No capítulo anterior:

"(...) Ariel lutou bravamente ao lado de Thranduil, apesar de não ter muita prática com uma espada, a usou perfeitamente e juntos conseguiram matar todos os Orcs daquele grupo.

–Sauron nos descobriu, ele sabe que você está aqui. Vamos, precisamos partir agora mesmo! - Thranduil puxou Ariel, mas ela hesitou por um instante.

–Espere, obrigada por te me salvado! - ela deu um sorriso que timidamente foi retribuído.

Rapidamente acordaram Lucy e Legolas e partiram imediatamente para Gondor, os perigos dessa jornada estavam apenas começando.”

O dia estava passando rápido, levando em consideração a rapidez com que viajavam, pois temiam outro ataque de Orcs ou de alguma força maligna vinda de Sauron. Logo chegaram a Valfenda e foram bem recebidos pelos elfos de lá, os quais Ariel ficou maravilhada em conhecer mais pessoas parecidas com ela, ao anoitecer encontrariam o mago Gandalf e partiriam juntos para Gondor na manhã seguinte.

–Finalmente chegaram! - Gandalf fez uma pequena reverência ao rei, o príncipe e a princesa. - Suponho que você seja Ariel, é muito parecida com seus pais. - Ariel deu um pequeno sorrisinho.

–Sim, sou eu. - Ariel deu um pequeno sorrisinho. - Seja bem vinda Ariel! - Por um momento Gandalf ficou sério e disse: - A profecia se concretizou, temo pelo seu destino princesa.

–Eu farei de tudo pelo bem do meu povo, eu darei meu sangue se for preciso para salva-los de todo mal que Sauron possa espalhar pela Terra-Média! - Ariel disse determinada, não negava que herdara a bravura de seus pais, principalmente a de Aragorn, que mais que ninguém sabia do que ela iria passar.

–Sim, eu sei, mas... - Nesse instante Thranduil os interrompeu com uma expressão de raiva em seu rosto. - Mas nada Mithrandir, pare de assustá-la, Ariel terá sucesso nessa jornada, eu a protegerei de tudo e de todos. - Thranduil não tinha muito apreço por Gandalf desde a Batalha dos Cinco Exércitos, mas pelo bem de Ariel era melhor ele não criar confusões entre si.

–Venha princesa, quero falar com você em particular. - Thranduil puxou Ariel e foram conversar á sós a beira de uma cachoeira.

–Sim Alteza?

–Quero saber como você está, como o seu coração está. Amanhã você irá conhecer seus pais e os outros membros da Sociedade do Anel, tem que estar preparada.

–Eu estou ansiosa, e não vou negar Majestade, estou com medo também, como Gandalf disse, e se eu falhar? - Thranduil a olhava nos olhos e dava pra notar que ela estava com medo, apesar da bravura existente nela.

–Você não vai falhar, e qualquer deslize que tiver eu estarei lá pra te apoiar, é uma promessa, e reis cumprem sua promessa, mesmo que lhes custe a vida. - Num impulso ela o abraçou bem forte, quando se deu conta do que tinha feito temeu pela reação de Thranduil, mas ficou aliviada, pois ele retribuiu o abraço, afagando seus cabelos. Ele próprio não acreditou que estava fazendo aquilo, não costumava demonstrar carinho pelos próximos. Desde que sua rainha faleceu ele se fechou e seu coração virou pedra com toda dor e sofrimento que sentia, mas Ariel mexia com ele de um jeito que nem ele mesmo imaginava que seria possível, ele se sentia bem com ela. Ariel notou também que seu coração tinha acelerado com isso. Ficou pensando há quanto tempo ele não fazia isso com alguém, se Legolas recebia esse carinho que ela estava recebendo. Após alguns segundos assim, ela se soltou dele e ele pode perceber que ela estava bastante envergonhada com tudo isso.

–Me desculpe por isso Alteza, eu não sei o que deu em mim, me desculpe. - Ariel falava rápido, tentando se explicar.

–Tudo bem princesa, você não fez nada de errado, e me chame de Thranduil, apesar de sermos da realeza, nosso relacionamento não necessita de formalidades. Se me der licença, boa noite. - Thranduil saiu deixando Ariel confusa, o que ele quis dizer com isso? Ela resolveu ir se deitar também, tentaria compreender melhor o rei antes de deixar qualquer sentimento se aflorar dentro de si.

O que Ariel e Thranduil não estavam contando é que alguém, mais especificamente Legolas, os observava de longe, e diferente da feição de carinho e afeto que Thranduil tinha com ela, Legolas sustentava um semblante nervoso, enciumado com tal atitude do pai. Ele queria Ariel, e a teria de uma forma ou de outra, nem que para isso ele precisasse travar uma luta com a pessoa que mais amava no mundo, mas não deixaria que Thranduil se envolvesse em seus relacionamentos amorosos novamente, já lhe bastava toda a confusão com Tauriel, com Ariel seria diferente.