Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 58
Uma Luz no Fim do Túnel


Notas iniciais do capítulo

Cá estamos nós de volta! Andei afastado devido a problemas no PC, mas voltei e agora é pra ficar!



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Paris, França. A “cidade do amor” não andava tão amável nos últimos dias. O primeiro-ministro fora atacado por alienígenas, mas sobrevivera miraculosamente. O medo estava implantado nos corações de todos os cidadãos, não só da França, como do mundo inteiro.

As ruas nunca estiveram tão desertas. A aeronave da Excalibur aterrissara em plena Avenue dês Champs-Élysées, e não havia ninguém para protestar por perto. A “avenida dos Campos Elísios”, sempre tão movimentada, agora estava vazia. À frente da aeronave, o Arco do Triunfo projetava sua sombra sobre eles.

— É bonito, não? — perguntou Anjo.

Ninguém respondeu. Psylocke desceu da aeronave antes dos demais, esticando os braços para cima e admirando a paisagem ao seu redor. Foi seu irmão, o Capitão Britânia, que desceu logo em seguida.

— Não há tempo para admirar a paisagem. Nosso destino não é a Champs-Élysées, mas a Ponte de Grenelle. Ou o que restava dela.

Anjo desceu da aeronave.

— O governo local sabe de nossa presença aqui?

— Não — respondeu Braddock. — Contudo, temos autorização da Interpol.

Parecia arriscado, e Anjo decerto não estava a fim de batalhar com militares franceses. Entretanto, não questionou. Quando os últimos a descer, Coração de Leão e Union Jack, estavam no chão, o piloto fechou as portas e acenou com a cabeça para Braddock.

— Me encontrem no aeroporto Charles de Gaulle. Terei que reabastecer a aeronave.

O Capitão Britânia bateu em continência, assentindo.

— Pela rainha! — gritou o piloto, preparando-se para decolar.

— Pela rainha! — responderam os membros da Excalibur, incluindo Anjo.

Usando a avenida como pista de decolagem, o piloto se foi voando baixo para evitar chamar atenção.

— Vamos, para a Ponte de Grenelle.

— A pé? — questionou Coração de Leão.

— Claro que não — o Capitão respondeu, sorrindo. Ele tinha uma carta na manga, literalmente. Só que não era exatamente uma carta.

Abriu sua mão esquerda, revelando uma chave de carro. Apertou-a três vezes seguidas, e um carro se fez ouvir ao longe na avenida. Quando eles olharam, um belo carro típico dos anos oitenta vinha na direção deles, pintado com a bandeira da Grã-Bretanha.

— Nós vamos nisso? — perguntou Union Jack, estranhando.

Psylocke sentiu vergonha alheia pelo irmão.

— Sim, vamos. Qual o problema? — rebateu Braddock.

— Ah, nada. Apenas... Esquece.

— Muito bem, entrem todos. Eu dirijo!

Anjo, Union Jack e Coração de Leão se espremeram no banco traseiro. Como dito, o Capitão Britânia se sentou no banco do motorista, com Psylocke ao seu lado.

— Apertem os cintos! — alertou Braddock.

Então, para surpresa de todos, o carro acelerou em altíssima velocidade. Atrás deles, a fumaça deixada tinha as cores da bandeira da Grã-Bretanha.

— Ponte de Grenelle, aqui vamos nós.





Os Novos Thunderbolts se entreolharam, ao mesmo tempo que trocavam olhares com Nick Fury.

— Abaixe a arma, secretário Fury — pediu o Justiceiro. — Vamos deixar você ir.

— O que queriam aqui? — perguntou Fury, se recusando a aceitar a hipótese de que eles haviam vindo para salva-lo.

— Arquivos. Mas o homem de púrpura os levou.

Fury hesitou mais um momento, porém abaixou a arma.

— Se eu fosse vocês, fugiria rápido. Caso alguém veja vocês aqui, serão acusados de matar o presidente. Serão os criminosos mais procurados de todos os tempos.

Nick caminhou até a porta, mas parou antes de atravessá-la. Olhou mais uma última vez para trás, e viu Deadpool sentado na cadeira do presidente, com os pés na mesa.

— Até, secretário. Tenha um bom Dia das Bruxas amanhã!

Ele não respondeu. Surpreso com o que acabara de ocorrer, saiu do Salão Oval e fechou a porta. Cruzou a Casa Branca com desgosto na boca. Então, fez uma ligação.

— Wyatt? Estou em Washington. Posso ir para a sede da A.K.A.?

Pode, é claro, secretário. Você é sempre bem-vindo.

— Mais uma coisa. O presidente...

O secretário-geral relutou em prosseguir.

— O presidente foi morto, Wyatt.

Do outro lado da linha, Wyatt ficou em silêncio.

— Precisamos proteger a Terra desses alienígenas. É chegada a hora, Wyatt. Vamos lança-las amanhã. Estou a caminho.

Com essas palavras, Fury desligou a chamada.




A calmaria do Subterrâneo era encantadora para Hank Pym e Janet Van Dyne. Era a última vez nos últimos dias em que Pym podia descansar sem ter Tony exigindo dele o tempo todo, e isso era um alívio. Mas havia algo que preocupava, e a Janet também. Para onde iriam, afinal?

O Subterrâneo estava calmo naquele momento. O silêncio chegava a ser perturbador. O único som que eles escutavam era, ao longe, o gotejar d’água. Não haviam conversado entre si desde que entraram, o que era incomum, pois normalmente conversavam nos momentos em que estavam a sós.

— Hank... — disse Janet, quebrando o silêncio.

O Homem-Formiga original olhou para ela, surpreso.

— Abaixe-se! — ela gritou, fazendo com que Pym, por reflexo, se jogasse para frente. A cadeira de rodas foi atingida com tudo, sendo lançada para longe de Hank.

Quando Pym olhou para o lado, não encontrou Janet. Devido a ter perdido os óculos na queda, sua visão estava embaçada, contudo tentou olhar para o seu algoz. Não havia ninguém ali. De repente, um enorme braço robótico surgiu, indo na direção de Hank. Ele rolou para o lado com dificuldade, escapando da morte.

Então, um homem surgiu sobre ele, apoiado sobre duas garras como as que o acertaram. Ele tinha duas outras, que não apoiadas, mas erguidas na direção de Hank.

— Otto... Octavius — disse Hank com dificuldade, reconhecendo o homem dos braços de metal do ataque ao pronunciamento de Stark e do presidente, algum tempo antes dos quinze dias de Thanos.

— Hank Pym, o Homem-Formiga original. Eu ficaria feliz de te conhecer em outros tempos. Desta vez, porém, tenho uma missão para você.

Com seus braços de verdade, Octavius tirou uma seringa com sedativos do bolso e apontou na direção de Pym.

— Você vem comigo. Eu levaria a senhorita Van Dyne com você, mas ela escapou.

Uma de suas garras pegou a seringa e se aproximou de Pym. Pouco antes de injetar, porém, algo acertou o Doutor Octopus (como fora chamado pelo jornal local, o Clarim Diário) na nuca. Em reflexo, acabou afastando a seringa de perto de Pym.

Ele tentou acertar o que o atingira com uma das garras, mas não encontrou nada. Pym, contudo, já entendera quem era. Sorriu ao ver Janet, com suas roupas de Vespa, voando sobre o ombro de Octavius.

— Droga — disse Octopus ao ver a expressão no rosto de Pym.

Então, uma ideia veio à mente de Pym. O Homem-Formiga original olhou fixamente na direção de Octopus. Então, formigas começaram a subir pela perna de Octavius. Não eram formigas normais, mas formigas do tamanho de mãos humanas. Elas mordiam a pele dele, fazendo-o tremer de dor.

Foi quando um som estrondoso de passos surgiu ao longe no corredor. Hank levantou os olhos e sorriu. Uma formiga colossal avançava na direção deles.




De volta ao seu esconderijo, os Novos Thunderbolts estavam tendo uma conversa com o tal “Líder”. Haviam lhe comunicado sobre os arquivos da Lei de Registro, que foram roubados por Zebediah Kilgrave.

Não se preocupem — respondeu o Líder. — Vocês receberão de qualquer forma. Mandarei alguém atrás de Kilgrave.

Os Novos Thunderbolts assentiram, e a voz do Líder sumiu por um instante. Porém, ele retornou após alguns instantes.

Tenho mais uma missão para vocês. Recuperem o simbionte Venom para mim. Ele está em posse de alienígenas neste exato momento.

Eles se entreolharam.

— Em posse de alienígenas? — questionou Justiceiro. — Não acho que se envolver com eles seja a melhor opção.

Os alienígenas cairão — garantiu o Líder. — E vocês podem ajudar nessa luta. Uma vez derrotados, terão deixado sequelas de batalha nos Vingadores. Esse será o momento oportuno para apunhala-los pelas costas.

Mais uma vez, os mercenários se entreolharam.

— Onde está esse tal simbionte? — continuou Justiceiro, que era quem tomava as rédeas das conversas na maior parte do tempo.

Ele foi roubado de mim e de meus parceiros durante a trégua de quinze dias. O simbionte se encontra na Área 51, que foi conquistada por alienígenas. Passarei para vocês as informações sobre como entrar lá sem serem notados. A base fica em Groomlake, Nevada. Voltarei com mais informações. Estejam preparados para partir a qualquer momento.

Quando ele desligou, Deadpool e Elektra olhavam fixamente para Justiceiro.

— Você sequer nos consultou — disse Elektra.

— Pelo menos vamos poder cortar umas cabeças dessa vez — disse Deadpool.

Justiceiro apenas ignorou-os. Estava imerso em seus pensamentos. Ele tinha uma ideia grandiosa em sua cabeça, sobre poder colocar os alienígenas em seus devidos lugares. Eles estavam aterrorizando a população inteira, e isso um nacionalista patriota como Frank Castle jamais aceitaria. Para ele, aqueles que fizeram a população sofrer mereciam morrer. E ele faria isso. Já dissera muitas vezes que não fazia justiça, apenas dava a punição merecida para criminosos: a morte.




Wyatt Wingfoot, diretor interino da A.K.A., estava malhando em sua sala quando foi notificado em seu pager sobre a chegada de Nick Fury. Repousou seu peso no suporte e se levantou. Não teria tempo para tirar as roupas de malhar, então foi assim mesmo ao encontro de Fury.

Deixou sua sala às pressas, esquecendo o pager por acidente. Percorreu os corredores com ânimo, querendo encontrar Fury o quanto antes. Logo conseguiu vê-lo, no corredor mais próximo da entrada da base.

— Olá, secretário — ele disse, se aproximando. — Conseguiu passar discretamente pelo Capitólio?

— Olá, Wyatt. Relativamente sim — afirmou Fury. — Consegui passar sem ser reconhecido. Não havia ninguém para me receber.

O diretor interino compreendeu a mensagem.

— Pode me mostrar o que vim ver? — perguntou Fury. — Sem querer ser grosseiro, é claro.

— Ah, claro. Siga-me.

Não conversaram no caminho. Wyatt fora completamente cortado pelo pedido de Fury, que estava sendo um tanto quanto rude. Mas Wyatt não podia culpa-lo, afinal ele passara por uma situação horrível: o assassinato do presidente e dos Conselheiros.

Os dois chegaram em frente a uma porta enorme de metal. Os seguranças se aproximaram para revista-los por segurança. Em seguida, foram obrigados a deixar suas impressões digitais marcadas em um papel antes de entrar.

Dentro da sala haviam cinco mesas com o que pareciam ser maquetes de construções enormes, uma em cada mesa. Cientistas estavam amontoados em volta das mesas, estudando atentamente cada construção.

— São estas, senhor secretário — disse Wyatt.

— Ótimo. Estão todas prontas?

— Sim.

As construções em questão eram prédios, ou melhor, fortalezas construídas com materiais encolhidos com partículas Pym, de forma que poderiam ser aumentados para o tamanho real. Aquilo servia apenas para facilitar o transporte e ocultar a construção das fortalezas.

Elas faziam parte de um plano de batalha que Fury e o Conselho haviam montado em parceria com a A.K.A.: as fortalezas seriam posicionadas estrategicamente para evacuar cidades onde as batalhas ocorreriam.

Na parede da sala estava um mapa com lugares marcados. Eram cinco cidades grandes ao todo ao redor do mundo: Rio de Janeiro, no Brasil; Nova York, nos Estados Unidos; Moscou, na Rússia; Tóquio, no Japão; e Londres, na Inglaterra.

A grande questão era: por que não fazer isso em pequenas cidades ou em áreas sem população? Thanos não seria tolo, e jamais enviaria seus alienígenas para lá. Ele estava atrás da Joia da Alma, e sabia muito bem que ela se encontrava em alguma grande cidade.

Pois bem, de fato Thanos atacava cidades menores, como Rachel, no estado Nevada, onde ele ordenara a morte de todos os cidadãos. Mas ele o fazia para matar e provocar o terror e o caos, não por realmente acreditar que a Joia podia estar por lá.

Então, o plano da S.H.I.E.L.D., da A.K.A. e da S.W.O.R.D. estava montado. Precisavam centralizar as batalhas em apenas alguns lugares, e obter as vitórias necessárias nessas batalhas. Em seguida, teriam que conseguir as Joias do Infinito que estavam em posse de Thanos e encontrar a Joia faltante para, só então, conseguir vencê-lo. Contudo, era um passo de cada vez.

Fury chamou a atenção de todos presentes.

— Vamos lançar as bases para as cidades amanhã pela tarde. As cidades precisam ser evacuadas o quanto antes. Essas fortalezas podem abrigar milhões de pessoas, mas precisam ser abastecidas com alimentos e água para algumas semanas, pelo menos. Ainda há trabalho a fazer, mas temos uma chance de vencer, e, por menor que seja, temos que agarrar.

Os presentes se uniram em palmas uníssonas.




Em Vancouver, Canadá, uma reunião acontecia entre o governo e um grupo peculiar de heróis. Esse grupo atendia pelo nome de Tropa Alfa, e eram os Vingadores canadenses. Eles surgiram pouco tempo após os Vingadores, se inspirando na equipe estadunidense.

Desta vez, eles (Guardião, Estrela Polar, Aurora, Sasquatch e Pigmeu) estavam ali pois receberiam a oportunidade de defender seu país, seu continente e seu planeta contra os alienígenas. O governo canadense fora contatado pela S.H.I.E.L.D., que queria a ação da Tropa Alfa.


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Notas finais do capítulo

Esperam que tenham gostado! o



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