Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 4
H.i.d.r.a.


Notas iniciais do capítulo

O Universo Marvel dos Quadrinhos se passa na Terra-616. O Universo Cinematográfico Marvel se passa na Terra-199999. Como minha fic tem elementos dos dois, a história se passa na Terra-199383.



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Nick Fury fora levado pelo Caveira Vermelha para o Quartel-General da H.I.D.R.A., em um pequeno país europeu chamado Sokovia. A viagem foi curta, pois de alguma forma levou apenas duas horas em uma quinjet. Fury foi trancafiado em uma cela assim que chegou, e não viu mais o Caveira Vermelha.

O QG da H.I.D.R.A. era um pequeno castelo em um morro nos arredores de uma cidade simples, cujo nome Fury desconhecia. O local onde fora preso, uma pequena prisão, era composto por doze celas pequenas, sendo que apenas duas estavam ocupadas. Uma por Fury e a outra por um homem velho e barbudo, que tinha convulsões a cada dez minutos. Ele estava sempre sentado em um canto de sua cela, com o rosto entre os joelhos.

– O senhor está doente, por acaso? – perguntou Fury logo após mais uma série de convulsões violentas.

O homem surpreendeu-se. Levantou o rosto e encarou Fury por alguns minutos. Foi tempo suficiente para Nick reconhecê-lo. Franklin Hall, o cientista que realizara um experimento com Gravitonium, um elemento de nível atômico. Ele envelhecera tanto desde a última vez... Fury temia que soubesse o motivo.

– Frank? – perguntou Fury.

– Diretor Fury. O que faz aqui? Eles também capturaram você? Isso é muito estranho. Pensei que eles só quisessem cientistas como eu e os outros.

– Há outros aqui?

– Somos onze, sem contar você.

– Pode me dar nomes?

– Eu. Otto Octavius. Miles Warren. Curt Connors. Jonathan Drew. George Tarleton. Reed Richards. Helen Cho. Erik Selvig. Samuel Sterns. Hank Pym.

– Impossível. Samuel Sterns estava preso na Balsa. E Hank Pym foi ao meu escritório ontem mesmo.

– Eles chegaram pouco antes de você. Neste momento devem estar sendo testados e torturados por ele.

– Quem?

– Heinrich Zemo.

Fury ia perguntar mais, mas foi interrompido por mais uma série de convulsões do doutor. Decidiu não perguntar mais nada. Dali a alguns minutos, depois de mais duas séries de convulsões de Franklin Hall, soldados da H.I.D.R.A. surgiram e levaram o doutor Hall, deixando um homem desmaiado no lugar. Era Hank Pym.

– Doutor Pym? – chamou Nick.

Ele apenas murmurou palavras aleatórias. Barão. Partículas. Laboratório. Formiga. Homem. Amanhã. Ele repetia as mesmas palavras várias e várias vezes. Fury tentou interpretá-las: Barão era claramente Heinrich Zemo; Partículas poderia ser as Partículas Pym; Laboratório era provavelmente o Laboratório Pym; Formiga e Homem se referiam ao Homem-Formiga; e Amanhã se referia a algum acontecimento no dia seguinte. A única frase que conseguia elaborar era: "O Barão Zemo vai roubar as Partículas Pym do Laboratório do Homem-Formiga amanhã".

Antes que Fury pudesse processar a informação, os homens retornaram e abriram sua cela.

– Sua vez, diretor Fury.

No lugar dele deixaram um homem velho, possivelmente Erik Selvig. Eles guiaram Fury escada acima, como se ele estivesse tonto ou bêbado, até uma sala com uma cadeira no centro. Havia uma parede de vidro, e do outro lado estavam o Caveira Vermelha, o Barão Wolfgang Von Strucker e Heinrich Zemo, com sua máscara de veludo violeta e coroa dourada. Ao lado de Zemo estava um homem jovem, de pouco mais de vinte anos, que era como uma versão jovem de Heinrich. Era provavelmente Helmut, o filho do Barão Zemo.

– Senhor Fury, sente-se – pediu Zemo.

Nick o fez, temendo o que aconteceria se não o fizesse. Assim que se sentou, algo fez seus braços se juntarem aos braços da cadeira. A porta da parede de vidro se abriu e Zemo entrou na sala, seguido pelo filho.

– Gostou do Gravitonium experimental nos braços da cadeira? Cortesia de Franklin Hall. Filho, me dê a Lâmpada Gama.

Helmut pegou uma lanterna verde e redonda e entregou ao pai.

– Foque na luz, Fury.

A lanterna emanava um brilho esverdeado que não deixava Nick desviar o olhar. Ele começou a se sentir cansado, com dores na coluna e nas pernas. Era como se estivesse envelhecendo em minutos. Zemo desligou a Lâmpada Gama.

– Próximo item. O Meteorito de Ouro. Filho, por favor.

O jovem Zemo entregou ao pai uma caixa pequena e vermelha. Dentro estava uma pequena pedra dourada que brilhava. Só de vê-la Fury ficou tonto.

– Mantenha o olhar fixo no centro da pedra.

Por um momento, nada aconteceu. Logo, Fury começou a ficar tonto. Tudo parecia girar.

– Agora, me conte, Fury: como podemos soltar todos os prisioneiros das prisões da S.H.I.E.L.D. de uma vez?

– Isso só pode acontecer sob as ordens do diretor da S.H.I.E.L.D. – disse ele, sem conseguir controlar. Algo o estava obrigando. E ele sabia o que era.

– Diga-me, Alexander Pierce conseguiria fazer isso?

– Sim.

– Obrigado, diretor Fury – Zemo devia estar sorrindo por baixo da máscara. Ele então olhou para o Barão Von Strucker e para o Caveira Vermelha – Viram? Nem o grande Nick Fury consegue resistir ao poder da combinação da Lâmpada Gama e do Meteorito de Ouro. Acredito que depois de doze demonstrações vocês tenham decidido sobre aquela questão.

– Conclua a sessão, por favor – ordenou Von Strucker, rígido.

Zemo olhou para Fury novamente.

– Senhor Fury, seja bem-vindo a Sokovia. Vai colaborar com nossa instituição?

– Nunca.

– É uma pena. Volte para a cela, por favor.

Soldados da H.I.D.R.A. o pegaram por trás e o forçaram a descer as escadas novamente, de volta para a prisão. Desta vez quase todas as celas estavam cheias, com exceção de duas (sem contar a de Nick Fury). Reconheceu todos os cientistas moribundos ali presos: Hank Pym, Erik Selvig, Reed Richards, Helen Cho, Franklin Hall, Jonathan Drew, Curt Connors, MIles Warren e George Tarleton. Samuel Sterns, o Líder, e Otto Octavius não estavam ali.

Jogaram Nick em uma das celas. Ele murmurava S.H.I.E.L.D., Pierce e Balsa o tempo todo. Assim como fizera com Franklin Hall, Hank Pym (na cela ao lado) perguntou se Fury estava bem.

– S.H.I.E.L.D. Pierce. Balsa.

– Qual o problema, Diretor Fury? O que tem Alexander Pierce?

– Balsa. Prisão.

– Sim, a Balsa é uma prisão. Da S.H.I.E.L.D., lembra?

– S.H.I.E.L.D.

– Oh, Fury, o que eles fizeram com você? – perguntou Helen Cho, na cela ao lado da de Pym.

– Você estava igual quando chegou, doutora Cho – disse Hank Pym – só murmurava "Amadeus" repetidas vezes.

– Amadeus?! – gritou Helen – Amadeus é... é o meu... o meu... filho.

– Helen...

Mas era tarde demais. A doutora Cho começou a gritar e bater na porta de vidro. Como que em resposta, o som de passos descendo as escadas vinha na direção deles, cada vez mais alto. E então soldados com roupas amarelas de proteção contra elementos radioativos entraram na sala, quebrando porta por porta das celas.

Assim que sua porta foi quebrada, George Tarleton se recompôs rapidamente e deu ordens aos soldados. Um por um, os prisioneiros eram levados escada acima. Quando chegou na vez de Nick, Tarleton fez questão de ele mesmo acompanhar Fury.

– Diretor, estamos indo para a base da I.M.A., ao encontro do nosso presidente, Aldrich Killian. Você virá conosco. Mas, assim que chegar lá, poderá ir aonde quiser.

– E quanto ao Barão Zemo e os outros?

– Encontramos Zemo, apenas. Quer vê-lo?

– Por favor.

Tarleton guiou Nick para a sala onde ele fora submetido aos "testes". Na cadeira agora estava Heinrich Zemo, sem a máscara, rindo histericamente. Do outro lado da sala, Franklin Hall estava sentado no chão, como se estivesse meditando. Ele usava um colar com Gravitonium em um frasco. Seus olhos estavam completamente brancos, e seus cabelos grisalhos agora estavam pretos.

–Doutor Hall? – chamou Fury, em tom de pergunta.

Eu não sou Franklin Hall. Eu não sou mais um homem comum. Eu sou a Gravidade. Eu sou Graviton!

Hall, ou melhor, Graviton encarava Zemo.

Você fez isto comigo, Barão Zemo. Você me expôs ao Gravitonium. A Gravidade agora faz parte de mim. Entregue-se a ela também, Zemo.

Com essas palavras, Franklin Hall estendeu a mão e fez com que Zemo fosse jogado no chão. Ele tentava erguer o braço, que era puxado de volta para o chão. De repente, Zemo foi atirado na parede e subiu para o teto. E então caiu, atingiu o piso com força. Graviton levantou o braço para acabar de vez com Zemo...

...mas levou um tiro. Por um momento, Fury acreditou que Hall ia morrer. Mas a bala simplesmente parou no ar, quase encostando no rosto de Graviton. Fury e Tarleton olharam para o lado, para ver quem disparara em Hall. Fora o jovem Helmut Zemo, filho de Heinrich, que ao ver Graviton olhar em sua direção saiu correndo para fora da sala. E fugiu.

Graviton olhou novamente para Heinrich, ergueu o braço e fez Zemo flutuar no ar. O Barão tentou gritar, mas mal pôde abrir a boca direito.

– Dou-u-to-tor... pa-pa-pare... po-por... favo-or... Nã-nã-não...

Pare de falar, Zemo.

Graviton então jogou Heinrich na direção da parede de vidro, que se quebrou quando Zemo encostou nela. Zemo caiu do outro lado, por cima de uma cerca de metal. Tarleton e Fury correram para olhar o que tinha do outro lado, e viram um hangar subterrâneo, que funcionava provavelmente como laboratório. Soldados da I.M.A. iam de bancada em bancada, roubando o que podiam e baixando os arquivos do computador. Na pequena entrada do hangar, do lado oposto de onde estava Fury, vários quinjets da I.M.A. estavam estacionados, e um homem loiro e pálido, de óculos escuros, ficava entre eles.

– Aquele é Aldrich Killian – disse Tarleton.

Embaixo da varanda, encima de uma mesa com hologramas, jazia Zemo, se contorcendo. Ele levantou o rosto, sem capuz, e olhou para Fury. Murmurou algumas palavras, que Fury não ouviu, apenas deduziu o que ele dizia: "Me perdoe". E então abaixou a cabeça e morreu. Fury teria dado mais atenção ao cadáver do super-vilão, mas Graviton jogou Nick e Tarleton por cima da cerca.

Fury aterrissou em cima de Tarleton, ileso, mas o outro não teve tanta sorte. Quando o diretor da S.H.I.E.L.D. saiu de cima de George Tarleton, este ainda estava vivo. Mas não se mexia.

– Você está bem? Doutor Tarleton?

– Eu não sinto minhas pernas e braços. Chame o senhor Killian aqui, Fury. Fale para ele sobre o que aconteceu comigo. E diga a ele esta sigla: M.O.D.O.K.

– Não posso deixá-lo aqui com Graviton ali em cima, doutor.

– Vá, Nick Fury. Por favor.

O diretor da S.H.I.E.L.D. olhou para Killian do outro lado do hangar e começou a correr na direção dele. Olhou para trás e viu Tarleton apoiar a cabeça no cadáver de Zemo. Pouco antes de olhar para frete novamente, o piso de metal atrás dele começou a levantar, pairando metros acima de todos. Nele andava Graviton, indo atrás de Fury. Nick tentou correr mais rápido, mas alguém o puxou para o lado. Era Helmut Zemo.

– Olá, diretor.

– Helmut.

– Me chame de Barão Zemo, por favor.

Era verdade. Com a morte de Heinrich, Helmut era o novo Barão Zemo. O décimo terceiro, mais especificamente.

– Por que me salvou de Graviton?

– Você é meu, Nick Fury. Você vai ter a honra de ser a primeira vítima do Barão Helmut Zemo 13º!

Zemo segurava Fury com força pela manga da camisa. Helmut tirou uma espada de uma bainha presa à sua calça e a aproximou da garganta Fury, rindo. Nick olhou em volta, a procura de algo que pudesse usar para se defender, e viu um barril de ácido sulfúrico posicionado em cima de uma mesa próxima. Chutou a canela de Zemo e o jogou na direção da mesa.

Por um breve momento, parecia que Fury tinha falhado. Mas então Helmut tropeçou, caindo com o rosto no ácido. Ele urrou de dor, e Nick aproveitou a deixa para fugir. Quando alcançou Aldrich Killian, estava exausto.

– Prazer, senhor Killian, ou Nick Fury, diretor da S.H.I.E.L.D.

– Prazer, diretor Fury. Aconteceu algo?

– George Tarleton sofreu um acidente, e provavelmente está tetraplégico. Ele disse que a sigla M.O.D.O.K. ia fazer você entender o destino dele.

– Claro. Vou mandar alguns soldados trazerem-no.




Horas depois que a I.M.A. deixou o prédio, completamente saqueado e vazio, o Barão Zemo continuava no hangar. Agora, ajoelhado diante do corpo morto de seu pai, chorava pelos canais lacrimais danificados pelo ácido sulfúrico. Pegou o capuz de seu pai nas mãos e o segurou com força.

– Eu juro, pai. Vou vingá-lo. Vou matar cada membro da S.H.I.E.L.D. por mantê-lo naquela prisão horrível. Vou matar o Capitão América por entregá-lo à S.H.I.E.L.D. Vou matar Nick Fury e George Tarleton por deixarem o Graviton matá-lo. E vou matar Franklin Hall, assim como ele fez com você.

– Vamos, Barão Zemo? – chamou a Víbora em algum lugar atrás dele.

Antes de se levantar, Helmut colocou o capuz e a coroa de seu pai e riu, uma risada alta e histérica. E então ficou de pé, e caminhou para o quinjet da H.I.D.R.A. onde a Víbora, o Saltador, ossos Cruzados, o Caveira Vermelha e o Barão Von Strucker o aguardavam.

– Não se preocupe, garoto – disse Ossos Cruzados. – Graviton pode ter fugido, junto com Octopus e o Líder, mas vamos pegar os três. E então vamos destruir a S.H.I.E.L.D.! À H.I.D.R.A.!


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Notas finais do capítulo

Gostaram do Graviton matar o Barão Zemo? E da sede de vingança de Helmut? E do M.O.D.O.K. (George Tarleton)? Reconheceram os personagens cativos da H.I.D.R.A., e agora da I.M.A.?



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