RED velvet escrita por Juliana Moraes


Capítulo 26
War


Notas iniciais do capítulo

" When love’s a battle
And life’s a war
When I just can’t go on
Fighting anymore
When I’m surrounded
And they’re closing in
When I feel the bullets
Graze against my skin

This world’s a warzone
And I’ve got a shield
And I won’t surrender
Cause your love feels
Like an army of angels..." Army of angels - The Script



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Londres; Fitzrovia; 457 Red pointless house; 8pm.

Três equipes estavam de prontidão em frente ao barracão. Haviam vinte e cinco policiais nos ajudando, sem contar nossa equipe de investigadores, que ainda se preparava dentro da van do meu pai, que insistiu em participar dessa disputa.

A rua foi fechada e os prédios e casas esvaziados, para evitar qualquer dano àqueles que nada tem a ver com o caso.

– Vocês estão prontas crianças? – Ethan perguntou e eu sabia exatamente o que sairia da boca de Derik.

– Estamos capitão... – Derik cantarolou a música de abertura do Bob Esponja, ficando sem graça assim que viu meu olhar sarcástico para ele. – Desculpe-me. – Eu ri deixando-o a vontade.

Todos deixavam as armas prontas, o barulho do gatilho era animador. Vesti o colete a prova de balas, o mais reforçado que a policia poderia nos oferecer, e segui ao lado de Jasper para a entrada do barracão.

– Eu te amo. – Sussurrei com a voz falha.

– Eu amo mais. – Pude ouvir seu sussurro como se fosse uma lágrima escorrendo por seu rosto.

Esperei que todos os policiais, extremamente protegidos e armados, estivessem na barreira a nossa frente, para que o sinal de invasão fosse dado.

Invasão não era a palavra certa desde que fomos convocado, com um bilhete humano, para estarmos aqui.

– Espero que nos sirvam um belo jantar. – Derik deu de ombros, como se fosse mais um trabalho fácil a ser realizado.

– Entrem! – Gritei, dando o sinal para que as primeiras equipes entrassem no local. – Boa sorte... – Sussurrei para os meninos em minha volta.

– Até daqui a pouco. – Derik riu entrando no barracão mal iluminado e sumindo do meu campo de visão.

Entrei logo em seguida, tendo a proteção de Jasper e Ethan, cada um em um lado, como um escudo.

Era um lugar enorme, cheio de caixas e maquinas espalhadas por todos os cantos. Havia uma única lâmpada funcionando, não sendo o suficiente para que pudéssemos enxergar todo o local, apenas flashes dele. As lanternas dos policiais, e da minha equipe, estampavam todo o barracão, como em uma balada em algum bairro mal frequentado.

Caminhávamos em direções opostas, sempre em um pequeno grupo de três pessoas, ou duplas, para dar suporte ao outro, como uma boa equipe.

O primeiro tiro foi dado pela gangue do novo Red Velvet. Theodore apareceu com seus soldados pálidos, atirando nos primeiros policiais, ferindo dois e perdendo um do seu time. Ele parecia estar se divertindo.

Outra equipe de policiais começou a atirar em direção ao segundo piso do barracão, onde três garotas e um garoto atiravam sem saber para onde. Não pareciam ter mais do que dezoito anos, estavam assustados e cada tiro parecia fazê-los desistir da ideia de segurar uma arma. Uma das garotas acabou acertando o colega ao lado, transformando-o o segundo piso em uma guerra particular, cujo nossos policiais não precisariam se preocupar em gastar munição. Consegui ver alguns policiais intervendo na briga e algemando-os.

Os tiros se tornaram constantes. Todos estávamos escondidos atrás das caixas, dando uma observada a cada silêncio e atirando no adversário que fosse conveniente. O barulho do time adversário havia diminuído, e erra possível ouvir os gritos de dor dos soldados mal treinados de Theodore.

Charlotte um, Theodore zero.

Ethan apontou para a porta da frente, onde mais pessoas desinformadas entravam atirando em qualquer um. Perdemos mais um policial, e Theodore perdeu mais três soldados, deixando-o na desvantagem. Vi uma garota apontar a arma para Jasper, sem pensar disparei a minha trinta e oito em sua direção, acertando-a na mão.

– Ele é meu, vaca! – Gritei sentindo a adrenalina percorrer minhas veias.

Caminhamos abaixados até uma outra pilha de caixas de madeiras, que nos proporcionava uma visão perfeita de onde Theodore estava.

Senti uma bala atingir meu ombro, batendo no colete e acertando ligeiramente minha pele. Jasper baleou o rapaz logo em seguida, não dando tempo para que ele pensasse em atirar em minha novamente.

Quando olhei novamente para frente, não consegui encontrar Theodore, ele havia desaparecido e não estava entre os mortos e feridos a frente, nem em nenhum lugar que eu pudesse ver.

– Fiquem atentos, Theodore sumiu.

– Okay. – Ouvi Jasper sussurrar.

Esperei o sussurro de Ethan confirmar minha ordem, mas não ouvi.

– Onde está o Ethan? – Perguntei olhando em minha volta.

– Droga! – Jasper sussurrou após dar uma bela joelhada em um rapaz sem arma. – Theodore o pegou... ele está indo para fora do barracão.

– Pai! – Chamei-o através do rádio. – O que está acontecendo?

Equipe de fora estão mortos. – Ele sussurrou como as batidas de seu coração, que evidentemente estavam aceleradas. – Theodore pegou Ethan! – Um grito fez meu coração acelerar doloridamente.

– Vamos! – Puxei Jasper pelo braço, pedindo para que ele me desse cobertura.

Caminhamos entre as caixas, encontrando soldados do Red Velvet caídos no chão com armas melhores e maiores que a minha. Foi uma troca justa, tendo em vista que as minhas estavam quase sem munição.

– Jasper... espera! – Senti meu estomago revirar, abrindo uma das caixas e deixando minha janta ali dentro. Encarei Jasper, que me fitava com os olhos arregalados, preocupado e sem saber qual posição tomar. – Pronto, agora vamos! – Limpei a boca pedindo mentalmente para a sementinha na minha barriga se comportar.

– Onde pensam que vão? – Um homem alto, forte, amedrontador e muito bem armado no parou. Apontando a arma para Jasper, que imediatamente ficou em minha frente. – Sinto muito galã, mas eu tenho que ficar com a garota. – Ele pressionou o gatilho mas não teve tempo de disparar a arma.

– Vocês me devem uma cerveja. – Derik sorriu após atirar no moreno que nos ameaçava. – Onde está o Ethan?

– Theodore o pegou. – Jasper e eu atiramos, no mesmo instante, na mulher que ameaçou atirar em Derik. – Eles estão lá fora...

Comecei a seguir em direção a porta de entrada. Olhei para trás, vendo todos os soldados de Theodore mortos ou detidos, havíamos vencido a guerra em questão de número, mas iríamos a perder se perdêssemos um único da minha equipe.

Minhas pernas amoleceram ao ver que meu pai apontava uma arma para Theodore, impedindo-o de fugir com Ethan, que estava com uma arma apontada em sua cabeça e muitos hematomas pelo seu rosto.

– Ora, ora, ora... – Theodore caminhou em círculos encarando todos os semblantes da minha equipe. – Pelo visto minha equipe não foi o suficiente para acabar com você. – Ele gritou comigo. – Você é indestrutível, Charlotte. – O encarei com fogo nos olhos.

– Uma equipe só é boa o suficiente quando se tratam como uma família.

– Família? – Ele riu abrindo a jaqueta de Ethan, que estava sem seu colete a prova de balas, e desceu a arma até seu pulmão. O lugar ideal para fazer uma pessoa sofrer minutos antes da morte. – Foi por isso que ele deu o último colete para você? Deixando-o vulnerável a qualquer tiro? – Encarei os olhos aflitos de Ethan, que me encaravam de volta como se pedisse desculpa.

– Renda-se Theodore.

– Eu deveria terminar o que meu pai começou. – Era notável toda sua insanidade. – Eu deveria matar você e pegar o sangue do seu filho... – Ele gritava e batia a arma contra Ethan desesperadamente. – Eu posso acabar morto, mas vou levar um de vocês comigo...

– Não vai não! – Ethan aproveitou um momento de distração de Theodore e tentou retirar a arma de sua mão.

Jasper viu o momento perfeito e atirou duas vezes em Red Velvet Junior, assustando a todos quando o barulho da arma parecia duas vezes mais alto do que o normal.

Theodore caiu ao chão, gargalhando como o louco que era.

Ethan segurava a arma do mesmo na mão, contra seu estomago. Seus olhos passaram por todos até chegar em mim, caindo de joelhos e deixando amostra o tiro que havia levado.

– Eu disse que teria um fim triunfal... Eu disse... – Não hesitei em atirar-lhe novamente antes de me ajoelhar em frente a um membro da minha família. – Ethan...

– Desculpe-me, Lottie. – Seus olhos suplicavam o fim daquela dor.


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Notas finais do capítulo

Estamos a apenas dois capítulos do final... Qual é o grande Happy End que esperam na vida de vocês?
* P.S não esqueçam de comprar MARYLIN pelo site da Editora Protexto protexto.com.br



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