Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 55
O Duende à sua porta


Notas iniciais do capítulo

Lá vamos nós novamente, YEY!

A Lily desta fic é a secretária e assistente pessoal de Norman. Baseei-a na personagem Lydia Rodarte-Quayle, do seriado americano Breaking Bad (2008-2013) e na Lily Hollister da fanfic da Spider-Gwen do HumanLivre, que acompanho e recomendo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603847/chapter/55

Primeiro tremor. E os agentes da S.H.I.E.L.D. apressaram-se para colocar Carol Danvers em um carro. Segundo tremor. E os Vingadores pararam para ver o que acontecia. Terceiro tremor. E o Triskelion veio abaixo.

Gritos tomaram conta do lugar. Alguns mais afortunados pularam para fora do prédio e desceram pelos escombros, mas muitos morreram e deixaram apenas seus gritos como lembranças.

Muitos meses foram necessários para que o Triskelion fosse construído, enquanto sua destruição durou meros minutos. Aparentemente, nem a S.H.I.E.L.D. estava segura mais. E o pior de tudo era: a queda do Triskelion não fora de culpa exclusiva dos alienígenas, pois disparos perdidos dos Vingadores também comprometeram a estrutura.

— Sexta-Feira, análise dos escombros — disse Stark.

Sua inteligência artificial analisou os destroços que um dia foram o Triskelion.

Causa da destruição: estrutura interna comprometida por fatores externos. Número de mortes: 70. Número de sobreviventes: 23.

Antes de prosseguir, Stark deu uma verificada se Resgate, Visão e Feiticeira Escarlate estavam dando conta de lutar contra os alienígenas. Estava tudo bem.

— Preciso de uma representação do acidente.

Aguardou um pouco, e uma imagem animada surgiu em seu visor. Ela mostrava o Triskelion sendo atingido por um disparo perdido em meio à batalha. Ele retrocedeu um pouco e verificou a origem do disparo.

Pepper?, ele pensou, curioso. Ao que tudo indicava, fora Resgate quem errara a mira.

— Obrigado, Sexta-Feira.

Voltou para a batalha, ainda com aquilo em mente.




Cletus Kasady abriu os olhos. Estava deitado naquela cama dura, que machucava suas costas, o que o fez logo recuperar os sentidos e lembrar-se de onde estava.

Sim, agora se lembrava de onde estava. Pulou da cama, pegando as roupas que lhe haviam sido fornecidas pelo seu anfitrião. Cletus se despiu e parou diante de um espelho, olhando para seu corpo magro e pálido.

Como sempre, sua musculatura estava tensa, o que, somado ao seu copo magro, deixava seus ossos extremamente perceptíveis sob a pele. Vestiu a roupa que lhe fora dada (um uniforme de agente da S.H.I.E.L.D., mas sem o logotipo) e saiu do quarto.

Pensou em tudo que ocorrera no dia anterior. Fora abordado por uma nave alienígena, e os tripulantes dela se aproximaram. Cletus esfaqueara um com a faca que portava, e os outros o amarraram. Então, disparadas de algum prédio por uma sniper silenciosa, balas mataram os algozes de Cletus.

Agora lá estava ele, no esconderijo de seu salvador, rumo ao encontro dele. Não sabia o nome dele nem nada do tipo, apenas que ele o resgatara. Em seu lugar, outros se sentiriam em dívida, mas Cletus sequer agradecera.

Estava era com o orgulho ferido. Deixou seu “quarto”, com camas para cinco pessoas, e subiu as escadas. Abriu uma porta de ferro e saiu dentro de um guarda-roupa. Assim que abriu as portas do armário, compreendeu de onde vieram os tiros.

Cletus se encontrava em um apartamento comum. Pensou nos olhos que sentira sobre si ao caminhar pela rua, e logo concluíra que não era a população desesperada coisa alguma. Alguém o observava.

Abriu uma porta, revelando um escritório. Sentada à escrivaninha do cômodo estava uma mulher de terno, enquanto um homem contava as balas de uma arma enquanto apoiado à parede. Ele olhou para Cletus quando este entrou.

— Senhor Kasady, quero que conheça a senhorita Hollister. Ela é a representante de um importante empresário da cidade, o qual solicitou sua presença.

— Um empresário... quer a minha presença?

A mulher se levantou, ajeitando o terno.

— Feche a porta, por favor.

Cletus obedeceu, relutante.

— Sou Lily Hollister — disse ela, abrindo um sorriso grande e falso. — Se puder, por favor, me acompanhar até a Oscorp, facilitaria meu trabalho.

— Espere, quer me levar para a Oscorp? Sem mais nem menos? Se eu não confio sequer nesse homem, com quem passei uma noite no mesmo apartamento, como confiarei em você?

Ela fitou o homem, insegura. Ele piscou com um olho para ela, garantindo que sabia como prosseguir.

— Acho que me esqueci de me apresentar. Sou Jason Macendale Jr., ex-agente da CIA.

— Um agente da CIA me salvou. Ótimo — disse Cletus, rindo. — Pensei que não podia ficar pior.

— Ex-agente.

Lily Hollister suspirou.

— Virá comigo por bem, senhor Kasady?

Ele deu um passo para trás.

— O que Norman Osborn quer comigo?

— Acho que isso é um não. Virá por mal, portanto.

Ela revelou uma pistola. É claro, antes de fazer qualquer coisa, pensou algumas coisas. Lily se perguntou se não seria mais útil pedir ajuda. Não queria ajudar Norman, pois tinha medo dele. Mas ele era seu patrão, e tinha coisas para usar contra ela.

— Parado, ou eu atiro.

Cletus ficou em estado de choque.

— Vire-se e saia da sala.

A raiva tomou conta dos olhos de Cletus. Ele pulou sobre Lily, arrancando a arma dela. De repente, algo acertou-o com força na nuca. Era Macendale, que acabara de bater nele com o capo de sua arma.

Perdendo os sentidos aos poucos, Cletus ficou de pé e cambaleou para perto da porta. Lily estava pasma no chão, enquanto Jason mirava em Cletus com sua arma. Quando ele ia disparar, a campainha tocou. Ele ficou nervoso, e puxou Cletus junto consigo na hora de ir à porta.

Jogou-o no sofá e espiou pelo olho mágico. Do outro lado da porta estava algo semelhante a um duende verde de roupas roxas. Seus olhos, amarelos e cheios de fúria, deixaram-no mais nervoso.

Jason Macendale piscou e, quando abriu os olhos novamente, não havia ninguém mais ali, apenas um pacote no chão. Ele rapidamente abriu a porta, pegou o pacote e fechou a porta.

Abriu o pacote, encontrando uma pequena abóbora com um bilhete. “Um gostosura de véspera de Halloween para Cletus Kasady. Deixe-o sozinho para abrir, pois pode ser um pouco... perigoso”.

Olhou da abóbora para Cletus, e surpreendeu-se ao vê-lo correr em sua direção. Pulou para o lado, esquivando, e abriu a porta, jogando Cletus com um empurrão para o lado de fora.

Em um último movimento, jogou a pequena abóbora para junto dele e trancou a porta. Jason viu tudo pelo olho mágico. A abóbora liberou um gás verde e Cletus caiu para trás. Nervoso, Jason começou a bater na porta, não querendo destranca-la.

— Lily, venha ver isto!

Ela surgiu correndo e espiou pelo olho mágico.

— O que você fez?

— Entregaram isto — disse ele, mostrando o bilhete.

Lily leu, e reconheceu a letra. Ficou espantada, mas permaneceu sem falar sobre isso.

— E você simplesmente seguiu o conselho de um estranho?

— Eu vi o entregador. Era um duende verde de roupas roxas.

Isso pareceu significar algo para Lily.

— Ainda assim...

— Foi tudo autodefesa, está bem?

Ela assentiu, engolindo em seco.

— Vou... vou ligar para Norman.



Na recepção do prédio, que estava vazia, Norman Osborn atendeu o celular.

— Diga, Lily.

Senhor, preciso que venha aqui. É o tal Cletus.

— O que houve?

Ele está inconsciente.

Um sorriso brotou no rosto de Osborn.

— Ah, é? O que ocorreu?

Jason te explicará pessoalmente.

— Estou a caminho. Para sua sorte, acabo de passar em frente ao prédio.

Desligou o celular, sem ouvir a resposta de Lily, e pousou sua mala em cima de uma cadeira, junto de uma enorme prancha com propulsores. Então, chamou o elevador.




Os heróis no MI6 cumprimentaram o Capitão Britânia. Eles eram Anjo, Union Jack, Coração de Leão e a irmã do Capitão, Psylocke. Ele não tirava o olho de cima de sua irmã, pois não gostava da ideia de tê-la ali.

O diretor do MI6 surgiu novamente.

— Senhores, vocês devem saber da fase difícil que a Terra está enfrentando. Alienígenas invadiram todo o planeta e estão matando e destruindo. Bom, o MI6 concordou em ajudar a S.H.I.E.L.D. com um dossiê sobre os heróis britânicos. A pedido do líder dos Vingadores, Tony Stark, eu reuni vocês, os mais brilhantes heróis do Reino Unido, em uma equipe.

Ele caminhou para o lado de um tela como uma de cinema.

— Por favor, escutem o que os Vingadores têm a dizer. Com vocês, Bruce Banner, o Hulk, representante dos Vingadores.

A transmissão começou.

Olá, heróis. Presumo que já saibam quem sou.

— O Hulk — disse Union Jack.

— O doutor Bruce Banner — corrigiu o Capitão Britânia, se lembrando do que sabia sobre Banner.

Sim. Estou aqui para falar por Stark e pelos demais Vingadores, que, infelizmente, não puderam estar presentes por aqui. Mas, acima disso, falo por toda a comunidade super-humana estadunidense.

Todos observaram, pacientes.

Quero que se unam, como uma equipe. Defendam o Reino Unido e a Europa dos invasores extraterrestres, e honrem a comunidade super-humana. Separados, vocês são fortes. Juntos, serão mais ainda. Serão os Vingadores do MI6.

O nome da equipe será Excalibur — corrigiu o diretor.

Como vocês preferirem.

Braddock olhou para os outros. Eram super-heróis iniciantes, porém promissores.

— O que acham?

— Pela rainha — disse Psylocke.

— Pela rainha — acompanhou Union Jack.

Anjo e Coração de Leão se juntaram aos outros.

— Pela rainha! — gritaram os cinco.

Banner sorriu.

Ótimo. Excalibur, lutem com honra. Até a próxima.

A transmissão acabou. Os heróis se entreolharam, e o diretor do MI6 os parabenizou.

— Parabéns, meus caros heróis. O MI6 confia em vocês.

Então, ele os deixou. E toda a angústia que antes Brian sentia se foi, substituída por orgulho de sua equipe.




Uma quinjet pousou em Wakanda. Tudo estava silencioso. Agentes da S.H.I.E.L.D. desceram dela, carregando armas. Legionários de Ferro os seguiram, junto do Homem-Formiga Eric O’Grady.

Eles caminharam até a enorme sede do governo de Wakanda, que ainda era primitiva. Olhos curiosos os observavam entrar na estrutura. Lá dentro, um homem e uma mulher, ambos negros, os receberam.

Eram os príncipes de Wakanda, T’Challa e Shuri, filhos do falecido T’Chaka.

— Onde está o rei? — perguntou a princesa Shuri.

Um agente deu um passo à frente.

— Senhores, houve um acidente no meio da viagem. O avião da ONU explodiu, matando T’Chaka. Nós prosseguimos para fornecer a vocês armamentos e proteção.

— Meus pêsames — disse O’Grady.

Lágrimas brotaram nos olhos da princesa, enquanto T’Challa permaneceu sério.

— O que faremos, irmão? — ela perguntou.

Ele pensou um pouco.

— Mais uma coisa — disse o agente.

— Diga logo — ordenou T’Challa.

— Seu pai mandou que guardássemos isso. Disse que era a herança dele para você.

Um outro agente surgiu com uma caixa. T’Challa a abriu, revelando um uniforme preto.

— É o que estou pensando? — perguntou Shuri.

— Sim.

Eric tentou olhar, mas eles estavam escondendo.

— É... Obrigado, agente — disse Shuri. — Vou passar para você o posicionamento de sua equipe.

Eles seguiram Shuri, deixando T’Challa ali. O príncipe logo os seguiu com a caixa fechada. Foram à sala do trono, onde Shuri passou tudo para eles. Por último, dois agentes anunciaram que iriam voltar para os Estados Unidos. Foi quando veio a surpresa.

— Eu vou junto — disse T’Challa.

— O quê? Irmão, com nosso pai morto, você é o novo rei.

— Eu sei. Por isso mesmo irei para lá. Papai tinha negócios na América. É meu dever assumi-los.

— Mas Wakanda está em perigo, precisa de um rei.

— Será minha regente, irmã.

Ela ficou sem graça.

— Irmã, eu, como rei de Wakanda, a proclamo general do exército de Wakanda e a princesa-regente em minha ausência.

— T’Challa...

Ele se virou e se juntou aos agentes que iam embora. Então, acenou para ela antes de entrar na quinjet. Quando já estava acomodado para a viagem, tornou a olhar para dentro da caixa.

Nela estava guardada a roupa do Pantera Negra, um título que pertencia a seu pai. Agora, com T’Chaka morto, era a vez de T’Challa assumir seu lugar.




O Japão era conhecido como uma grande potência econômica, lar de grandes empresas e gênios do ramo da tecnologia. A capital do Japão, Tóquio, era um grande exemplo disse.

Entre tantos prédios e telões coloridos, porém, havia um grande monumento laranja e branco. A Torre de Tóquio, ou Tokyo Tower, era inspirada na Torre Eiffel de Paris e servia como torre de comunicação e belvedere.

Naquele dia, um jovem prodígio realizaria o sonho de sua vida inteira naquela torre. Com a invasão alienígena, o governo japonês começara a apressar projetos em desenvolvimento. Um deles fora proposto pelo jovem. O nome do projeto era Baymax, e se tratava um robô ajudante.

O nome do prodígio era Hiro Takachiho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Marvel: Os Maiores Heróis da Terra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.