Mistérios da Meia-Noite escrita por LadyWolf


Capítulo 11
Capítulo VII: Primeiros movimentos


Notas iniciais do capítulo

[ Antes de começar o capítulo queria dizer que não estou fazendo apologia a nenhuma religião. Se sentir-se incomodado simplesmente pule a parte da missa. Obrigada. ]



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Na manhã seguinte, bem cedinho, todos da cidade foram para a missa. Luísa, como sempre, foi encontrar-se com os outros jovens do coral. Maurício também estava lá. Mas não foi para assistir a missa e sim somente ver a sua amada aluna cantar.

(https://www.youtube.com/watch?v=QCG-JETnPt8)

“(. . .)

Me chamaste para caminhar na vida contigo
Decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na...”

Foi nesse momento que Luísa percebeu a presença do professor, ficando muda. Não saía uma palavra sequer de sua boca. Os olhos fixos nos de Maurício. Clarisse logo percebeu a situação e a presenteou com um belo beliscão. A menina voltou ao planeta Terra, olhou a amiga, sacudiu a cabeça e continuou a cantar até o final.

“(. . .)

Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor
Eu só encontro a paz e a alegria
Bem perto de ti.”

Após a missa Clarisse arrastou a amiga para o banheiro da igreja. A porta foi fechada rapidamente e Luísa entrou cambaleante.

– Ei! Calma! - disse a garota.

– O que foi aquilo, Luísa? - Clarisse encostou-se na porta para ter certeza de que ninguém entraria. - Não pense que não vi você babando pelo professor Maurício!

– Eu não estava...

– Estava!

– Não estava! Bem... Talvez um pouquinho.

– Eu sabia! Você gosta dele! - a ruiva riu.

– Ele tem um charme... Não sei explicar...

– Uhum! - disse rindo, saindo da porta e indo até o espelho se ajeitar.

– Não conta pra ninguém, tá?

– Pra quem eu iria contar? Pra sua mãe? - disse ainda rindo. - Escuta, você vai lá em casa hoje ver o cachorrinho? Meus pais disseram que ele parece estar melhor.

– Sério? Eu vou sim! Só tenho que falar com os meus pais.

– Tá! Então a gente se vê mais tarde, senhora Linhares.

– QUE!?

Clarisse mostrou a língua e saiu correndo para fora do banheiro. Luísa foi atrás rindo muito, até que esbarrou em alguém e caiu no chão.

– Ai!

Quando o choque da queda passou, a garota olhou para ver em quem havia batido.

Era um rapaz de cabelos escuros e olhos bem azuis.

– Desculpe, te machuquei? - perguntou Bernardo estendendo a mão para a menina.

– Estou bem. - respondeu Luísa segurando em sua mão e levantando. - A culpa foi minha, não precisa se desculpar.

– Se você diz, …?

– Luísa! Pode me chamar de Luísa.

– Está bem, Luísa. - disse o homem sorrindo simpático.

– E você? Como se chama?

– Eu me chamo Bernardo. Sou novo na cidade.

– Sério? Veio de onde?

– Eu vim de São Paulo, capital.

– São Paulo? Pooooooooxa, que longe!

– Sim, foram umas dez horas de viagem. Confesso que quase pirei dentro daquele ônibus. - Bernardo riu.

– Eu nunca viajei, não posso dizer muita coisa. - disse a menina piscando.

– “Ela me esqueceu! Completamente!” - disse Clarisse de braços cruzados olhando os dois de longe. - Lu!

– Ahhhhh! Esqueci! Já estou indo, Clarisse! Bom, Bernardo, eu tenho que ir. Prazer em conhecê-lo! E foi mal pelo esbarrão.

– Até mais.

Luísa saiu correndo para perto de Clarisse e as duas foram encontrar seus pais.
~

Enquanto isso Maurício assistia tudo de longe.

– “Nossa, foi mais fácil do que eu imaginava.” - pensou observando o ômega pôr as mãos nos bolsos e sair andando. - “Mas o que ele quer com essa menina? Vou segui-lo!”

Bernardo deixou o pátio da igreja e foi caminhando devagar pelas ruas de Piedade. Maurício foi atrás, escondendo-se em árvores, atrás de postes e caçambas de lixo.

– “Que saco, ele não desiste. Já tem quase uma hora que está me seguindo!”

O ômega olhou para trás e Maurício se escondeu.

– “Droga, acho que ele já percebeu!”

Bernardo voltou a andar, agora segurando o riso. Aquela cena estava sendo até engraçada.

– “Hum... Casa de jogos... Acho que já sei o que fazer.” - o ômega sorriu, olhou na direção de Maurício e entrou na velha loja.

O alpha foi atrás e também entrou na loja. Quando entrou um homem grande e musculoso o recepcionou.

– Boa tarde. - disse de braços cruzados.

– B-boa tarde. - disse olhando o grandalhão.

– São duzentos reais.

– …?

– Duzentos. - disse estendendo a mão.

– Desculpe, eu vim procurar alguém e...

– Mas que desculpa velha! Saia daqui, vagabundo! - e o grandão fez o favor de jogar Maurício para fora da loja.

– AAAAAAI! - disse caindo no chão.

Bernardo assistia tudo de camarote atrás das cortinas do segundo andar da loja, onde funcionava um bordel.

– “Isso que dá não ter seus contatos!” - Bernardo ria muito, abraçando uma mulher loira muito bonita. - Vamos ao trabalho, amor?

E tudo terminou debaixo das cobertas.


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Notas finais do capítulo

Oi, gente! Estão gostando?? Aceito sugestões para a história! :3