Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 21
Capítulo 20 - A próxima geração.


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Aqui está o último capítulo da primeira parte da história. Espero que gostem. A ficha estará nas notas finais. Peço à vocês duas semanas. Principalmente porque temos que receber e avaliar as fichas (Divulgarei no grupo do Nyah no Facebook, então estou esperando um flood). Mas desde já deixo avisado que o próximo será um bônus da Carrie. De agora em diante, os capítulos se alternarão entre Hellfire Club/Instituto.

Bom proveito, vejo vocês em breve!



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– O quê?! - Daryl grita, espantado. - Cara, isso é incrível!

– Você é um Ômega. - Helena sorri, abraçando-o. - Eu estou me corroendo de inveja por dentro, mas ao mesmo tempo estou tão orgulhosa de você. Parabéns.

– Deve ter tido algum engano, eu nem sei como. - John franze o cenho, Helena se afasta. - Quero dizer, apenas algumas das minhas habilidades são altas.

– Não é só isso que conta, John. - Diz Helena, apontando para a folha nas mãos do amigo. - Ômegas não são apenas poderosos, mas também evoluem mais rápido. Conforme avançamos em uma habilidade, desbloqueamos novos poderes. Viu quantos você tem se comparado conosco? Isso também é levado em conta.

– Mesmo assim, eu... - John é interrompido pelo som dos auto falantes. A voz de Kitty ressoou por todo o Instituto.

– Atenção alunos que passaram pelos testes no simulador. Dirijam-se para o ginásio.

– Os testes estão errados. - Diz John, enquanto caminhavam. - Vocês vão ver...

***

– Obrigada a todos por comparecerem tão rápido. - Diz Kitty, se postando no centro do ginásio. Todos os presentes na batalha em Chamberlain se postavam em uma linha atrás dela, incluindo os Vingadores. Os estudantes se postaram na outra metade do ginásio. - Todos vocês têm conhecimento sobre os acontecimentos em Chamberlain. Alguns de vocês até estiveram lá.

– Valeu pela indireta. - Sussurra John, alto o suficiente apenas para Daryl e Helena ouvirem.

– Avaliamos vocês para saber quem está preparado para lutar conosco caso isso ocorra novamente, no Instituto. - Continua Magik. - Temos total confiança em vocês, e se alguém quiser se retirar agora e se isentar dessa responsabilidade, faça isso agora. - Ela espera alguns segundos, mas ninguém se move, uma resga de sorriso aparece em seu rosto. Orgulho, talvez? - Ótimo.

– Vamos dividir vocês em três esquadrões. - Continua Psylocke. - Os que tiraram como classificação geral Épsilon à Gamma, ao lado de Gambit e Vampira.

Cerca de um quarto dos ali presentes se movem.

– Betas, ao lado de Kitty e Magik. - Continua. Mais da metade dos restantes se retiram. John olha para os restantes pelo canto de olho. - Agora, vocês, Alfas venham para o meu lado e de Emma.

O restante se move, com exceção de John e uma garota. Os olhos dele se encontram com os olhos violetas de Serena Bittencourt, e logo desviam o olhar. Psylocke ergue uma sobrancelha.

– Eu disse para os Alfas virem aqui.

– Eu não sou um Alfa. - Diz John. Uma onda de sussurros se espalha pela sala.

– Eu também não. - Diz Serena.

– Então, isso quer dizer... - Emma franze o cenho, rolando os olhos de John para Serena.

– Acho que já está bem óbvio, m'on ami. - Diz Gambit.

– Eles são Ômegas. - Complementa Vampira.

– John... - Emma abre a boca, quase como um sussurro.

– Isso foi inesperado. - Diz Tony. - Sem ofensas, claro.

– Vocês dois, para a minha sala. Agora. - Diz Kitty. - Os encontrarei lá daqui a pouco.

Os dois caminham até a porta mais próxima, e saem dali.

***

– Acho que não esperavam por essa. - Diz Serena, suspirando. Os dois estavam sentados na sala de Kitty, tensos.

– É. - John tentava evitar o olhar de Serena, que tentava constantemente encontrar o seu.

– Vai continuar me ignorando? Por que eu posso simplesmente ficar calada se estiver te incomodando. - Diz ela, finalmente.

– Não, não! Desculpe. É que... - John suspira. - Minha vida tem estado um caos agora.

– Olhe só quem está dizendo frases completas. - Ela sorri brevemente. - Bem, sinto muito por isso. Eu me pergunto o que vão fazer conosco.

– Nos colocar com os Alfas, talvez. Não sei para quê todo esse drama por causa de nós dois.

– Bom, nós dois temos... Dezessete anos? - Pergunta ela, John confirma com a cabeça. - E atingimos o maior nível que um mutante pode ter, sendo que muitos passam anos tentando chegar perto de onde estamos... Acho que é um bom motivo para um alarde.

– Quando você coloca assim... - John limpa a garganta. - Quais foram suas classificações?

– Fumocinese e Oxicinese nível Alfa, Aerocinese e Hemocinese nível Beta e Mimetismo de Medusa nível Alfa.

– Isso quer dizer que você transforma pessoas em pedra?

– Não. - Ela abre um meio sorriso. - Mas posso fazer isso.

Os olhos dela adquirem um tom amarelo veneno, e seus cabelos transformam-se em diversas serpentes.

– O que acha? - John se afasta dela em um pulo. Ela sorri tristemente. - É por isso que não o uso muito. Meio que assusta.

– Sim. - Ela volta ao normal. - E o que seria a Hemocinese?

– Outro poder que eu não uso. - Suspira. - Eu controlo o sangue. Forçar pessoas contra sua vontade, de forma dolorosa. Posso explodir veias, artérias, fazer corações literalmente se partirem com a pressão. Sinceramente eu odeio meus poderes.

– Você não deveria...

– Como não? - Ela bufa. - Meus poderes só servem para matar. Ácido, sangue, fumaça, cobras...

– A questão é como você os usa, certo? - John a encara. - Não escolhemos nossas mutações.

– Para você é fácil falar. Telepatia, Hidrocinese, Criocinese... Poderes úteis para mais do que matar.

– Aerocinese é útil... Fumocinese também, pode paralisar ou encobrir aliados. - John pensa por um segundo. - Que eu me lembre, Mimetismo de Medusa te dá regeneração, e controle sobre cobras. E algo sobre mudar a cor da pele...

– Pele, cabelos e olhos. Sim. - Ela sorri. - Valeu por tentar me animar. E se quiser um conselho sobre sua vida, mantenha as pessoas que você ama perto de você, elas vão te apoiar no que você precisar. Mas no final, o único que pode se salvar dos seus problemas é você.

– Isso foi bem útil, e sombrio. - John abre um meio sorriso.

– Anh desculpe, esqueci de mencionar que sou uma emo-gótica-vampira-dark-punk-depressiva. - Ela ergue uma sobrancelha, os dois soltam uma risada abafada. E então Kitty atravessa a porta, Emma e Psylocke entram em seguida.

– Decidimos o que fazer com vocês. - Diz Kitty. - Na verdade, temos duas opções.

– A primeira, vocês entram para os Alfas, como co-líderes. - Diz Psylocke. - E a segunda...

– Vocês podem fazer parte de uma equipe separada. A "elite". - Continua Emma. - Poderão selecionar mais três integrantes de quaisquer outros grupos. Queremos montar um grupo separado. A próxima geração dos X-Men.

– E por que nós? - Pergunta Serena.

– Vocês são Ômegas, e ambos têm dezessete anos.- Diz Kitty. - Estão mais do que prontos.

– Não podemos exigir que aceitem, de qualquer maneira. - Acrescenta Psylocke. - Na verdade, poderíamos, mas queremos dar essa escolha para vocês.

– Nós... - John encara Serena brevemente. - Eu aceito a segunda, desde que Daryl e Helena estejam dentro. Não tenho nenhum problema com quem será o quinto.

– Senhorita Bittencourt? - Instiga Kitty.

– Eu... Também aceito a segunda, desde que eu escolha o último integrante, mas eu recuso a posição de liderança.

– Segunda no comando, então. - Diz Emma, Serena pensa por um instante, e acena positivamente com a cabeça.

– Por mim tudo bem. - Diz John. - Quem você tem em mente?

– Katherine Worthington Kinney. - Diz ela.

– A filha de Anjo e X-23? - Kitty ergue uma sobrancelha. - Por quê?

– Ela é uma Alfa, tem poderes de cura, regeneração e unhas afiadíssimas, por assim dizer. - Ela sorri. - Além disso, ela é minha amiga. E John pôde escolher os outros dois.

– Justo. - Diz John. - Acabamos?

– Só mais uma coisa. - Diz Kitty. - Mantenham essa última parte da conversa apenas entre vocês e os três que escolheram. Estão dispensados das aulas comuns e receberão treinamento exclusivo. Além de participarem em pequenas missões sob observação. Estamos de acordo?

Os dois assentem com a cabeça.

– Dispensados. - Diz Psylocke.

Serena se retira, John faz menção de sair, mas Emma o ampara.

– Estou tão orgulhosa de você! - Ela o abraça.

– Mãe... - John cora levemente.

– Não se preocupe conosco, já íamos fazer a mesma coisa. - Diz Psylocke. - Ômega... Céus, até parece que foi ontem que eu te ensinei a usar uma espada.

– Você fez o quê!? - Exclama Emma, separando-se de John. Psylocke o abraça.

– Ele tinha dez anos, já era grande o suficiente.

– Não quero brigas aqui, por favor. - Diz Kitty, sorrindo. - Temos motivos para comemorar hoje.

– Não estou muito em clima de festas. - Diz John.

– Um jantar então, para os íntimos. - Sugere Emma. - Nos jardins.

– Se eu disser que sim, acabamos por aqui?

– Sim.

– Então vamos nessa... Vejo vocês no jantar.

Ele se retira da sala.

***

– Caramba, é isso que sua mãe considera um jantar para os íntimos? - Diz Daryl após ver as três grandes mesas unidas nos jardins. Ele usava uma blusa social branca e calças jeans.

– Acho que sim, mas tenho que admitir que esperava mais gente. - Diz John, que trajava uma blusa social verde e calça brim preta.

– Bem, eu adorei o local. - Diz Helena. O vestido azul que usava chegava em seus joelhos. - Bem natural.

– John! Aí está você. - Emma os recebe. Usava um esvoaçante vestido branco. - Venham se sentar, estão todos aqui.

– Todos os "íntimos", não é mesmo? - Ironiza John. Emma finge não ouvir, mas revira os olhos.

– E aí garoto. - Logan o cumprimenta, quando ele senta ao seu lado.

– E aí velhote. - Logan ri da velha piada interna dos dois. E dá um leve soco no ombro de John. Helena senta-se do outro lado de John, e Daryl ao lado dela. - Como vão as coisas?

– Bem... - Responde Logan, entre um gole de cerveja. - Soube do que aconteceu em Chamberlain.

– Nada pelo qual você não tenha passado.

– Verdade. Então, aceite o conselho de um "imortal", tudo tende à piorar.

– Nossa, obrigado pela bela lição de vida.

– E foi de graça. - John abre um meio sorriso. Seu olhar se volta para Serena Bittencourt, que se aproximava da mesa junto à uma garota de cabelos negros encaracolados e pele pálida. Seus vítreos olhos azuis pareciam faróis na escuridão.

– Oi John, que belo jantar estão dando para nós hein? - Ela sorri. - Oh, e está é Kate.

– Anh, oi. - John acena para ela. - Esses são Daryl e Helena.

– É um prazer. - Diz Kate, sorrindo. - Agora se me dão licença, fazem semanas que não vejo meus pais... E gostaria de sentar ao lado deles.

Ela corre até o casal que se encontrava num dos cantos da mesa, o loiro com longas asas brancas abraça a filha, a mãe, com cabelos lisos do mesmo tom dos da filha, faz o mesmo.

– Tenho que ir. - Diz Serena. - Foi bom conhecer vocês, nos vemos em breve... Certo?

Ela sorri, e vai se sentar ao lado da amiga.

– São elas que vão trabalhar conosco? - Pergunta Daryl. - Parecem legais.

– É verdade. - Diz Helena. - E vai ser bom ter alguma garota para conversar. Não posso falar de menstruação ou cólicas com vocês.

– Obrigado por isso. - John ri. Seu olhar roda a mesa, repleta de rostos conhecidos. Natasha e Steve riam juntos em um canto. Stark e Thor conversavam sobre alguma coisa. Illyana tomava uns goles de bebida com Logan, enquanto Kitty conversava com Ororo e T'Challa. Gambit, Vampira, Psylocke...Laura, Warren, Hank... Até as Stepford estavam ali. John sorriu. Era bom ver todos ali. Reunidos, celebrando. Como uma grande e imperfeita família, mas sua família.

– Atenção, todos. - Emma, que até então conversava com Psylocke, levanta sua taça para um brinde. - Antes de começarmos o jantar, eu quero propor um brinde à nova geração de X-Men, que está começando a se formar hoje. John, Serena, Daryl, Helena e Kate são os primeiros dos muitos que virão assumir nossos lugares. Que eles façam um trabalho melhor do que o nosso.

O tilintar de taças ecoou pelo jardim, e o jantar foi anunciado.

***

– Acho que o John deveria tocar uma música. - Diz Helena, após todos terem terminado a sobremesa. Uma onda de concordâncias e risinhos pôde ser ouvida. John cora.

– Eu não sei, a minha garganta não está muito boa... - Começa.

– Meu pai e eu podemos curá-la. - Diz Kate. Anjo confirma com a cabeça.

– Meu violão não está aqui... - Magik atravessa por um portal e volta segundos depois com o violão em mãos. Ela o estende para ele.

– Acabaram as desculpas? - Pergunta ela, sorrindo de lado.

– Acho que sim. - John pega o violão. - Perdoem-me se eu estiver um pouco enferrujado. Já faz certo tempo.

O silêncio perdura por alguns segundos, antes que as primeiras notas fossem dedilhadas. As palavras saíam arrastadas e dolorosas, era óbvio o assunto da música. Carrie. John imaginava como haviam sido os últimos dias para ela, no Hellfire Club. Preocupava-se com o fato de ela poder estar sendo mantida contra sua vontade, ou pior, por vontade própria. Agora, com a nova equipe se formando ele ainda teria que tomar decisões importantes. Ele era o líder, Serena havia deixado isso claro. Mais um fardo em seus ombros, dentre outros que gostaria de esquecer. Independente disso, Carrie havia se tornado seu objetivo. Dane-se a guerra. Ela era sua motivação principal. E ele a resgataria da escuridão, como fez antes. Tantas vezes quanto fosse necessário. Porque ela era parte de seu mundo, e ele a amaria, não importa o que acontecesse.

FIM DA PRIMEIRA PARTE.


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Notas finais do capítulo

LINK PARA AS FICHAS:
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