A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 2
Um Sonho, o Sol e um Fugitivo.


Notas iniciais do capítulo

adorei os reviews, obrigada gente.
mas,tem tanta gente lendo a fic, e só 6 reviews.
pode comentar, nem que seja pra criticar
tá ai, mais um capitulo pra voces



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- Co-como assim u-um filho dos Três Grandes?- Luke perguntou meio apavorado e amedrontado, totalmente diferente do Luke que eu admirava.

- Sim, o oráculo disse que a minha maldição, poderia não ser minha, poderia ser de outra pessoa, da esperança poderosa que batia a minha porta, só pode ser sobre a Grande Profecia, e um semideus dos Três Grandes, é a minha salvação- Eu estava tão empolgada com aquilo, assim eu não teria que possivelmente morrer para salvar o Olimpo e eu esperava que Luke, como sempre fazia, compartilhasse isso comigo. Mas ele parecia atordoado, como se alguma coisa tivesse dado extremamente errado em sua vida. –Luke, você está bem? – eu perguntei, colocando a mão em seu braço definido, confortando-o, por puro impulso.

-S-sim, e-está- Ele me olhou nos olhos com o rosto a centímetros do meu, como se estivesse me pedindo alguma coisa, algo que ele não podia e não deveria pedir. Como se aquela fosse a ultima vez que nós nos veríamos. Ele sacudiu a cabeça, tentando se livrar da gagueira e continuou – Eu vou ver se alguém do chalé de Hermes precisa de mim. – E saiu cambaleando colina abaixo, o que eu achei bem estranho, considerando o fato de que ele é bem gracioso.

- Estranho... - Eu murmurei para mim mesma, enquanto observava Luke ir direto para a floresta, desviando dos campistas de Hermes, ao contrário do que ele disse que faria- O que será que aconteceu com ele?

- Você sabe... - A voz de Annabeth do meu lado me fez pular, ela estava tão calada que eu havia esquecido que ela estava ali- Só não quer acreditar- Ela completou. Eu corei, por dois motivos: ela me pegou falando com um pinheiro, e ela estava errada, eu não sabia, mas eu não admitiria isso nunca, meu orgulho é o meu defeito mortal.

- E porque seria isso? – Eu dei uma de quem sabia, fazendo-a falar, e no final diria que eu sempre soube. Eu tenho os meus momentos.

- Aghata! Ele te ama, e não é só como amiga, e o fato de você não ser a criança da profecia te torna inútil para Cronos e os outros titãs- Ela explicou, não demonstrando nenhuma raiva ou mágoa, mas eu sabia que Annabeth era boa em esconder emoções, assim como eu. O ciúme para qualquer um que a conhecesse era evidente.

-Annabeth... - eu tentei contrariar, mas ela logo me cortou, um flash passou por seus olhos cinza tempestade, demonstrando uma pontada de raiva, quando ela se levantou e virou para mim novamente.

- Não Aghata, ele te ama, ele tem esperanças que um dia vocês fiquem juntos, não importa se você é a criança da profecia, ele te protegerá de tudo, mais até do que a minha mãe te protege!- Ela estava começando a gritar, eu estava ficando irritada, ela não percebia que eu não tinha culpa.

- Annabeth! – eu levantei e segurei seu ombro entre as minhas mãos, fazendo-a olhar em meus olhos, que a esse momento eu tinha certeza que estava reluzindo de raios, dando um choque leve nela- Olhe o que você está falando! Você é a preferida da sua mãe, ela se orgulha muito de você! Ela te ama, mais do que você imagina!- Eu gritei para ela, tentando manter o tom de voz calmo. Ela fechou os olhos.

- Me. Solta. – ela disse pressionando os lábios, em um tom de voz que eriçou os pelos da minha nuca.

- Não, Annabeth, você não pode se sentir assim, é assim que Cronos quer! Ele quer revolta. - Eu disse calma, tentando a acalmar, e então ela abriu os olhos, e naquele instante eu quis sair correndo, abrir Aegis e gritar pela minha mãe. Os olhos tempestade dela estavam faiscando, como se fosse Filha de Zeus, nem meus olhos ficavam assim quando eu estava brava.

- Me solta- ela repetiu, e eu não hesitei em fazê-lo, eu estava com mais medo dela do que do próprio Cronos.

E ela saiu correndo colina abaixo, e de lá de cima eu pude vê-la entrando no Chalé 6, limpando uma lágrima que corria por sua bochecha.

Eu sentia como se estivesse perdendo mais uma pessoa, duvidava que fosse Annabeth, ela é bem inteligente para fazer uma estupidez dessas. Me sentia magoada por adiantamento.

Fiquei ali, sentada embaixo do enorme pinheiro, olhando o Sol. Queria tanto que ele me ajudasse, que ele descesse aqui e me abraçasse com aquele calor que emanava dele, mas isso era impossível, eu ainda não poderia ter isso. E cada vez que eu pensava, eu me sentia mais e mais triste, e necessitada do Sol, quando de repente eu notei que o Sol começou a brilhar mais, e meu colar em forma de sol estava quente, mas de um jeito confortável, em minha pele. Eu olhei colina abaixo para ver se era o que eu estava pensando, o acampamento estava coberto por uma luz fraca de sol, enquanto eu brilhava de tão iluminada. Era isso mesmo, ele estava pensando em mim, e ele também queria estar aqui comigo. Esse era o modo dele de me dizer isso, como ele me prometeu um dia.

Eu fiquei ali, pensando nele até o sol se por, e eu pensei: sabe Senhor Deus do Sol, agora é um bom momento para me visitar. E ri um pouco, eu estava pensando comigo mesma, eu achava difícil ele vir me visitar com as brigas no Olimpo por causa do roubo do raio do meu pai.

Quando a lua já estava no topo do céu, resolvi ir para o meu chalé, triste e solitário. Eu, que sempre quis ter irmãos, dormia sozinha em um chalé, enquanto todos que tinham seus vários irmãos reclamavam.

Quando eu estava a caminho da minha cabine lembrei que já estava na hora do jantar, eu podia estar meio triste antes, mas as ‘‘palavras’’ do Sol me deixaram nas nuvens, mais animada. É, a pessoa é bipolar.

Cheguei ao refeitório e sentei na minha mesa sozinha, pra variar. Passei os olhos na mesa de Hermes, só pra me decepcionar, o representante do Chalé 11 não estava lá. Continuei procurando, e então meus olhos encontraram a mesa 3, a mesa de Poseidon. Estava vazia, devido à promessa dos Três Grandes de nunca mais terem filhos com mortais, e mesmo assim, a mesa de Zeus não está vazia, eu estou aqui, a quebra de promessa em pessoa. Mas eu não tinha culpa, quem fez a promessa foi meu pai, não eu. Mas, se Zeus tinha quebrado a promessa, porque Poseidon e Hades não faziam o mesmo? Se um pode, todos podem. E então eu me lembrei da minha profecia, um deles havia quebrado a promessa.

Após comer e fazer a minha oferenda a Zeus, e Zéfiro pelo pequeno favor, eu fui deitar, não consegui dormir direito, como sempre, quando consegui dormir eram quase 3 horas. Tive um pesadelo horrível, pesadelos de meio-sangues não são pesadelos. Nele, um par de olhos verdes como o mar corria na escuridão, uma coisa brilhante caia do céu, na direção daqueles olhos, um grito de um garoto correu por toda a sala, e de repente, aquele objeto brilhante caiu no chão, e no exato momento do grito, o salão se iluminou, revelando um cão de três cabeças rosnando para uma pessoa invisível.

Acordei gritando, toda suada. Olhei no relógio e percebi que eram quase 8 horas, dali a alguns minutos, o acampamento estaria acordando, então resolvi pensar um pouco sobre o sonho.

O cão de três cabeças com toda certeza era Cérbero, o guardião do reino de meu tio Hades, o que significa que o sonho se passava no Mundo Inferior. A pessoa para quem o cão rosnava estava invisível, ela teria que ter algo que a deixasse assim, o que me lembra o boné dos Yankees de Annabeth, será que era ela? Mas o que mais me preocupava eram os olhos verdes como mar, aqueles olhos eu só vira duas vezes na vida: os de Poseidon e os de minha mãe, filha do próprio.

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Notas finais do capítulo

reviews?