LEIAM AS NOTAS INCIAIS: AVISO IMPORTANTE

4 anos depois...

Percy

Estacionei o carro na frente da nossa casa. Peguei na pasta de couro preta e saí do meu Volvo azul. A casa estava iluminada, provavelmente Annabeth já havia chegado. Meti as mãos no bolso e tirei a chave de casa. Avancei até ao alpendre e abri a porta.

– Annabeth? - chamei.

– No quarto Amor – gritou uma voz feminina em resposta. Sorri ao saber que a minha sabidinha já estava em casa.

– Papai – fui surpreendido com com uma voz estridente correndo até mim.

– E aí garotão? – sorri pegando no garotinho ao colo começano a caminhar até ao quarto. – Como correu a escola hoje?

– Correu bem – disse o menino baixando a cabeça baixa.

– Porque você está triste meu filho? – perguntei preocupado.

– Liam? – uma voz serena interviu. Annabeth apareceu. Vestia umas jeans, e uma blusa azul. Me espantava que ao fim 5 anos, ela continua a minha garotinha de olhos cinza. – Você não quer contar ao papai o que se passou hoje na escola?

– O que foi Liam? – questionei olhando para o garotinho que mantinha uma carinha triste. Era impressionante com ele se parecia com Annabeth. Tirando os olhos verdes e o cabelo liso. Liam era a versão da mãe em garoto. – Conta o papai o que se passou na escola.

– Não se passou nada – murmurou o rapaz fazendo beicinho.

– Liam? – insiti.

– Eu bati num menino – murmurou o rapaz escondendo o rosto no meu pescoço.

– Serio? – olhei para Annabeth que assentiu preocupada – Porquê?

– Ele não que contar – disse Annabeth se chegando perto de nós acariciando as cotas do filho. Amava quando ela fazia isto. Tão calma, tão serena… tão linda. – Quando cheguei ao infantário, a educadora veio me contar que ele tinha brigado com um menino no recreio.

Assenti apreensivo. Ajeitei Liam no meu colo, e carreguei até á sala. Annabeth me seguiu receosa. Me sentei no sofá branco, e encarei Liam que continuava desanimado.

– Filho – chamei, fazendo o garoto me olhar com aqueles olhos verdes intensos – Se você não contar para o papai e para a mamãe nós não podemos ajudar você…

– E que… - gaguejou Liam – O Billy disse que eu era anormal.

– E porque é que ele disse isso? – perguntou Annabeth fazendo um carinho na bochecha do menino.

– Ele disse que eu era anormal porque os meus pais eram irmãos e isso era pecado. – disse o menino soltando umas lágrimas que correram pela bochecha rosada. – Eu disse para ele parar, mas ele continuou dizendo que eu era uma aberração.

Annabeth abriu a boca num "O". Olhei para ela preocupado mas ela assentiu como se já soubesse o que fazer.

– Liam – chamou Annabeth – Você não pode ligar aos comentários dos outros meninos, e acima de tudo não pode resolver os problemas com violência.

– Mas ele… - tentou explicar o menino.

– Liam – intervim – A sua mãe tem razão, por muito maus que os outros garotos sejam você não pode andar aí a socar todos os que te maltratam…

– Mas é verdade? – questionou Liam se virando para mim e depois para mãe – Vocês são irmãos?

– Não meu amor – disse Annabeth puxando o rapazinho para o seu colo. – Eu e o seu pai não somos irmãos…

– Então o que são? – perguntou o Jackson mais novo fazendo uma carinha fofa mostrando um ar confuso. Porque é que este menino tem que ser tão curioso hein?

– Filho quando você for mais velho eu explico tá bom? – sugeriu Annabeth.

– Porque é que você não me conta agora? – disse o menino cruzando os braços fazendo um biquinho. Sorri ao ver o quanto ele se parecia com mãe. Annabeth segurou o sorriso dando um beijo na testa do filho.

– Porque você ainda é muito novinho. Quando for mais crescido aí eu te conto tudo o que você quer saber.

– Tudo bem – cedeu o menino.

– E Liam - avisei – Eu quero que você prometa para mim e para a sua mãe que nunca mais bate em ninguém tá bom?

– Eu prometo papai – assentiu o menino sorrindo. Se endireitou no colo de Annie e lhe deu um beijo na bochecha.

– Posso ir brincar mamãe?

– Pode - autorizou a Loira – Mas quando o jantar estiver terminado eu te chamo.

– Ok – disse o menino saltando do colo da mãe e indo a correr para o quarto. Assim que a porta do Quarto de Liam se fechou avancei por entre os cabelos da minha esposa e lhe botei um beijo.

– Percy! – riu Annabeth por entro os meus lábios. – Olha o teu filho ele está ali.

– Me desculpa – disse fazendo um bico – Mas já estava com saudades.

– Whon – riu Annabeth – o meu maridinho está carente?

– Estou – admiti – Esta ultima semana quase não estivemos juntos.

– Eu sei… - disse Annabeth acariciando o meu rosto com os dedo – mas ambos sabíamos que vida de casado era assim.

– Mas não trocaria esta vida por nada – conclui. Annabeth riu. Meti as mãos na sua cintura me colocando por cima dela. Beijei o pescoço suavemente. Senti aos mãos de Annabeth a pentearem-me os cabelos da nuca que se irisavam ao seu toque.

– Papai! – ouvi Liam chamar. Annabeth me empurrou me fazendo sair de cima dela.

– Diz filho – falei rindo de Annabeth que ajeitava desesperadamente as roupas. Ouvi uns passinhos a avançarem corredor. Liam apareceu dando pulinhos.

– Papai me ajuda com uma coisa? – questionou Liam.

– Diz filho.

– Os meus dinossauros estão na estante de cima e eu não consigo pegar eles.

Suspirei me levantando. Liam correu para o quarto esperando que eu o seguisse.

– Mais logo terminamos o que começámos tá bom? – sussurrou Annabeth – Agora eu vou ver o jantar.

– Promete? – disse fazendo biquinho. Annabeth riu e me beijou delicadamente.

– Prometo, agora vai ajudar o Liam, e depois vai tomar um duche…

– Hey! Tá insinuando que eu cheiro mal?

– Não percy – riu Annie – Mas faz o que eu mando tá bom?

– Sim senhora – brinquei dando mais um beijo.

– Papai! – chamou de novo Liam do quarto.

– O dever chama – suspirei.

– Vai lá – riu Annabeth. Antes de ir lhe botei mais um beijo, e discretamente dei um apertão nas coxas dela.

– Percy! – disse ela me dando um soco no braço – Olha o nosso filho!

– Ok, ok – disse me rendendo – Mas vai me compensar mais tarde hein sabidinha?

– Tudo bem Percy – bufou ela. – Mais vá ajudar o seu filho ele tá chamando.

– Ok, ok – disse me afastando.

Sim esta é a minha vida agora… e como eu falei eu não torcaria a minha vida por nada.