Percy

– O que achas deste Percy? – perguntou Annabeth mirando o espaço do apartamento.

– Eu gosto, não é pequeno nem muito grande é perfeito para a nossa primeira casa – respondi dando um beijo na minha sabidinha. Virei-me para a mulher engravatada, que esperava a resposta ansiosamente – Ficamos com ela.

– Óptimo sorriu a mulher – Então é só assinar aqui e aqui – disse ela dando-nos umas folhas de Papel. Assinamos sem hesitar e entregamos o dinheiro da compra num envelope branco – E para quando é a mudança?

– Nós gostávamos que fosse ainda hoje, há algum problema? – perguntei para a mulher, que descobri ser Mónica devido ao colar que tinha ao seu pescoço com o nome.

– Claro que não – voltou a sorrir ela. – A casa esta mobilada, por isso não terão muito problemas. Bem… o apartamento é vosso.

Virei-me para Annabeth que sorria instantaneamente.

– Bem eu vou á delegacia entregar os documentos – informou a Sr. Mónica – têm a chave para fazer a mudança.

– Obrigada – agradeceu educadamente Annabeth.

– Obrigado – repeti com delicadeza. A mulher deitou-nos um sorriso amigável, e saiu pela porta nos deixando sozinhos.

– Eu não acredito – disse Annabeth aos pulinhos – Nós vamos viver juntos.

– Eu sei sabidinha – comemorei – Depois vou falar com o pai para acertarmos tudo.

– Eu te amo.

– Eu também Annabeth – disse acariciando a sua face – A nossa vida vai começar agora.

– E eu quero vivê-la Percy, ao teu lado – disse ela. Saboreei aquelas palavras, estava feliz com o que ela dissera, eu finalmente podia viver em paz com ela, amava ela, amava seus olhos prateados, amava seu sorriso elegante, amava sua beleza, amava cada palavra doce que ela me dizia, amava ela com todas as forças possíveis e impossíveis.

– Eu também sabidinha – disse.

***

Bem ao inicio não foi fácil vivermos juntos, não discutíamos, mas era complicado conviver um com o outro, principalmente na dessa-rumação, quer disser eu dessa-rumava Annabeth arrumava… no entanto quando ela ameaçou que saía de casa caso eu não a ajudasse nas tarefas eu claro que tive que ceder, o que posso disser? Eu amo ela.

– Annabeth? – perguntei assim que cheguei a casa. Annabeth e eu já vivíamos juntos á 5 meses, bem nossos pais sempre nos visitavam todas as semanas desde sempre. O meu pai? Bem acabou por aceitar finalmente o nosso namoro… ops quer disser eu estou planeando algo especial… recebi uma noticia hoje que me fez pensar um pouco.

– Aqui Percy – disse uma voz alegre vinda da sala.

Caminhei pelo soalho de madeira e via sentada na mesa de jantar, a sorrir toda feliz mirando a tela do notebook.

– Eu queria lhe contar algo e… - mas Annabeth nem olhou para mim, continuava sorriso olhando para o computador - Tá tudo bem sabidinha?

– Percy – sorriu ela – Você não vai nem acreditar no que eu recebi.

– Me diga amor – disse me sentando ao lado dela com curioso. – Tá me deixando preocupado.

– Percy eu fui aceite na Universidade de Cornel (N/T: Ela existe e é uma das Universidades mais prestigiadas de Arquitectura do País).

– Sério?

– Serio Percy – sorriu ela me abraçando – eu mandei o meu currículo para lá e eles aceitaram!

– Estou tão feliz por você Annie – disse a abraçando ainda mais.

– Estou tão feliz Percy – sorriu-me ela me dando um beijo nos lábios.

– Eu também estou feliz por você Annabeth, e queria te contar uma coisa.

– Diga Percy – estranhou ela – Passou-se alguma coisa?

– Sim passou mas uma coisa boa.

– Então diga.

– Primeiro me dá um beijo. – desafiei.

– Oh vá lá Percy conta logo cabeça-de-alga – gargalhou Annabeth.

– Nem pensar Sabidinha – neguei fazendo um bico – Tive esta tarde toda sem te ver e estou com saudades de você… vamos me dá um beijo e eu te conto.

– Argh – resmungou, avançou ate mim e me deu um selinho – Pronto agora me conta.

– Não vale, eu disse um beijo e isso sabidinha não foi um beijo como deve ser… vamos quero um beijo.

– Está bem, esta bem – sorriu ela, avançou até mim e me beijou profundamente fazendo com que os seus lábios se roçassem electricamente nos meus. – Pronto já me pode falar o que é?

– Já… bem eu estava no trabalho, e recebi uma carta e advinha quem entrou na Universidade de Boston (N/T: Tal como a universidade anterior ela existe) para facultar em Biologia Marinha?

– Eu não acredito – murmurou ela arregalando os olhos com um sorriso – Você? Você conseguiu….

– Isso mesmo sabidinha eu vou estudar lá – Annabeth soltou para os meus braços me dando um leve abraço – Percy eu estou tão contente.

– Eu sei… eu queria que você se orgulhasse de mim…

– Percy eu sempre tive orgulho em você.

– Sim mas… agora tem mais neh? – brinquei.

– Claro amor, lógico que sim, mas eu quero que saibas que mesmo que não tivesses entrado eu tinha orgulho em você.

– Eu sei Annie, eu hoje apenas estou carente – disse fazendo uma carinha de pidão.

– És mesmo parvo –resmungou ela.

– Oh vá lá Annabeth, nós ainda nem tivemos juntos esta semana, você trabalhando, estudando eu o mesmo, mal tivemos juntos… e hoje temos que comemorar neh?

– O que o senhor sugere? – perguntei me sentando no seu colo.

– E que tal se nos fossemos divertir para nosso quarto hein?

– Proposta tentadora mas… tenho que ir fazer o jantar primeiro.

– Mas eu não tou com fome… não de comida – sorri maliciosamente.

– Você é mesmo idiota – resmungou Annabeth soltando uma gargalhada.

– Oh va lá – gemi – vamos lá...

– Eu tou morrendo de fome Percy…

– Não me diga que tá gravida! – comemorei.

– Não Percy, não estou… você sabe que tomo a pílula.

– Droga – resmunguei – e eu que tinha esperanças.

– Percy antes de nos formarmos eu não quero ter filhos.

– Você sabe que eu sempre quis ser pai não sabe?

– Eu sei Percy – sorriu ela – Mas até não termos condições para ter filhos eu não quero arriscar e lembra o que o pai disse neh?

– Pois tem razão - murmurei – Nada de Filhos.

– Isso mesmo.

– Ele deve pensar que eu e você nunca transámos neh?

– Provavelmente, e é melhor que pense assim. – riu ela.

– Pois é…se não ainda me matava por corromper sua filha.

– Fazemos o seguinte – afirmou ela colocando os braços em volta do meu pescoço se recompondo no meu colo, enquanto as minhas mãos acariciavam suas pernas – Vamos jantar e depois talvez eu aceite sua proposta tá bom? – sorriu ela dando um sorriso travesso.

– Talvez?

– Sim.

– Mas e se depois não quiser?

– Você sabe bem a resposta.

Sorri vendo a minha sabidinha se levantar e ir para a cozinha. Preparou o jantar em pouco tempo, coloquei a mesa e jantamos durante a conversa.~

– Hoje estive com o Luke – afirmei – ele parecia estranho.

– Eu sei, falei com a Thália hoje.

– O que aconteceu?

– Bem parece que o Luke se declarou para ela, mas ela afirmou que só o via como amigo e que gostava de outra pessoa.

– O Nico neh?

– É, ele aceitou bem… pelo menos ao que parece ele levou na boa, apesar de ficar triste.

– É de esperar neh? Ele levou um fora não é legal para nenhum garoto.

– Eu sei… lembra como foi com você e com a Calipso?

– Lembro… mas sabe ao inicio fiquei magoado, mas agora não estou nem aí.

– Serio?

– Serio-afirmei - Prefiro mil vezes você do que a Calipso.

– Whon – corou ela me dando um sorriso amoroso. – Eu também Percy.

– Por falar em foras sabe quem que encontrei hoje também?

– Não… quem?

– O Will – disse com desprezo.

– Ah –falou Annabeth sem animo. – Falou com ele?

– Acha? Depois que o cara fez nem eu consigo olhar para a cara dele.

– Pois… eu juro que tentei perceber o porquê de ele ter feito aquilo mas… não sei, não sei um dia vou voltar a olhar para ele depois disto.

Thália acabou por descobrir que tinha sido o Will a mandar aquela mensagem, também quem mais poderia ser?… ele tinha acabado de ser rejeitado pela minha – sim isso mesmo MINHA – Annabeth. Era fácil raciocinar. Annabeth nunca mais conseguiu olhar para o Will, acho que nem ele teve coragem de olhar direito para a gente. Já estávamos de férias, acabamos o liceu faz uma semana. Annabeth andava um pouco cansada com o trabalho e os estudos mas ela nunca perdeu a confiança… a minha sabidinha era forte.

– A Thália disse que o Nico e ela iam morar juntos.

– Sério?

– Serio mesmo – sorriu ela.

– Era de prever, aqueles dois nunca mais se largaram desde que se conheceram.

– A Piper e o Jason voltam amanhã.

– Mas não era daqui a três dias?

– Sim mas acho que querem voltar mais cedo para começar a enviar os currículos para a Universidade.

– A mãe já te falou de quem aí vem?

– Não, quem?

– O nosso priminho Leo.

– Mas ele vem quando?

– Daqui a um mês, ele disse que ia se mudar para cá por causa da nova namorada dele.

– Quem é?

– A Reyna, se lembra dela? - A Reyna era uma amiga da Clarisse pretecia à mesma equipa de esgrima.

– Oh eu lembro ela tentou dar em cima de você uma vez – resmungou ela.

– A minha sabidinha tá com ciumes?

– Eu não estou ciumes, apenas não gostei.

– Mas assim que você chegou perto de mim e me deu um beijo ela ficou um pouco atrapalhada – ri da recordação.

– Ficou fula quer você disser… ela estava apanhadinha por você e quando viu que você tinha namorada ficou brava.

– Tenho culpa de ser irresistível? – brinquei com o olhar danado dela.

– Não, mas o Brian é mais. – murmurou ela.

– QUEM É O BRIAN?

– Oh ninguém é só um colega de trabalho – afirmou ela calma continuando a comer.

– E VOCÊ O ACHA IRRESISTÍVEL?

– Acho… tem problema?

– Tem porque você é minha namorada! Não pode haver caras olhando para você.

– Ele é bonito Percy.

– BONITO?

– Sim ou não posso disser que ele é bonito?

– Olha sabe que mais? fique com o Brian – resmunguei me levantando e indo para o quarto com a maior cara de embugado da historia. Fiquei resmungando coisas sem sentido quando ouvi alguém bater a porta.

– Percy? -chamou Annabeth com um sorrisinho no rosto.

– Que foi? Vem me disser o quanto o Brian é bonito eh? – resmunguei com cara de nojo.

– Percy não tem que ter ciumes… ele é bonito, mas Percy o Brian é gay.

– Serio?

– Serio Percy - gargalhou ela – não acredito que vcê teve ciumes de um cara Gay!

– Hey! Você disse que ele era bonito e eu pensei… deixa para lá.

– Percy o Brian é bonito, mas todos os caras gays sã bonitos.

– Eu sou bonito e não sou gay – afirmei.

– Não se ache Percy… você também é modesto.

– Caluda Sabidinha – disse a puxando para a cama me colocando por cima dela. – E aí? Vai cumprir a promessa?

– Que promessa?

– Você disse que depois de jantarmos ia seguir a minha proposta.

– Eu disse talvez!

– Mas eu sei que esse talvez era um sim! – disse começando a beijar seu pescoço.

– Ai Percy você sabe que sempre terminamos assim neh?

– Eu não tenho culpa de ter saudades de você. E aí sim ou não?

Annabeth riu puxando-me para um beijo começando a descer as mãos despindo a camisa branca – Vou tomar isso como um sim.

…