorriu maternalmente, mas algo naquele sorriso me passava a impressão de que ela era maníaca, talvez seus olhos nublados arregalados.

 

- Eu não ficarei. – A voz de Luke foi dura, mas vacilou.

 

- Como não? - Ela se desesperou. – Olhe para essa casa, seu pai a construiu para mim. – Ela sorriu maníaca, abrindo os braços indicando a casa inteira. – Ele disse que aqui você me encontraria mais fácil, e mais ninguém me machucaria. – Ela se acalmou. – Ele disse que só você poderia entrar aqui. Você me achou, meu filho. – Ela suspirou apoiando a cabeça no peito de Luke, embalando seu corpo ereto com seus braços pálidos.

 

- Eu não ficarei. – Luke começou a se separar dela.

 

- Como não, meu filho?- Ela se desesperou de novo, começando a gritar. – Eu te esperei todo esse tempo, você saiu para comprar leite e demorou tanto tempo, estive preocupada.

 

- Luke, é melhor ficarmos. – Aghata tirou os olhos molhados de May Castellan para Luke. – Hoje. – Uma lágrima correu por sua bochecha.

 

- Ah, que maravilhoso! – May sorriu. – Eu tenho cômodos para todos vocês! – Ela se virou e começou a saltitar pelo corredor, sua silhueta sumia cada vez mais nas sombras.

 

- VENHAM! – A voz dela ecoou pelo corredor, mas não tinha mais aquele tom doce e maníaco, parecia mais como uma mãe brava, muito brava. – Venham, queridos. – Ela disse doce.

 

Depois de algum tempo, todos nós estávamos acomodados em quartos. Luke, o precioso, estava em um quarto no final do corredor, mas acabou indo para o quarto de Aghata. Ethan ficou em um quarto ao lado do de Aghata. E eu e Annabeth ficamos em um, cujo só tinha uma cama de casal.

 

- E então?- Annabeth murmurou quando olhou a única cama no quarto, soltando minha mão e corando.

 

- Você dorme em cima, eu durmo no chão. – Eu joguei minha mochila no chão. Antes que Annabeth pudesse responder alguém abriu correndo a porta.

 

- Nós não vamos ficar sozinhos nessa. – Aghata arfou, puxando meu braço e o de Annabeth para fora do quarto, enquanto Luke puxava sua cintura com uma cara de assustado, como se estivessem sendo puxados para o Tártaro. Comecei a rir descontroladamente deles, me deixando ser puxado também.

 

Quando vi quem os puxava, meu sorriso fechou na hora. Não era o Tártaro, mas era como lá. A mãe de Luke puxava sua cintura com aquele sorriso psicótico para a cozinha.

 

- Venha, meu filho. Venha comer os sanduíches que eu fiz para você. Sabia que voltaria morto de fome. – Ela disse e riu, uma risada maníaca. – Sanduiche de pasta de amendoim, sempre seu preferido.

 

- Hehe. – Ele forçou um sorriso pra mãe. – Aghata, fale uma daquelas mentiras e nos tire dessa. – Luke sussurrou pra ela.

 

- O que?! – Ela sussurrou em resposta, imitando um grito. – A mãe é sua!

 

- Mas você é boa com mentiras.

 

- Espero que isso não tenha duplo sentido. – Ela semicerrou os olhos para ele, mas se recompôs, nos soltou e pigarreou.

 

- Senhora Castellan, nós não estamos com fome, Luke comeu na est...

 

- Cale a boca. – Ela ordenou, seus olhos estavam com aquele brilho verde e selvagem de novo. Aghata se calou na hora, escondendo uma cara de medo. Nunca vira alguém mandar em Aghata. – Você não tem direito a nada, não tem direito de falar nada. Nenhum de vocês tem. Vocês traíram meu filho. – Ela foi chegando perto apontando um dedo para Aghata, cuja estava imóvel e assustada.

 

- Mãe. – Luke entrou na frente de Aghata, protegendo-a. – Deixe Aghata fora disso. – Seu tom era protetor e poderoso, mas era tão perigoso que fez os pelos da minha nuca eriçarem.

 

- Meu filho! – May levantou a voz, apesar de ter um tom de resmungo. – Ela o traiu! Ela não te escolheu!

 

- Isso não é importante para você, você não tem nada a ver com isso.

 

- Claro que tenho! Você é meu filho!

 

- Aghata faz as escolhas que ela quiser. – Seu tom foi duro e impaciente, ele cerrou os punhos e ameaçou a mãe só com o olhar.

 

- Luke... – Aghata sussurrou para ele, colocando a mão em seu braço, Luke pareceu acalmar imediatamente com o toque. – Não precisa fazer isso, eu sei me defender. Sei quando alguém está certo, e ela está certa.

 

- Não, ela não está certa. Isso é a opinião dela, ela não deveria descontar em você. - Ele rebateu. Mas ao contrário do tom que ele usou com sua mãe, agora estava muito calmo.

 

- Luke, ela é mãe. Ela tem todo o direito. – Por Aghata ter usado aquele tom ‘sem mais discussão, eu sou Filha de Zeus’, Luke se calou. – Cada mãe sabe o que é melhor para o seu filho. Eu vou dar uma volta, depois eu volto. – E se virou para a porta, mas Luke segurou seu braço.

 

- Não precisa fazer isso. – Ele sussurrou.

 

- Eu quero fazer isso. – Ela respondeu, Luke soltou seu braço e ela começou a andar para fora da casa.

 

- O que está acontecendo? – Ethan apareceu na porta de seu quarto com os cabelos loiros bagunçados e uma marca de travesseiro na bochecha.

 

- Ah, você também pode comer, querido!

 

 

- URGH! – Assim que a senhora Castellan se virou, joguei meu sanduiche de pasta de amendoim mofado pela janela. – Mães sabem o que é melhor pro filho o caramba, a Aghata queria era se livrar disso.

 

- Sortuda. – Ethan murmurou mal humorado.

 

- Querido, você já terminou seu sanduiche?- Ela se virou para mim, apontando com uma enorme colher de pau para o prato a minha frente vazio.

 

- Ah, sim, estava com muita fome. – Coloquei a mão na barriga e forcei um sorriso.

 

- Ah, então você pode ir brincar no quintal. – Essa passou a mão no meu cabelo.

 

- Tudo bem!- Achei estranho o termo ‘brincar no quintal’ mas tudo era bom perto de comer outro desses sanduiches.

 

- Ah, eu também acabei. – todos jogaram seus sanduíches pela janela também.

 

- Não senhores, vão ter que comer outro!- Ela deu uma colherada fraca na cabeça de Luke.

 

- Tchau. HAHAHAHA. – Eu ri da cara deles, me levantei e sai correndo da cozinha.

 

Quando cheguei ao quintal gramado atrás da casa, não vi o que eu esperava. Um canteiro de flores mortas estava preto junto ao muro invisível que protegia a casa. Muro invisível não, escudo invisível. Ao contrário do que eu pensei, Aghata não estava ali. Essa garota some.

 

- Muito espertinho você. – Senti um metal na minha garganta, ameaçando me matar.

 

- Annabeth. – Murmurei, levando minha mão ao meu bolso com cuidado.

 

- Nananinanão. – Ela murmurou no meu ouvido e jogou a caneta no chão, longe de mim.

 

Saí correndo para pegar Contracorrente, para minha surpresa Annabeth deixou.

 

- Vai brincar com o canivete ai? – Destampei Contracorrente, fazendo-a se transformar na espada de bronze celestial.

 

- É uma faca. – Ela investiu a faca contra o meu peito, mas eu bloqueei com minha espada.

 

- Exatamente!- Eu ri e avancei com contracorrente em sua cintura. Ela pulou para o lado, fugindo de meu golpe. Ela não respondeu, apenas fechou a cara e avançou com a faca no meu peito de novo. – Não tem graça quando você luta com uma faca e eu com uma espada, é injusto. – Eu disse depois de atirar sua faca longe com Contracorrente.

 

- Ótimo então, vamos equilibrar isso. – Ela deu um sorriso sapeca e sacou uma espada de sua cintura. – Vamos lá!- Ela me atacou com a lateral da espada, me jogando no chão com facilidade.

 

- Ai!- Reclamei, batendo a bunda na grama. Suspirei e deitei na grama, olhando o céu azul.

 

- É lindo, não é?- Annabeth se deitou ao meu lado, bem ao meu lado. – Em New York você simplesmente não vê um céu assim.

 

- Você é mais bonita. – Eu disse sem perceber, Annabeth virou o rosto vermelho para mim e sorriu.

 

- Você também é bonito, Cabeça de Alga. – Ela murmurou, voltando seu rosto para o céu, mas pude perceber o rubor ficando mais forte em sua bochecha.

 

- Annabeth... – eu murmurei, mas deixei a frase morrer.

 

- O que foi, Cabeça de Alga?

 

- Certas coisas na vida, a gente simplesmente não sabe falar, só sabe pensar e... – Deixei a frase morrer de novo, corando só com o pensamento.

 

- O que você quer me falar?- Annabeth virou o rosto pra mim, com o nariz quase encostando ao meu.

 

- Que... Eu... Talvez... Quem sabe... – Minha garganta travou, eu simplesmente não conseguia falar.

 

- O que você quer falar, Percy?- Ela sorriu, roçando seu nariz ao meu.

 

- Você. Eu. Amar. – Soltei de uma vez, sem saber se isso tinha sentido algum.

 

- Você o que?- Ela sorriu mais ainda, me dando um beijo na bochecha.

 

- Amo.

 

- Quem?- Ela roçou sua bochecha na minha e me deu outro beijo na bochecha.

 

- Você. – Eu disse, foi a minha vez de beijá-la, mas nos lábios.

 

Só havia uma sensação melhor que estar na água pra mim: beijar Annabeth, sentir que ela era minha.

 

- Sabia que quando você me beija, é como uma... – Annabeth sorriu, apoiando a cabeça no meu peito. – uma...

 

- Explosão? – Eu sugeri.

 

- Sim! É exatamente isso!- Ela sorriu pra mim, virando a cabeça. – Acontece com você também?

 

- O tempo inteiro. Não só quando nos beijamos, mas quando estamos perto, ou nos tocamos.

 

- Quando nos tocamos é como um choque!- Ela disse rindo e eu sorri, peguei o braço dela com a mão.

 

- O que foi?- Ela ergueu as sobrancelhas.

 

- Só pra te dar choque. – Eu disse rindo.

 

- Ah, seu cabeça de alga... – Ela sorriu, se levantando. Levantei-me rapidamente e comecei a correr, com ela me seguindo.

 

- LALALA. – Nós corríamos de um lado para o outro no quintal.

 

- Eu te pego.

 

- Me pega então, Sabidinha.- Eu ri.

 

- Então tá – Ela pegou impulso e se jogou em cima de mim, foi tão rápido que eu só pude abrir os braços para segurá-la.

 

Nós saímos rolando na grama abraçados, ela não se machucou nada, mas no final, eu estava todo sujo e arranhado. Fomos parados pela fonte de Hermes que ficava no centro do quintal, batendo as costas no gesso.

 

- Ai!- Nós reclamamos, sentados lado a lado, olhamos um para o outro e começamos a rir descontroladamente.

 

- AI!- Annabeth reclamou quando bateu a cabeça na fonte. - Percy, só pra avisar caso eu morra de traumatismo craniano ou algo do tipo, – Annabeth agarrou minha mão. – eu também te amo.

 

Eu sorri e a beijei, segurando seu rosto com a mão que ela não estava segurando.

 

- Ei, pombinhos, entrem!- Aghata chamou da porta. – Está chovendo!

 

Assim que ela disse percebi que estávamos molhados, por isso estava me sentindo tão bem – tirando estar com Annabeth, claro.

 

 

- Você não vai dormir no chão. – Annabeth rolou os olhos, me olhando da cama. – Isso é ridículo, você cabe aqui.

 

- Annabeth, está tudo bem. – Eu me aconcheguei no chão. – Mesmo.

 

- Então eu durmo no chão com você. – Ela pulou da cama ao meu lado, ouvi sua perna estralar, mas ela não deu muita importância.

 

- Boba. – Eu ri, abraçando-a por trás. - Você está com sono? – Sussurrei em seu ouvido.

 

- Não e você?- Ela se virou para mim.

 

- Também não. Ótimo, então assim você pode me explicar o que aconteceu quando chegamos. Meu ignorante Cérebro-de-Não-Filho-de-Atena não conseguiu captar.

 

- Cérebro-de-Não-Filho-de-Atena?- Ela riu. - Deuses, Percy, como você é bobo!

 

- Então, porque a mãe de Luke é doida e tem um brilho verde nos olhos?

 

- Ela tentou ser o oráculo há muitos anos, porque tinha visões do futuro, mas uma maldição de Hades sobre a garota em que o espírito de Delfos residia a deixou louca, assim, agora ela tem visões do destino de Luke.

 

- O que aconteceu com Aghata pra ficar emocionada? Eu nunca a vi chorar, cheguei até a pensar que seu corpo não produzisse lágrimas.

 

- Ela tem um sonho humilde para uma filha de Zeus: ser mãe. – Ela respondeu. – Ela diz que é a única coisa que ela ainda não pode alcançar, a única coisa que é impossível por enquanto. E ela diz que não há amor maior que o maternal.

 

- Parece pouca coisa para uma garota perfeitinha como ela.

 

- E é, mas Aghata é assim. Ela sonha baixo, não tem grandes esperanças. Quando você a conhece bem, percebe que ela não é perfeita, só aparenta. Aquela garota é uma guerra por dentro.

 

- Ela é de ferro, nunca vi alguém a abalar e comandá-la como a mãe de Luke fez.

 

- Aghata entende a mãe de Luke, entende que tudo que ela faz é pelo filho. Aghata desenvolveu um lado sensível que os Filhos de Zeus não têm.

 

- Ela é muito sortuda, isso sim.

 

- É, ela tem sorte. Mas eu acho que eu tenho mais. – Ela sorriu.

 

- Por quê?- Eu ergui as sobrancelhas.

 

- Porque eu tenho você.

 

- Ela tem Apolo.

 

- E daí? Você é bem melhor. – Ela sorriu, e eu a acompanhei. – AI, QUE CALOR. – Ela começou a ficar vermelha de repente, uma gota de suor escorreu por sua testa.

 

- É, acho que Apolo não gostou muito desse seu comentário. – Eu ri.

 

- Parece que ele só é um sujeito legal com Aghata.

 

- Viu? Mais um motivo para você ser melhor que ele. Você é legal com todo mundo.

 

- Especialmente com você. – Eu sorri e a beijei. Aquela explosão que nós estávamos conversando sobre me atingiu.

 

- Boom!- Eu ri, quando ela entendeu o que era riu também.

 

- Explosão?

 

- Sempre. – Eu sorri e ela me deu um beijo rápido, mas carinhoso.

 

- Boa noite. Eu te amo. – Eu murmurei. – Muito. – Completei.

 

- Eu também te amo, Cabeça de Alga. – Ela apoiou a cabeça no meu peito.

 

Estar com Annabeth era maravilhoso, ela sempre me fazia sentir completo. Minha reação física era estranha, mas muito boa. Minha pele começava a ficar quente onde nós nos tocávamos, era simplesmente... Perfeito.

 

Perfeita talvez seja um bom adjetivo para ela. 

 


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Notas finais do capítulo

ah, eu não criei a tia may, ok? ela é do tio rick. então não reclamem comigo se ela é esquisita. hahahaha quero reviews, muuitos.