Annabeth

Percy fora ter com a sua “namorada”. Eu não gostava dela, ela sempre fora uma rapariga fútil e histérica. Mas se ela gostava dela quem era eu para me intrometer? Carreguei as malas até ao meu quarto. Ele estava igual desde a ultima vez que o vira. Já tinha saudades de casa. Coloquei as roupas no roupeiro e arrumei todos os meus pertences. Quando acabei fui tomar um duche e vesti-me.

***

Quando cheguei ao Shopping fui até ao bar, sentei-me na mesa a beber um café. Estava distraída nos meus pensamentos quando ouvi uma voz a chamar-me.

– Annabeth? – virei e vi a minha melhor amiga do liceu.

– Tália? – eu perguntei sem acreditar. Ela correu até mim e me abraçou.

– O que fazes aqui?

– Voltei para Nova York.

– Annabeth estava cheia de saudades, senti muito a tua falta – ela me abraçou novamente.

– Eu também Tália!

– E vais ficar aqui quanto tempo?

– Foi fazer a universidade aqui! – eu ri.

– Sério? – ela sorriu – Ainda bem oh amiga fizeste-me tanta falta.

– Queres sentar-te? Assim bebíamos um café…

– Claro! Eu estava à espera da Piper e da Silena, mas depois te encontrei meu Deus eu ainda nem acredito que voltas-te.

– Nem eu – eu gargalhei – O que tens feito?

– Se estas a perguntar se chumbei algum ano não! Mas admito que sem ti para copiar nos testes tem sido difícil aguentar-me. – ela deu uma gargalhada.

– Bem não te preocupes, eu vou voltar para o colégio por isso conta comigo! – eu disse.

– Tália! – ouvi duas vozes femininas atrás dela. Tália levantou-se, e fez sinal com a mão. As raparigas caminharam eu levantei-me. Silena e Piper assim que me viram correram e me abraçaram.

– Annabeth?!

– Oi garotas.

– É mesmo ela Piper – Silena Sorriu – Quando é que voltas-te?

– Hoje.

– Annabeth tu nem sabes a falta que nos fizeste… vais ficar nãos vais?

– Vou sim.

Ficamos na conversa durante um tempo, Voltei para casa… ainda ninguém havia chegado, deitei-me no sofá e liguei a Tv. Como não estava a passar nenhum programa interessante fui ao meu quarto. No canto do meu quarto havia uma estante grande com livros. Os meus olhos correram todos os volumes das prateleiras. Encontrei o livro que tinha deixado por terminar. Nunca o terminara pois quando me mudei para Londres esqueci-me do livro aqui.

Agarrei-o e li o titulo e silêncio. “A Culpa é das Estrelas”

Sorri para o nada e fui para a sala. Recostei-me no sofá e comecei a ler.

***

“(…) Sabemos que é. É engraçada sem nunca ser maldosa. Eu amo-a. Tenho tanta sorte por amá-la. Van Houten. Não podemos escolher se somos ou não magoados neste mundo, velhote, mas temos algo a dizer sobre quem nos magoa. Eu gosto das minhas escolhas. Espero que ela goste das dela.

Gosto, Augustus.

Gosto.”

(N/T – este é um trecho das ultima frases do livro – A culpa é das estrelas de Jonh Green)

Assim que li a ultima frase, os meus olhos encheram-se de lágrimas. O livro era lindo. Limpei as lágrimas dos olhos. Voltei a ligar a Tv passou um filme que reconheci logo. “The Hunger Games” – Os jogos Vorazes (N/T – Sabiam que aqui em Portugal “Os Jogos Vorazes” se chamam “Os Jogos da Fome”?). Estava a assistir o decorrer do filme quando ouso a porta se abrir. Percy vinha acompanhado com a pseudo-namorada dele. Quando me viu jurei te-lo visto envergonhado.

– Oi Annie. – ele disse dando-me um sorriso.

– Oi Percy. E oi Calipso. – tentei parecer o mais simpática possível. Mas admito era bastante difícil.

– Oi – ao contrario de mim, ela nem se preocupou em parecer amigável. – Querida, eu e o Percy vamos para o quarto.

– E o que é que tenho eu a ver com isso? – eu perguntei dando um sorriso triunfante.

– Vamos amor. – ela puxou Percy pela mão, ignorando-me.

Ele segui-a lá e eu continuei ver o filme. Só me faltava agora ficar aqui a ouvir o Percy trasando com uma garota.

Percy

Calipso me arrastou até ao quarto. Quando entrámos ela praticamente me empurrou para a cama. Ele saltou para cima e me beijou. Eu correspondi. Ela começou a rebolar em cima do meu corpo, e começou a despir a minha T-shirt mas eu travei.

– Calipso é melhor não.

– Ué Percy por quê?

– A Annabeth está lá em baixo.

– E?

– E que ela nos pode ouvir…

– Ai Percy – ela disse me puxando novamente para um beijo. Mas eu afastei-a de novo. – Percy o que foi agora?

– Tu não me ouviste? A Annabeth está lá em baixo.

– Percy tu nunca tiveste problemas em transar comigo! O que tem agora?

– Eu não quero que ela ouça.

– Percy deves pensar que ela é santa. Com certeza que lá na Inglaterra ela já pegou algum rapaz. – ela disse dando um sorriso safado. Aquilo me travou. E se fosse verdade? E se a Annabeth já havia transádo com alguém? – Não ela não o faria… ou faria?

– Calipso acho melhor tu ires embora.

– Tá Percy… - ela berrou frustrada pegou na mala e saiu do quarto batendo a porta com força.

Annabeth.

Esperei que os gemidos altos viessem, a imagem do Percy a transar com uma garota me dava voltas ao estômago. Porquê? Não faço ideia!

Ouvi alguém a descer as escadas apressadamente. Calipso foi batendo o pé com força até a porta.

– Foi rápido hein… - comentei. A garota travou olhou para mim com uma cara de ódio – Fecha a porta quando saíres. – ela voltou-me costas e saiu desvairada – eu soltei uma risada de gozo.

Ouvi outros passos a descer as escadas.

– Que deu nela? – perguntei aprontado para a porta.

– Nada, já lhe passa. – ele disse sentando-se ao meu lado.

– Foi por minha causa? – eu perguntei preocupada.

– Não Annie – ele disse se chegando para mais perto de mim - O problema não és tu…

– Se tu o disses… - eu disse desviando o meu olhar para o ecrã.

– O que estás vendo? – ele perguntou tentando desviar o assunto.

– Os Jogos Vorazes…

– Posso te fazer companhia?

– Claro que sim…

– Certeza que a Calipso não ficou chateada de eu estar aqui?

– Annie – ele disse – Mesmo que ela se chateasse tu és minha irmã ela tem que aceitar isso.

– Tu devias ir atrás dela. – incentivei. Não queria ficar com a consciência pesada. Eu sabia que a culpa era minha. Quer queira que se tivesse passado lá em cima.

– Deixa para lá, ela é que errou não fui eu… - ele disse. Eu dei um sorriso. –Annie?

– Sim Percy…

– Posso te fazer uma pergunta?

– Depende da Pergunta.

– Promete que me diz a verdade?

– Prometo Percy. – eu suspirei. Quando ele queria ele conseguia ser bastante persistente.

– Quando estiveste na Inglaterra… tu… er… tu…

– Eu o quê Percy?

– Estiveste com alguém?

– Sim tinha amigas porquê? – eu arquei as sobrancelhas.

– Não é isso – as faces dele ficaram vermelhas – Tu estiveste com alguém? Com algum rapaz?

– Percy eu não vou falar disso com você!

– Prometes-te Annabeth! – ele insistiu.

– Não Percy não estive com ninguém… os rapazes de lá não são… bem… o meu género.

–Por quê? – ele perguntou suspreendido.

– Não sei… são safados de mais…

– Entendi. – olhei de relance para ele. Espantei-me ao ver um sorriso largo de orelha a orelha.

– Sempre me queres fazer companhia?

– Claro que sim Annie.

– Então aguenta. – eu saí do pé dele e fui até ao congelador (geladeira) . E tirei de lá o Gelado de Chocolate. Peguei duas colheres e voltei para o pé dele. Quando ele viu a embalagem azul sorriu.

– Acompanhas-me num ataque ao gelado? – perguntei sorrindo.

– Não precisas de perguntar! – ele disse me puxando para o pé de si. Gargalhei.