Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 28
Pégaso Negro


Notas iniciais do capítulo

Eu não vou atualizar minhas outras histórias enquanto não chegar no capítulo 30 ("A Revoada", que encerra a Fase 1). Quando o capítulo 30 for postado, atualizarei todas as outras, encerrarei (pelo menos tentarei) as fics do Doutor Estranho, do Thanos e da Safira. A Fase 2 terá início no capítulo 31 ("Clones"), chegará junto com o spin-off do Quarteto Fantástico e terá um máximo de vinte capítulos, mas pretendo reduzir para dezessete. Haverá um salto temporal de 3 ou 4 meses entre as duas fases, seguindo sugestão do JDrew. Bom, te vejo lá embaixo!



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O Quartel-General da A.K.A. era enorme. Segundo Jessica Jones, ele se espalhava por baixo da maior parte da capital, tendo entrada somente pelo Capitólio, porém saídas espalhadas pela cidade. Caminhando pela base, Linda se impressionara com a quantidade de portas que levavam para compridos corredores.

Jessica e Wyatt a guiaram para um corredor específico. Diferentemente dos outros, este não tinha outras portas, apenas conduzia a um único par enorme de portas brancas (como tudo ali parecia ser). Linda ficou maravilhada com a sala em que entraram. Era enorme e branca, com diversos tubos de vidro espalhados pela sala. Pessoas de jaleco branco andavam de um lado para o outro, com pranchetas nas mãos.

– Comandante Jones, temos um rato na vitrine 7 novamente – disse um dos cientistas.

– Já alimentaram a criatura?

– Não, senhora.

– Então deixem o rato. É bom que o pégaso tenha algo com o que brincar.

Um pégaso em plena capital americana? Jessica devia estar brincando.

– Um pégaso?

– Sim, Linda. Pertencia a um criminoso.

– Um criminoso... com um pégaso?

– Sim... Venha, vou mostrá-lo para você.

Linda seguiu Jessica até uma vitrine cm o número sete. Wyatt vinha logo atrás, seus braços musculosos carregando Ivan Vanko como uma mãe carregando seu bebê. O animal era incrível. Era um cavalo preto, como muitos outros no mundo, mas possuía um belo par de asas negras, com penas da mesma cor.

– Ele é lindo.

– É, eu sei. Foi um grande achado. O antigo dono dele o usava para fugir de bancos, mas foi contratado pela I.M.A. e abandonou o pégaso. A S.H.I.E.L.D. o resgatou e entregou para os cientistas da A.K.A., que aqui o mantém.

Assentindo com a cabeça, Linda se curvou para perto do vidro. Viu que o pégaso parecia mexer com algo, que logo identificou como sendo um rato. Algo na lateral do vidro chamou sua atenção: um tubo de oxigênio. Havia um logotipo conhecido nele: NASA.

– NASA?

– Ah, sim. Cortesia de um amigo meu. Os tubos de oxigênio usados por astronautas da NASA são muito eficientes para manter seres vivos dentro de vidros.

Se Jessica podia usar equipamentos da NASA, tinha mais influência do que Linda imaginara. Ela é comandante da A.K.A., pensou, lembrando-se de Jessica explicando sobre a agência. Seu cargo está abaixo apenas do diretor, do secretário-geral e do Conselho da S.H.I.E.L.D., além do presidente dos Estados Unidos. É claro que é influente, repreendeu a si mesma.

– Venha, Linda. Precisamos guardar Ivan em um lugar seguro.

O que viria a seguir? Uma prisão de segurança máxima? Uma realidade alternativa onde prisioneiros eram mantidos em cativeiro por robôs? Ela já fora tão surpreendida que acreditaria em qualquer coisa. Jessica seguiu na direção de uma porta, que dava para uma sala, também branca, com várias gavetas circulares na parede.

– Deixe-me ver se entendi: a A.K.A. mantém os prisioneiros em gavetas?

– Tecnicamente, sim. É uma forma de mantê-los "em conserva".

Sorrindo, Jessica se aproximou das "gavetas".

– Deixe-me ver...

Ela passou a mão por algumas alças, escolhendo uma em específico. Abriu-a, espiando quem estava dentro.

– Não era esse que eu queria...

Lá dentro estava um homem calvo e azul. Estava de molho em uma água estranha, com fios saindo de seu corpo presos ao fundo da "gaveta".

– O que é isso? Um alien?

– Não era para você estar vendo isso, mas... Sim. É um Kree, mais especificamente. Os habitantes azuis e calvos do planeta Hala.

– Uau...

Ela sorriu.

– Disse a mesma coisa quando o vi pela primeira vez.

Fechando a gaveta, Jessica perguntou:

– Wyatt, tem algum compartimento livre.

– Sim, comandante Jones.

Wyatt, se manifestando pela primeira vez desde que entraram ali, apontou para uma gaveta em especial no alto da sala.

– Droga.

Bufando, Jessica esticou os braços para baixo. Seus cabelos, que haviam ficado castanhos, voltaram à cor roxa. Ela pegou Vanko e voou, chegando até a gaveta que Wyatt indicara. Abriu-a e jogou Vanko dentro.

– Ele vai estar seguro – ela disse, aterrissando no chão.

Assim que os cabelos de Jessica voltaram à cor castanha, o alarme da base foi ativado. Luzes vermelhas piscaram, enquanto um barulho ensurdecedor alertava a todos ali sobre uma possível ameaça.






Assim que Wong digitou a senha para abrir o cofre, ouviu um bem alto vindo de dentro. Um alarme, pensou. Mas ele digitara a senha correta, não? A senha formada por três letras, digitadas logo abaixo do painel que identificava impressões digitais. A não ser que a senha fosse apenas uma forma de alertar a todos lá dentro de que alguém estava tentando entrar, o que era improvável... porém possível.

Wong notou três homens caminhando pelo corredor, vindo em sua direção. Apesar de existirem muitos outros cofres ali, não pôde deixar de ficar em estado de alerta.

– Estão perdidos, senhores?

– Ah, não. Estamos indo até o cofre H19 – respondeu um deles.

H19. Era o cofre da A.K.A., aquele que agora emanava um som alarmante.

– Espere, H19... É esse cofre aí – outro deles disse.

– Este?

– Exato – respondeu o primeiro.

O terceiro homem parecia não conseguir falar. Desistindo de tentar fingir, Wong se preparou para lutar.

– Bucky, Arthur, eu cuido dele. Apenas tentem entrar.

O primeiro homem permaneceu ali, enquanto os outros dois tentavam dar a volta na direção do cofre.

– Senhores, não vão passar. Meu nome é Wong, filho de Hamir. Dediquei minha vida ao Mago Supremo, como meu pai fez. Está na hora de eu provar meu valor para o meu senhor, protegendo aquilo que mais importa para ele de pessoas mal-intencionadas.

– Espere, a coisa que seu senhor mais ama... é um cofre? – perguntou um dos homens que tentara passar, obviamente aquele que conseguia falar.

– Claro que não, senhor. É o que tem dentro dele.

– Se os boatos forem verdade, lá dentro fica a base da A.K.A, não? É isso que seu senhor mais ama? Ou é alguém lá dentro?

– Nada mais falarei para vocês. Está na hora de eu lutar.

O homem que não falava jogou sua mochila no chão, abrindo-a e retirando um canhão de dentro. Os outros fizeram o mesmo, um pegando uma lança de cavaleiro dourada e o outro dois chicotes.

– Nossos nomes são Nathan Garrett, Arthur Parks e Bucky Barnes. Senhor Wong, saia do nosso caminho. Temos ordens diretas para matar quem quiser nos interromper.

Algo completamente inesperado aconteceu. Algo branco passou por aquele com o canhão, se cravando na parede atrás dele. Era um bumerangue branco em formato de lua. Quem o arremessara, porém, não dera sinais de ali estar. Se bem que o corredor era escuro, então poderia estar escondido nos cantos onde o teto e as paredes se encontravam.

O bumerangue distraiu tanto Wong quanto os homens. Vendo uma oportunidade, o homem dos chicotes atacou o painel onde Wong digitara a senha. Uma descarga elétrica percorreu os chicotes, um de cada vez, e o painel explodiu. Assim que explodiu, o alarme se tornou completamente audível, pois a porta se abriu, revelando um elevador.

Luzes vermelhas piscavam no elevador, acompanhando o som ensurdecedor. O homem dos chicotes tentou entrar, mas Wong acertou-o com um chute e impediu-o, jogando-o para a parede. O homem com a lança prosseguiu na direção do elevador e, quando Wong ia acertá-lo, o homem do canhão se jogou em cima de Wong. Ele tentou gritar, mas o homem com a lança estava descendo no elevador. Fooi quando algo branco desceu do teto e salvou Wong.







A porta do elevador se abriu, trazendo consigo o silêncio. O alarme finalmente parar de soar, como que dissesse: "eu bem que avisei". O Cavaleiro Negro desceu do elevador, tendo se trocado enquanto este descia. Portava sua lança dourada e caminhava na direção do laboratório. Alguns agentes armados tentaram pará-lo, mas foram derrubados no chão.

– Fiquem bem quietinhos e não se movam. O Cavaleiro Negro cuidará de vocês depois.

Ele estava falando em terceira pessoa, algo extremamente egocêntrico. O Cavaleiro seguiu na direção do laboratório, impedindo que as portas se trancassem com sua lança. Forçou-as e elas abriram. Ignorou completamente os cientistas desesperados, pois só tinha olhos para um ser vivo ali dentro: seu pégaso negro. Correu na direção da vitrine onde o animal estava, quebrando o vidro com a lança.

O animal parecia estranhamente feliz com o reencontro. Não protestou e deixou o Cavaleiro montar nele. Era desnecessário, mas o Cavaleiro Negro cavalgou até a sala onde o rastreador indicava que Chicote Negro estava. Quando abriu a porta, não pôde deixar de sorrir. A Safira, acompanhada de dois agentes da A.K.A., deu um salto ao vê-lo entrando. Seus cabelos voltaram a ficar roxos, e ela voou para perto do teto.

A sala não era muito alta, e nem podia ser. Mas era comprida e larga. O pégaso decolou, seguindo as ordens de seu cavaleiro, e voou atrás dela. Batia suas asas com uma velocidade incrível, tanto que a alcançou. Mas os agentes deixados para trás não fizeram sua presença ali ser em vão. Um deles, um homem alto e musculoso, sacou uma pistola e disparou na direção deles.

O tiro acertou uma das asas do pégaso. A criatura preta despencou, caindo com tudo no chão em cima das pernas do Cavaleiro Negro. Ele não gritou. Sentiu que não teria forças para o fazer. Seu olhar, porém, falava por ele.






O vulto de branco nocauteou o algoz de Wong e se virou para ele. Trocaram um olhar misterioso, até que o homem de branco fugiu. Após verificar se os dois homens estavam inconscientes, Wong desceu de elevador para a base. Não demorou para encontrar Linda Carter, acompanhada de Jessica Jones e um homem musculoso.

– Prazer, sou Wong – ele se curvou.

– O prazer é todo meu – Jessica respondeu.

– Linda, o senhor Stephen pediu-me para e entregar esta capa. Há um lugar onde você pode ficar neste endereço escrito no cartão que te entregarei. Assim que vestir a capa, sua fisionomia mudara por completo, entende? Linda Carter morrerá e a Enfermeira Noturna surgirá.

Relutante, Linda colocou a capa preta no pescoço. Sentiu rugas aparecendo em seu rosto e seu cabelo sendo preso em um rabo de cavalo. Agora era uma imigrante chinesa, especializada em medicina. Foi Jessica quem falou em seguida.

– Enfermeira Noturna, se me permite... Quero convidá-la para ser agente da A.K.A., se assim desejar.

A Enfermeira Noturna se virou para ela.

– Eu aceito.


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Notas finais do capítulo

O pégaso do Cavaleiro Negro tem nome? De qualquer forma, não o nomeei, portanto tanto faz.



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