Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 53
Manhattan


Notas iniciais do capítulo

Como vocês devem ter percebido, não tivemos capítulos na semana passada. Peço desculpas por isso, mas viajei para o litoral e deixei o adaptador de tomada para o carregador do PC em casa -_-. Para compensar, passamos de três mil palavras hoje! (YEY)
Bom, tenho algumas coisas a dizer:
— Spin-off da Safira encerrado (não sei se já avisei, mas, de qualquer forma, missão cumprida!)
— Tomei a decisão de matar um personagem importante. Descubram quem é, hehehe.
Acho que só. Vejo vocês lá embaixo!



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No grande salão de Odin em Asgard, o Pai de Todos observava a visão que o Grande Trono de Odin lhe fornecia de todos os Nove Reinos. Curiosamente, não conseguia ver Midgard. Algo obscurecia sua visão daquele mundo.

De repente, uma enorme criatura brotou de Midgard, sua boca aberta. Odin a reconheceu imediatamente. Era Jormungand, a Serpente de Midgard. Ele estremeceu ao pensar o que aquilo significava.

Então, a visão mudou. Uma corrente brilhante se rompia, atacada por uma espada, e um lobo selvagem pulava. Ao longe, chamas infestavam o lugar. Pensou estar vendo Muspellheim, pois distinguiu Surtur ao longe. Mas a revelação o atingiu como um golpe fatal quando a horda de guerreiros de Odin que haviam sido reservados para uma ocasião, os einherjar, surgiu ao longe.

— Brunnhilda! — gritou Odin.

A capitã das Valquírias de Valhalla surgiu na porta do salão, com seu cavalo alado.

— Fale, Pai de Todos.

— Como vão os einherjar?

— Bem, como sempre — respondeu ela, intrigada. — Aconteceu algo, senhor?

Ele negou.

— Nada. Mudando de assunto... preciso vê-lo.

Ela engoliu em seco.

— Senhor? Tem certeza?

— Ora, é claro que tenho.

Brunnhilda se retirou imediatamente. Quando voltou, trazia consigo duas valquírias, que portavam baldes d’água. Nas mãos da capitã estava uma cabeça humana. As valquírias viraram os baldes em um buraco oval no chão do salão, propositalmente colocado para aquele momento.

Então, Brunnhilda jogou a cabeça dentro da água. O líquido percorreu o interior da cabeça, que abriu os olhos.

Pai de Todos, a que devo a honra?

— Mímir — saudou Odin ao deus decapitado, seu fiel conselheiro, pelo qual viajara até as profundezas do território de Utgard-Loki, rei dos Gigantes da Montanha. Ele olhou para as valquírias. — Pode se retirar, Brunnhilda.

Elas deixaram Odin só com a cabeça.

— O Hlidskjalf me mostrou algo assustador. Quero saber se é verdade.

Pai de Todos, quer mesmo a verdade?

— Ora, por Asgard, claro que quero! E você, como meu conselheiro e portador de todo o conhecimento de Yggdrasil, tem o dever de me contar.

A cabeça engoliu em seco, liberando jatos na água.

O Ragnarök se aproxima.




Thanos entrou na nave que o levaria para Rachel, Nevada. Estava desposto a abandonar seu posto em Nova York, a cidade onde estavam seus principais oponentes, a S.H.I.E.L.D. e os Vingadores, para cuidar de Magus.

Adam Warlock era um problema para Thanos. Seu poder era enorme, e idolatrado pela Igreja Universal da Verdade. Desde a batalha contra Uranos, em Titã, a Matriarca tornara Adam sua versão sombria: o temível Magus.

— Thanos — chamou uma voz, tirando-o de seus pensamentos.

— O que quer, Korath? — ele perguntou, sem olhar para trás.

— Quais são minhas ordens em sua ausência?

O Titã Louco olhou para Korath.

— Quando eu retornar, quero que não haja mais uma nação por aqui. Se a Joia da Alma aqui estiver, peguem-na. E então destruam todo este país. Ao que parece, os Vingadores e a S.H.I.E.L.D. têm dado suporte para toda a Terra. O que a humanidade achará dos seus heróis sendo destruídos como seres inferiores a Thanos, o Titã?

— Senhor, a nação em que estamos...

— Temos Skrulls infiltrados em todo o mundo. Derrubar governos não será um problema.

— Certo.

Korath se virou e voltou para Santuário I. Antes que Thanos entrasse, um Kree o parou.

— Tem certeza de que deseja ir sozinho, senhor?

A porta se fechou entre os dois.

— Você não virá comigo, Loki. Já discutimos isso.

A nave foi embora, deixando o Kree em frente à porta fechada. A fisionomia dele começou a se alterar, revelando o deus da trapaça, Loki, com seu capacete dourado. Ele retornou para sua sala, frustrado por não conseguir ficar só com Thanos. Se tivesse uma oportunidade para pegar a manopla...

Antes que pudesse devanear com seus planos, uma voz familiar e feminina o fez gelar. Abriu os olhos, e viu a projeção à sua frente.

— Olá, papai.

— Hela. O que quer?

— Vim cobrar você. Já tem a Manopla do Infinito? Ou criou gosto pela submissão perante Thanos?

Loki sorriu, tentando manter a calma.

— A Manopla continua com ele.

O sorriso de Hela sumiu.

— Surtur já tem a espada de Frey. Ele está apenas esperando você terminar de se preparar para então libertar Fenrir. Os Jotuns estão prontos, e Amora e Lorelei também. Jormungand está semiacordado. Temos que ser rápidos. A esta altura, Mímir já sabe que o Ragnarök se aproxima. Em breve ele notificará Odin, e perderemos nossa vantagem rapidamente. Você está certo de que precisa da Manopla do Infinito?

O deus da trapaça se irritou.

— É claro que sim! E eu a quero.

Hela bufou.

— O tempo passa, e Surtur não irá esperar muito mais. Aja rápido.

E ela sumiu. Loki chutou seu cetro longe, irritado.




O secretário-geral Nick Fury desceu da quinjet na parte de trás da Casa Branca. Se perguntou o que o Conselho estaria fazendo com o presidente, enquanto era guiado por soldados. Entrou na Casa Branca, e se distraiu pensando na mansão.

Não era nem de longe a mais bela e nem a maior das mansões presidenciais do mundo, mas a história e a importância do prédio eram enormes.

Entraram à direita na sala do presidente, onde estava uma mulher sentada à cadeira dele.

— Secretário Fury. É um prazer revê-lo.

Fury a reconheceu da transmissão. Era a única mulher no Conselho da S.H.I.E.L.D.

— Conselheira? Onde está o presidente? E os outros?

— O presidente... Era um invasor disfarçado. Ele se transformou em um extraterrestre verde e assassinou os demais conselheiros, um por um. Com dificuldade, consegui acertar um tiro na cabeça dele.

O secretário ficou em silêncio.





Soldados levaram Zebediah Killgrave para aguardar Fury no Quarto de Lincoln (onde estava a cama em que Abraham Lincoln jamais dormira). Desobedecendo as ordens dos soldados, as quais eram ficar parado e não tocar em nada, Killgrave caminhou até um grande guarda-roupa.

Começou a caminhar pela sala, analisando cada móvel com cuidado e aproveitando o silêncio. Não tinha pressa, pois sabia que o encontro de Fury com o Conselho demoraria a acabar.

De repente, ouviu o gotejar de algum líquido. Seguiu na direção do som, retornando ao guarda-roupa perto da porta. Aproximou o ouvido do guarda-roupa e se abaixou, seguindo o som. Então, quando chegou à fresta na parte de baixo, um líquido molhou sua orelha.

Passou a mão pelo ouvido, e em seguida olhou o que era. Sangue. Killgrave riu daquela ironia.

— Pensei que nunca precisaria sujar minhas mãos com sangue.

Foi quando ele reparou em um detalhe. Sua pele, na mão e em um trecho do pulso, estava púrpura. Zebediah ficou de pé, furioso. Chutou o guarda-roupa, o que apenas fez mais sangue escorrer. Abriu-o de uma vez, olhando para baixo.

Dentro havia uma coleção de cabeças. Reconheceu o presidente dos Estados Unidos e o Conselho da S.H.I.E.L.D., exceto por uma conselheira.

— Parece que Fury tem alguns problemas sérios para resolver. Uma pena, pois tenho meus próprios.

Olhou para um vaso caríssimo, colocado em um pedestal. Pegou-o e atirou na porta, chamando a atenção dos soldados do lado de fora. Ficou parado em frente às cabeças.

— Pare imediatamente com o que estiver fazendo! — gritou um.

— Espere, essa cabeça... — disse o outro.

— O presidente! — completou o primeiro.

Os dois soldados se aproximaram.

— O que você fez?

— Não se mova!

Killgrave sorriu.

— Não tentem me dar ordens. Quem manda aqui sou eu. Não se movam, senhores. A brincadeira mal começou. Você. — Ele apontou para o primeiro soldado — Pegue um caco do vaso. Apunhale seu amigo na jugular.

Por um momento, ele hesitou. Em seguida, pegou o caco e seguiu as ordens de Killgrave. Sua expressão era de pavor. Não sabia por que o estava obedecendo.

— Ótimo. Agora você, o da jugular furada. Estrangule-o.

Com dificuldade, o soldado pegou seu parceiro pelo pescoço.

— Faça quantos cortes quiser nele, meu caro. Quem sobreviver, corte a própria cabeça fora.

Começou a caminhar até a porta.

— Ah, mas uma coisa. Silêncio, pois já está tarde!

Saiu do Quarto de Lincoln, virando em um banheiro. Se olhou ao espelho. As veias de seu pescoço estavam arroxeadas, bem como metade de seu rosto e seus pulsos e mãos.

— Droga, Zebediah! Péssima hora para ficar assim.

Abriu o bolso de seu terno roxo, a roupa que vestira para aquela ocasião especial. Lá havia um pote com maquiagem. Passou-o por cima das partes roxas, retornando à cor normal. Em seguida, guardou a maquiagem e penteou o cabelo.





Tony Stark, Pepper Potts, Wanda Maximoff e Visão estavam na sala com Maria Hill, diretora temporária da S.H.I.E.L.D. e comandante do Triskelion na ausência de Fury.

— Maria, a Feiticeira Escarlate descobriu coisas terríveis ao acessar a mente de um poderoso alienígena. Ela se negou a revelar os segredos íntimos dele, mas nos contou algumas coisas.

Ele olhou para os agentes da S.H.I.E.L.D.

— Deveríamos manter apenas entre nós.

— Certo. Para minha sala, por favor. Se quiser vir conosco, Pepper, você pode. Os demais permanecem aqui.

Pepper aceitou, lisonjeada. Em compensação, Wanda ficou intrigada. Colocou os olhos em Maria Hill até ela sumir atrás da porta da sala.

— Visão, tem algo errado.

— O que foi?

— Maria Hill. Sinto que não deveríamos confiar nela.

Ele ficou quieto.

— Senhorita Maximoff, tem certeza de que não está ficando um tanto paranoica com isso desde o alienígena?

— Talvez... Mas, Visão, eu não vi só sobre os alienígenas infiltrados. Eu vi... A família dele. Thanos mantém a filha dele em cativeiro. Ele não é feliz com a vida dele. Apesar disso, sendo um Kree, se sente com a obrigação de acompanhar sua raça e seus superiores. Ah, e pode me chamar de Wanda.

— Senhorita Maximoff, eu insisto...

— Wanda.

— Está bem. Wanda. Eu insisto em dizer... não acha que possa estar enganada?

— Não. Se eu conseguisse entrar na mente dela...

— Tente, se isso ajudar você a se aliviar.

A Feiticeira Escarlate tocou a porta e fechou os olhos. Os agentes tentaram contê-la, mas ela parou-os com seus poderes. Então, acessou a mente de Maria Hill.

As revelações foram estrondosas. Desesperada, golpeou a porta.




Lá dentro, Tony Stark dava a Maria Hill a grande revelação.

— Há um extraterrestre entre o Conselho da S.H.I.E.L.D. Se eu fosse você, não confiaria em qualquer um.

Maria Hill ficou séria e se levantou de sua cadeira temporária, andando em círculos em volta deles.

— Um invasor... No Conselho da S.H.I.E.L.D. Isso é besteira. Nós teríamos notado se um deles se infiltrasse entre nós.

— Você está subestimando os poderes dela? Ou acusando-a de mentir?

— Não. Estou insinuando que ela pode estar enganada. “Aliens” jamais se infiltrariam na S.H.I.E.L.D. Como tem certeza de que ela não é um extraterrestre infiltrado?

Stark se irritou.

— Como pode estar insinuando isso?

— Quer dizer, há quanto tempo a conhece?

— Três semanas.

Hill balançou a cabeça negativamente.

— Está confiando em uma estranha, que, quando você conheceu, estava aliada a um inimigo. Ou se esqueceu de que ela estava do lado do Alto Evolucionário a princípio? Pelo que sei, foi Stephen Strange quem convenceu você a aceita-la. Tem certeza de que ele não é um invasor?

O Homem de Ferro perdeu a cabeça.

— Pare, Maria! Quem você acha que é para falar sobre os Vingadores?

— Sou a diretora da S.H.I.E.L.D.

— Não, você não é. Jessica Jones é a diretora da S.H.I.E.L.D., e Fury é o secretário-geral. Você manda no Triskelion apenas na ausência de ambos.

— Foi o que eu disse.

— Devo te lembrar de que os Vingadores são independentes da S.H.I.E.L.D. Nós não seguimos ordens da S.H.I.E.L.D.

Foi quando começaram a bater na porta. Stark se virou e colocou a mão na maçaneta.

— Não abra a porta, Stark.

Mas ele não a obedeceu. Visão e Feiticeira Escarlate entraram rapidamente, e Wanda não desperdiçou tempo.

— Maria Hill é um extraterrestre disfarçado!

A diretora piscou nervosa.

— Se é assim.

Ela levantou a mão e estalou os dedos. Então, algo se chocou contra o vidro da parede e o quebrou. Mar-Vell, o Capitão Marvel da raça Kree, ficou de pé ao lado de Maria Hill. Ela começou a mudar de pele, ficando verde e com as orelhas pontudas. Suas roupas mudaram, virando um uniforme roxo com detalhes em preto.

— Parece que fui desmascarada. Sabe, vocês deveriam ter cooperado comigo. Pois o meu disfarce não acaba por aqui. O que acaba... é a vida de vocês.

A falsa Maria Hill avançou sobre Stark, mas Visão a jogou sobre a mesa, que se quebrou.

No andar de baixo, Carol Danvers trabalhava calmamente. Então, ela escutou o som de coisas quebrando no andar de cima.

— Continuem trabalhando. Volto em um instante.

Ela subiu as escadas, escutando os sons de batalha atentamente. Então, um grito entregou a presença de Tony Stark.

— Sexta-Feira, ative a Mark 42!

Relutante, ela abriu a porta. Uma luz enorme a atingiu, e Carol caiu para trás. Vislumbrou apenas os participantes da batalha. Entre eles, havia Visão, que conhecera havia um tempo no submarino da I.M.A. Enquanto desmaiada, uma imagem surgiu em sua cabeça. Era o ser que a atingira: Mar-Vell, o Capitão Marvel.




Os Guardiões da Galáxia entraram em um beco. Estavam junto de Richard Rider e Sam Alexander, os Nova. Desde que os Vingadores haviam recusado sua ajuda, eles começaram a buscar por um homem que lhes mandara um recado afirmando saber a localização de Eros, irmão de Thanos.

Gamora apoiara a ideia de ir atrás dele. Segundo ela, Eros, sendo o completo oposto de seu irmão, poderia ajuda-los. Além disso, Thanos mantinha o pai deles em cativeiro, o que era uma motivação para Eros.

Então, eles tinham uma missão: encontrar aquele que mandara o bilhete. A missão era difícil, e já haviam tido de enfrentar um ou outro Chitauri. Mal sabiam eles que estavam mais perto do que pensavam.




Londres, na Inglaterra, era uma cidade belíssima. Possuía alguns dos mais famosos pontos turísticos do mundo, como o Big Ben e a Torre de Londres. Talvez houvesse sido tal fama que atraíra os alienígenas para lá, ou talvez a vantagem que seria dominar o Reino Unido como um todo.

Prédios destruídos. Naves sobrevoando a cidade. Alienígenas invadindo prédios e assassinando brutalmente seus moradores. Se a Dona Morte não estava satisfeita, jamais ficaria. Pois essa era a realidade londrina naquele momento.

Um homem de sobretudo caminhava pela Baker Street, a famosa rua britânica em que o personagem fictício Sherlock Holmes vivia nos livros de Sir Arthur Conan Doyle. A rua estava bloqueada na metade, cortada por um enorme ônibus de dois andares caído.

O homem parou diante de uma das famosíssimas cabines telefônicas vermelhas e entrou. Ligou seu celular e abriu a mensagem de um número não identificado. O MI6 me mandou mensagem, pensou ele, achando toda aquela ironia engraçada.

Leu a sequência numérica na mensagem e digitou-a no teclado do telefone. Era muito maior que um número telefônico comum. Quando terminou de digitar, ouviu o som de naves se aproximando.

Então, o chão desceu. O homem removeu o sobretudo, revelando um uniforme com as cores da bandeira da Grã-Bretanha. Ele era Brian Braddock, o Capitão Bretanha, que estivera junto do Comando Selvagem de Nick Fury, honrando a memória do primeiro Union Jack, James Montgomery.

Um agente do MI6 apareceu para recebê-lo quando o piso parou diante de um enorme corredor. Braddock sabia que aquela era uma das bases que o MI6 pegara da S.T.R.I.K.E., quando esta fora dominada por criminosos e transferida para os Estados Unidos.

— Senhor Braddock, é uma honra tê-lo aqui no MI6. Seus atos pela rainha são fantásticos, e merecem ser reconhecidos por todos.

— A honra é toda minha. Tudo o que faço é por uma Inglaterra melhor para todos nós.

O agente sorriu, satisfeito com a resposta. Ele começou a andar, guiando-o pelo corredor.

— Então, a que devo a honra de vosso convite?

— Um membro do alto-escalão requer sua presença para um projeto secreto.

O Capitão Britânia continuou andando, pensando consigo mesmo quem seria tal pessoa. Não conseguiu chegar a nenhuma conclusão. Resolveu então perguntar ao agente, mesmo sabendo que a resposta seria “confidencial”.

— E quem seria ele?

— É confidencial, senhor...

Uma voz masculina interrompeu-o. A porta no fim do corredor se abriu, revelando um homem.

— O nome é Fallsworth. Brian Fallsworth.

O Capitão Britânia olhou para o homem como se ele fosse um fantasma.

— Brian Fallsworth... Você está vivo­?

O filho do Union Jack original sorriu, cumprimentando Brian com um aperto de mão.

— Venha comigo. Temos muito sobre o que conversar. Bom, a primeira coisa que quero te mostrar está atrás desta porta. Veja o que for, senhor Braddock, mantenha a calma, por favor.

Fallsworth abriu a porta, revelando um pequeno grupo de pessoas. Braddock não parou para ver quem mais estava por ali. A única pessoa que lhe importava ali jamais passaria despercebida.

Braddock ficou sem ar ao identificar os cabelos roxos de sua irmã, Elizabeth Braddock, uma mutante apelidada de Psylocke.




A Agente 13, Sharon Carter, andava discretamente por uma rua. Os prédios e lojas dela estavam totalmente destruídos, o que obviamente significava que havia menos chances dos invasores voltarem ali. Ao longe, viu a silhueta da famosíssima Ponte do Brooklyn.

Era para lá que estava indo. Deixar Manhattan fora uma ordem direta de Maria Hill, que, como Sharon bem sabia, queria mantê-la viva pela influência que tinha como sobrinha de Peggy Carter.

Se tudo corresse como o planejado, haveria uma quinjet aguardando ali, pronta para leva-la para a segurança de alguma base secreta da S.H.I.E.L.D. ou dos militares.

Sharon já conseguia até vislumbrar a quinjet conforme avançava pela ponte. Levou uns minutos para alcança-la, querendo aproveitar ao máximo o silêncio de sua caminhada.

Entrou no veículo, começando a sentir a tensão retornar. Então, quando o piloto se virou para ela, Sharon gritou. A porta atrás de si se fechou, prendendo-a ali dentro.

Analisou o piloto da cabeça aos pés. Mal conseguia acreditar no que estava vendo, mesmo tendo sido uma das pessoas que encontrara o alienígena disfarçado como Morgana le Fay.

— Você... sou eu — disse Sharon, começando a ficar tonta.

Sua sósia sorriu.

— Sente-se, pois embarcaremos em uma viagem. Ah, e aproveite o show — disse o sósia enquanto prendia Sharon a um assento.

A quinjet decolou rapidamente. Sharon escutou o som de uma explosão, e logo olhou para baixo, preocupada com aquilo. Quando viu, não havia mais Ponte do Brooklyn alguma.

Ao longe, viu a Ponte do Queens também ser destruída. Isso significava uma coisa: Manhattan agora não era acessível para veículos terrestres. Os meios aéreos também não eram completamente seguros, já que havia várias naves extraterrestres.

Pela primeira vez em sua vida, Sharon não teve esperanças. Talvez o mundo conseguisse sobreviver, mas, em Manhattan, as coisas seriam piores. Claro, eles tinham a S.H.I.E.L.D. e os Vingadores. Mas apenas isso. E não podiam confiar nem sequer uns nos outros, já que qualquer um poderia ser um alienígena como seu piloto.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram???

Contem aí, já viram Deadpool? Pessoalmente, eu gostei do filme, apesar de algumas piadas chegarem a ser escrotas (nada que fugisse do esperado).