AAE - Primeia Guerra Tecnomagica Mundial escrita por Plug


Capítulo 1
Capitulo 1 - Golpes e Conspirações


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic que escrevo baseada em AAE,espero que possam gostar da leitura e de antemão já peço desculpas pelos possíveis erros ortográficos, de digitação e pontuação que vierem a existir. xD



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Por durante milênios os mundos, bruxo e azêmola, estiveram coexistindo simultaneamente, sem que o segundo soubesse da existência do primeiro. Poderia continuar assim por muitos outros, mas há um ditado que diz "a mentira tem perna curta" e como mentira me refiro à aquela que afirmava que a magia não existia. Foi a partir de 2015 que tudo começou a mudar.

A iniciativa de revelar o mundo da magia para os azêmolas partiu dos bruxos, não de todos, nem daqueles que verdadeiramente mereciam fazer. Um grupo de bruxos prepotentes iniciou um movimento de dominação azêmola na Europa, logo ganharam simpatizantes em toda a comunidade mágica ao redor do mundo. No entanto, os demais bruxos e os governos, decidiram não dar tanta atenção aos ideais desse grupo, visto que pareciam não representar perigo real. Um erro estupido, pois foi graças à oportunidade de difundirem suas ideias e realizarem suas praticas em segredo que se articularam e conseguiram dar golpes de estado em diversas potencias do mundo bruxo, assumindo governos imperialistas que aos poucos impuseram às demais nações as suas ideologias, derrubando governos como uma trilha de dominós em que o mosaico final era a dominação mundial.

Foi questão de tempo para que, aos poucos, a comunidade bruxa fosse aceitando a nova ordem, mas nem todos aceitaram de forma passiva. Grupos de rebeldes surgiram em todo o mundo, lutando contra as recentes ditaduras, mas seus esforços não foram suficientes para detê-las, pois a segunda etapa dos planos foi posta em pratica. A magia foi revelada para o mundo azêmola através de ataques aos governos destes. A cada governante azêmola que era deposto um gesto simbólico do sucesso bruxo era realizado, como quando a França foi tomada e puseram a Torre Eiffel de ponta cabeça. Na Inglaterra substituíram o prédio do Parlamento azêmola pelo do Parlamento bruxo, nos Estados Unidos pintaram a Casa Branca de roxo com tinta mágica permanente. No Brasil roubaram o Cristo Redentor, até hoje não se sabe para onde o levaram, mas também tornaram invisível o Pão de Açúcar, revelando a existência da Notre Dame do Korkovado, as demais escolas do país também foram reveladas.

Os grupos rebeldes começaram a se articular melhor, tentaram retomar alguns governos bruxos, mas ainda precisavam de mais reforços se quisessem lograr êxitos. Enquanto isso, os dominantes subestimavam cada vez mais os azêmolas, o que os cegou os planos de reação contra sua tirania. Os não bruxos passaram a estudar magia e a buscar formas de combatê-la, o mundo havia avançado muito na tecnologia e foi graças a ela que a esperança voltou a brilhar nos olhos dos dominados. Levou alguns anos para que o projeto "Witchslayer" pudesse ser posto em pratica, mas aconteceu. As primeiras tropas de robôs especializados em combater magia promoveram ataques surpresa que permitiram a recuperação dos principais governos azêmolas para a mão destes e devido a isso os investimentos em tecnologia se tornaram cada vez maiores e os Witchslayers se tornaram ainda mais ofensivos, eram as varinhas dos não bruxos. A nova ordem mundial foi revertida e os inimigos tiveram de se contentar com o controle do seu próprio mundo.

Os bruxos rebeldes tiveram esperanças de que pudessem contar com o auxilio azêmola para retomar o poder, porém a humanidade não confiava na magia, negando compactuar com qualquer tipo de bruxo, então três frentes de combate se formaram. Bruxos malignos contra os Rebeldes e contra os Azêmolas, era o inicio da Primeira Guerra "Tecnomagica" Mundial. O verdadeiro caos foi plantado e não somente isso, outros problemas assolavam o mundo ao mesmo tempo, escassez de água que piorava a cada ano, camadas vegetais do globo desaparecendo, qualidade de vida se tornava quantidade de dinheiro, apenas quem podia pagar tinha a oportunidade de regalias, que no passado eram chamados de direitos básicos.

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2055 d.C

“Olá Vovô, espero que esteja tudo bem ai em cima. Faz bastante tempo que não converso com o senhor, peço desculpas por isso, mas é que, infelizmente, este é o único momento que encontrei oportunidade de gravar o meu diário, estou até pensando em mudar o nome para semanário, já que não tenho mais condições de gravar todos os dias.

Tenho muitas noticias acumuladas para dar, mas talvez não haja tempo o suficiente, neste momento estamos em busca de um novo refugio, já que o antigo foi descoberto pelos Witchslayers, ou melhor, os "Inquisidores", como alguns de nós estão chamando. A primeira noticia que tenho para dar não é das melhores, na verdade, nenhuma delas chega a ser considerada boa. Durante o ultimo escaneamento medico que conseguimos fazer, foi registrado que eu tenho algumas pedras nos rins, isso se dá pelo motivo de ser cada vez mais difícil encontrar água potável e a não ser que você seja rico não vai conseguir poder beber sempre. Mas não é algo tão alarmante, milhares de pessoas no mundo estão passando por problemas causados pela falta de ingestão de água. Por isso, não se preocupe comigo, sei que como herdei o seu dom de ser imune à magia, não posso ser tratado pela medicina bruxa e devido a situação atual da relação entre bruxos e azêmolas, conseguir remédios para o tratamento só se torna possível através do comercio ilegal, porém, esse meu "probleminha" não deve oferecer risco por enquanto.

Agora preciso desligar, estamos passando por uma área de risco e tenho de estar junto aos outros para caso precisarmos lutar, mais tarde, se tudo der certo, eu termino a gravação de hoje. Sinto muito a sua falta, da mamãe e do papai também... Ah! E diz para a vovó Gi que eu ainda não me esqueci da promessa que fiz a ela. Te amo vovô, abraço."

O garoto pressionou uma tecla virtual que flutuava sobre um dispositivo eletrônico de formato oval, com uma tela de led quadrada e três pequenos botões coloridos na lateral, assim que o fez o holograma desapareceu. Ele era jovem, deveria ter não mais que quinze anos de idade. Sua pele possuía um tom que, por muitos, poderia ser classificada como morena, de um aspecto bronzeado. Seus olhos eram castanhos, igualmente como seu cabelo, que era levemente ondulado.

O lugar em que estava não era muito espaçoso, parecia o interior de um trailer. Se encontrava sentado em uma cama que permanecia presa à parede metálica do lugar, assim que se pôs de pé uma passagem foi aberta no espaço abaixo do móvel e este foi movido na direção até que adentrou o buraco, que fechou logo em seguida.

Pensativo, o jovem rapaz caminhou em direção a uma porta e a abriu revelando o espaço externo, que se tratava de uma cabine de pilotagem, com outras três pessoas, duas sentadas nas cadeiras do piloto e copiloto, diante de um painel repleto de botões e alavancas, uma verdadeira geringonça tecnológica e uma de pé atrás de uma das cadeiras.

– Adriano? – Disse a pessoa que estava de pé ao perceber a entrada do garoto. Era uma mulher, deveria ter seus vinte e três anos, com cabelo preto e extremamente liso e traços indígenas evidentes. – Conseguiu gravar o seu diário?

– Mais ou menos, Jandira. Não consegui terminar tudo que tinha para dizer. – Adriano respondeu se juntando à moça para compartilhar da sua vista através do para-brisa do veiculo. – Estou nervoso.

– Relaxa cabeça, vai dar tudo certo dessa vez. – Disse o copiloto. Era um rapaz que deveria ter seus dezessete ou dezoito anos, possuía pele com um tom parecido com a de Adriano, porém mais escura e olhos verdes hipnotizantes.

Ele se virou por um instante e bagunçou o cabelo do garoto.

– Preste atenção na direção, Cândido! – Exclamou o piloto. Este era o mais velho no lugar, olhando-o de perto seria possível afirmar que poderia estar na casa dos trinta. Cabelo loiro e pele branca, além de orelhas levemente pontiagudas. – Enquanto você não demonstrar responsabilidade ao dirigir não permitirei que assuma a posição de piloto.

– Relaxa você também, Tom. – Disse Cândido, voltando a se concentrar no que fazia.

– Onde estão os outros? – Adriano perguntou.

– Estão lá em cima, se preparando. – Jandira respondeu.

– Inclusive acho que seria bom vocês irem subindo para fazer o mesmo, precisamos estar prontos para qualquer problema que possamos vir a enfrentar. – Disse Tom.

– Copiado, Capitão! – Jandira brincou e arrastou Adriano consigo para uma área circular em um dos cantos da cabine.

Em seguida pressionou alguns botões em um painel próximo, fixo na parede, então a plataforma começou a se elevar os projetando por um buraco que surgira no teto no mesmo instante, até que finalmente estavam fora da cabine.

– Vamos conseguir, não vamos? – Cândido perguntou olhando para Tom apreensivo. Ele acreditava que poderiam conseguir atravessar o pais em busca de um novo refugio, mas precisava ouvir isso da boca de mais alguém para poder acreditar plenamente.

– Lutaremos se for preciso. – Tom disse sem tirar os olhos da estrada e completou. – Mas conseguiremos, pode apostar.


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Notas finais do capítulo

Não sei em quantos capítulos pretendo trabalhar essa historia, mas não deverão ser muitos. O próximo trará mais informações sobre a situação em que os personagens estão e quantos mais participam da caravana (?).Posso dizer que os personagens tem relação familiar com os canônicos da série, ainda estou pensando se revelo qual o grau de parentesco que eles possuem e de quais são parentes, mas acho que na narração já é possível deduzir. xDObrigado pela atenção.Até breve. ^^



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