Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Ok, o novo horário por aqui será de terças. ia ser de segunda, mas quero deixar um pouco mais distante do dia dos spin-offs.

Estarei respondendo os comentários que ainda não respondi em breve, desculpem a demora! Estou meio que me acostumando de novo, hehe.



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Em algum lugar do universo, uma multidão de seres de diversas espécies e raças se reunia no mesmo salão. Eles bradavam o nome de um ser poderosíssimo, que estava presente naquele mesmo lugar. Seu nome era Magus, outrora conhecido como Adam Warlock.

No altar que havia no centro do prédio estava a líder de todos ali: a Matriarca. Seus cabelos castanhos estavam em contraste com seu vestido vermelho e suas unhas compridas.

— Devotos da Igreja Universal da Verdade, hoje é um grande dia para todos nós. Após tempos difíceis, retomaremos o artefato que nos foi concedido pelo próprio Tribunal Vivo: a Joia da Alma. Nosso Líder, nosso Senhor, está aqui conosco hoje para nos dar isso. Devotos, eu vos apresento Magus!

Descendo voando de algum lugar, surgiu Magus. Vestia roupas laranjas e vermelhas, as cores da Igreja. Seu cabelo grisalho combinava com o brilho azul-claro em seus olhos, que demonstravam a imensidão de seu poder.

A Matriarca abriu os braços.

— Magus, guie-nos para a Joia da Alma!

Ele estendeu a mão para frente e um vórtice enorme surgiu. Um brilho sobrevoou os devotos, que se transformaram em soldados espectrais de armaduras douradas.

— Adentrai o vórtice!

Magus foi à frente e entrou no vórtice. O altar da Matriarca se elevou e ela entrou em seguida. Logo, os guerreiros flutuaram e atravessaram o vórtice.

Era noite em Nova York. Já era de madrugada, na verdade. Em sua cama nos aposentos de Tony Stark na Torre dos Vingadores, Pepper Potts se remexia inquieta. Quando abriu os olhos, percebeu o que a estava deixando nervosa.

Tony não estava ao seu lado. Por um momento, se perguntou onde ele estaria. Foi uma pergunta sem sentido, pois sabia muito bem de onde ele estava. Talvez apenas não quisesse aceitar que Tony a deixara mais uma vez para trabalhar no laboratório. Já devia estar acostumada, pois não era a primeira vez, e sim a décima terceira.

Levantou-se e vestiu seu roupão, cobrindo as roupas íntimas. Entrou no elevador panorâmico, que tinha vista para a cidade que nunca dormia: Nova York. As luzes acesas e os carros nas ruas faziam o apelido estar certo.

Quando entrou no laboratório de Tony, sentiu a tristeza tomar conta de si. Ver o homem que amava andando de um lado para o outro falando sozinho e com Sexta-Feira era triste.

— Tony, volta pra cama...

— Não posso, Pepper.

O mesmo discurso de sempre.

— Querido, uma noite a mais sem dormir vai fazer muito mal pra você.

Ele apontou através do vidro, para as luzes e carros.

— Vê eles?

Pepper assentiu.

— Todos dependem dos Vingadores. É claro, com a ajuda de mais super-humanos. Os X-Men e o Quarteto Fantástico já se juntaram a nós nesta batalha.

Quarteto Fantástico, pensou Pepper. Se lembrou de Sue Richards e pensou em como ela devia estar passando pela mesma situação: um marido cientista trabalhando dia e noite sem dormir nem parar.

— Tony, já pensou que talvez Nova York não precise que você faça tantos sacrifícios assim?

Ele olhou para ela, seus olhos perdidos e desesperados. Pepper enxergou o medo de Tony. Para ela, Stark era um livro aberto.

— Tenha um pouco de fé, Tony.

— Fé... — ele disse, meio que para ele mesmo. — Uma ilusão, é claro.

— Como assim, Tony?

— Pepper, se realmente existisse um Deus olhando por nós... Ele deixaria isso acontecer conosco?

Ela engoliu em seco.

— Sou um homem da ciência, Pepper. Não busco solução em uma igreja, mas sim em um laboratório.

Então, um de seus maiores medos veio à tona. Estava vendo Tony, o homem que amava, ficar igual aos outros. De todos os cientistas brilhantes que ela conhecia, Pepper sempre preferira Stark.

Reed era um homem da ciência, que parecia preferir construir um portal para a Zona Negativa do que dormir com Sue. Hank Pym era igual. Por mais que Sue Richards já tivesse dito para Pepper que ela e Reed mantinham uma vida sexual ativa, Pepper duvidava um tanto.

Bruce Banner era muito solitário. Pepepr sabia sobre Betty Ross, mas via que ele não tinha capacidade de amar como um homem normal. O Hulk destruíra ele por dentro. E Norman Osborn, ele era o pior. Frio, insensível, parecia não se importar com sua esposa Emily. Não era a toa que se separara.

Quando olhava para Tony, sempre vira um homem alegre e capaz de amar, não um cientista frio e insensível. Por isso que ela o amava. Mas agora, Thanos o estava destruindo.

Bufou, se dando por vencida.

— Tudo bem, pode trabalhar. Deixe-me ao menos ver o que está fazendo, só para me tranquilizar.

Tony pareceu hesitar por um momento, mas então recuou. E ela viu.

— Por deus, Tony!

Ela escancarou a boca.

— Isso é muito errado, Tony. Essa arma... As proporções de destruição que ela alcança...

— Pepper, você faz ideia do poder que Thanos tem com as Joias do Infinito?

Ela negou.

— São os artefatos mais poderosos do Universo. Juntas na Manopla do Infinito, então... Seu poder é incalculável. Peço que entenda que, caso eu consiga o que quero, será apenas em último caso.

Pepper se virou e saiu do laboratório, deixando-o sem resposta. Voltou para a cama e, ao se deitar, chorou.

Na nave mãe dos Skrulls, o imperador Dorrek VII jazia sentado em sua cabine. Ao seu lado, a Rainha Veranke andava de um lado para o outro. Em frente a eles estava a princesa Anelle, filha de ambos.

Estavam aguardando mais ordens de Thanos e, no caminho, repreendendo sua filha.

— Você é uma vergonha, Anelle.

A princesa levantou os olhos e mirou a “mãe” e o pai. Sabia que Veranke não era sua mãe, e sim apenas mais uma das esposas do rei. Sua verdadeira mãe devia estar morta.

— Pai...

— Um filho... com um Kree? — disse Dorrek, interrompendo-o.

— Foi há muito tempo, pai. E Mar-Vell, ele...

— Não quero saber sobre o Capitão Marvel dos Krees, está me entendendo? Krees e Skrulls são inimigos desde que nos conhecemos por gente.

Anelle chorou. Soubera desde que aquilo acontecera que era errado (pelo menos aos olhos dos Skrulls). Mas Mar-Vell fora gentil com ela, e Anelle se envolvera mais do que devia. Antes que Dorrek prosseguisse, a imagem de Thanos surgiu na tela.

— Thanos — disse Dorrek, curvando-se.

Tanto Anelle quanto Veranke se curvaram em seguida.

Interrompi algo, Dorrek?

O imperador negou, nervoso.

Ótimo. Está na hora de colocarmos em ação a última etapa da Invasão Secreta.

Dorrek olhou para a rainha Veranke, que compreendeu o que isso significava.

— Veranke irá tomar sua posição na Terra. Escolhemos estrategicamente para que ela esteja no coração dos defensores da Terra, os Vingadores.

Assim espero, Dorrek. Estou depositando muita confiança nos Skrulls e em sua “Invasão Secreta”.

Isso era verdade (apesar de ser, em grande parte, um truque para manter a confiança de Dorrek ao fazê-los se sentirem “superiores” aos Krees). Mal sabia Dorrek VII que Ronan, o Supremo Acusador dos Krees, era o aliado mais próximo de Thanos no momento.

— Agradeço ao senhor, Thanos.

O trono dourado de Thanos se ergueu no ar na imagem.

Posso saber o nome dessa humana?

Dorrek observou o nome no monitor à sua esquerda.

— Virginia Potts, mais conhecida por ser a Vingadora “Resgate”.

Na sala do embaixador, na embaixada da Latvéria em Nova York, Victor Von Doom permanecia sentado em sua cadeira, de pernas cruzadas, observando um guarda-roupa aberto na sua frente. Dentro dele, um homem, amarrado e amordaçado, se chacoalhava com medo.

Ele era um dos poucos amigos de Vladimir Fortunov que ainda estavam vivos, e também embaixador na Latvéria nos Estados Unidos.

­— Curiosa é a forma como um homem tão “inatingível” como você se torna um covarde perante seu Destino, embaixador.

Os olhos desesperados do homem repousaram em Victor, lacrimejando de medo. Ele estava implorando silenciosamente por piedade.

— Tenha fé, meu caro embaixador. O Destino apenas castiga quem realmente merece.

E Victor tirou do bolso um bracelete, o Coletor de Almas. Mostrou-o para o embaixador, que refletiu o brilho do artefato em seus olhos e em suas lágrimas. O Doutor Destino arrancou a mordaça dele.

— Quais são suas últimas palavras, embaixador?

— Vá se danar, Von Doom!

O homem avançou com suas últimas forças sobre Victor. Como estava amarrado, a única coisa que pôde fazer foi bater com sua cabeça. Acertou em cheio no queixo de Victor, que mordeu a língua e deixou cair no chão o Coletor de Almas.

— Idiota! — xingou Von Doom, que chutou-o longe.

O embaixador atingiu com tudo o fundo do guarda-roupa. Cuspindo o sangue em sua boca, Victor pegou o Coletor de Almas no chão. Foi quando viu que estava sem sua joia e seu brilho.

— O que você fez?!

Tornou a olhar para o aterrorizado embaixador. Desta vez, porém, ele não olhava para Victor, e sim para algo atrás dele. Quando o Doutor Destino se virou, riu. Foi uma risada como as dos vilões de filme, devida ao alívio que ele sentiu.

— O Destino não pode ser revertido, embaixador.

Ele estendeu a mão, e a joia laranja que flutuava ali foi até a palma. Sem toca-la, manuseou-a até que ela estivesse entre eles.

— A Joia da Alma. Quem poderia imaginar?

Quando Doom começou a se aproximar, o embaixador tornou a falar.

— Me mate. Prefiro mesmo morrer. Você condenou a Terra, Victor. Esses alienígenas... Tudo que querem é essa Joia! Você não fala pelo destino, Von Doom. A única coisa que você traz é perdição!

E então, a joia brilhou. Sua luz iluminou todo o quarteirão, imerso na escuridão da noite nova-iorquina. A alma do embaixador foi sugada, e seu corpo caiu sem vida para trás. Fora o ódio de Victor que a ativara.

— Adeus, embaixador.

Victor entrou dentro do guarda-roupa e empurrou o cadáver. Pegou-o pelo pescoço.

— Sabe, acho que seu pai ficaria triste se soubesse que acabo de matar o filho dele. Mas acho que Boris prefere acreditar que você morreu há muito do que na realidade.

E descartou o corpo novamente. Repousou sua mão no fundo do guarda-roupa, e uma luz contornou sua mão. Em seguida, o fundo falso sumiu, revelando uma armadura presa em uma espécie de manequim de metal.

— Faz um tempo que não uso esta roupa, mas acho que agora virá a ser bem útil.

Passou a mão livre pelo peitoral, e um pequeno buraco abriu. Estendeu a mão e a Joia da Alma se encaixou ali.

— Perfeito.

Pepper Potts finalmente conseguira dormir. Não por sono, mas sim por tomar um remédio para isso. Devido a isso, não ouviu entrarem em seu quarto.

— Joguem-na pela janela. Os outros vão pega-la.

A Rainha Veranke observou os Skrulls carregarem Pepper Potts para fora da Torre dos Vingadores, jogando-a pela janela. Soltou um riso ao se transformar na esposa ruiva de Tony Stark.

— Agora podem ir. Antes que alguém na Torre perceba.

Da mesma forma como entraram, os Skrulls ativaram sua invisibilidade e pularam pela janela, aterrissando com tudo em uma nave que pairava em Nova York. As lembranças de Pepper Potts e um pouco de suas emoções foram assimiladas por Veranke, permitindo sua melhor adaptação.

Veranke se acomodou na cama e repousou os olhos, fingindo estar dormindo. As luzes se apagaram sozinhas, e Veranke ouviu passos no corredor. Exausto, Tony Stark entrou no quarto.

— Pepper, querida, ainda está acordada?

As lembranças de Pepper sugeriam que ela estava triste com Tony, mas Veranke decidiu ser fiel às lembranças que estavam em maior quantidade, momentos de amor de Pepper e Tony.

— Sim, amor — ela respondeu.

Ele se sentou na ponta da cama.

— Escute, Pepper, me desculpe. Sei que não deveria ter te envolvido nisso. Mas saiba que o Nulificador Total é uma das nossas únicas chances de vencer.

— Tenha mais confiança nos Vingadores, querido.

Um Nulificador Total?, pensou Veranke. Este homem definitivamente está louco devido ao desespero.

— Talvez você tenha razão, querida.

— Ei, esqueça disso.

Veranke se colocou diante de Tony e o puxou num beijo selvagem.

— Onde está o Tony dos velhos tempos?

Ele sorriu e relaxou, puxando-a para a cama e aceitando o beijo.

Em algum lugar no meio do Oceano, em uma ilha, havia um enorme castelo moderno e tecnológico no centro de uma cidade moderna. Em seu quarto mais alto, o líder daquela nação observava o mar no horizonte, quase coberto por prédios, e a lua no céu.

Ao seu lado, uma mulher de pele azul lhe contava sobre os últimos acontecimentos.

— Alienígenas estão por todo o mundo. Quinze dias foi o tempo dado pelo líder dele, mas o final da trégua se aproxima. Genosha tomara uma posição.

Ele negou com a cabeça.

— Que esses “alienígenas” destruam os humanos. Os mutantes de Genosha irão sobreviver. Todos os adeptos aos meus termos estão aqui. Os demais mutantes, fora da cidade, serão um preço a se pagar pela sobrevivência da raça Homo superior.

A mulher sabia que aquilo era uma referência ao antigo amigo de seu líder, que comandava um grupo que afirmava estar do lado da humanidade.

— Você tem certeza, senhor? Mas e se eles atacarem Genosha?

— Raven, querida, Genosha irá ser protegida por um campo de força. Ficaremos invisíveis. E, se eles adentrarem minha nação, a Irmandade e os Acólitos irão defender-nos. Além disso, temos o Cubo Cósmico conosco, graças ao Mestre Mental.

— Você está certo, Max.

Ou assim espero, ela concluiu em sua mente.

— Não me chame de Max, Raven — disse ele, voltando-se para ela. — Eu prefiro Magneto.


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Notas finais do capítulo

Bom, vou explicar aqui por que escolhi Pepper para ser substituída por Veranke: por menor a importância de Pepper no grupo dos Vingadores, ela está perto de alguém importante: Tony Stark.

Gente, eu andei pensando em trazer uma espécie de "Guerra Civil" para a fic. Reli o livro da Guerra Civil escrito por Stuart Moore e fiquei inspirado em trazer. O que acham?