Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 3
O herói, o dragão e o rico


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas por não ter avisado antes, mas alguns heróis/ vilões podem ter sua história modificada ou adaptada nesta história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603847/chapter/3

Naquela tarde, Tony Stark ia receber vários visitantes na sede das Indústrias Stark. Entre eles, Obadiah Stane e Aldrich Killian eram os que mais o preocupavam. Stane era um ex-sócio de Stark, que tentara copiar a armadura do Homem de Ferro. Killian, por sua vez, era um cientista brilhante de uma empresa chamada I.M.A., que poderia levar a empresa de Tony a um nível completamente diferente.

– Tony – chamou Pepper Potts, sua assistente –, Obadiah Stane está esperando você na sala de reuniões. O senhor Aldrich Killian ainda não chegou, mas quando chegar mandarei ele ao encontro de vocês.

– Obrigado, Pepper.

Tony levantou-se e caminhou até a sala de reuniões. Quando entrou lá e visualizou Obadiah Stane, alto e careca, uma onda de lembranças invadiu sua mente. Ele e Stane rindo juntos, os desenhos que Stane fizera de uma armadura melhorada, os dois discutindo um projeto... todos esses momentos trouxeram uma mistura de sentimentos a Stark.

– Anthony! – exclamou Stane – Há quanto tempo!

– Obadiah – respondeu Stark.

–Vamos, Stark! Não seja tímido! Sou eu, Obadiah Stane, seu amigo!

– Um amigo que tentou me passar a perna. Você queria roubar minha tecnologia, Stane. Você queria o Homem de Ferro para si.

– Cá entre nós, Tony, essa coisa de herói não combina com você.

Naquele momento, Aldrich Killian entrou na sala.

– Olá senhores, me perdoem pelo atraso.

– Imagine, doutor Killian – respondeu Stane.

– Agora podemos começar – disse Tony. – Certo. Senhor Killian, como representante da I.M.A. você deve saber que sua empresa é mundialmente reconhecida por sua importância na ciência. As Indústrias Stark estão carentes de trabalhadores, e eu gostaria de saber se vocês poderiam nos fornecer funcionários. Em troca enviaríamos qualquer equipamento que estiver ao nosso alcance e que vocês necessitarem.

– Está bem, Stark. Podemos fechar um acordo. Vou enviar cinquenta funcionários da I.M.A. esta semana, se você nos fornecer algo muito importante – disse Killian, se aproximando de Stark.

Aldrich Killian encostou o dedo no reator Arc no peito de Tony.

– Isso eu não posso dar. O reator Arc é o que me mantém vivo.

– Tony – disse Stane – nós dois sabemos que esse não é o único reator Arc. É possível fabricar mais, e você tem a fórmula. Entregue-a para Killian.

Stark não queria fazer isso, mas foi obrigado. Pegou um papel em seu bolso e colocou na mão de Killian.

– Use essa tecnologia com sabedoria, senhor Killian. Se cair em mãos erradas... – começou Tony.

– Não vai, senhor Stark.

– Certo, posso saber porque eu estou aqui? – perguntou Stane.

– Porque tenho algo para falar com você. Obadiah... onde está?

– Onde está o que? – Killian e Stane perguntaram ao mesmo tempo.

– A armadura Monge de Ferro. A cópia barata da minha armadura que você fez.

– Armadura? – questionou Killian.

– O Homem de Ferro.

– Interessante...

– Stark, eu... como você sabe que eu fiz uma cópia?

– Pepper não é cega, Stane.

– Oh céus... a senhorita Popps...

– Sim, a senhorita Popps. Agora responda. Onde está o Monge de Ferro, Obadiah Stane?!

– Com medo que você descobrisse, eu enviei ele para muito longe.

– Onde?

– China.

Não foi só Tony que ficou surpreso. Aldrich Killian ficou encarando Stane por um tempo.

–Senhor Stark – disse Killian –, a I.M.A. tem uma base na China. Se você quiser, podemos pedir para que encontrem essa armadura e enviem-na para Nova York.

– Se você puder fazer isso, eu agradeço. Quanto a você, Stane... vou entregá-lo para as autoridades.

– A polícia? Isso não combina com você, Stark.

– A polícia não, Stane. A S.H.I.E.L.D. vai cuidar de você.



Um homem caminhava pelo calmo Vale dos Espíritos, na China. Gostava de passar por ali porque tudo era silencioso. Dessa vez, porém, nem tanto.

Entre algumas árvores, uma caixa de metal em chamas soltava ruídos estrondosos. O homem se aproximou da caixa, e notou uma figura humanoide em meio aos destroços. Quando chegou mais perto, quase tocando aquela armadura de metal, os olhos dela se acenderam e ela decolou, soltando fumaça. Subiu bem alto, até que já não podia ser vista. De repente, mãos cobriram a visão daquele homem.

– Quem é você? – perguntou.

Uma voz seca respondeu.

– Meu nome é Fin Fang Foom.

Ele conseguiu se soltar e olhou para seu algoz. Era um homem alto de aparência peculiar, com a pele meio esverdeada e escamosa. Tinha orelhas pontudas e pretas, além de olhos amarelos e reptilianos. Tinha pouco cabelo, apenas em cima, que não chegava nem perto das orelhas (que não eram exatamente pequenas. Fin Fang Foom suspirou, o ar que saiu era muito quente, e encarou sua vítima.

– Como ousa escapar de mim?! – gritou.

O homem observou, horrorizado, a transformação. Fin Fang Foom começou a crescer até ficar com o dobro e mais um pouco do tamanho das árvores. Ele criou escamas reais e garras nas pontas dos dedos. Seus dentes ficaram afiados, e um rabo brotou da sua cintura. Havia se tornado um enorme dragão verde.

– E agora, mortal? Agora você teme a mim?



Sentado em sua enorme casa, o mandarim escutou quando a enorme armadura de metal que encontrara no Bosque do Dragão aterrissou em sua sala de estar.

– Já não era sem tempo – disse, falando sozinho.

A armadura, que estava de pé, caiu no chão fazendo um barulho enorme.

– Escondam isso! – gritou, chamando por seus empregados.

Dois homens grandes e fortes entraram.

– O que fazemos, senhor? – perguntou um deles.

– Levem isto para o depósito no porão.

O "porão" era um grande depósito subterrâneo que havia sob a casa do Mandarim.

– Aliás, mandem elas entrarem.

Após um minuto levado para entender o pedido, os homens pegaram a armadura em seus braços e carregaram-na para fora da sala. Meia-hora depois, um deles retornou com um grande bastão de madeira, onde haviam dez anéis.

– Aqui estão elas, senhor.

– Minhas belezuras. Entregue-me, por favor.

Ele assim fez.

– Agora, chame meu filho.

O homem se retirou e logo retornou com um garoto de sete anos, o filho do Mandarim.

– Meu pequeno Tenuguim – disse o Mandarim ao filho assim que o servo se retirou –, coloque cada anel em um dedo meu. Diga o que cada um representa ao fazê-lo.

O menino pegou um anel e colocou em um dedo do pai.

– Gelo – disse o jovem.

O Mandarim assentiu, sorrindo. Vendo que o pai estava orgulhoso, o garoto prosseguiu.

– Fogo.

– Isso.

– Mente.

– Continue assim, meu pequeno.

– Eletricidade.

– Muito bem.

Aos poucos o menino colocava os anéis nos dedos do pai.

– Energia Branca.

– Sim, meu querido Tenuguim.

– Energia Negra.

O Mandarim balançou a cabeça positivamente.

– Desintegração.

– Estou orgulhoso de você, filho. Prossiga.

– Vórtex.

– Pode continuar.

– Transmutação.

– Qual é o último, filho?

– Impacto.

O Mandarim sorriu ao ver que todos os anéis estavam em suas mãos. Podia sentir o poder percorrer cada veia e cada osso do seu corpo.

– Agora responda, Tenuguim: quem fez estes anéis?

– Os habitantes de Maklu IV.

– E a quem eles pertencem agora?

Todo dia o Mandarim chamava seu filho e pedia para ele colocar os anéis em seus dedos e responder às mesmas perguntas.

– A você, pai. O Mandarim.

– Por último, onde está o único makluziano que se sabe ter visitado a Terra?

– Fin Fang Foom está no Vale dos Espíritos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Notem que aqui Fin Fang Foom não é um dragão com cueca roxa, apenas um enorme dragão verde alienígena.

O Mandarim desta história é aquele com os anéis de poder (que aliás já foram obtidos e serão aproveitados na história) e não aquela farsa do filme Homem de Ferro 3.