Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 20
Capítulo 19 - Testes.


Notas iniciais do capítulo

Olá, jogo rápido hoje. Mais um capítulo para vocês e etc, etc.
Quanto às fichas, explicação nas notas.
Boa leitura!



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– Atenção classe. - Psylocke entra na sala de aula. Os diversos jovens mutantes se dispersam e voltam para seus devidos lugares. - Teremos um teste surpresa para vocês hoje, embora alguns de vocês já saibam. - Ela encara John, que se encolhe.

– De que se trata? - Pergunta Helena após beliscar o braço de Daryl, que tentava puxar conversa com John.

– Vamos reavaliar os níveis de seus poderes de acordo com a escala epsilon-ômega. - Responde ela. - Estamos fazendo isso apenas com as turmas mais avançadas por enquanto. Não se preocupem com seus resultados, eles não definem vocês. Sempre se pode treinar para passar de nível. Após todos realizarem o teste, receberão uma folha que enumera suas mutações já com seus níveis e respectivos atributos. Vocês serão chamados um a um, por ordem alfabética e sobrenome. Daí entrarão no simulador onde serão testados enquanto os outros ficam na sala de espera. Eu e um grupo de professores e avaliadores externos vamos classificá-los. Perguntas?

– O que temos que fazer? - Pergunta John.

– Preparamos cenários individuais de acordo com suas habilidades. - Psylocke rapidamente varre os olhos pela sala, esperando mais perguntas. - Algo mais?

– Qual o tempo do teste? - Pergunta Daryl.

– Depende do seu tempo em resolver seu cenário. Não podemos perder mais tempo, então se tiverem mais perguntas... Façam no meio do caminho. Vamos. - Ela lidera o grupo de estudantes pelos corredores até uma sala de espera ao lado do simulador. - Se eu chamar seu nome, me siga. Direi seu sobrenome e então o nome. - Ela olha para a tabela em suas mãos. Bittencourt, Serena.

Uma jovem de cabelos castanho-escuros e brilhantes olhos violeta se levanta. Psylocke a guia até a sala ao lado. Assim que saem um projetor é ligado na sala, mostrando o interior do simulador.

– Vão mostrar nossos testes?! - Helena se exalta. - Isso é uma invasão de privacidade!

– Helena, se acalma. - Daryl se vira para John. - O que eu quero saber é por que você não nos contou sobre isso.

– Hey, eu soube hoje. - John revira os olhos. - Minha mãe deixou escapar e pediu que eu ficasse calado. Sabe que eu teria contado se pudesse.

– É. - Daryl sorri, e dá um tapa nas costas de John com o braço bom. - Ao menos não vale nota.

– Mas não deixa de ser importante. - Interrompe Helena, recebendo um olhar imaturo dos dois. - Quero dizer, vai saber? Um de nós pode ser um nível Ômega e nem sabe.

– Você é quem tem mais chances, John. - Diz Daryl. - Sua mãe é nível Ômega e tal...

– Mas meu pai era um Beta. - Rebate.

O silêncio perdura por alguns segundos, e os três deixam os olhos voltados para o projetor que mostrava Serena Bittencourt. Ela estava se saindo muito bem, controlando uma espécie de líquido escuro que secretava de seu corpo e usando-o para atacar invasores.

– O que ela faz? - Pergunta Daryl.

– Oxicinese. - Responde Helena. Produzir e controlar ácidos... Ela é boa. - Serena exala uma fumaça verde pela boca, que a esconde. - Fumocinese. - Responde Helena, antes que Daryl pergunte. - Controle e produção de fumaça. Pode ser venenosa, inflamável, congelante, paralisante, etc.

– Você deveria pensar seriamente em lecionar aqui. - Diz John. - Você sabe de tudo. E considere isso um elogio.

– Para falar a verdade, eu penso. - Responde ela. - O Instituto é minha casa, não ficaria muito longe dele.

Serena volta para a sala, e é recebida com aplausos. Ela demora um pouco para entender que seu teste foi filmado e se senta, encabulada. Psylocke chama o próximo nome.

– Crane, Jonathan. - John se levanta, dando uma piscadela para os amigos e segue Psylocke. - Certo John, seu cenário vai incluir um incêndiário que iniciou um incêndio em um prédio. Localize e resgate os sobreviventes, capture o vilão e apague o fogo. Tanto faz a ordem, mas tenha suas prioridades em mente. Pronto? - John faz menção de responder, mas Psylocke o empurra sala adentro. - Ótimo. Boa sorte.

John espera alguns segundos enquanto seu cenário é projetado. Logo o grande prédio em chamas ilumina a "noite". John rapidamente faz um plano. Localizar o rastro mental que Psylocke colocou nos sobreviventes, apagar as chamas no caminho, controlar a "mente" dos sobreviventes para seguirem-no sem medo, escanear suas mentes por pistas sobre o incendiário e detê-lo. Um bom plano, mas difícil de se por em prática.

John começa à procurar pelo rastro mental. Suas íris voltam ao verde costumeiro enquanto começa a correr em direção ao prédio, explodindo um hidrante em sua frente e usando a água que jorrava para apagar as chamas conforme irrompia pela porta e subia as escadas correndo. Haviam duas crianças no segundo andar e uma senhora no terceiro. O amontoado de água o seguia. Logo que subiu pôde ouvir o choro audível das duas crianças. A porta do quarto onde estavam estava coberta por destroços e fogo. O teto poderia ceder à qualquer momento.

– Acalmem-se. - Grita John. - Vou tirá-las daí.

Com um movimento de seu pulso, metade da água que carregava foi em direção à porta, apagando as chamas e rapidamente se solidificando em colunas de gelo sólido, que sustentavam o teto prestes a cair. Com um chute John desobstrui a porta dos destroços. As duas crianças rapidamente correm em sua direção ao vê-lo, e ele as retira dali. Após se certificar de que estavam seguras com os bombeiros, criou uma coluna de água sob seus pés que o levantou até o terceiro andar. Após quebrar uma janela com um jato de água ele se joga por ela. Escuta uma histeria vinda do quarto ao lado e corre para socorrer a mulher. A porta estava aberta, mas o quarto estava coberto pelo fogo. Com o resto da água que dispunha, criou uma onda que inundou o quarto, apagando o fogo. Ao contrário das crianças, a senhora não foi em sua direção, mas gritou.

– Mutuna! Mutuna! (N/A: Nos quadrinhos, um modo ofensivo de chamar um mutante) - John suspira e leva as mãos à cabeça. Suas íris embranquecem enquanto entra na "mente" da senhora. Apaga as memórias dele em sua mente e para procurar alguma informação sobre o incendiário. Um homem baixo e careca de olhos castanhos. Perfeito.

Controlou a mente da senhora para que ela o seguisse, e deixou-a em segurança com os bombeiros. Agora só precisava achar o incendiário, e foi o que tentou fazer. Como estava no simulador, o único rastro telepático que achou além do dos sobreviventes e bombeiros fora o de um homem que se encaixava perfeitamente na descrição da mente da mulher. No telhado do prédio vizinho. Subiu pela escada de acesso do lado de fora do estabelecimento comercial, se aproximando sorrateiramente e atingindo o homem com uma rajada telepática. O incendiário perde o foco por alguns segundos e depois volta seus olhos para John. Uma bola de fogo se forma em suas mãos. John se esquiva conforme ele arremessa uma após outra e tomando cobertura no sistema de tubulação. Ele se concentra nos canos de água que eram revestidos pelo chão. Podia sentir a água fluindo debaixo de seus pés. Uma série de canos estoura ao redor do incendiário, e a água o envolve como se fosse uma corrente. John o finaliza com uma última rajada telepática, e observa a sala voltar ao normal. Psylocke abre a porta e ele volta para a sala, onde também é recebido com aplausos. Daryl é o primeiro a cumprimentá-lo.

– Você foi ótimo. - Elogia. - Eu tenho pena de quem for depois de você.

– Grace, Helena. - Chama Psylocke.

– Você e sua boca. - Diz Helena, se levantando. - Você foi muito bom mesmo, John. Agora deseje-me sorte.

– Obrigado... E boa sorte. - Diz, ironicamente. Helena revira os olhos para ele. Logo sua imagem aparece na tela. Ela estava em um salão vazio. A pouca iluminação no local vinha do luar que atravessava as grandes janelas de vidro que percorriam as paredes. De repente granadas de fumaça são lançadas e dezenas de homens armados a cercam. Ela põe as mãos para cima.

– Vamos lá Lena... - Sussurra Daryl, olhando fixamente para a tela.

– É só uma simulação Daryl. Relaxa. - Diz John, com os olhos também atentos na tela. Trepadeiras irrompem pelas janelas e prendem os criminosos nas paredes, chão ou no próprio teto. - Uou! Boa, Helena.

Uma porta se abre, e meia dúzia de homens entram atirando. Helena voa para desviar das balas e investe na direção dos seis, fazendo-os dispersarem. Agora separados, ela os captura um a um, agarrando-os pelos pés e mãos. Ela pousa de costas para porta, e respira fundo.

– Merda! Atrás de você! - Grita Daryl, ao ver um homem com uma faca se aproximar por trás de Helena. Os olhares na sala se voltam para ele por um instante. - Foi mal, desculpa.

O homem a agarra pela nuca e aponta a faca em sua garganta. Ela luta um pouco até perceber que não ia conseguir sair dali. Então o homem a faz se virar de frente para ele, ainda pressionando a faca em seu pescoço. E então Helena faz algo inesperado, o beija.

– Por que ela fez... Oh. - John iria continuar, mas o homem logo cai, as veias de seu rosto estão em um tom esverdeado. Ele ainda respira, mas estava incapacitado. - Isso foi inusitado.

Helena retorna para a sala, e é recebida com palmas. Psylocke chama o próximo aluno enquanto ela se senta.

– Você foi muito bem. - Diz Daryl. - Mas o que foi aquilo com o beijo?

– Toxicinese. - Responde ela. - Eu meio que produzo veneno. É uma sub-mutação da fitocinese. Posso concentrá-lo para os lábios e até para as pontas dos meus dedos, mas minhas mãos estavam ocupadas.

– Eu não sabia que tinha esse poder. - Confessa John.

– Eu não gosto muito dele. - Diz ela. - Meu veneno não mata, mas ainda causa uma dor intensa e paralisia. E eu não o uso muito. É meu último recurso. Não vou sair lutando por aí beijando todo mundo. Posso pegar uma herpes ou sei lá.

– Foi impressão minha ou rolou uma língua? - Pergunta John, ele e Daryl riem.

– Ah, calem a boca! - Ela fecha a cara, levemente irritada, mas uma ponta de sorriso surge em sua boca. - Para uma simulação ele até que era bonitinho.

– Vai nessa, sua ninfomaníaca. - Daryl ri. John prende o riso enquanto Helena estapeia Daryl.

– Jones, Daryl. - Daryl se levanta e corre até Psylocke. Helena espera até ela dar as costas e manda um cotoco para Daryl.

– Quanta maturidade... - Diz John. Helena ajeita os cabelos.

– Você está dizendo isso para mim? - Ela bufa. - Até parece que você é um exemplo.

– Olha, o Daryl começou. - John aponta para a tela. Os dois se calam. Daryl se encontrava em um corredor repleto de feixes de luz vermelha. Ele tenta passar por entre eles, mas seu braço engessado acaba encostando em um dos lasers. Ele vira para o lado rapidamente, desviando-se de um dardo que fora atirado em sua direção. Ao fazer isso ele acertou uma série de outros lasers e mais dardos foram jogados em sua direção. Ele projeta um campo de força ao redor de si mesmo fazendo com que os dardos se choquem no mesmo e caiam no chão. Isso acaba gerando uma grande reação em cadeia, e Daryl luta para desviar-se de todos os dardos enquanto corre em direção ao fim do corredor, parando na beira de um enorme alçapão. Pontas afiadas o esperavam alguns metros abaixo. Ele cria um campo de força que funciona como uma plataforma e ponte, rapidamente atravessando-a e chegando a uma saída. Logo ele retorna para a sala, enquanto Psylocke já chamava o próximo nome.

***

– Os resultados saíram! - Grita Helena, quando finalmente acha John e Daryl nos jardins.

– Aonde estão? - Pergunta John.

– Tomei a liberdade de pegar os seus. - Diz ela. - Com a autorização de Psylocke. - Completa, após ver o olhar surpreso dos dois.

– Nossa, eles capricharam. - Diz Daryl, recebendo o envelope preto das mãos de Helena e abrindo-o em seguida. - Percepção nível Alfa, Campo de Força e Premonição nível Beta. Avaliação Geral: Alfa.

– Muito bom. - Diz Helena, abrindo a sua. - Fitocinese nível Alfa, Toxicinese nível Gamma e... Aerocinese? Nível Delta. Eu nem sabia que tinha Aerocinese! Avaliação Geral: Alfa. Nossa... O que diz a sua, John? John?

Ele até então olhava fixamente para o papel, seus olhos reviravam-se pelas frases, mesmo já tendo-as gravadas em sua memória.

– Hidrocinese nível Alfa, Criocinese e Telepatia nível Beta. Rajada Psíquica/Telepática nível Delta. Controle Mental nível Gamma e... Manipulação Memorial nível Ômega. - Seus amigos o encaram, surpresos. Ele continua. - Avaliação Geral... Ômega.


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Notas finais do capítulo

A questão da fanfic ser ou não uma interativa depende só de uma pequena coisinha: Se quiserem entrar, queremos comentários. Fichas de fantasmas, nem recebo. Mentira, recebo. Mas se não comentar depois cai um raio de Zeus no seu personagem.

Vou fazer a ficha nos formulários do google, muitas interativas têm feito isso, então vou aderir.

OBS: A fanfic agora será dividida em partes. A primeira acabará no capítulo 21 (o próximo), a partir daí vamos entrar na nossa fase interativa. Estou pensando em sinopse ou capa novas... O que acham?

#SELOANTIVÁCUOAPROVADOPORESPECIALISTAS