O sol já iluminava o quarto da loira e incomodava seu sono, na verdade Lucy já não havia dormido bem, pois sonhará com Natsu a abandonando para sempre.

Lucy on.

Que diabos de sonho foi esse? Eu não entendo, Natsu está me evitando, eu não sei o que esta acontecendo, parece que eu fiz algo de errado, sempre que eu chego à guilda ele dá um jeito de fugir, já não invade mais a minha casa, não me chama para missões, eu sinto falta de suas bagunças, sinto falta dele. Decidi não ir à guilda hoje, não me sinto muito bem, talvez seja por causa dessa angustia que me consome. Natsu, Natsu, será que esse sonho se tornará verdade?

Autora on.

Na guilda tudo continuava como sempre, apesar da maioria dos magos já perceber o clima tenso entre o rasado e a loira. Natsu estava sentado em uma das mesas sozinho, não estava muito a fim de conversa, até tinha dispensado a companhia do Happy, que agora estava com a Wendy, a Carl e o Lily, o rosado apenas fitava o nada. Gray estava tão curioso que não resistiu e perguntou o que estava acontecendo:

– Ei Natsu, que clima é esse entre você e a Lucy? Eu os vejo tão separados ultimamente.

– Não é da sua conta cueca gelada. – Natsu respondeu agressivamente, Gray nem teve tempo de iniciar uma das suas brigas habituais, o rasado já havia levando e estava saindo da guilda, deixando Gray falando sozinho. O rosado não tinha noção de onde ir, então ficou apenas andando sem rumo para esfriar a cabeça.

Natsu on.

Eu não sei o que fazer, será que eles não entendem que eu não consigo mais ficar perto da Lucy como antes. Eu sei o que aconteceu comigo, me apaixonei por ela, não tinha notado, mas agora eu sei que desde quando eu a conheci, ela mexeu em algo dentro de mim, aquele sorriso encorajador e desconcertante, aqueles olhos que mais parecem faróis, aquela voz que me faz quer dormir ouvindo-a cantar, aqueles cabelos que me lembra da luz que ilumina meu caminho. Há Lucy se você soubesse como você anda invadindo minha mente o tempo todo. Na primeira noite que dormir na casa dela, eu tinha pulado a janela, ela estava com seu jeito escandaloso reclamando que eu tinha invadido então eu deitei em sua cama e dormir sentindo seu cheiro presente em todo o seu quarto.

Flash Black on.

No meio da noite acordei com um pouco de frio, abri meus olhos e me deparei com uma cena, que me deixou totalmente envergonhado e maravilhado, Lucy estava deitada ao meu lado, tão linda naquele seu pijama de algodão, as alças da sua blusa estavam caídas, o que me dava uma visão esplendida da sua pele e de parte dos seus seios, eu não resisti à tentação e acabei rosando meus lábios pelo seu pescoço, Lucy você um dia ainda vai me matar, sussurro em seu ouvido, ela é tão macia e cheirosa, seu rosto era tão angelical que por um bom tempo fiquei admirando-a, esqueci-me completamente do porque acordará, só despertei do meu devaneio quando a vi tremer um pouco, ela também estava com frio, a janela estava aberta, levantei, fechei-a e voltei a deitar, por instinto eu abrasei a Lucy para esquenta-la, eletricidade correu pelo meu corpo, só a Lucy provocava isso em mim, meu coração disparou quando ela se aconchegou no meu peito, mais logo relaxei e voltei a dormir.

Flash Black of.

Meu Deus, com essa mulher ocupa minha cabeça, eu preciso dizer para a Lucy o que eu sinto. Mas e se ela me desprezar, não sei o que fazer, não posso perdê-la, não suportarei perdê-la, foram tantas vezes que quase a vi morrer que até perde a conta, eu quero manter a Lucy segura, não quero vela machucada nunca mais.

Ver a Lucy do futuro morrer foi a pior coisa da minha vida, a Lucy do presente estava ali, viva, mas mesmo assim, aquela que estava morrendo ainda era a Lucy, a minha Lucy. Ali eu entendi que não poderia viver sem ela, a Lucy é a luz da minha vida e eu não saberia o que fazer se ela fosse embora;

Autora on.

Natsu sentia tanta falta de Lucy que resolveu visita-la, sabia que a loira estaria dormindo, mas precisava vê-la, então como de costume pulou a janela.

Como imaginará, Lucy estava dormindo tranquilamente, aquela imagem fez seu coração bater mais rápido, ela estava tão linda que parecia um anjo, Natsu se aproximou e sem resistir deitou-se ao seu lado e abrasou-a.

Lucy on.

Em meio aos meus sonhos, sente um cheiro e um calor familiar, me sente protegida como se ali fosse o único lugar ao qual eu pertencesse, já tive essa sensação antes, sempre acontecia quando o Natsu me abraçava. NATSU????

Forcei-me a acordar, então senti o calor que emanava do seu corpo. Natsu, o Natsu está aqui me abrasando. Sua mão estava em minha cintura, o que me causou calafrios, acho que ele percebeu, porque puxou meu corpo para mais perto do seu corpo, sem resistir, passei minha mão por seu pescoço, senti-o olhando-me então abri meus olhos e encarei aqueles lindos olhos ônix que me transmitiam tanta emoção.

Nossa!!! Como eu senti falta deles me observando.

Natsu on.

Ela estava me encarando, meu coração disparou, seu toque no meu pescoço era tão doce que tive a necessidade de fechar meus olhos e respirar fundo para recuperar a sanidade.

– Natsu? – ela me chamou com aquela voz sonolenta e enlouquecedora, meu Deus, eu não vou consegui me controlar se continuar tão perto assim dela. Lentamente me separo dela e sento de costas para que não pudesse ver seu rosto e começo a falar.

– Ultimamente vem acontecendo tanta coisa – levanto-me divagar, ainda de costas para ela – não acho que consigo mais ficar perto de você como antes Lucy, então acho melhor agente... – antes que eu pudesse completar ela segurou minha mão, eu podia ouvi-la, ela estava chorando, odeio ver a Lucy chorar. Ela se levantou e ficou ali olhando para minhas costas, ainda segurando minha mão.

– Natsu me perdoe – sua voz saiu embargada pelo choro – eu não sei o que eu fiz, mas te peço perdão por ter magoado você tanto a ponto de não quer mais me ver – ela soluçou e continuou – sei que eu não deveria ter esquecido o motivo já que foi tão grave, mas, por favor, me perdoe – não consegui vê-la chorar, virei e abracei-a, nunca quis vela triste, só a queria protegida;

– Lucy – eu suspendi seu queixo para que olhasse para mim – você não fez nada de errado, fui eu, porque fui um covarde e não tive coragem de falar o que eu sinto – suspirei e comecei a limpar com os dedos as lagrimas de suas bochechas – Eu odeio quando você chora, ou quando está triste, porque... porque... – eu preciso ter coragem – porque eu te amo Lucy, eu não havia percebido isso, mas desde quando te conheci, você acordou algo aqui – pequei sua mão e coloquei no meu peito, meu coração estava batendo muito rápido – eu me afastei de você porque não tinha coragem para te dizer isso. – me calei, consegui falar tudo que estava sentindo então a fitei profundamente, parece que ainda estava raciocinando sobre o que eu disse.

Lucy on.

Demorei um tempo para entender o que o Natsu estava falando, mas quando entendi percebe que era a melhor coisa que eu já poderia ter ouvido na vida, Natsu me amava e eu o amava, não consegui esconder o sorriso que se formava nos meus lábios, nunca estive tão feliz, Natsu estava tenso, mas relaxou mais quando me viu sorri.

Sem demora passei minhas mãos por seu pescoço e o abrasei forte, ele não tardou em retribui. Os braços de Natsu, sim, este é o meu lugar, levei minha boca até seu ouvido e sussurrei:

– Natsu eu te amo. – ouvindo quilo ele se afastou de mim o bastante para poder me olhar nos olhos, ele queria constatar se o que eu disse era verdade, então eu sorri para ele.

Delicadamente ele puxou para que nossas testas se tocassem, passei minhas mãos pelos seus cabelos e então ele selou nossos lábios. Meu primeiro beijo, eletricidade irradiava do meu corpo e logo ele pediu passagem para sua língua, eu permite, cada toque mais quente, mais vivo, e cada vez mais desejo.

Natsu on.

Nunca pensei que poderia sentir isso, meu corpo a deseja, já estávamos sem ar, então nos separamos, olhei-a admirado, como eu amo essa mulher, abrasei-a forte, nunca mais a quero longe de mim.

– acho que já esta tarde – falei sem solta-la – você tem que dormir.

– então dormi aqui comigo, senti muito a sua falta e quando você está me abrasando eu sinto que esse é o lugar a qual eu pertenço e me sinto segura – suas bochechas estavam coradas, ela esta com vergonha, o que ela não sabe é que ela fica linda assim.

– Eu não consigo negar nada a você Lucy! – sussurrei e sorri, ela me retribuiu com um sorriso de tirar o folego, eu deitei ao seu lado, abrasei-a e ela passou a mão por meu pescoço, ficamos nos encarando. – Lucy, canta algo para mim. – Ela parou um pouco para pensar e logo sorriu, começou a cantar em quando acariciava meu cabelo, fechei meus olhos e prestei atenção na letra da música, ela estava se declarando para mim.

Listen very closely as I sing this song

And plesea believe that I mean every word

When I say I love you

I mean it with all my heart

Let it be the best thing that you´ve ever heard

Whisper softly to me

Share with me your heard

Lucy on.

Quando terminei o verso, Natsu já havia dormido, ele estava tão lindo e com um sorriso bobo no rosto, decidi acompanha-lo, aconcheguei-me no seu peito e fui dormir, afinal daqui para frente teremos muito que aprender um sobre o outro.