Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 45
Antigos Invernos


Notas iniciais do capítulo

Atraso meio que proposital. O capítulo estava agendado, mas eu estava insatisfeito com o desfecho, e fiz algumas mudanças, tais como a introdução de Asgard no capítulo.

Capítulo alternativo nos comentários do anterior.

Resta um capítulo para encerrar a Fase 2, que tentarei postar amanhã, pois já comecei a escrever (não prometo nada). Depois, me esforçarei para encerrar o spin-off da Safira até 20 de novembro, data de estreia de sua série, e, coincidentemente, do lançamento do álbum "25" da Adele.

Para escrever este capítulo, ouvi bastante música. Ouvi Halsey (Ghost, New Americana, Hurricane e Colors), Sam Smith (I'm Not The Only One, Stay With Me e Writing's on the Wall), Adele (Set Fire to the Rain, Skyfall, Hello, Someone Like You e Rolling in the deep) e também a música tema de "Marvel's Jessica Jones', Thousand Eyes da banda Of Monsters and Men.



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Frio. Muito frio. Essa era a única forma de descrever como os Vingadores Secretos, o Sargento Fury e o Comando Selvagem se sentiam na Groenlândia. Estavam próximos à capital daquela nação constituinte autônoma do Reino da Dinamarca, ou seja, a cidade de Nuuk, cuja população era de, aproximadamente, 16.181 habitantes.

Nuuk, apesar de ser a maior cidade da Groenlândia, era pequena se comparada a cidades americanas como Nova York, Washington D. C., Chicago, Miami e Seattle. Na parte montanhosa atrás da cidade, Steve Rogers ainda era capaz de enxergar o mar da costa sudoeste gronelandesa.

— Será que esse rio atrapalhará uma possível fuga? — perguntou Sam Wilson.

— Jotuns podem congela-lo.

O rio Kangerlua Nuup era a única coisa que separava aquela montanha congelada da cidade de Nuuk. A neve que caía, porém, dificultava a visão das casas típicas gronelandesas de Nuuk. Subiram mais a montanha com dificuldade. Era um grupo muito grande, certamente chamariam atenção para eles.

— Nick, venha cá um momento — chamou Rogers discretamente.

O Sargento Fury se aproximou.

— Somos muitos. Alguns precisarão ir por outro caminho, ou seremos vistos.

— Compreendo.

Fury analisou sua equipe.

— Podemos mandar Arraia e Demolição, que não são muito cruciais para a equipe.

— Compreendo. Então mandaremos Arraia, Demolição e...

— Agente Americano?

Capitão América gelou. Em seu lugar, muitos não perderiam aquela oportunidade de eliminar um concorrente. Mas Rogers não era assim. Ele era altruísta, e pensava nos outros. Porém, havia ali uma verdade: John Walker fora um peso morto para a equipe, e apenas atrapalhara com sua vontade de liderar.

— Sim. Um dos Homens-Formigas também, talvez O’Grady.

— Certo.

Ele pediu para que todos se juntassem e começou a falar, alto por causa da neve.

— Eu e o Capitão tomamos uma decisão. Por motivos de estratégia, os seguintes heróis deverão contornar a montanha em busca de pontos fracos na base Jotun: Arraia, Demolição, Homem-Formiga (Eric O’Grady) e...

Todos se entreolharam, com uma pergunta pairando entre eles: “Quem mais?”.

— Agente Americano.

John Walker gritou um palavrão, sem esconder sua frustração.

— Você me deixa nas mãos de Graviton e depois me tira da missão seguinte? O que é isso, Capitão? Está tentando queimar meu filme?

— Não é nada pessoal, John. Acontece que você foi um peso a mais para a equipe durante a missão na Torre do Terror.

— Fique quieto, Fury. Estou falando com o Capitão América.

Agente Americano pegou seu escudo e começou a caminhar na direção de Rogers.

— Já estou cansado de você, Steve. Está na hora de mostrar quem manda aqui.

Eric O’Grady, Arraia e Demolição seguraram-no.

— Larguem-me imediatamente, soldados!

— Vamos, John. Precisamos seguir as ordens do Sargento Fury e do Capitão América.

Irritadiço, Agente Americano se virou na direção oposta. Sem dizer mais nada, prossegui com sua caminhada. Arraia sussurrou ao comunicador que ficaria de olho em Walker, e Fury agradeceu. Em seguida, os quatro desapareceram em meio à neve que caía.

— Bom, melhor prosseguirmos.

O resto da equipe continuou com a caminhada. Estavam em um número relativamente menor. Múmia Viva e Lobisomem haviam ficado na base, portanto, do Comando Selvagem, apenas Capitão Britânia, Arraia, Homem-Coisa e Demolição haviam vindo junto de Sargento Fury. Alguns minutos depois, já era visível uma enorme entrada escura à sua frente.

Uma enorme nuvem escura estava acima deles, rodopiando e brilhando momentaneamente, enquanto soltava neve para todo lado. A nevasca que os envolvia dificultava a compreensão de sons.

— Certo, equipe, estamos nos aproximando do cume da montanha. Nossa parada é esta caverna, mas precisaremos que um de vocês fique aqui de guarda. Algum voluntário?

Falcão levantou a mão.

— Acho que eu, Capitão. Voar em uma caverna não será útil.

— Está bem, soldado. Muito obrigado pela compreensão.

Sam Wilson assentiu. Todos os outros entraram na caverna. Naquele momento, uma luz surgiu em volta de Sam.

— O que...?

Quando olhou para trás, ele estava parado ali. Sim, ele. Dois Falcões.

— Você sou eu?

O ser balançou a cabeça afirmativamente. De repente, a luz começou a puxa-lo para cima. Ele gritou, mas o som não saiu. Olhou para cima e viu uma enorme nave alienígena começar a desaparecer conforme ele se aproximava.

Se deu conta do que estava acontecendo. Estava sendo abduzido por aliens e seria substituído por um sósia alienígena. Quando entrou na nave, esta terminou de sumir. Lá embaixo, por um segundo o sósia voltou à sua forma verdadeira, um Skrull, para logo retornar a ser Sam Wilson.

Já dentro da caverna, os Vingadores Secretos e o Comando Selvagem não faziam a menor ideia do ocorrido com Sam Wilson. Prosseguiam normalmente com a caminhada, até que estranhamente chegaram a um ponto da caverna (após muita descida) em que tudo era iluminado por tochas de fogo azul.

— Equipe, cuidado. Fiquem atentos a qualquer movimento. Acredito que estamos nos aproximando dos Jotuns.

O urro de um berrante fez todos pularem de susto. Do outro lado daquela câmera gelada, criaturas de pele azulada gritavam, chefiadas pelo portador do berrante. Na língua Jotun, o líder do batalhão ordenou que avançassem.

Atrás dos menores, verdadeiros Gigantes de Gelo caminhavam a passos largos, quase esmagando aos menores. O silêncio quebrou-se instantaneamente com o avançar dos Jotuns.

— Vingadores Secretos, avante!

— Comando Selvagem, avante!

Com um primeiro tiro do Sargento Fury, os heróis também avançaram. Capitão Britânia e Vespa decolaram voo, indo na direção dos maiores, enquanto Homem-Formiga infiltrava-se entre os menores, oposto a Golias, que aumentara de tamanho para se igualar aos gigantes. Enquanto Homem-Coisa arremessava longe os Jotuns que alcançava, Capitão América e Sargento Fury lutavam lado a lado.

Disparando rajadas nos gigantes, Vespa e Capitão Britânia abriam trincos no corpo deles, o que retardava os passos dos enormes inimigos.

— Hope, prepare-se para um ataque sincronizado no monstro do meio! — gritou Braddock com seu sotaque britânico.

Ela assentiu, colocando-se ao lado dele. Os dois voaram fazendo voltas no ar e cruzando seus voos, o que confundia o monstro.

— Um! — gritou ele.

— Dois! — ela prosseguiu.

Quando gritaram “Três!” em uníssono, dispararam suas rajadas em um, explodindo-o em pedaços de gelo. Separaram-se, dirigindo-se cada um para um Gigante de Gelo.

Um dos pedaços quebrou uma das estátuas posicionadas atrás do batalhão, revelando uma sala. Lá dentro havia um enorme portal. Em frente a ele, Laufey estava parado, segurando uma caixinha. Ele se virou, com um sorriso no rosto.

— Sejam bem-vindos. É com orgulho que anuncio o primeiro dia do governo de Ymir, o Inverno Vivo, supremo governante de Midgard!

Um ser surgiu em meio à nevasca existente do outro lado do portal. Portava uma espada de gelo e era também feito de água sólida. Ele era Ymir, o inverno Vivo. Girou a espada ao atravessar o portal e pisar em solo terráqueo.

— Midgard! — ele gritou, sua voz grosa reverberando pelo salão.

Todos pararam, tanto heróis quanto Jotuns, para olha-lo.

— Esse é Ymir, o cara das lendas? Tão desapontador — zombou Scott Lang.

Ymir abriu a boca e se inclinou para trás, reunindo energia, e urrou:

— MIDGARD, EU SOU YMIR! AJOELHEM-SE PERANTE MIM OU MORRERÃO!

Ele estendeu a mão na direção de Laufey, que acomodou a Caixa dos Antigos Invernos na mão de seu líder.

— Agradeço-te, Laufey. É chegada a hora de o domínio de Ymir se estender sobre mais um dos Nove Reinos!

Sargento Fury fitava curiosamente o lugar atrás do portal. Lembrava-se daquele castelo dourado de sua pesquisa. O reino congelado no portal não era Jotunhein, mas sim Asgard.

— Avante! — gritou Capitão América novamente.

Como se despertando de um sonho — ou pesadelo — os heróis voltaram a atacar. Destruíram alguns Jotuns distraídos e continuaram a lutar com os já despertos.

Infelizmente para nossos heróis, havia um novo oponente ali. Ymir ergueu a Caixa dos Antigos Invernos e abriu-a, revelando muita, mas muita neve mesmo, que foi liberada em forma de turbilhão sobre eles.

Hope Pym e Brian Braddock, que voavam, foram os primeiros a serem congelados e despencaram para o chão. Homem-Coisa foi engolido em seguida, junto de Homem-Formiga. Golias foi congelado em seu estado gigante, enquanto Sargento Fury e Capitão América se encolhiam atrás do escudo.

— Precisamos aguentar, Fury.

O Sargento colou em Rogers, mas foi puxado pelo turbilhão gelado e foi congelado diante de Steve.

— Nick!

Desvencilhou-se da mão congelada que, em um último esforço, agarrara-lhe a perna, e se juntou mais ao escudo. Sentiu o turbilhão se intensificar, e então começou a ser empurrado para trás. Quanto tempo mais teria de aguentar ali? Soltou um gemido de esforço e sentiu que não poderia aguentar por mais muito tempo.

Como último recurso, lançou o escudo na direção do centro do turbilhão. O gelo começou a se formar sobre seu corpo como uma cobertura, e seus sentidos começaram a ficar confusos. A temperatura desceu, e sentiu mais frio do que a princípio sentira naquela câmara de puro gelo.

Foi quando o turbilhão cessou. O escudo havia acertado Ymir, ou então a Caixa, o que o salvara do congelamento. Aproveitando aquele caminho livre, devido aos Jotuns que haviam se afastado do turbilhão, o Capitão América começou a correr na direção dele.

— Afaste-se de mim, terráqueo!

O Inverno Vivo apontou a espada na direção do Capitão América, no momento em que o escudo voltou para suas mãos. Steve Rogers colocou o escudo entre si e Ymir.

— Inverno Vivo, renda-se.

Ymir simplesmente riu da sua cara.

— Jamais me rebaixarei ao nível de um mero terráqueo. Midgard não é páreo para Ymir, o Inverno Vivo!

Avançou com a espada sobre o escudo, empurrando com força e fazendo com que Rogers precisasse cravar os pés com força no chão.

— Laufey, a Caixa.

O servo lançou o artefato para Ymir, que, sem desencostar do escudo, pegou-a e abriu em sua própria direção. O que fora uma hora da altura normal de um humano começou a crescer. O Inverno Vivo começou a crescer sem parar, se chocando com tudo contra o teto.

A câmara de gelo foi despedaçada por ele. O enorme Ymir destruiu aquela montanha de gelo e irrompeu do lado de fora, assustando Sam Wilson que estava despreparado. O Gigante de Gelo rugiu, girando sua espada acima da cabeça.

— AGORA RENDAM-SE, TERRÁQUEOS, PERANTE O INVERNO VIVO!

Laufey estava em seu ombro, portando a Caixa dos Antigos Invernos. Abriu-a na direção de Nuuk, de onde gritos vinham audíveis como nunca antes na Groenlândia. Sam Wilson, que estava parado diante da caverna, decolou em direção a Laufey.

— Capitão? Não há ninguém mais com você?

— Foram congelados por Ymir, e ainda estão lá embaixo.

— E os quatro que foram embora?

— Não respondem ao comunicador.

Mais abaixo, na neve, quatro comunicadores jaziam jogados e quebrados. Ao lado, havia uma cabana de madeira. Dentro dela estavam Homem-Formiga, Agente Americano, Arraia e Demolição, que fitavam um ser encapuzado. O silêncio perdurava entre eles, já por alguns minutos.

O encapuzado começou a se mover para trás, em direção a uma portinhola de madeira. Virou-se, determinado a correr. Uma rajada elétrica, porém, parou-a, disparada pelo Arraia.

— Quem é você?

Silêncio. John Walker puxou-o pela capa.

— Nos responda!

Mais silêncio. Tirou capuz a força, se deparando com uma mulher de metal. Metade de seu rosto estava quebrado, deixando apenas um olho vermelho pendurado.

— Quem é você?! Não me faça perguntar novamente!

O sistema vocal de Jocasta foi danificado.

— Jocasta? É esse o seu nome?

O robô balançou a cabeça afirmativamente.

— Não consegue falar?

Ela indicou seu pescoço danificado.

— Compreendo... Arraia, você entende alguma coisa de energia?

— Sim. Vamos ver o que posso fazer. Tem algum equipamento por aqui?

Jocasta pediu que ele a seguisse. Ela digitou algo em um computador, e a parede se moveu, revelando um monte de apetrechos tecnológicos.

— Obrigado.

Ele pegou um cabo e prendeu ao computador. Ligou a outra ponta a Jocasta.

— Fale.

A voz dela saiu do computador.

Muito obrigada. Meu criador me abandonou aqui.

— Quem é seu criador?

Ultron.

Os quatro se entreolharam.

— Alguém aqui sabe quem é “Ultron”?

Quem, não. O que.

— O Ultron é algo?

Uma Inteligência Artificial. Por favor, deixem-me ir. Ou Ultron virá atrás de vocês.

— Não. Você vem conosco.

Ele pode me rastrear.

— Estaremos prontos para ele.

Não sabem do que estão falando.

— Pois encontraremos alguém que sabe. Agora venha.

Assim que ele se virou, a parede de madeira cedeu à Caixa dos Antigos Invernos. Neve entrou, logo preenchendo por completo o lugar. As paredes começaram a ser congeladas. Jocasta, porém, não se deu por vencida. Ela estendeu a mão (à medida do possível), liberando um laser vermelho e quente. A neve logo foi derretida.

Graças a Jocasta, os quatro heróis conseguiram sobreviver ao gelo que já lhes tomava o corpo. Saíram da cabana, visualizando Ymir. O’Grady se encolheu e subiu a montanha, começando a subir por Ymir através de rachaduras no gelo. Quando os outros três subiram, em companhia de Jocasta, logo viram Sam Wilson e Steve Rogers batalhando inutilmente contra Ymir.

John Walker riu.

— Está difícil, Capitão?

— Walker. Pode me ajudar?

Ele riu ao jogar seu escudo na direção de Laufey, o que serviu apenas para distrai-lo e permitir que Rogers escapasse.

— Obrigado, Walker. Agora vamos, precisamos descer.

— Para quê?

— Os outros estão congelados lá embaixo.

Falcão pousou ao lado dele.

— Vão logo. Vou tentar distrair Ymir.

Eles assentiram. Jocasta, Arraia e Demolição se aproximaram.

— Podemos ajudar?

— Toda ajuda é sempre boa — respondeu Steve. — Espere, quem você é?

Sou Jocasta — ela se apresentou, com uma voz nada feminina, produzida por Arraia provisoriamente.

Estranhou a presença dela, mas, como acabara de dizer, toda ajuda era boa.

— Muito bem. Seja bem-vinda, eu acho.

Junto de Agente Americano, Capitão América pulou para o buraco em que Ymir estava. Caíram no chão, contudo aguentaram a queda. Para sua infelicidade, os Jotuns que estiveram lá embaixo já haviam saído para Nuuk.

— Droga. Eles fugiram. Alguma ideia de como parar o ataque?

Surpreendendo-os, Jocasta aterrissou ao lado deles.

Que tal usar fogo contra fogo? — ela sugeriu, apontando para o castelo dourado e congelado do outro lado do portal.

— Acha que alguém lá pode nos ajudar?

Aquela é Asgard, terra de Odin. O Pai de Todos pode ajuda-los contra um de seus arqui-inimigos.

Steve olhou para John.

— Vamos. Precisamos encontrar o pai de Thor.

Assim, pularam para dentro do portal. Enquanto isso, Jocasta descongelava os heróis. Os dois soldados com escudo caíram em uma enorme ponte colorida, que levava aos portões de Asgard. Golpearam alguns Jotuns e correram até o portão.

Lançaram os escudos e derrubaram os vigias, logo entrando em Asgard. Correram ao castelo, passando pelos cidadãos congelados em situações cotidianas. Não tiveram dificuldade alguma em entrar na sala do trono do castelo, pela porta da frente.

Lá dentro, o Pai de Todos jazia congelado em seu trono. Ao seu lado, seis guerreiros permaneciam parados (quatro homens e duas mulheres). Com a lança Gungnir em mãos, a figura petrificada de Odin ainda era imponente.

— Como descongelamo-lo?

— É uma boa pergunta.

Rogers olhou em volta, buscando por algo quente o suficiente. Se deparou com um enorme robô parado, o Destruidor. Aquela estátua, curiosamente, estava descongelada e morna.

— Essa estátua está quente. Talvez possa nos ser útil.

Pegaram aquela estátua e aproximaram-na de Odin.

— Como que fazemos para ligar?

— Talvez a lança dele.

Walker pegou a lança Gungnir da mão de Odin e aproximou-a do Destruidor. O rosto de vidro da estátua se iluminou com uma chama, e ele começou a se mover. Uma bola de fogo foi liberada de seu rosto, acertando o congelado Pai de Todos.

Odin foi imediatamente descongelado pelo imenso calor do poder da criatura.

— O quê...?

Foi quando ele viu-os.

— Terráqueos, que fazem em meu reino? Devo tratar isso como uma invasão?

— Olhe em volta, Odin. Não somos os invasores. Os Jotuns fizeram isso. Congelaram ao seu povo.

— Os Jotuns... Agora tudo me é claro. Lembrei-me de despertar de meu sono e dar de cara com uma Asgard em decadência. Em lugar de Thor, encontrei Balder. Algo de errado estava ocorrendo. Convoquei uma reunião entre todos os guerreiros de Asgard, e tive uma surpresa terrível. Ymir estava vivo. Não tive tempo de detê-lo. Sem Thor, Asgard pereceu.

— Estamos aqui para pedir sua ajuda. Ymir invadiu nosso mundo. Ele quer dominar todos os mundos.

— Ridículo. Ele jamais sobreviveria ao reino de fogo de Surtur.

O Pai de Todos se pôs de pé.

— Salvarei Midgard. Primeiramente, Destruidor, descongele a todos.

A estátua lançou bolas de fogo nos seis guerreiros, e partiu para o lado de fora. Os guerreiros asgardianos se moveram. Eram eles Fandral, Hogun, Volstagg, Lady Sif, Valquíria e Balder, o Bravo.

— Reunirei o exército de Asgard!

Saiu dali, seguido por todos, e colocou-se diante dos descongelados.

— Pela honra de Asgard, devemos derrotar uma vez mais aos nossos inimigos. Os Jotuns estão novamente à ativa, liderados por ninguém menos, ninguém mais, que Ymir, o Inverno Vivo. Desta vez, seremos só nós e Midgard. Os outros reinos não poderão nos ajudar.

Posicionados entre o exército, Agente Americano e Capitão América bradaram junto dos asgardianos. Partiram todos pelo portal, aberto definitivamente para Midgard devido à ausência do falecido Heimdall. A Bifrost mais uma vez levou o exército dourado de Asgard para a Terra.

Os dois terráqueos surpreenderam-se ao ver seus parceiros de equipe descongelados e batalhando, marcados pelo enorme Golias que trocava socos com Ymir inutilmente.

— A cavalaria chegou! — anunciou Scott Lang em sua formiga voadora, sorrindo ao vê-los.

O Inverno Vivo olhou para os asgardianos e logo identificou o Pai de Todos.

— ODIN!

Ele começou a se reduzir ao tamanho normal, ficando cara a cara com seu arqui-inimigo.

— Laufey, comande os Jotuns. Eu cuidarei dos asgardianos!

A lança Gungnir de Odin e a espada de Ymir se chocaram, soltando faíscas devido ao atrito. Os rivais desferiram golpes um no outro, enquanto os asgardianos avançavam em companhia das Valquírias e seus pégasos.

Os asgardianos marcharam rumo a Nuuk, onde começaram a lutar com os Gigantes de Gelo. Enquanto isso, Vingadores Secretos e o Comando Selvagem derrotavam Laufey com dificuldade. Portando a Caixa dos Antigos Invernos, o pai de Loki usava seu poder para congela-los um a um.

Contudo, Laufey não foi páreo a um surpreendente som de vidro quebrando. Quando olhou para o lado, viu Odin com a lança Gungnir cravada no peito de Ymir, enquanto a espada dele jazia quebrada no chão. O corpo do Inverno Vivo se partiu em pedaços, deixando Odin sem um oponente.

O distraído Laufey foi golpeado por Agente Americano e caiu no chão, largando a Caixa dos Antigos Invernos. Odin a pegou e a abriu na direção dos pedaços de Ymir, que foram sugados para dentro da Caixa. Em seguida, Odin fechou-a.

— A Caixa dos Antigos Invernos pertence agora ao povo de Asgard, bem como Laufey, que será devidamente punido.

Os guerreiros começaram a retornar, passando pelo portal de volta para Asgard.

— Odin, obrigado por nos salvar. A Terra terá uma dívida eterna com Asgard.

— Ymir é responsabilidade minha. Não fiz mais que meu dever.

Ele se virou, caminhando para dentro do portal. Quando todos passaram, o portal se fechou.

— Pois bem, é chegada a hora de irmos. Pedirei para que o Controle de Danos seja enviado.

— Certo — respondeu Sargento Fury. — Se nós pudermos passar por minha base antes, irei de bom grado para a América novamente.

Assim, a equipe começou o trajeto de volta para Nuuk.

Em Nova York, a quinjet dos Vingadores aterrissava na Torre dos Vingadores. O secretário-geral Nick Fury os esperava ali.

— Providenciarei o transporte dos prisioneiros. Agora devemos aguardar a chegada da diretora Jones. Todos, menos você, Bruce.

— Eu? Por quê?

— Sua prima, Jennifer Walters, foi internada no Hospital Metro-Geral de Nova York. Você precisa ir para lá com urgência.

Ele correu na direção da porta, nervoso, sem nem se despedir.

— Oh céus, Jennifer. O que será que houve com você?

— Quanto aos outros, meus parabéns. A missão foi um sucesso.

Uma voz falou em seu comunicador.

— Stephen, você tem visitas no quarto andar.

— Visitas? Quem poderia ser?

Ao passar por Fury, ouviu o nome de suas visitas. Eram quatro poderosos feiticeiros: Doutor Vodu, Doutor Druida, Druida e Clea. O que será que estava ocorrendo? Ele temia ser algo relacionado a Wong.





BÔNUS

A nave xandariana onde estavam os Guardiões da Galáxia entrou na órbita terrestre. Atrás deles vinham Santuário I e II e as naves menores de Krees, Skrulls e Chitauris (todas as naves invisíveis). Uma luz prateada chegou à nave principal dos Krees. Na verdade, tratava-se de um ser poderoso. O Capitão Marvel, Mar-Vell.


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