Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 33
China Town


Notas iniciais do capítulo

É, estou postando na mesma sexta duas vezes. É que eu não fiz alguns avisos no capítulo anterior, que eu agendei faz um tempinho, e, como eu o agendei para um horário em que ainda não estou em casa, resolvi postar este aqui (no qual eu trabalhei a semana inteira) no mesmo dia. Aproveitem, pois não acho que irá se repetir.

Enfim, o aviso que eu queria fazer é óbvio: as aulas voltaram, diminuindo a frequência das postagens.



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Enquanto o pronunciamento de Stark avançava sem Peter, este a caminho da base de seu(s) sequestrador(es), um veículo acelerava a milhão em uma rua em Greenwich Village. Naquela rua havia um terreno baldio, cercado por muros com avisos de "perigo" e "não entre", que um dia dera lugar a um galpão caindo aos pedaços.

Poucos sabiam, mas naquele terreno baldio se localizava Sanctum Sanctorum, a residência do Mago Supremo da Terra, Stephen Strange, também conhecido como Doutor Estranho, membro dos Vingadores. O veículo freou bruscamente ao ver uma mulher loira rastejando na direção do terreno baldio. Ela não percebeu, mas aquele carro estava sendo pilotado por um macaco.

No banco do passageiro havia outro macaco, e, nos bancos de trás, um terceiro macaco e um humano. Observando a mulher loira e a reconhecendo, o homem, um velho russo barbudo e calvo de roupa de frio vermelha e botas, discou um número em seu celular e esperou ser atendido.

Fale rápido, Ivan. Estou ocupado.

– Encontrei Sharon Carter, Don Manfredi. Eu e meus macacos devemos pegá-la?

Onde ela está?

– Greenwich Village.

Do outro lado da linha, Cabelo-de-Prata encerrou educadamente sua transmissão com o Conde Nefária e o Senhor Sinistro, a qual inciara para contar sobre a fuga de Sharon Carter (coisa que não chegara a fazer). O nome Greenwich Village despertou em sua memória os estranhos relatos sobre assaltos, magia e catacumbas que foram feitos na região semanas antes da fuga do Barão Zemo da Balsa, acontecimento que deu início ao que a S.T.R.I.K.E. chamava de "Era da A.K.A.".

Me diga, Ivan, onde ela está em Greenwich Village?

– Exatamente onde você pensou. O terreno baldio que antes dera lugar a um galpão abandonado, este que desapareceu da noite para o dia.

Melhor deixarmos-na em observação. Não a perca de vista, agente Kragoff. Terei que arrumar alguém para a missão que tinha em mente para você.

– Entendido, Don Manfredi. Ah, só mais uma coisa. Prefiro ser chamado de Fantasma Vermelho. Sei que codinomes não te agradam, mas prefiro não ser reconhecido. Você sabe, se a S.H.I.E.L.D. acabar por descobrir sobre os criminosos que a S.T.R.I.K.E. tem contratado...

O sotaque russo de Ivan Kragoff deixava as palavras muito mais rígidas do que realmente eram.

Sim, eu sei o que pode acontecer. Mas tenho que afirmar que a culpa não é minha (nem do Senhor ou do Conde) de vocês terem armado contra Tony Stark.

– Está certo.

O Fantasma Vermelho encerrou a ligação ao ver Sharon Carter pular no terreno baldio e desaparecer.

– Interessante... Igor, você cuida disso.

O macaco ao seu lado deu um salto ao ouvir o próprio nome. Em seguida, desceu do carro.

– Miklho, você assume o volante. Não o quebre, certo? Piotr, suba no prédio ao lado do terreno e observe qualquer coisa suspeita.

Depois que o carro começou a andar, Ivan tentou novamente ligar para Ivan Vanko. Como este não atendeu, ligou para Anton. Ele também não atendeu. Será que estavam magoados com ele? Não tinham motivos para estar, então algo os estava ocupando mais.




Stephen Strange ouviu baterem à porta de Sanctum Sanctorum.

– Wong, prepare-se para lutar! – ele gritou.

Quando viu que Wong estava a postos, abriu a porta. E viu Sharon Carter caída no chão tendo os cabelos puxados por um babuíno. Um babuíno? Em Nova York? Não se vê isso todo dia, concluiu. Deixou Wong tirar o babuíno de cima de Sharon (o macaco tentou arrancar os cabelos inexistentes de Wong) e o jogar para fora antes de deixar Sharon entrar. Assim que entrou e Wong fechou a porta, Sharon desmaiou.

– Wong, hora de irmos.

– Para onde, senhor?

– Visitar Linda. Em China Town.




– Já disse que não, Martin!

– Vamos, Lynda!

Linda Carter estava em sua clínica em China Town, que fora providenciada por Stephen. Como de costume, o corretor Martin Li estava insistindo que ela vendesse o lugar. Martin estava fazendo isso todos os dias desde que a nova Linda Carter (agora conhecida como Lynda Chong) chegara a China Town.

– Quantas vezes terei que negar?

– Vamos! Se não quiser vender para Cornelius, tenho um projeto, a F.E.A.S.T., que acharia um ótimo uso para este imóvel!

– Se não é por Van Lunt, por que tanto interesse neste prédio velho?

Como ele não respondeu, Linda prosseguiu.

– Vamos, saia logo daqui.

Ela o levou para a porta e a abriu, deixando o sair.

– E não insista mais!

De repente, Linda ouviu um barulho na sala de consulta. Abaixou a persiana do vidro da porta e pegou um bisturi em seu bolso, pronto para atacar o invasor...

...quando Stephen Strange a chamou para a sala de consulta.

– Linda?

– Stephen, é você?

Ansiosa por revê-lo, Linda Carter correu na direção da voz dele. Quando o viu, pulou nele e o beijou. A princípio, Stephen também a beijou. Mas então a afastou.

– Linda, sua irmã.

Os olhos da Enfermeira Noturna se voltaram para a maca, onde Wong, o verdadeiro Wong, observava uma desmaiada Sharon Carter.

– O que aconteceu com ela?

– Não sei. Mas, de alguma forma, ela sabia a localização de Sanctum Sanctorum. Ela entrou lá, Linda.

Observando atentamente a irmã, Linda reparou em marcas vermelhas nos pulsos de Sharon.

– Tire a blusa dela.

– Espere... como?

– Mandei tirar a blusa dela.

Foi Wong quem obedeceu e removeu com cuidado a blusa de Sharon. Haviam marcas de chicotes, cortes e algumas queimaduras, mas os pulos dela eram a pior parte. Estavam cheios de cortes, o que indicava que ela perdera muito sangue. Por isso tão pálida, pensou Linda.

– Oh, Sharon...

Ela ia começar a preparar um creme, mas Stephen se ofereceu para fazer o serviço.

– Melhor não, Stephen. Não quero que jogue um feitiço em minha irmã.

Selecionando atentamente os frascos nas estantes, Linda preparou uma substância pastosa e viscosa, que pouco se assemelhava a um creme comum. Também havia magia naquilo, pois fora Stephen quem lhe dera os "ingredientes". Esfregou o creme nas feridas de Sharon, não podendo deixar de sorrir ao ver a cara de envergonhado de Stephen.

– Ficou sem graça, Doutor Estranho?

– Sabe que sim. E não acho que isso tenha graça.

Conforme os ferimentos de Sharon foram desaparecendo, Linda resolveu que já podia vestir a irmã. Essa foi a deixa de Stephen para perguntar sobre o homem que estava ali havia poucos minutos.

– Martin? Um corretor que aparece aqui todo dia e insiste que eu venda o imóvel.



Então é só isso que sou, Linda? Você se equivocou. Abaixado atrás da porta, Martin Li não pôde deixar de sorrir. Quando sorriu, porém, percebeu a mudança na cor de sua mão. De novo não. Ele cerrou os olhos e conseguiu fazer a mão voltar ao normal. O Senhor Negativo não pode surgir agora.





De repente, Stephen Strange sentiu uma dor na cabeça. Uma visão tenebrosa surgiu em sua mente, de arrepiar a espinha.

– Linda, precisamos falar com a diretora Jones.

– Jessica? Por que, aconteceu algo?

– Só chame-a, sei que ela te deu uma maneira de alertá-la quando necessário.

Um pouco relutante, Linda inclinou um dos frascos nas prateleiras para a direita. As prateleiras foram para o lado, revelando uma televisão. Nela, a imagem da diretora da S.H.I.E.L.D. dirigindo um carro surgiu.

– Jessica, é a Linda. Desculpe incomodar, mas Stephen tinha algo a dizer.

Fale logo, Strange.

– Tive uma visão. Nova York pintada de vermelho, corpos por todo lado. De repente, o sangue nas ruas parecia formas as letras C e K. Havia também marcas de tiros por todo lado. E então, tudo foi congelado. Gelo por toda parte.

CK...

– Sabemos o que isso significa, diretora Jones.

Carnificina.

– Sim, o senhor Kas...

Não diga o nome, por favor. Estou a caminho.

E Jessica Jones desligou a transmissão. As prateleiras tornaram a fechar, como se nada houvesse acontecido.

– Wong, temos que ir.

– Certo, senhor Stephen.

– Já? Não vai esperar por Jessica?

– Não. Deixarei que ela e os Defensores cuidem disto.

Linda ia falar mais algo, mas Stephen já havia sumido junto com Wong.





Jessica Jones ouviu o recado que Phil Coulson lhe deixara enquanto dirigia para China Town. Como Victoria esteve no enterro sem eu perceber? E ela me pediu desculpas? Pelo quê?, pensava. Mas algo era fato: com Victoria Hand morta, ninguém poderia explicar.

Dirigindo, Jessica acabou por passar em frente a um beco onde policiais se aglomeravam. Parou para o olhar e notou a quantidade de sangue no beco. Lentamente, seus olhos se guiaram para a parede, onde, ao lado de um corpo dilacerado preso por um emaranhado de fios vermelhos, as letras CK zombavam de Jessica. Porém, ela não teve tempo para pensar, pois uma buzina irritada a arrancou de seus devaneios.






Harry Osborn entrou no quarto de seu pai. Percebeu que havia alguém deitado na cama, sob as cobertas, e pensou ser Norman. Quando arrancou as cobertas, porém, se deparou com a última pessoa que podia imaginar. Gwen Stacy, namorada de seu melhor-amigo, Peter Parker.






Um helicóptero riscava o mapa, descendo rumo à Antártica. Dentro dele, Peter Parker estava desmaiado em suas roupas de Homem-Aranha. Ainda estava de máscara, pelo menos. Os outros passageiros dali pareciam meio repetitivos: várias Gwens Stacy. O piloto, um clone do próprio Peter Parker.

De repente, a fisionomia da Gwen que nocauteara Peter começou a mudar. A jovem loira se transformou em uma mulher de compridos cabelos pretos que usava uma máscara dourada e um uniforme da S.T.R.I.K.E., a Madame Máscara, Giulietta Nefária.





Ainda um pouco tonta pelo que vira, Jessica Jones conseguiu chegar à clínica de Linda Carter em China Town. Ela reparou em um homem parado em frente à porta e carregou a arma, ainda um pouco relutante por causa do que acabara de ver. Cletus Kasady não é o Carnificina. Kletus Kasady é, ela repetia para si mesma, tentando se acalmar. Nunca entendera porque Carnificina, nada mais do que Kletus dominado por suas deficiências mentais em um simbionte artificial, assinava como CK, e não como KK do jeito que ele fazia na S.H.I.E.L.D., na A.K.A. ou na Alias. Talvez fosse o sol no meio da tempestade, a sanidade da insanidade. Ou talvez fosse C de Carnificina, não de Cletus.

Na verdade, CK fora a origem do codinome. Os jornais o apelidaram de Carnage Killer, o que, traduzido, seria Assassino Carnificina. Não, ela não devia pensar em Carnificina naquele momento. Apontou a arma para o homem, que lentamente se virou para ela... revelando seu rosto completamente escuro.

Lembre-se deste nome, diretora Jessica Jones: Senhor Negativo!

– Como sabe o meu...

Ela não pôde terminar a fras. O Senhor Negativo meio que evaporou diante dela. Era só o que me faltava, pensou ao abrir a porta e se deparar com Sharon Carter.







BÔNUS

Precisamos de uma pedra grande.

– Como assim? – perguntou Senhor das Estrelas.

Estavam naquele planeta havia algumas horas, as quais Cosmo e Gamora passaram analisando Luganenhum.

Vocês verão quando chegarem. Rocky, Groot e Peter, podem buscar uma?

Peter Quill olhou em volta, buscando por uma. Nem um sinal de pedras, apenas de dois enormes orifícios que se assemelhavam a duas entradas de uma caverna. Haviam várias elevações no planeta, mas, assim como as cavernas, pareciam ser feitas de algo que não era pedra.

– Esqueceste de mim – disse Drax.

Não, você ficará comigo em com Gamora.

Dando de ombros, Drax se sentou no chão.

Podem buscar pela caverna para nós?

– Certo – concordou Peter.

– É, nós vamos – concordou Rocky Racum.

– Eu sou Groot!

Obrigado.

Gamora permanecia quieta, mexendo em algumas coisas do lado de dentro da nave. Senhor das Estrelas gritou um tchau, mas ela não ouviu, ou, o que era mais provável, ignorou. Eles seguiram para as duas cavernas, que pareciam cheios de uma espécie de lama.

– Vocês vão por ali, eu por aqui – indicou Peter.

Rocky parecia disposto a protestar, mas assentiu. Peter seguiu pela caverna, ficando enojado com aquela estranha lama e com os pequenos "fios" que haviam por ali. De repente, acabou por pisar em um dos fios. Algo pareceu começar a se mover, como se a caverna fosse desabar.

De repente, ondas daquela mesma lama surgiram no fim do túnel. Peter tentou correr, mas a lama o engoliu e o jogou para fora da caverna. Estranhamente, a mesma coisa pareceu acontecer com Rocky e Groot, que também haviam sido jogados (ensopados pela lama) para fora de sua caverna. Quase parecia com... com um espirro. Não, isso era impossível.

Outra coisa estranha era o fato de que Luganenhum parecia não estar mais lá. Mas Peter não pensou nisso. Mandou Rocky e Groot voltarem para caverna e seguiu na sua, correndo e desviando dos "pelos". Quando chegou ao fim, ficou frustrado. As duas cavernas se juntavam em um enorme tubo curvo, que subia e descia. Rocky e Groot se juntaram a ele.

– Por onde agora? – perguntou Rocky.

– Está perguntando para mim? Ficou doente?

– Só responda.

– Para cima, eu acho. Olhando daqui, as coisas lá em cima parecem ser feitas de outra coisa.

Groot fincou seus dedos em uma das "paredes", Rocky em seu ombro e Senhor das Estrelas voando em volta com suas botas com propulsores. Subiram o máximo que puderam, chegando a uma enorme "sala" vermelha. No centro, algo muito estranho. Preso por algumas cartilagens ao teto e ao chão, havia uma cabeça.


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Notas finais do capítulo

Acho que é provável que todos os capítulos tenham um bônus.