Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 59
Gostosuras ou Travessuras


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não postar semana passada. Fatores como Pokemon GO e Esquadrão Suicida ocuparam meu tempo... Ops!

Mas, como sempre, estamos de volta!



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Adrian Toomes não enxergava mais nada ao seu redor, apenas uma névoa verde sem sentido algum. Havia aberto a porta da sala onde Norman estava, e nesse momento a névoa o envolvera.

Ele cambaleou para frente, tonto. De repente, o contorno de um homem com cabeça no formato de aquário surgiu em meio à fumaça. Adrian, que já fora para o Instituto Ravencroft por diversas vezes, sabia quem era.

— Mystério — ele disse.

Olá, Adrian. Vejo que veio atrás de Norman.

Então, um bloco se solidificou sobre os pés de Toomes. Era feito de areia.

— Homem-Areia.

Por último, algo gelado subiu pelas costas de Adrian, causando arrepios. Era água.

— Homem-Hídrico.

Ambos os vilões nomeados por Toomes surgiram de pé em volta dele. Mystério, Homem-Areia e Homem-Hídrico o encararam nos olhos

Não vamos permitir que você sequer entre lá, Adrian.

— Pedi sua permissão? — perguntou, irritado.

Mystério soltou um riso rápido, falso e forçado.

A educação lhe está faltando, meu caro amigo. Acho que merece morrer. O que acham?

A mão esquerda de Homem-Areia se transformou em um martelo, que ele repousou sobre a mão direita.

— Eu adoraria.

Foi a vez de Homem-Hídrico fazer sua mão crescer, inteiramente feita d’água.

— Você vai morrer, Adrian Toomes. E eu irei regar a semente da sua perdição.

Adrian sorriu.

— Contem até três.

Os três vilões o olharam, confusos.

— Eu disse... para contarem até três — ele ordenou, sem resultados. — Sem problemas. Eu mesmo faço.

Com um movimento rápido, Adrian Toomes arrancou seu paletó, revelando um uniforme verde com plumas ao redor de seu pescoço, e asas sob seu braço.

Ele apontou com sua asa para o bloco em seus pés, e uma pena voou na direção e os quebrou.

Livre, Adrian bateu as asas e começou a voar. Homem-Hídrico tentou derruba-lo com água, mas Toomes desviava. Mistério disparou rajadas coloridas e iluminadas na direção dele, enquanto Homem-Areia cresceu até alcançar Adrian. Então, a batalha entre os três se iniciou.

Desviando com eficácia dos golpes em sua direção, Adrian Toomes demonstrou uma agilidade incomum para alguém da sua idade. Foi quando a porta da sala onde Norman estava se abriu, revelando o presidente da Oscorp.

— Adrian. Que bom que veio. Vejo que já conheceu Mystério, Homem-Areia e Homem-Hídrico.

Em sua mente, Adrian conseguia visualizar a si mesmo voando sobre Norman e o matando. Mas não demoraria muito para que os outros três matassem Adrian. Ao menos ele morreria feliz.

— Sabe, Adrian... Você está exatamente onde eu queria.

Então, Norman começou a se transformar em um homem de terno azul e uma máscara branca que cobria toda a sua cabeça.

— Dmitri — disse Toomes, como se aquilo fosse um xingamento.

— Que bom que se lembra de mim.

Uma outra imagem tomou conta da mente de Adrian: ele em uma sala de reunião caído ao chão, com o Camaleão avançando sobre ele com uma faca e disfarçado de segurança.

Camaleão sacou uma pistola da cintura e a apontou para Adrian. Atrás de Toomes, o Homem-Areia erguia um muro com seus poderes.

— Sabe, você deveria ter aceitado ser o Abutre. Norman não é um patrão tão ruim. E você já está usando o uniforme por conta própria.

— Fruto da necessidade. Além disso, fui eu quem criei as asas.

Irritado, Adrian Toomes pulou e começou a planar com suas asas, desviando dos disparos. Foi quando uma pequena esfera em formato de abóbora surgiu no meio da sala. Um gás surgiu, saindo dessa esfera, fazendo com que Homem-Areia, Homem-Hídrico e Adrian Toomes desmaiassem.

Ágil, Camaleão entrou na sala e fechou a porta. Apenas Mystério permaneceu de pé, a tempo de ver o Duende Verde entrar.




Blackagar Boltagon olhava com o semblante sério para Genis-Vell, que entrava no mesmo salão em que Blackagar estava. Ao lado do líder Inumano, Maximus Boltagon, seu irmão, estava parado com um sorriso insano no rosto.

— Genis-Vell, filho do Capitão Marvel. É um prazer encontra-lo — disse Maximus.

Genis apertou a mão de Maximus.

— Fico extremamente feliz que Raio Negro tenha aceitado me ouvir. Trago mensagens diretas de Thanos, o Titã.

Ao ouvir esse nome, Madame Medusa teve que intervir. Ela não parecia acreditar que Blackagar aceitara ter aquela conversa.

— Senhor, não acho que seja recomendável envolver-se com estes assuntos. Thanos deve aceitar sua decisão.

Blackagar acenou para ela com a cabeça, pedindo por silêncio. Maximus lhe estendeu uma caneta e um pedaço de papel, e Raio Negro escreveu o que tinha a dizer.

— O rei diz que irá ouvir o que Thanos tem a dizer.

Foi então que Genis começou.

— Thanos o está invitando para lutar lado a lado com os Krees, Skrulls e Chitauris contra a raça humana. Em troca, ele promete deixar os Inumanos ilesos, sem matar sequer um de vocês.

Maximus se inclinou sobre Raio Negro, sussurrando algo ao ouvido de Blackagar. Então, o líder dos Inumanos pegou mais um pedaço de papel e nele escreveu. Maximus o pegou para ler.

— Raio Negro diz que aceitará a proposta de Thanos, pelo bem maior da raça inumana.

Madame Medusa ficou assustada.

— Meu senhor... Blackagar...

Genis a fitou com repreensão.

— A decisão está tomada — disse Maximus, e Blackagar balançou a cabeça afirmativamente.

Então, Genis se lembrou de um detalhe.

— Antes de ir, tem algo que esqueci de mencionar. Thanos tem uma Inumana como refém em caso de vocês se rebelarem contra ele. Portanto, não achem que estão controlando Thanos. Thanos controla vocês.

Antes que Genis pudesse se virar, Raio Negro já voara até ficar em frente a ele. A antena na máscara de Blackagar se inclinou na direção de Genis. Foi quando o líder dos Inumanos sussurrou:

— Saia.

Com uma força colossal, Genis-Vell foi lançado para trás, arrombando a porta atrás de si e sendo jogado para fora de Atilan. Os Krees começaram a se aproximar da porta quebrada, e Raio Negro não hesitou em prosseguir com seus sussurros.

— Fora. Todos.

Os Krees foram todos jogados para fora de Atilan. Quando retornava para seu trono, Raio Negro olhou para Medusa enquanto escrevia algo em um papel. Ele deu o bilhete para ela.

— Certo, meu rei. Ligarei para Tony Stark e lhe direi que terá a ajuda dos Inumanos.




Quando a equipe Excalibur chegou à Ponte de Grenelle, o sol nascia no horizonte. Pouco restava da ponte, cuja maior parte caíra no rio, e faltava um braço na réplica da Estátua da Liberdade. Ao que parecia, os alienígenas que atacaram o ministro haviam explodido também o carro dele, o que deixava mais estranho ainda a sobrevivência dele.

— Parece destruído — disse Anjo.

— Jura? — perguntou Coração de Leão, irônica.

— Anjo tem razão. Será difícil achar algo por aqui — disse Union Jack.

Capitão Britânia se aproximou deles.

— As dificuldades devem ser superadas. Anjo, quero que você e Coração de Leão verifiquem ao redor da estátua. Union Jack, você e Psylocke... Onde está Psylocke?

Em um ímpeto de desespero, Braddock se virou para trás. Sua irmã estava perto do buraco da ponte, olhando para baixo.

— Querida?

Ela não respondeu. O Capitão Britânia se aproximou dela e olhou para baixo. Boiando na água estava o corpo do primeiro-ministro de Londres.

— Se ele está aqui, então...

Foi quando dispararam na direção deles. Braddock levantou o olhar e viu as várias bigas Chitauri que se aproximavam.



Mais uma manhã começava em Nova York. Tratava-se da manhã do Dia das Bruxas. Apesar de ser ainda cedo, uma criatura vestida como Duende voava em um planador pelas ruas. Então, chegou a um grande prédio em SoHo e acertou uma de suas bombas de abóbora. Ela se prendeu a parede do prédio, enquanto o Duende Verde continuava a circundar o prédio, tacando mais e mais bombas.

Lá embaixo, um jovem estava parado o observando. Irritado, o Duende Verde desceu até ele.

Saia daqui, garoto.

— Você... é um dos alienígenas? Você vai me matar?

O Duende parou e olhou para o garoto.

É apenas uma fantasia de Halloween. Venha, suba em meu planador. Vou te levar para um passeio.

O garoto relutou, mas subiu no planador. Então, os dois subiram para cima do prédio. A criança olhava alegre para baixo. Distraída, mal sentiu quando o Duende a soltou e a derrubou no prédio. Nesse exato momento, as bombas explodiram.

Gostosuras ou travessuras? — perguntou o Duende, rindo.

Com a explosão, contudo, algumas naves se aproximaram dele. Krees começaram a descer dela.

Oh, vieram me pegar. O que faço?

Foi quando água acertou uma das naves, jogando-a longe, enquanto uma enorme mão de areia derrubou a outra. Os Krees dispararam na direção deles, mas foram acertados por um raio de energia disparado de uma fumaça verde que se formava na rua.




Uma voz acordou Carol Danvers de seu sono profundo. Algo parecia a chamar ao longe. Não reconheceu o lugar onde estava. Preocupada, pulou logo da cama. Vestia um macacão de hospital.

Caminhou para fora da sala. O corredor estava vazio, e ela não conseguia enxergar corretamente. Seguiu a voz que a chamava até uma janela. Então, olhou para fora. Mar-Vell estava pairando no ar em frente à janela, e gesticulava para que ela o seguisse.

— Venha comigo, doutora Danvers. Tenho coisas a te mostrar.

Ele estendeu a mão. Carol se esticou e se segurou, contudo ele a largou. A doutora fechou os olhos, achando que ia cair. Para sua surpresa, estava voando.

— Eu estou... voando? — disse, olhando para Mar-Vell. Sequer o conhecia, então não compreendia porque ele estava ali. A verdade era que nem mesmo ele sabia.

— Venha, siga-me.

Então, o Capitão Marvel estendeu seu braço para cima e voou em alta velocidade. Carol o imitou, e conseguiu subir rapidamente, porém acabava girando em círculos para cima, sem saber usar os poderes de fato.

Os dois chegaram a uma nave Kree que pairava sobre Nova York. O formato dela se assemelhava ao do DNA.

— Este é o Aster Escuro, a nave de Ronan, o Acusador. É aqui que está mantida uma prisioneira.

Carol olhou para ele, intrigada.

— Quem é essa prisioneira?

— Minha filha. Phyla-Vell.

Foi com essa frase que ela entendeu onde ele queria chegar.

— Você quer a ajuda dos Vingadores para resgata-la. Não pode fazer isso sozinho?

Ele balançou a cabeça.

— Eu não tenho acesso aos prisioneiros. Se eu me aproximar dela... serei morto, e ela também. Não peço que os Vingadores tenham misericórdia para comigo. Mas, por favor, salvem-na. Ela é uma boa garota.

Danvers não respondeu.

— Farei o que estiver ao meu alcance.

Ele sorriu.

— Agora tenho que ir.

Mar-Vell se virou e voou para longe, deixando-a ali.

— Ei, espere! Vai me deixar aqui sem explicar o que está acontecendo?

Mas ele a ignorou. Irritada, ela tentou ir na direção dele. Esticou o braço para lá, contudo o que aconteceu foi diferente. Uma rajada de energia saiu da mão de Carol, indo na direção de Mar-Vell. A força da rajada foi o suficiente para jogar Carol para baixo.

Sem saber como retomar o voo, ela caiu.




Cinco quinjets deixaram Washington D.C. naquela manhã, com a invisibilidade ativada. Ao mesmo tempo, cada uma delas chegou ao seu destino e abriu seu compartimento, liberando dois itens no ar.

Esses dois itens caíram até encontrar um local com o espaço perfeito. Então, um deles se expandiu, adotando um tamanho colossal. Tinham o tamanho exato para abrigar a população de suas respectivas cidades, feitos com base nos dados mais recentes possíveis.

Nova York. Londres. Tóquio. Moscou. Rio de Janeiro. Essas cidades representavam cantos do mundo, e também eram cidades populosas, as iscas perfeitas para um genocida em grande proporção.

Ordens partiram do servidor da A.K.A. para as equipes de super-humanos. Os Vingadores iriam permanecer em Nova York, bem como o Quarteto Fantástico. Os X-Men iriam para o Rio de Janeiro. A Tropa Alfa, uma equipe canadense, seria enviada para atuar em Moscou. O governo japonês tinha sua própria equipe para cuidar de Tóquio, bem como na Inglaterra, que teria a Excalibur para proteger Londres.

Com as equipes sinalizadas, a S.H.I.E.L.D. esperava contar com a ajuda dos super-heróis locais de cada região para lidar com eventuais ataques.

Na sala da diretoria da A.K.A., Nick Fury se voltou para Wyatt Wingfoot.

— Wyatt, deixe tropas disponíveis para cuidar de imprevistos. Estou voltando para Nova York imediatamente, visando reunir os agentes remanescentes da S.H.I.E.L.D.

Quando Fury saiu da sala, o segundo dispositivo enviado para as localizações foi ativado. Todos os aparelhos eletrônicos dessas regiões exibiram um alerta preventivo, ordenando que se dirigissem às enormes fortificações que surgiram no horizonte. A ordem era abandonar todos os bens para trás, e auxiliar crianças, idosos e mulheres que apresentassem dificuldades em chegar ao local designado.

Nick Fury entrou em sua quinjet invisível e fechou os olhos. Tinha um péssimo pressentimento.


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Notas finais do capítulo

E então, assistiram Esquadrão Suicida? Apesar das críticas serem negativas, eu daria um 7 ou 8 para o filme, valendo de zero a dez. Existem furos no roteiro e um Coringa que, apesar de não ser ruim como personagem, foi mal-aproveitado e não é o Coringa como nós esperávamos. Jared Lato tenta forçar um "Heath Ledger" em alguns momentos, e diria até que tem um quê de Justin Bieber. Deixem suas opiniões!

Só eu aqui tenho jogado Pokemon GO loucamente? Heheheh.

Como vão as expectativas para a fic? Acredito que estamos já rumo ao fim da Fase 3. Não se esqueçam da grande morte que eu prometi...

Espero que tenham gostado! o



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