Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 28
Capítulo 27 - Espionagem


Notas iniciais do capítulo

Quase que não sai. Tive problemas para postar de manhã. mas deu tudo certo. Ainda estou cumprindo os prazos semanais! Comemore mundo. Espero que gostem do capítulo. Se acharem algum erro, por favor, avisem. Eu revisei apenas pela caixa de texto do Nyah, mas alguma coisa pode passar despercebida.

P.S.: Já viram a capa nova? Duas horas de edição gente, me deem um feedback sobre ela.



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— Eu quero morrer. - Diz Daryl, sua regata encharcada de suor.

— Não vai demorar muito, acho que hoje Illyana está especialmente inspirada para nos matar de exaustão. - Diz Serena, limpando o suor da testa.

— Eu tenho fator de cura. - Diz Kate, exausta. - Mas de alguma forma, tudo está doendo.

— O fator de cura não ajuda na tolerância à dor. - Diz Helena, ofegante. - Ele só... Dane-se, vocês não estão nem escutando. Eu estou cansada demais para bancar a "sabe tudo".

— O que você falou? Eu parei de ouvir quando você disse "fator". - Diz John, se aproximando. - Ela não vai gostar dessa pausa coletiva.

— Um de nós vai ter que se sacrificar. - Diz Daryl. - Distrair Illyana enquanto os outros deitamos para morrer. E eu me incluí propositalmente pois nem fodendo serei eu.

— Levantem, seu bando de vermes! - Grita Illyana, percebendo os cinco quase no chão. - Não me façam mostrar para vocês o que é dor de verdade. Levantem-se! Para as esteiras, agora! - Murmúrios de desaprovação ressoam pela academia. - Parem de grunhir como se fossem zumbis, se vocês continuarem devagar do jeito que estão, eu vou ligar para a Fox e perguntar se eles precisam de mais figurantes para The Walking Dead.

— Eu até riria disso, mas meus pulmões doem. - Diz John, subindo na esteira.

— Você não sabe o que é dor! Reclamando feito senhoras de idade, na verdade acho que as próprias velhas seriam mais rápidas do que vocês! - Illyana aumenta a velocidade da esteira de Daryl para o máximo, e faz o mesmo com John e Serena. - Nada de flutuar, senhorita Bittencourt, ou eu prendo seus pés no chão. O mesmo vale para você, Isley.

— Quando poderemos parar? - Pergunta Kate, enquanto Illyana ajusta a velocidade de sua esteira.

— Quando eu disser que podem. - Corta Illyana, rispidamente. - Acham que músculos dão em árvores? Até mesmo os com habilidades de voar precisam de um bom condicionamento físico. Precisam saber correr, precisam saber lutar. Não podem depender sempre dos seus poderes. Um mutante despreparado é um mutante morto.

— Vamos nos juntar à esse mutante morto se não pararmos logo... - Resmunga Daryl.

***

Ao chegar em seu quarto, após o treinamento, o primeiro pensamento de John é o de se jogar na cama. Refuta a ideia após se lembrar do quão malcheiroso está. Rasteja até o banheiro, e enche a banheira de água morna. Submerge na banheira, deixando apenas seu rosto visível. Sentiu os músculos relaxarem com o calor e se sentiu bem. O treinamento com Illyana, de segunda à quinta, sempre o deixava exausto. Sexta era o dia do simulador, e tinha folga nos finais de semana. Sem falar dos turnos que fazia no Cérebro, diariamente, geralmente acompanhado de sua mãe, Psylocke ou uma das Stepfords. Estava fazendo progresso, lento, porém um progresso. Na verdade, seu turno iria começar em meia hora. Tinha tempo apenas de terminar seu banho e de comer alguma coisa. Sempre voltava faminto de seus turnos. O tempo passava depressa e ele nunca notava.

Resistiu à vontade de cair na cama ao sair do banheiro, com a toalha envolta em sua cintura, e foi se vestir. Escolheu uma calça jeans básica e uma camisa de mangas longas. Lembrou-se do quão frio era dentro da sala e pôs um casaco. Ainda cansado, calçou os sapatos e andou até o refeitório. Comeu uma grande fatia de lasanha, e pegou uma maçã de sobremesa. Illyana o mataria se ultrapassasse seu limite de calorias diárias, embora o pudim parecesse realmente tentador. Não viu nenhum dos amigos por perto. Provavelmente estavam dormindo. Os invejava por isso.

Sentou-se sozinho. A solidão acabou lembrando-o do quão deprimente era comer em um refeitório. Sempre se lembrava de se sentar com Carrie e de que nas terças, antigo dia do cachorro quente, ele dava metade de seu cachorro quente em troca do pudim de chocolate dela. Ela nunca foi muito chegada em doces...

— Ah... Oi John. - Diz Akio, aproximando-se com uma bandeja. - Posso?

— Claro. - Diz John, voltando para a realidade. - E aí cara, como vai?

— Bem. - Responde, sentando-se de frente para John. - Acabei de ver o Daryl saindo do quarto dele como se estivesse caminhando para a morte.

— Depois do treinamento que tivemos hoje, eu não o culpo. - Diz John, após mais uma garfada. - Illyana pegou pesado hoje.

— Eu imagino.

— Ela treina vocês também? - Akio faz que sim com a cabeça, sua boca cheia. - Eu vou precisar de terapia para esquecer as coisas que ela nos força a fazer naquele ginásio.

— Eu torno suas palavras as minhas. - Diz Akio. - Não poderia ter dito melhor.

Eles comem em silêncio, John termina primeiro e se levanta.

— Já vai? - Comenta Akio. - Deixou sua maçã.

— Vou levar comigo. - Responde John. - Farei mais um turno no Cérebro. Costuma demorar, então é bom ter algo à mão para matar a fome.

— Oh... Até mais, então. - Diz Akio, voltando sua atenção para o guardanapo que estivera rabiscando. John viu o que parecia ser uma formiga. Piscou, e ela já não estava mais no guardanapo, andando pela mesa. John sorriu e pôs-se a andar para fora dali.

***

— Jonathan Crane Frost, Nêmesis. Autorização concedida. - Diz a voz computadorizada. Finalmente Psylocke concedeu-lhe autorização para entrar no Cérebro sem ter que esperar pelo acesso. Ao entrar, não viu ninguém, então sentou-se e pôs o capacete. Automaticamente sentiu a onda de poder. Não havia se costumado com isso, mesmo depois de ter usado o Cérebro tantas vezes. Começou pelo seu tópico tradicional, Carrie. Não conseguiu vê-la novamente desde a primeira vez que usara a máquina. Não teve a mesma sorte hoje. Respira fundo, decepcionado. Ela estava dentro do prédio novamente, disso tinha certeza. Era um dos poucos locais que não conseguia acessar. Decidiu tentar algo novo. A tal garota com que Carrie andava, Jessica. Não tinha um sobrenome, mas tinha a aparência e sabia que ela estava em Nova York. Quantas Jessicas poderiam existir em Nova York?

— Muitas. - Murmurou para si mesmo. Começou à perder as esperanças, e então lembrou-se de um fator importante. - Mutante! É isso. - Chegou à dez resultados diferentes. Agora a questão era identificá-la. Uma análise nos perfis e... Bingo. Jessica McWings. John franziu o cenho, esse sobrenome lhe era familiar. A encontrou entrando em um pequeno café em Nova York, acompanhada de um outro mutante, homem. John vê um homem no balcão, e assume a mente dele.

***

— Joe, você está bem? - Pergunta a garçonete para John, que agora estava no corpo de Joe. - Sim... Stella. - Disse, após fazer uma rápida pesquisa na mente do homem. A voz dele era grossa.

— Oh, ainda bem. Você fez uma cara feia e levou a mão à cabeça. Achei que poderia ser um derrame. - Disse a garçonete. Só agora John percebera que era um senhor de idade. A garçonete parecia ter quarenta e poucos, ela e o homem deveriam ser amigos de longa data para ela expressar tal preocupação.

— Você se preocupa demais. Eu estou velho, mas não estou morto.

— Esse é o Joe que eu conheço. - Ela sorri, enchendo o copo de John com café. - Oh, tenho que atender o jovem casal que acabou de entrar. Espere um segundo.

***

— O que vão querer? - Perguntou a garçonete à Jessica que, após uma rápida olhada no menu, decidiu-se. - Um pão doce e café, por favor.

— O mesmo. - Disse Ethan. A garçonete sorri e se afasta. - Por que me chamou aqui?

— Precisamos conversar. Eu preciso saber se você sabe... - Sussurra Jessica.

— Espere, me deixe procurar por câmeras e escutas primeiro. - Ethan fecha os olhos por alguns segundos. Jessica revira os olhos. - Uma câmera apenas, voltada para a entrada. Ninguém está usando escutas... Tudo limpo.

— Claro que está. - Resmunga Jessica. - Achou que eu fosse nos levar para uma armadilha? Que tipo de idiota você pensa que eu sou? Não responda.

— Ok... - Um homem falando ao celular se senta à uma mesa de distância dele. - Mas poderia ter escolhido um lugar mais discreto.

— O que queria que eu escolhesse, um beco? - A garçonete volta, com o pedido dos dois.

— Aqui está. - Diz ela, enchendo as canecas de café. - Se quiserem mais café, o refil é gratuito. Tem açúcar perto dos guardanapos.

— Obrigado. - Diz Ethan, servindo-se de um gole. A garçonete se retira. - Então...

— Você... - Jessica olha ao redor e se aproxima, apoiando-se na mesa. - Você sabia do ataque à S.H.I.E.L.D. próxima semana?

— Eu ouvi boatos. - Admite ele. Jessica dá uma mordida no pão. - Parece que é um lance "uma mão lava a outra". Para fornecer apoio total ao Hellfire Club, a Hidra quer que Shaw e Selene forneçam pessoal para um ataque à S.H.I.E.L.D. Não sabia que havia sido decidido. Onde ouviu isso?

— Eu e Carrie escutamos uma conversa entre Shaw e Selene. - Diz ela. - Eu acabei usando o seu truque do telefone. Quem diria que passar algum tempo com você seria útil...

— Assim você me deixa encabulado. - Ironiza ele, tomando mais um gole de café. - Era só isso que queria falar? Pois seria uma pena sair daqui antes de eu terminar o meu pão doce.

— Não, não era apenas isso. - Jessica toma um gole de café. - O que sabe sobre Cassandra Nova?

— O tanto quanto você. - Rebate ele. - Careca, telepata, poderosa.

— Sim, mas sabe onde ela está?

— Não, por que eu saberia? Ela não faz parte da Hidra. - Diz, dando uma mordida em seu pão doce.

— Carrie e eu achamos que ela pode ter apagado algumas memórias de Carrie, à mando de Selene e de Shaw. - Diz Jessica, tensa.

— Nossa. - Ethan ergue uma sobrancelha. - Eles podem estar tentando esconder alguma coisa.

— Duh... Isso é óbvio. - Jessica revira os olhos, apoiando a cabeça sobre sua mão, segurando sua caneca de café com a outra mão.

— Não sei onde ela está, mas posso tentar achar algo nos arquivos do prédio quando ninguém estiver me olhando.

— Faria isso por mim?

— Apesar de tudo, sim. - Suspira. - Você é uma das poucas pessoas em quem posso confiar depois do que aconteceu na França.

— Obrigada. - Diz Jessica, relutante.

— Temos tempo para mais uma xícara de café. - Diz Ethan. - Antes que você ataque o meu pão doce...

***

John retira o capacete, atordoado com todas as informações que conseguira ouvir. Mesmo tendo tido que falar no celular desligado, conseguiu escutar tudo.

— John? - Psylocke se desconecta, apreensiva. John não percebera que ela estava ali, e se assustou. - Acalme-se, sou apenas eu. O que você descobriu?

— Haverá um ataque na S.H.I.E.L.D. - Psylocke arregala os olhos, John continua. - Precisamos falar com Nick Fury.


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Notas finais do capítulo

Até próxima segunda!



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