Há algumas semanas sofri um acidente de carro e fiquei com alguns hematomas. Minha mãe depois daquilo estava muito nervosa e com medo, entendo ela.
Levanto-me da cama e me olho no espelho. Meus hematomas estão quase sumindo, fiz minha higiene matinal, me arrumei, e fui para o hospital, estou fazendo estagio lá, não sei se é bom ou mau, mas estou como secretaria do Doutor Cullen.
Cheguei lá e o hospital até que estava movimentado. Me sentei na pequena mesa, organizei as fixas dos pacientes e em alguns minutos o Dr.Cullen aparece.
-Bom Dia, Tami! -Ele fala sorrindo.
-Bom dia, Dr.Cullen! -Falo retribuindo o sorrindo.
Ele entra em sua sala. Passei o dia organizando pastas e arquivos.
Depois que acabei meu expediente, comecei a arrumar minhas coisas. Até que minha mãe chega ali. Minha mãe vivia ali, pois era medica do hospital.
-Tami, querida... Então, vou fazer uma reunião em Nova York! -Ela fala.
-Vai ficar fora quantos dias?- Pergunto arrumando minha bolsa.
-Dois meses! -Ela fala. A olhei espantada.
-Não posso ficar sozinha por dois meses!
-Você vai ficar bem, e...
-Mãe, eu sou menor de idade sabia?!- Falo desesperada.
O Dr.Cullen sai de sua sala.
-Desculpe, mas não pude deixar de ouvir. Se quiser, Tami pode ficar em minha casa. Ela e Renesmee são ótimas amigas.
Na verdade não éramos. Eu só vi essa tal de Renesmee, uma vez nos corredores da escola, quando trombei com ela sem querer, e acho que mal temos aulas juntas.
Ele termina de falar e espera minha mãe decidir. Ela olha pra mim. Estava de boca aberta.
-Se não for incômodo! -Ela fala.
Não acredito que minha mãe está me mandando para a casa de um quase desconhecido.
O Dr.Cullen e minha mãe se conhecem há um tempo. Quando ele chegou à cidade ela já era médica aqui, e ela babou por ele, mas teve que se conter quando descobriu que era casado.
-Não á incômodo algum. Tami é quase da família. -Ele acrescenta.
Os dois continuam conversando e eu vou pegar um pouco de café para mim. Era informação de mais para uma barriga vazia.
Enquanto voltava, senti um choque atravessando meu corpo e minha visão fica escura. Vejo um lobo completamente branco e volto ao normal, com duas mãos geladas em mim.
-Você esta bem?- Pergunta Dr.Cullen.
Assinto e me levantando.
Ele me olhava preocupado.
-Estou bem... É só falta de açúcar no sangue. - Falo tentando convencer ele e a mim mesma.
O que...? Como...? O que acabou de acontecer?
Depois de mais um tempinho lá no hospital, Dr.Cullen me leva para a casa dele.
Estava nervosa e com medo. Fui abrir a porta do carro para sair, só que Carlisle já estava ali abrindo para mim.
-Obrigada! –Falo.
Logo aparece a tal de Renesmee, que nesse instante, estava na minha frente me abraçando.
-Nossa! -Falo surpresa no meio do abraço. Ela estava me apertando.
-Desculpe! -Ela fala me soltando.
Entramos na casa e uma mulher baixinha, de cabelos curtinhos, mal esperou eu entrar e me abraçou.
Ri da situação.
Dr.Cullen, me apresentou a Esme sua esposa, que tinha a feição tão bonita e calma, era tão gentil.
Apresentou-me a Alice, a baixinha extrovertida. Seu namorado Jasper, um loiro super fofo.
Rosalie uma loira, linda. E o Emmett seu namorado... Ele era enorme. Me da até medo essas pessoas grandes. Faz eu me sentir uma formiga. Mas ele parecia gente boa, e muito engraçado.
Os pais da Renesmee, Bella e Edward, só me deram um sorrisinho fraco. Não gostei tanto desse casal.
Depois de um tempo com todos, Carlisle me olhava preocupado, e então perguntou.
-Está se sentindo mal?
-Não... Eu estou bem. Como eu disse, foi apenas falta de açúcar no sangue. –Falo. Mas quem dera fosse só isso.
-Como assim...Você passou mal? - Pergunta Renesmee.
-Não foi nada! –Falo.
Todos me olhavam preocupados.
Olhei a família que iria morar por dois meses e percebi que eles são muito lindos. Chacoalho a cabeça tentando me concentrar em outra coisa...Onde será que vou dormir?
-Renesmee, por que não leva Tami para o quarto dela? -Fala Edward, como se lesse minha mente.
Renesmee assentiu e se levanta. A segui. Ela me levou a um quarto que uma parede inteira era vidro. A cama ficava na parede oposta. Tinha um sofá, uma estante branca, uma porta de madeira...
Suspirei. A vista era linda.
-Você ficará aqui. -Ela fala. -Era o quarto do meu pai, antes dele se casar e se mudar. Então ele ficou vazio. Ela fala.
A olhei dos pés a cabeça. Ela tinha a minha altura, ruiva natural, com algumas sardas. Era bem bonita. Tinha uma fisionomia, acolhedora e gentil. Parecia sua avó Esme, nesse quesito.
-É lindo! -Falo, voltando a olhar o quarto.
Ando por ele, e então ouço meu celular tocar. Pego do meu bolso.
-Alo? Oi mãe... Estou bem, acabei de chegar aqui! São todos muito gentis! -Falo, me virando para Renesmee, mas ela não estava mais lá. -Como assim? Ah mãe, você está querendo se livrar de mim? -Falo brincando. –O.k., mas não quero ficar três meses na casa de outras pessoas. É ousadia... Mãe você tinha falado dois meses e agora aumentou um! - Falei levemente irritada. -Ta mãe... Boa viajem! E cuidado! -Falo e desligo.