Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 3
Capítulo 3 - White Queen, Black King.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Aqui é o tio Denis falando. A Isa não havia terminado de betar o capítulo, então resolvemos postá-lo e ela faria as alterações depois. Se virem algum erro, por favor avisem! É de grande ajuda.

Aproveitem o capítulo, que está bem grandinho...



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– Bom dia, filha! - Carrie quase não reconheceu sua mãe no dia seguinte. Ela estava de jeans. Carrie nem sabia que a mãe tinha um jeans.

– Bom dia... - Disse, arregalando os olhos. - Mãe, você está... Diferente.

– Obrigada, eu acho. - Ela lhe estende uma sacola. - Comprei isso para você.

– O quê... Nossa. - A sacola tinha roupas novas. Roupas normais e bem distantes da realidade de saias sem graça e blusas de manga comprida que faziam parte da vida de Carrie. Se interessou principalmente por uma bela jaqueta de couro preta. Um par de botas de cano alto... Ficou sem palavras. - Quando foi que você teve tempo de comprar isso?

– Ontem à noite. Você já estava dormindo. É de se admirar a quantidade de lojas de roupas que ficam abertas depois das sete. Eu deveria estender o horário da lavanderia. Gostou? - Carrie fez que sim com a cabeça. - Bom, faça o que tiver que fazer e desça.

– Sim, mamãe. - Ela sai do quarto. Carrie toma um banho, escova os dentes e põe a roupa nova. Perdeu alguns minutos se admirando no espelho. Quando finalmente desceu, sua mãe a esperava para o café. Uma pilha de panquecas a esperava. Então era assim? Ser normal? Pela primeira vez desde que se conhecia por gente, elas não rezaram antes de comer. E conversaram, como uma família normal.

– Como está indo na escola?

– Tudo bem, mãe.

– Aconteceu alguma coisa nova recentemente que eu deva saber?

– Bem... - Uma parte de Carrie temia que se ela falasse de Jonathan ou de seus poderes, sua mãe surtaria e voltaria a ser o que era antes. Acabou optando pela notícia menos traumática. - Eu conheci uma pessoa.

– Sério? Quem, alguma menina do colégio? - Pergunta ela, logo após comendo um pedaço de panqueca.

– Na verdade, é um garoto.

– Oh... - Ela limpa a boca com um guardanapo. Parece tensa por um segundo. - Bem, depois eu gostaria de conhecer seu amigo. Você nunca teve muitos amigos... E eu sinto que isso é, em parte, minha culpa.

– Não é verdade... - Ela toma um gole de suco de laranja, enquanto olha para a mãe.

– Bem, de qualquer maneira é melhor nos apressarmos. - Carrie já havia terminado as panquecas, estava no último gole do suco. - Você não pode se atrasar, não é mesmo?

***

– Tenha um ótimo dia. - Ela lhe dá um beijo na testa. Ao menos isso não havia mudado, e ela não queria o contrário.

– Tchau mãe. - Ela destrava a porta, mas faz uma pausa. - Mãe... Importa-se se eu chegar um pouco mais tarde hoje?

– Que horas você quer voltar? - Ela pergunta. - Eu posso te pegar mais tarde, se quiser.

– Não, na verdade o meu amigo pode me levar. Temos que estudar algumas coisas. - Tecnicamente ela não estava mentindo. Ia estudar sobre suas habilidades.

– Ok então, mas não se atrase tudo bem? Quero você em casa antes das sete.

– Obrigada. - Ela sorri. - Tchau.

Ela sai, e respira fundo. Tudo estava indo bem até agora. Agora só tinha que encarar os colegas de classe. Ela sai do carro, e os olhares se voltaram imediatamente para ela. Ela tenta não pirar, e caminha até a entrada. John, que havia acabado de estacionar, chama seu nome.

– Carrie? - Ele desce da caminhonete. - Você está... Incrível. Vejo que as alterações de ontem deram certo.

– E se deram. - Ela sorri. - Tenho tanta coisa para te contar...

– Sou todo ouvidos.

– Oh... Você não trouxe o seu violão hoje.

– Por quê? Queria me ouvir tocar?

– Não, é que você é praticamente grudado com ele.

– Você me pegou nessa. - Ele coloca a mão livre no bolso do casaco. - Algum plano para hoje?

– Na verdade eu queria falar com você sobre isso. Eu gostaria de aprender mais sobre... - Ela olha ao redor, evitando os olhares indiscretos. - Você sabe o quê.

– Sei. - Ele olha ao redor. - Incomodada com os olhares?

– Um pouco.

– O que esperava? Você está deslumbrante.

– Obrigada. - Ela enrubesce. - Então, você pode me ensinar algo hoje?

– Sim. Mas sua mãe já sabe?

– Eu disse para ela que ia me atrasar. - Confessa. - Tenho de estar em casa ás sete.

– Ok então. Na minha casa, então.

– Na sua casa?

– É. Minha mãe não se incomodaria, ela está no trabalho. - Miss Desjardin passou por eles, dando meia volta para falar com Carrie.

– Carrie? Meu Deus! - Ela estava surpresa. - Você está linda.

– Obrigada. - Agradece ela. O sinal toca, e Miss Desjardin fala para eles irem para a aula, mas não antes de mencionar novamente o quanto Carrie estava bonita.

– Te vejo na aula de Física, White.

– Até lá. - Ela acena para ele, e segue para a aula de História.

***

– E então? Já se acostumou com os olhares? - Pergunta John, ao saírem no final da aula.

– Mais ou menos. - Confessa. - Não é muito legal ser observada o tempo todo.

– Bem, pode entrar. - Ele destrava o carro, e eles entram.

– O que eu vou aprender hoje? Levitar objetos? Arremessar objetos? Atrair...

– Hey, se acalme. Temos a tarde toda.

– Tem razão, é que...

– Você está super animada e etc. - Ele revira os olhos.

– Você estava lendo minha mente? - Pergunta.

– Não, adivinhei porque esse é o maior clichê de todos os tempos.

– Ok, espertinho. Estamos chegando?

– Mais uns cinco minutos.

– Temos tempo para uma de suas longas histórias?

– Talvez sim, talvez não...

***

– Chegamos. - Diz John, estacionando o carro.

– Nossa. - Carrie arregala os olhos ao ver a casa de John. Parecia uma mini mansão. - Sua mãe trabalha em quê mesmo?

– Psicóloga. - Responde. - Vamos entrar?

Ele abre a porta, e faz sinal para que ela entre. O piso de carvalho maciço incrivelmente lustroso serviria de espelho, se necessário fosse. As paredes, pintadas a mão de azul, com acabamentos em dourado, reluziam. Isso sem falar dos móveis de mogno, do sofá e poltronas confortáveis. Da televisão de tela plana na parede que se encontrava logo acima da lareira. Uma mesa de xadrez já montada se encontrava encostada á parede. Uma estante embutida na parede continha os mais diversos exemplares de livros, dicionários e catálogos. E essa era apenas a sala de estar.

– Se importa se eu tomar um banho antes de começarmos? - Pergunta John.

– Não, tudo bem.

– Se quiser tomar banho, temos um banheiro aqui em baixo. Tem toalhas limpas no armário.

– Não precisa.

– Bom, então eu já volto. - Ele começa a subir as escadas. - Sinta-se em casa.

Ela coloca a bolsa sobre a mesa que estava no pequeno corredor para a sala. Resolve explorá-la, e escuta o barulho de um chuveiro sendo ligado. Dedilha os exemplares nas prateleiras, muitos falando de psicologia e genética. Alguns livros clássicos, daquele tipo de trabalho escolar. Algumas enciclopédias e afins.

Ela observa alguns porta-retratos na mesa de café. Ela cuidadosamente os pega, de um por um. O primeiro mostra o que parecia ser um Jonathan mais novo, de dez ou onze anos. Uma mulher alta, loira e de incríveis olhos azuis o abraçava. Os dois davam sorrisos idênticos. Ela era muito bonita. Deveria ser sua mãe.

A segunda foto era ainda mais antiga. Um Jonathan bebê, com a mãe e com um homem que deveria ter sido seu pai. Careca, de olhos esmeraldas semelhantes aos do filho. Seu sorriso era emoldurado por um cavanhaque castanho. Eles pareciam tão felizes...

O som do chuveiro desligando e o bater de uma porta faz Carrie se levantar. Ela coloca os porta-retratos no lugar, e sobe as escadas.

– John, você já acabou?

– Sim. - Gritou ele. - Estou no meu quarto, segunda porta a esquerda.

– Está vestido?

– Sim.

– Ótimo. - Ela abre a porta, e vê suas costas nuas. Ele se vira, e ela tenta desviar o olhar. - Achei que tinha dito que estava vestido.

– E estou. - Retruca. Sua tentativa de desviar o olhar não funcionaria por muito tempo.

– Só... Veste logo a camisa.

– Tudo bem. - Ele a veste, e enquanto ele punha ela se permitiu uma espiadela. Ele era magro, mas tinha músculos. Mas não parecia se importar com isso, ao contrário de tantos outros atletas. Ele veste a camisa de mangas longas. - Vamos começar trabalhando o seu foco.

– Como?

– Que tal uma partida de xadrez?

Ela pareceu confusa, mas não relutou em acompanhá-lo para a sala de estar. Ele puxa uma poltrona para ela, que se senta.

– Como exatamente uma partida de xadrez vai me ajudar? - Pergunta ela.

– Bem, em primeiro lugar ela vai melhorar sua concentração e seu foco. - Ele se senta. – Segundo: você só pode mover as peças usando seus poderes.

– Mas e se eu acabar explodindo o tabuleiro?

– É aí que o foco entra. Não se preocupe com isso.

– Ok... Ok. - Ela respira fundo. - Quem começa?

– No xadrez, as brancas vão primeiro. - Diz, movendo um peão pelo tabuleiro. - Sua vez.

Ela demora alguns minutos para conseguir mover a primeira peça, com várias tentativas falhas que derrubavam todas as peças. John esperou pacientemente, e quando ela finalmente conseguiu, esboçou um sorriso.

– Ok... Agora sim podemos começar. - Algumas jogadas depois, o tempo de reação de Carrie para mover as peças foi diminuindo, se tornando algo quase automático. Apesar disso, não demorou muito para que John a vencesse. - Cheque-mate.

– Você é bom.

– Você também foi bem para uma principiante. E conseguiu mover as peças telecinéticamente. - Ele se curva, em um cumprimento. - Nada mal, hein?

– Se levanta John. - Ela ri.

– Ok. - Ele sorri. - Me ajude a colocar as peças no lugar.

– Pode deixar. - Com um aceno de mãos, as peças voam para seus lugares de origem.

– Agora você está se exibindo. - Diz ele, sarcasticamente. - Você quer que eu te leve para casa agora?

– Que horas são? - Ele checa o pulso.

– Três da tarde. Temos quatro horas.

– E o que você sugere?

– Primeiro, um lanche. E depois... Não sei.

– Que tal um filme?

– Cinema?

– Não, podemos ver um aqui mesmo.

– Vou fazer a pipoca. Por que não escolhe o filme? Eu já volto.

– Onde eu escolho?

– É só procurar na estante de CDs. - Responde John, da cozinha. Ele coloca a pipoca no microondas, enquanto Carrie procura por algum filme.

– Esse aqui é sobre o quê? - Ela lhe estende um DVD.

– Oh... Você vai adorar.

***

– Como é que um cachorro pode comer tanta coisa? - Pergunta Carrie, olhando para a tela da TV. - Ainda mais um colar de ouro. Para onde é que isso vai?

– Você ainda não viu nada. - Os dois haviam desistido do sofá e se sentaram no chão, John pega um punhado de pipoca. - E já vai descobrir aonde o colar foi parar.

***

Os momentos finais do filme. Carrie recosta a cabeça no ombro de John, lágrimas regando-lhe os olhos. Ele, por sua vez, acaricia-lhe os cabelos. E quando os créditos do filme começaram a rodar pela tela, Carrie levantou a cabeça.

– Droga de cão de liquidação. - Ela funga.

– Se achou isso emotivo, espera só até vermos Titanic. - Ele sorri. - Já são cinco horas. Quer que eu te leve agora?

– Vamos esperar dar seis horas. - Pede ela.

– E o que faremos até lá?

– Sua vez de decidir. - Insiste ela.

– Mas eu não sei o que fazer. – Retruca.

– Me surpreenda. - Diz ela. Ele sorri e liga a lareira. Senta-se novamente ao lado dela. Começou á cantarolar uma melodia calma e suave.

Carrie ouviu atentamente. Ela adorava ouvi-lo cantar. E ele não se incomodou quando ela apoiou a cabeça em seu ombro, e ficou olhando para as chamas na lareira. A música acaba, mas eles continuam assim por alguns minutos. Aproveitando o momento.

– Te surpreendi White?

– Já tive surpresas maiores. - Diz ela, sarcasticamente.

– É mesmo? - Ele a olha nos olhos, que brilhavam pela luz tênue da lareira. - E que tal essa surpresa?

Os dois se aproximam. Seus rostos á centímetros de distância, quando as luzes se acendem. Uma mulher alta, vestindo uma saia lápis preta com uma blusa azul, coberta por um cardigã branco os observava. Seus olhos azuis enjaulados em paredes de vidro com finas armações, que eram seus óculos. Os cabelos louros presos em um coque.

–Jonathan... - Ela diz, em um sussurro. - Não sabia que tinha convidados.

– Oi mãe... - Eles se entreolham, em silêncio. Ficam alguns segundos fazendo apenas expressões faciais. Carrie então percebeu que era uma conversa por telepatia.

Quem é ela, e o que está fazendo aqui?– Pergunta a loira.

Ela é minha amiga, Carrie. Ela também é uma mutante. Descobriu isso agora. - Responde ele.

Isso não responde minha segunda pergunta.

Estávamos treinando suas habilidades. Ela tem telecinese, com chance de desenvolver telepatia. - Diz. - Uma mutante de nível quatro.

– Cinco. - Corrige ela.– A última mutante com o tanto de poder assim foi...

Jean. - Ele respira fundo. - Eu sei. Mas ela não abriga o poder da Fênix.

Ela tem algum bloqueio psíquico?

Nenhum.

Ótimo, logo agora que...

O quê?

Depois eu te conto filho.

Ok então. E, mãe...

O quê?

Seja gentil.

Ela lhe lançou um olhar de indiferença, mas esboçou um sorriso.

– Então você é a Carrie de quem meu filho tanto fala?

– Sim, senhora Crane. - Carrie se levanta, e lhe estende a mão. - É um prazer conhecê-la.

– Frost. - Diz ela, apertando-lhe a mão. - Crane era o sobrenome do pai de Jonathan. Mas pode me chamar de Emma.

– É um prazer.

– Telecinese, não é?

– Sim, como você... - Ela olha para John, que aponta para a própria cabeça, em resposta. - Telepatia.

– Sim. - Ela cruza os braços. - Seus pais são mutantes?

– Minha mãe não é. - Diz ela.

– Deve ter herdado do pai, então. Jonathan deve ter lhe explicado algumas coisas. O pai dele era viciado em genética. - Ela sorri para si mesma, como se estivesse revivendo lembranças antigas.

– Eu vou deixar Carrie em casa agora, mãe.

– Sim, podem ir. - Ela olha diretamente para Carrie. - Se precisar de alguma ajuda extra em seu treinamento, não se incomode em me pedir. Apesar de você estar em muito boas mãos.

– Obrigada. - Carrie pega a mochila. - Vamos?

– Sim, vamos. - Jonathan capta uma última mensagem telepática de sua mãe.

– Conversaremos quando você voltar. E juízo.

***

– Sua mãe é bem legal. - Diz ela, já no carro. - Mas parecia um pouco tensa.

– Sim... - Ele vira a esquina. - Mas não era por sua causa.

– Como você sabe?

– Porque ela anda meio tensa depois que nos mudamos para cá.

– Por quê?

– Longa história...

– Você tem que parar com isso de longas histórias. - Ele ri. - Estou falando sério.

– Ok, senhorita White.

– E o quê vocês estavam "falando" quando ela chegou? - Ele retrai os ombros, tenso.

– Só o básico. - Ele tenta disfarçar com um sorriso. - Quem era você, o que estava fazendo lá... Se eu sabia que você era mutante... Coisas de mãe. - Ironiza. Pequenos chuviscos indicavam o começo de uma chuva, que ia engrossando conforme rodavam.

– Que péssima hora para chover, não? - Pergunta Carrie.

– Sim. - Ele volta sua atenção repentinamente para o volante. - Parece que o dia está cheio de maus momentos.

Carrie conseguiu ler as entrelinhas. Ela sente o rosto esquentar. Aquilo quase aconteceu, mas parte dela queria derrubar esse quase. Uma boa parte, aliás.

– Bem... - Ele estaciona logo em frente à casa de Carrie. - Chegamos.

– Obrigada pela carona. - Ela faz sinal para abrir a porta. - Tchau.

– Espera.

– O quê?

– Qual é a vantagem de poder controlar a água se não puder impedir sua melhor amiga de se molhar? - Ele abre a porta do motorista, e dá a volta. Abre a porta do passageiro e a ajuda a sair. - Madame.

– Há. - Ela o encara. - Como se você fosse um lorde.

– Eu sou um príncipe. - Ri, ele. - Fique perto de mim, assim você não vai se molhar.

– Pra quê guarda-chuva? - Ironiza. Seus corpos praticamente colados. Carrie olhou para cima, e viu as gotas de chuva desviarem seu curso, evitando molhá-los. Ele a olha nos olhos com uma cara de "cala a boca se não eu te afogo".

– Bem, você está segura, seca e em casa. - Diz, quando se separam na porta. - Meu trabalho está feito.

– Não quer entrar? - Pergunta ela. - Minha mãe mostrou interesse em te conhecer.

– Falou de mim para ela? - Ela confirma com a cabeça. - Vai ter que ficar para outro dia. Tenho que voltar para casa. Assuntos de mutantes. - Ironiza. - Tchau, White.

– Tchau, John. - Ele volta para o carro, acena para Carrie e dá meia volta.

Carrie entra e logo vê sua mãe, que a recebe com um sorriso e com uma grande refeição de hambúrguer com fritas.

***

– Mãe, eu voltei. - Diz John, pendurando o casaco no cabideiro. - Sobre o que queria conversar?

Ele encontra a mãe sentada em uma das poltronas da mesa de xadrez. As luzes apagadas, com exceção de um abajur cuja luz dava contorno ao seu rosto, dando certa dramaticidade à cena. Ela segurava algo na mão. Uma peça. Ela a joga para o filho, que a agarra no ar. Sua voz sai firme, mas com relutância.

– Psylocke me mandou uma mensagem. - Diz ela. - Shaw está vivo, e está nos procurando.

Ele abre a palma da mão, que lhe revela a peça que era a causa de ter fugido pelos últimos anos. Que era a causa da separação dos seus pais. Da morte de seu pai. De tudo o que dera errado na sua vida e mais.

O rei negro. Sebastian Shaw estava vivo, e viria atrás dele.


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Notas finais do capítulo

Até domingo!