Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 62
Atos de Guerra - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, bloqueio criativo tenso por aqui.

Capítulo alternativo nos comentários do anterior. YEY!



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Tony Stark estava sentado em seu laboratório, vendo como conseguiria trazer Visão de volta. Ele estava inconsciente desde a batalha contra os alienígenas verdes, e Tony não sabia como faria para reanima-lo.

Pelo que sabia, o corpo de Visão fora construído por Ultron com a tecnologia da I.M.A. O paradeiro atual de Ultron era desconhecido, e a I.M.A. havia se agrupado em Antigua y Barbuda e, desde então, estado fora de atividade.

A porta do laboratório se abriu e Wanda Maximoff entrou. Ela parecia nervosa.

— Onde está Pietro, Tony? Estou preocupada com ele. Ele algemou todos nós e então foi atrás de vocês. Por favor, me diga que ele está bem.

O Homem de Ferro engoliu em seco.

— Aquele não era o verdadeiro Pietro. Era um alienígena metamorfo que tomou a forma dele.

Wanda cerrou os punhos, temendo saber o que viria a seguir.

— E onde está... o verdadeiro Pietro?

­— Ele foi morto pelo Alto Evolucionário.

A dor que a Feiticeira Escarlate sentiu em seu peito surgiu repentinamente, mas era lancinante. Ela caiu de joelhos, derretendo-se aos prantos. Sentia-se só.

Mercúrio era o único familiar que lhe restava desde a morte de seus pais e da revelação da verdadeira face do Alto Evolucionário. Os Vingadores de fato os haviam acolhido, porém não havia um sentimento real entre ela e os demais membros.

Exceto Visão. Ele fora de fato gentil com ela, e fora a favor da estadia dela ali desde o princípio. Enquanto os demais pareciam interessados apenas no que ela poderia oferecer à equipe com seus grandes poderes, Visão de fato pensara nela como pessoa.

Ela respirou fundo e se aproximou de Tony.

— Há algo que eu possa fazer por Visão?

Ele a encarou de volta, surpreso com a pergunta.

— Duvido muito. Se eu não consigo sequer compreender como funciona o sistema dele...

Então, antes que ele pudesse reagir, ela estava com a mão perto do rosto de Visão.

— O que você está fazendo?!

Wanda fechou os olhos e se concentrou. Quando abriu seus olhos, Visão a encarava de perto. Ela suspirou aliviada. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, contudo, as memórias de Mercúrio retornaram em uma pontada.

Foi no exato instante em que um comunicador com o símbolo dos Vingadores colocado sobre a mesa apitou. A voz do Capitão América saiu dela.

Tony, sei que não somos mais da mesma equipe, mas é hora de trabalharmos juntos. Os alienígenas estão explodindo vários prédios ao mesmo tempo. Em muitos lugares. Harlem, Hell’s Kitchen, Queens, Greenwich... Pedi para que enviassem as coordenadas para Sexta-Feira. Veja o que pode fazer.

Stark correu até o comunicador e pressionou um botão.

— Positivo, Steve. Enviarei os Vingadores.

Ele soltou do comunicador e se aproximou de Wanda e Visão.

— Visão, está bem o suficiente para trabalhar?

— Sim, senhor Stark.

— Ótimo. E você, Wanda?

Ela assentiu.

— Melhor ainda. Escutem, avisem todos de que vamos sair. E digam para a garota ficar por aqui, vamos leva-la para a fortaleza assim que retornarmos.

— O que você vai fazer?

Tony não respondeu ao sair do laboratório. Então, cruzou o corredor até chegar ao elevador. Subiu até seu quarto, onde havia uma foto dele com Pepper. Stark se deitou na cama, triste.

— Eu transei com uma alienígena verde — disse, em voz alta.

Pensou no paradeiro da real Pepper. Ela provavelmente estaria no mesmo lugar que Maria Hill, Morgana Le Fay e a amiga de Anya, se estivesse viva. Sentia-se sozinho. Duvidava de sua capacidade de confiar em qualquer um depois daquilo.

Se o alienígena fosse apenas Pietro era uma coisa. Pepper, porém, era um golpe baixo. Jogou o quadro para o lado, acertando a parede em cheio.

— Droga. Sexta-Feira, mande algumas máquinas para limpar o que fiz.

Então, bateram à sua porta. Era Visão.

— Estão todos reunidos senhor. Todos menos Peter e Jessica. Eu e Wanda não conseguimos encontra-los. Nem à garota, Anya.

Tony cerrou os punhos, nervoso.

­— Mais alguma coisa?

— Sim. O doutor Banner pediu para ficar. Acontece que Jennifer Walters encontrou uma mulher loira brilhante alguns andares acima, e ele quer ficar para analisa-la.

— Uma mulher?

— Sim. Carol Danvers, na verdade.

Era muita informação para Stark processar de uma vez só. Repousou a cabeça no colchão uma vez mais, fechou os olhos e respirou fundo.

— Ok, estamos de saída. Sexta-Feira, prepare a Mark 42.

Visão olhou para ele, inexpressivo como sempre.

— Eu pensava que estávamos na 7 ainda.

Stark negou com a cabeça e soltou um riso nervoso.

— Digamos que trabalhei bastante na trégua de 15 dias.

Tony pulou da cama e parou em frente à porta. Garras de metal saíram da parede com os pedaços de sua armadura e a montaram em volta de seu corpo.

­— Estou pronto, podemos descer.




Quando a Excalibur retornou a Londres, a cidade estava imersa em um silêncio absoluto e macabro. Era quase como uma cidade fantasma como em filmes de “apocalipse zumbi”: janelas e portas fechadas, carros abandonados no meio das ruas e lixo abandonado nas calçadas.

Ao longe, uma enorme fortaleza era visível, projetando de forma imponente sua sombra sobre parte da cidade. Assim que a quinjet da Excalibur passou em frente ao prédio do MI5, Capitão Britânia entendeu o que estava se passando: a cidade fora evacuada para se tornar um campo de batalha.

Uma equipe de paramédicos do MI5 levou Anjo para dentro do prédio. Apesar de se preocupar com Warren, contudo, Braddock tinha um objetivo: derrotar em definitivo os alienígenas que haviam colocado sua irmã em perigo.

Braddock andava agora por um corredor do prédio do MI5, procurando por Brian Fallsworth. No caminho, parou um agente para perguntar a respeito do paradeiro do diretor.

— Onde está o diretor Fallsworth?

— Quem? — perguntou o agente. — Perdão, não conheço ninguém com esse nome.

O Capitão Britânia inclinou a cabeça para o lado, desconfiado.

— A entrada para a base do MI13 é o bebedouro — sussurrou o agente, retomando seu caminho após isso.

Intrigado, Braddock caminhou até o bebedouro, que ficava em frente às portas dos banheiros. Então, com delicadeza, empurrou para o lado, e a parede girou, revelando um corredor.

Passou pela abertura e a mesma se fechou. Em seguida, caminhou pelo corredor até chegar a um elevador. Este desceu até se encontrar com o piso de um grande salão subterrâneo. Agentes uniformizados abriram caminho quando as portas do elevador se abriram, revelando o diretor Brian Fallsworth.

— Braddock. Seja bem-vindo à base do MI13.

— MI13?

— O órgão de operações especiais da Rainha. O MI5 cuida de problemas internos, e o MI6 de problemas externos. O MI13, por sua vez, cuida de problemas envolvendo super-humanos, alienígenas, cientistas loucos, mutantes... Esse tipo de coisa.

— E sua base é sob o MI5? Não é arriscado?

­— Na verdade não. Seria mais arriscado se tivéssemos um prédio só para nós.

O Capitão afirmou com a cabeça, pensativo. Foi quando um agente entrou correndo entre eles.

— Diretor Fallsworth, os alienígenas estão detonando prédios por toda Londres.

O diretor se voltou para Braddock.

— Suba e reúna a equipe. Devem sair agora e deter os alienígenas.




Ao mesmo tempo que prédios eram explodidos em Nova York e em Londres, o mesmo acontecia em todas as cidades evacuadas. Em todas as cinco, as equipes super-humanas estavam a caminho de cuidar dos alienígenas.

Havia, entretanto, uma última cidade sendo atacada — e ela não havia sido evacuada. Atlântida. Quando Thanos descobrira sobre a existência daquele lugar, ordenou que o ataque fosse feito de forma sutil O lugar lhe parecia perfeito para ocultar a Joia da Alma.

O plano de Thanos era simples. Todas as seis localidades seriam atacadas ao mesmo tempo, de forma que uma equipe de alienígenas fosse mobilizada por Thanos para localizar a Joia da Alma. Ele não contava, contudo, com uma nova informação.

— Há um prédio em Nova York sendo atacado pela Igreja Universal da Verdade — contou Korath. — Trata-se da Embaixada da Latvéria. Acredito que seja uma decisão racional investigar a possível presença da Joia da Alma por lá.

— Tem certeza? — perguntou Thanos, relutante em relação a essa decisão.

— Sim. Minhas fontes são precisas.

— Fontes?

— Um Skrull infiltrado no prédio. Ele atende pelo nome de Boris no momento.

Thanos sorriu.

— Ótimo. Quando as equipes de super-humanos estiverem ocupadas, envie um grupo para recuperar a Joia da Alma. Estamos prestes a vencer esta guerra.




O lugar em que os Guardiões da Galáxia chegaram era um pequeno país asiático insular chamado de Madripoor. Pelo que souberam, o lugar se dividia em duas partes: a parte pobre, chamada de Cidade Baixa; e a parte rica, conhecida por Cidade Alta.

Madripoor era um lugar sombrio, dominado pelo crime organizado que era comandado pela elite da Cidade Alta e executado na Cidade Baixa. Se a informação de Serpente da Lua estivesse correta, Eros estava vivendo no luxo oferecido pelos líderes criminosos Samurai de Prata e Víbora.

— Como conseguiu essa informação? — perguntou Richard Rider para Serpente da Lua conforme se aproximavam da Cidade Alta com a invisibilidade ativada.

— Atos de guerra, se é que me entende. Thanos matou meus pais. Eu estive infiltrada em Santuário I por um longo tempo, até que soube que um Skrull fora enviado para tomar o lugar de um capanga do crime organizado e monitorar Erros. Quando descobri que vocês estavam por aqui, vi um plano se formando.

— Sinto muito pelo seus pais. Vamos fazer justiça por eles e por minha chefe, Irani Rael. Eu prometo.

Serpente da Lua sorriu.

— Não é a única que perdeu família por aqui. Thanos matou a filha e a esposa de Drax. Ele já superou, pelo que soube. Mas ele ainda quer ver Thanos morto.

— Quem não?

Rider ficou em silêncio e não respondeu essa pergunta. Atos de guerra, pensou.


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Notas finais do capítulo

Sobre Luke Cage: adorei a série. Assisti-a em dois dias, pois é simplesmente incrível.

Espero que tenham gostado. Até! o



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