Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 31
Clones


Notas iniciais do capítulo

De volta com a Fase 2, spin-off do Thanos (fanfiction.com.br/historia/616848/Thanos_a_Origem/) já encerrado. Postarei aqui toda sexta, para que ainda possa encerrar os demais spin-offs e então começar com "Quarteto Fantástico: O Destino da Latvéria", "Visão: As Faces da I.M.A." e "Homem-Formiga: Operação O'Grady".

Capítulo dedicado ao HumanLivre, leitor da fic e autor de "A espetacular Spider-Gwen".



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Peter Parker estava definitivamente atrasado para o pronunciamento de Tony Stark na prefeitura de Nova York. O Homem-Aranha precisava estar lá! Nos quatro meses passados desde que fora apresentado à S.H.I.E.L.D. como Vingador, o Homem-Aranha agira diversas vezes para impedir crimes comuns ou salvar pessoas no incêndio.

A S.H.I.E.L.D. arranjara para ele uma forma de interceptar transmissões da polícia, para que assim pudesse agir sozinho. Afinal, os Vingadores só se uniam quando o assunto era de extrema importância. Nesses quatro meses, a equipe só se reunira para um encontro com a S.W.O.R.D. (divisão da S.H.I.E.L.D. que estuda o céu e o espaço), no qual Tony finalmente tivera notícias de J.A.R.V.I.S., seu mordomo.

Ao que parecia, ele afundara um submarino-base da I.M.A., onde o Ultron ficou preso, impedira os planos malignos de M.O.D.O.K. e enfrentara o planejador da I.M.A., conhecido por vários nomes. A reunião fora muito chata, e apenas Stark, o doutor Banner e o Capitão América pareciam interessados no que a diretora da S.W.O.R.D. tinha a dizer.

Ah, também tivera uma vista ao Hospital Metro-Geral para ver o estado do doutor Hank Pym. O cinquentão ficara paraplégico após o confronto com os Mestres do Terror, e agora não poderia integrar os Vingadores. Mas ele garantira que estava buscando por um sucessor como Homem-Formiga. A esposa dele, Janet Van Dyne (a Vespa), decidira permanecer ao lado do marido.

Houve uma terceira reunião, para informar o Controle de Danos sobre as mudanças na Torre Stark, que iria passar a se chamar Torre dos Vingadores. Todos os três encontros foram entediantes, e sem ação nenhuma, o que fizera Peter conversar com a recém-chegada diretora Jessica Jones, da S.H.I.E.L.D. e da A.K.A., e pedir por tarefas mais simples.

Por mais incrível que parecesse, Jameson, que sempre fora gentil com os Parker, se torara extremamente rabugento com Peter. E ainda fazia de tudo para passar a imagem de que o Homem-Aranha era um criminoso. Todas as fotos que Peter tirava de si mesmo em ação eram usadas para notícias sobre como o Homem-Araha "atrapalhava policiais", ou ainda "destruía carros". Pelo menos Peter ainda recebia pelas fotos.

A única coisa que o fazia ficar no Clarim Diário era a Tia May. Desde que o Tio Ben falecera, ela não conseguira arrumar emprego. Portanto, o dinheiro que pagava o aluguel da casa em que viviam era o dinheiro do trabalho de Peter. Intercalar trabalho, estudos e atos heroicos era difícil, mas dava certa emoção para a vida de Peter.

Agora, pulando de prédio em prédio rumo à Prefeitura de Nova York, Peter pensava em sua namorada, Gwen Stacy. Era difícil, para ela, conviver com o fato de que Peter era o Homem-Aranha. Mas seria mais difícil, para ele, guardar segredo de alguém como ela: inteligente, gentil, bela...

Peter foi arrancado de seus devaneios por uma transmissão da polícia. Ao que parecia, encontraram um corpo em um beco. O assassinato devia ter ocorrido de madrugada. Já sabendo que iria se atrasar mais ainda para o pronunciamento de Tony, Peter mudou de direção, indo rumo ao beco em questão.

Ao chegar lá, havia uma viatura, provavelmente a que reportara o crime, sem policial algum. Hesitante, entrou no beco. O Homem-Aranha estremeceu ao ver o beco cheio de sangue. Primeiro, viu um corpo dilacerado, completamente irereconhecível. Então olhou para a parede, e viu um policial, morto, preso em um emaranhado de "teia" vermelha. Ao lado dele, escrito com sangue, as inciais CK. Ao lado do policial, só que no chão, estava o walkie-talkie da polícia todo quebrado.

– O que aconteceu por aqui?

– Homem-Aranha?

Ele se virou, se deparando com um monte de policiais liderados pelo Capitão George Stacy, pai da Gwen.

– Capitão Stacy, como é bom te ver! Como vai a família?

– Você tem algo a ver com esta carnificina toda?

– Também vou bem, obrigado por perguntar.

– Como e já não bastasse o namorado de minha filha, ainda tenho que aguentar esse tagarela.

– A Gwen está mesmo namorando? Ouvi dizer que o namorado dela é muito bonito, e engraçado.

O capitão apontou a arma para o Homem-Aranha.

– Como sabe o nome dela?

– Olha, capitão, adoraria tomar um café e botar o papo em dia, mas tenho que ir.

Assim que Peter se ergueu no ar com uma teia, ele atirou.

– Sem café? Está bem, até a próxima. Foi muito bom ver você.

Peter se ergueu para cima do prédio, onde deixara sua mala com o rádio da polícia e a câmera fotográfica. Fotografou o policial morto e as iniciais na parede e então acionou o timer da câmera para tirar uma foto sua em uma teia. Pronto, garantira parte do salário do mês. Percebeu que os policiais iam tentar subir no prédio, então juntou as coisas e começou a pular de teia em teia.

– Homem-Aranha! – gritou o Capitão Stacy, já no topo do prédio, disparando inutilmente na direção de Peter.

Passados alguns minutos, o celular de Peter tocou. Ele aterrissou em um prédio e atendeu. Era Gwen.

Pete, cadê você?

– Já estou indo, Gwen. Está o maior trânsito!

Não minta, Pete. Meu pai acaba de me ligar falando que não poderá tirar o resto do dia de folga por causa do Homem-Aranha.

– Ele falou sobre mim?

Sim. Peter, por que você faz isso?

– Isso o quê? Ser o Homem-Aranha?

É. Quer dizer, a polícia faz um bom trabalho. E agora temos os Vingadores.

– Gwen, a polícia é ótima. E os Vingadores também, apesar das reuniões entediantes. Mas sinto-me no dever de proteger os civis. Gwen, existem ameaças fortes demais para a polícia. Como o Mandarim. Se eu não evitar a morte de civis, quem fará? A tarefa dos Vingadores e da S.H.I.E.L.D. é engaiolar os bandidos. E quem impede a morte dos civis? Sei que eles evitam, mas esse não é o foco dos Vingadores.

É, você tem razão. Só venha logo para cá, está bem? O prefeito Hollister e Tony estão pagando o maior mico.

– Está bem. Te amo.

Também.

Quando Peter desligou, sentiu alguém o cutucar. Quando se virou, viu Gwen.

– Gwen? Como chegou aqui tão rápido?

– Chegar de onde?

– Do pronunciamento de Tony! Não era lá que você estava?

– Não sei do que você está falando.

– Não brinque comigo, Gwen. Você acabou de me ligar!

– Não te liguei, não.

– Como assim?

– Ei, me dá um beijo, Homem-Aranha.

– Homem-Aranha? Mas você sempre me chama de... Espere. Você não é a Gwen! Quem é você e o que fez com a Gwen de verdade?!

– Para de bobagem! É claro que eu sou ela!

– Ei, tire as mãos do meu namorado!

– Graças a Deus, Gwen.

– Seu namorado? Ele é meu!

– Espere, qual de vocês é a Gwen de verdade?

– Eu! – gritaram as duas ao mesmo tempo.

– Vou fazer uma pergunta que só a Gwen de verdade sabe. Onde fo nosso primeiro encontro?

– No cinema!

– Errado, na sua casa!

– Como vocês duas erraram?! Pensei que uma de vocês fosse a verdadeira!

Ele já estava confuso, mas ficou mais ainda ao ver uma terceira Gwen. e então uma quarta. E quinta, sexta, sétima. E oitava! De onde surgiram tantas sósias da Gwen? A não ser que não fossem sósias.

– Meu Deus, vocês são clones dela!

Peter vislumbrou um helicóptero se aproximando. Estava prestes a fugir, mas então foi nocauteado por uma Gwen. E desmaiou, bem quando seu celular tornou a tocar.





Na prefeitura de Nova York, Tony Stark levava bronca do prefeito William Hollister.

– Onde está seu convidado, Stark?

– Não sei! Ele nunca se atrasa!

– E o senhor Osborn, que você afirmou que viria?

– Também não sei.

De repente, uma jovem loira surgiu na plateia e se aproximou de Tony, que se curvou para ouvi-la.

– Tony, ele não atende. Tentei ligar de novo.

– Por Deus, Gwen. O que eu faço?

– Enrola a plateia, vou atrás dele.

– Enrolar a plateia? Está bem.

Ele se aproximou do microfone.

– Senhoras e senhores, Tony Stark! – anunciou o prefeito Hollister.

– Olá, cidadãos de Nova York. Estou aqui para me posicionar quanto ao amigo da vizinhança que vem tendo aparições cada vez mais frequentes. O Homem-Aranha!

Todos aplaudiram.

– Infelizmente, ele ainda não chegou. Mas está a caminho, eu garanto! Enfim, minha empresa, as Indústrias Stark, acabam de terminar um projeto chamado "Aranha de Ferro". É uma armadura como as que uso para o Homem de Ferro, só que a fiz para nosso amigo, o Homem-Aranha!

Enquanto a plateia tornava a aplaudir, Tony olhava o discurso escrito em uma cartela que escondera na manga do terno. Ali estava uma frase que fora dita por Ben, tio de Peter.

– "Com grandes poderes, sempre vêm grandes responsabilidades". Como Homem de Ferro, tenho que confessar que essa frase é verdade. Enquanto nosso amigo não aparece, porém, o secretário-geral da S.H.I.E.L.D., Nick Fury, irá falar com vocês.

Ele foi para junto de Pepper, no fundo do palco, e pediu para que ela ligasse para Norman. Enquanto isso, Nick Fury se aproximou do microfone.

– Povo de Nova York! – O povo aplaudiu. – Sábias foram as palavras citadas por Tony. A S.H.I.E.L.D. sempre cuidou de suas responsabilidades, eu garanto. E é exatamente por isso que posso afirmar que vocês estão seguros. Todos os prédios destruídos serão reconstruídos por nosso serviço de Controle de Danos, enquanto eu e a nossa querida diretora Jones, que infelizmente não pôde estar presente hoje, trabalhamos em iniciativas para mantê-los seguros. Não tenho permissão para falar abertamente, mas me sinto no dever de afirmar para vocês: vocês estão seguros.

Fury deixou o microfone no exato momento em que Pepper retornou, falando para Tony que Norman Osborn não atendera.






Na Mansão Osborn, o bilionário Norman Osborn destrancou a porta do quarto, atrasadíssimo.

– Me desculpe, querida, tenho que ir!

Ele estava vestindo seu terno às pressas, pois perdera a hora. De repente, a loira com quem acabara de dormir (que não era sua esposa), cujo nome não sabia, o abraçou por trás.

– Fica mais um pouco, Normie.

– Não posso, querida.

– Mas você quer, não quer? Podemos fazer isso de novo.

– Não tenho tempo.

– Vou deixar meu telefone em um bilhete. Acho que ainda não me apresentei. Sou Gwen.

– Gwen... Stacy?!

Norman ficou boquiaberto. Ele acabara de dormir com a namorada do melhor amigo de seu filho. Mal sabia ele que aquela não era a verdadeira Gwen Stacy.



BÔNUS

Peter Quill levantou de sua cama em Luganenhum. Fora uma noite entediante, pois não conseguira seduzir Gamora. Ouviu passos no corredor, indicando que Drax, Gamora, Rocky, Groot ou Cosmo já estava acordado. Pela voz que falou em sua cabeça, era Cosmo.

Bom dia, flor do dia. Não vai acordar? Já passa de meio-dia.

– Bom dia, Cosmo. Já estou indo.

Ele colocou seu cinto com as armas e pegou a máscara, pronto para mais um dia como Guardião da Galáxia. Em seguida, destrancou a porta e saiu para o corredor. Na sala de comando, Gamora e Cosmo conversavam sobre Thanos, Drax ameaçava cortar Groot pela raiz se ele não parasse de repetir a mesma coisa e Rocky Racum tentava defender Groot.

– Vocês ficariam nessa mesmice o dia todo, se não fosse por mim – ele disse, ao entrar na sala de comando.

– Como você se acha – disse Gamora.

– Também te amo. Então, Drax, quer jogar baralho?

– Não venha me importunar, Quill.

– Rocky?

– Quem joga cartas em pleno espaço, cara?

– Que tipo de jogo você quer jogar?

– Sei lá, poker?

– Poker? Depois eu sou antiquado. Por acaso você tem fixas de poker?

– Precisa de fixas?

– Claro que precisa.

– Ah, dane-se.

Senhor das Estrelas se sentou em uma cadeira, ao lado de Cosmo.

Veio nos ajudar com a localização de Thanos?

– Vocês ainda estão atrás desse cara? Eu já desencanei.

– Meu pai tinha razão. Humanos são irritantes.

– Já disse que também te amo, Gamora.

Ela apontou a espada para ele.

– Se não vai nos ajudar, saia daqui.

– Ei, ei! Claro que vou ajudar. Me conte mais sobre seu pai.

– Meu pai é Thanos.

– Isso, fale sobre ele.

– Ele quer nos matar.

– Que... agradável.

Acho que foi por isso que larguei os humanos. Por isso e porque me chamavam de Laika.

– Sente falta da Rússia?

Não.

– Por isso você é meu cão astronauta favorito, Cosmo.

– Você vai nos ajudar ou não, Peter?

– Está bem, querida. O que estão fazendo?

Tentando rastrear Thanos.

– E já acharam algo?

– Não. Com sua "ajuda", acharemos menos ainda.

– Já tentaram rastrear outra pessoa a bordo da nave dele?

– Err... Não. Mas não sabemos quem está lá.

– E Nebulosa?

Gamora, ele tem razão. Podemos rastrear Nebulosa através das próteses dela.

– Tem certeza?

– Sim. Só precisamos de uma arma que já tenha sido usada por ela ou talvez a tenha atacado. Ou seja, sua espada.

Apesar de parecer hesitante, Gamora desembainhou a espada.

– Se algo acontecer com isto, quebro seu pescoço.

– Ei, calma. Cosmo, analise a espada para ver se há registros do DNA de Nebulosa.

O cão assim fez. Demorou, mas ele encontrou o que procuravam. Digitou o comando para o sistema, que logo identificou a localização de Nebulosa. Se tratava de um planeta, e não de uma nave. Não encontrariam Thanos por lá, mas poderiam atraí-los até eles. O planeta em questão era Xandar, sede da Tropa Nova. Seria uma missão difícil, já que Peter era procurado em Xandar. Mas ele estava disposto a arriscar.


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Notas finais do capítulo

Farei esses bônus só em alguns capítulos. É só para poder contar uma história alternativa, que acontece ao mesmo tempo da principal, no caso Guardiões da Galáxia X Thanos.