Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 27
Capítulo 26 - Lavagem Cerebral.


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, o capítulo. Voltamos para o Hellfire Club pessoal, espero que gostem.



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Carrie acordou no dia seguinte com Jessica sentada na borda de sua cama. Após um breve susto, pegou um de seus travesseiros e jogou na garota.

— Bom dia para você também. Ou, melhor dizendo, tarde. - Diz. - Para uma garota tão pequena você dorme bastante.

— Tarde? Que horas são? - Carrie se levanta e olha para o despertador. - Mas que... Já são três da tarde? Eu perdi o almoço?

— Garota, você não aprende mesmo, não é? - Jessica bufa. - Você é a filha de Sebastian Shaw, se você fosse no Mc. Donalds e pedisse uma sopa, eles teriam que fazer para você.

— Você fala como se não tivesse tais privilégios. - Rebate Carrie.

— E não tenho. - Diz Jessica. - Pelo menos, não no Mc. Donalds. Mas eu consigo coisas bem interessantes no Pizza Hut.

— Ha ha. - Carrie vai até seu banheiro particular. - Eu acho que vou tomar um banho e pensar no que eu quero que o Mc. Donalds prepare para mim.

— Você está sendo irônica? Porque eu consegui um milkshake de bacon e xarope de bordo no Burger King um dia desses. E sanduíche de salmão. - Diz Jessica, deitando na borda da cama, impaciente. O barulho de água caindo indicou que Carrie já estava no banho. - AAAAH... Que tédio.

— Você vai ter que aguentar o seu tédio. - Diz Carrie, sua voz abafada pelo barulho do chuveiro e pela porta fechada. - Não vou negligenciar minha higiene pessoal para você não ficar sozinha por cinco minutos. Não tenho culpa se você é carente por atenção.

— Vai se foder. - Jessica ri, se remexendo na cama pelos próximos cinco minutos que se passaram. Quando ouve a porta se abrindo, observa apenas a mão de Carrie se projetar para fora do banheiro. Com um movimento, ela abre a porta do closet. Um vestido, um cinto e um par de botas levitam de lá até o banheiro. Um pouco depois, Carrie sai do banheiro completamente vestida.

— Aleluia. Vamos comer. - Diz Jessica, arrastando Carrie para fora do quarto.

— Eu ainda não sequei o cabelo... E você não almoçou? - Pergunta Carrie, parando na porta.

— Nunca recuse um prato de comida. E você tá ótima. - Diz Jessica, indo até a cabeceira de Carrie, para pegar uma escova. Jessica começa a pentear o cabelo de Carrie, por vezes arrancando grunhidos, e cabelo, da loira.

— Ai! Você quer me deixar careca? - Pergunta Carrie, levando a mão à cabeça.

— Certamente pouparia muito o seu tempo. - Rebate, jogando a escova na cama. - Pronto, vamos.

***

Saíram do prédio e pegaram um táxi. Entraram em um dos restaurantes mais caros e sofisticados de Nova York. Jessica fez questão de enfatizar de quem Carrie era filha. Os chef's da cozinha ficaram apreensivos ao atender os pedidos de Jessica e Carrie. Apenas um erro e mais do que suas carreiras iriam por água abaixo. Carrie não percebera a apreensão, de qualquer maneira. O frango estava delicioso, fez questão de agradecer o chef que o preparou, causando um alívio por parte da cozinha.

— Faz tempo que eu não comi algo tão bom. - Diz Carrie. - Que tal uma sobremesa?

— Eu topo. - Diz Jessica. - Você escolhe.

— Bem, o que o chef recomenda? - Pergunta Carrie ao garçom designado especificamente à sua mesa. Ele estava visivelmente nervoso.

— O crème brûlée é a especialidade do chef. - Disse, trêmulo.

— Dois, então. Obrigada. - O garçom se retira. Jessica ri. - O que foi?

— Você tinha que ver a aura desse pessoal. - Diz ela. - Eles estão tão nervosos que parecem que vão explodir.

— Bem, você conhece meu pai. De fato, eles irão se acontecer algo errado. - Jessica mudou sua posição na cadeira, surpresa.

— Uau, olha só. Acho que você realmente tem algumas pedras no seu saco de batatas. - Ironiza Jessica, seu olhar tornando-se meio preocupado. - É um pouco estranho, o fato de você mudar de atitude tão repentinamente. Eu vejo isso na sua aura também, você vai de zero à cem em alguns segundos.

— E isso é um problema por quê? - Pergunta Carrie, um pouco desconfortável.

— Sei lá, só é estranho. - Jessica dá de ombros. - Como um transtorno de dupla personalidade ou algo do tipo. Você sabe quando isso começou?

— Bem... acho que foi um pouco antes de eu vir para cá.

— Para cá, o restaurante, ou para Nova York?

— Nova York.

— Oh... Foi quando você entrou no modo super sayajin e matou aquele pessoal. - Carrie olha para o chão, seu desconforto aumentando. - Hey, quem sou eu pra julgar. Eu mesma já tive minhas mortes.

— Sério? - Carrie franze o cenho.

— Ah, pare de agir como estivesse surpresa. Embora eu tenha sido bem mais discreta do que você. E também foram por vingança. - Ela gira o canudo da sua bebida no copo. - E antes que você pergunte, eu não vou falar disso agora. Não aqui.

— Justo. - O garçom retorna com as sobremesas. - Obrigada, parece delicioso.

— Aliás, eu percebi que você é meio fechada nesse assunto. - Continua Jessica, depois que o garçom se retira. - E não acho que seja por causa das mortes.

— Para falar a verdade, eu não me lembro muito daquela noite. - Diz, após ficar algum tempo olhando para o seu crème brûlée. - Apenas de estar coberta de sangue, de perder o controle e...

— E... - Jessica engole o que restou da sua colherada da sobremesa. - Oh, espera um segundo. Eu vejo uma alteração... rosa em um tom bem cinza e um pouco de azul... Você está confusa, um pouco assustada e... Oh, tem homem no meio.

— Não! - Carrie volta sua atenção para a sua sobremesa, comendo densas colheradas.

— Ah, é uma mulher. - Carrie se engasga. - Não, tudo bem. Até eu gosto de puxar um velcro de vez em quando.

— Meu Deus, acho que eu vou vomitar. - Carrie toma um gole da sua água. - Era um cara, tudo bem?

— Há, eu sabia. - Riu Jessica. - E não vomite, você perderia um ótimo crème brûlée. Então, por que se lembra dele?

— Eu só sei que ele me magoou, muito. Ele me deixou.

— Tinha alguma vagabunda no meio? - Pergunta.

— Não, eu acho que não. Como eu te disse antes, eu não me lembro de todos os detalhes. - Carrie termina sua sobremesa. Jessica já a havia terminado.

— Bem, vamos pagar e dar o fora daqui. - Jessica ergue o braço, e o garçom vem rapidamente. - Nós queremos a nossa conta agora.

— Agora mesmo, senhorita. - O garçom sai. Carrie engole uma risada ao perceber o quão aliviado ele está. Ela olha para Jessica, que tem um meio sorriso estampado no rosto. Ela também percebeu. Após pagarem a conta, míseros quatrocentos dólares, elas se levantam e vão embora.

 

***

Elas saíram do táxi, adentraram o prédio e seguiram direto para o elevador. Por volta do décimo andar, uma parada.

— Oh, olá novamente Ethan. - Diz Jessica, enquanto o jovem de cabelos negros entrava. - Me surpreende que ainda esteja aqui, achei que estaria ocupado sendo um rato de laboratório na Hidra.

— Olá Jess, encantadora como sempre. - Ele aperta um botão um andar abaixo do das garotas. - Oh, espere... Não devia estar lustrando o chão por onde Selene pisa?

— Vai se foder. - Rebate ela. O silêncio se segue por alguns segundos.

— Algo me diz que vocês são bem amigos. - Carrie interrompe o silêncio. Jessica dá uma risada debochada.

— É um jeito de se interpretar. - Ethan continua. - Nos conhecemos já faz um bom tempo.

— É, infelizmente. - Murmura Jessica.

— E o que estavam fazendo desacompanhadas? - Pergunta ele. - E se vocês fossem sequestradas ou algo do tipo?

— Só fomos almoçar aqui perto. - Diz Carrie. - E não precisamos de segurança.

— Muitos chefões do crime podem querer botar a mão em você. - Continua. - Sendo filha de quem é.

— Exatamente por isso que não se metem com ela, seu idiota. - Jessica respira fundo. - Eu não sei o quanto esses chefões acham que são malvados, Shaw é pior.

— Nunca se sabe. - Rebate ele.

— E mesmo se fossem estúpidos o suficiente para tentar encostar em nós, perderiam a mão antes de conseguirem. - Continua Jessica. - Ninguém mexe com duas mutantes super poderosas.

— Até parece. - A porta do elevador se abre. - Bem, esse é o meu andar. Eu poderia dizer que foi um prazer revê-la, Jessica, mas sabemos que é mentira. E até a próxima, Carrie.

— Até. - Ela acena levemente para ele. As portas do elevador se fecham.

— Irritante. Boçal. Idiota. - Resmunga Jessica.

— Ele não me parece ser tão ruim assim. - Comenta Carrie.

— Não com você, pelo menos.

— Vocês têm uma história, não têm? - Pergunta Carrie, as portas do elevador se abrem novamente e as duas saem. - Eu adoraria saber como essa rixa começou.

— É uma longa história. - Diz Jessica. Carrie franze o cenho. - O que foi?

— Nada, só um déjà vu. - Carrie balança a cabeça. - Onde é que eu já ouvi isso antes?

— Como eu vou saber? Não é exatamente uma frase incomum... De qualquer maneira, não é hora para isso. - Ela fica na frente de Carrie e faz um meneio com a cabeça em direção á porta da sala, que estava entreaberta. Carrie olha para ela, discretamente, e vê seu pai conversando com Selene.

— Eu não consigo ouvir nada. - Diz.

— Muito menos eu. - Diz Jessica. - Só consigo imaginar do que eles estão falando. Algo sobre a Hidra, eu acho.

— Nós vamos descobrir. - Disse Carrie, confiante.

— Essa é a atitude que eu adoro. - Jessica olha ao redor. - Para a cozinha, agora.

— Não é hora para fazer um lanche!

— Nem tudo na minha vida se resume à comida. - Jessica revira os olhos. - Eu tenho um plano.

***

— Aonde você aprendeu a fazer isso? No F.B.I.? - Pergunta Carrie, ao ver Jessica desmontando habilmente o interfone da cozinha e cruzando alguns fios.

— Na verdade, Ethan me ensinou. - Diz Jessica, levemente corada. - Ele é um tecnopata.

— Oh... E o que isso vai fazer?

— Supostamente vai permitir que escutemos a conversa por meio do telefone da sala. - Ela suspira. - Ou me eletrocutar... Pronto. Eu não morri, ótimo. Agora eu só preciso que você use a sua telecinese para apertar o botão do meio do telefone da sala.

— Carrie olha por cima do ombro, fecha os olhos e faz um gesto com um dedo. - O telefone da cozinha começou a emitir som, claro como a luz do dia.

—Eu não sei se consigo manter isso por muito tempo, Sebastian. - Disse Selene.

—Não é a hora certa. - Responde Shaw.

— Nunca vai ter uma hora certa. Eu já escondi isso por dezessete anos. Dezessete! - Selene se exalta, e o barulho de algo se quebrando pôde ser escutado.

— Lá se vai o vaso Ming... Você deveria se acalmar. - Shaw limpa a garganta.

— Por que você pôde contar e eu não? Ela tem o direito de saber.

— Não é tão simples. Você se lembra do que Cassandra falou, tudo o que planejamos para ela pode ir por água abaixo. - Shaw parecia extremamente calmo, ao contrário de Selene. -Ela pode se lembrar de tudo.

— E o que aquela velha sabe? Isso não faz nenhum sentido!

— Pense Selene! - A voz de Shaw saiu firme. - Cassandra disse que qualquer choque poderia abalar toda a mente de Carrie. Os bloqueios que ela preparou, as memórias que alterou, tudo cairia como um castelo de cartas.

— Assim que as pesquisas com a Hidra terminarem e a S.H.I.E.L.D. ter sido obliterada, próxima semana, como prometido à Víbora, eu contarei para ela. E então acabaremos com Emma e a escória dos X-Men.

— Eu ainda acho que você está se precipitando...

— Bem, eu não me lembro de ter te dado uma opção. - O barulho de passos apressados pôde ser ouvido.

— Selene... Selene! - O som de uma porta abrindo e fechando assustou Carrie. Jessica mordeu o lábio inferior e colocou o telefone da cozinha no lugar.

— Então... Nossa. - Jessica estava sem palavras, Carrie olhava para um ponto fixo no chão, perdida em seus pensamentos.

— Quem é Cassandra? - Pergunta Carrie.

— Cassandra Nova, provavelmente, uma telepata Ômega super poderosa. - Responde Jessica, tensa.

— E onde eu posso encontrá-la?


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Notas finais do capítulo

Tan tan TAN... Hehe, até segunda!



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