Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 18
Capítulo 17 - Eu avisei


Notas iniciais do capítulo

Estou postando isso pelo celular. CELULAR. Desejem-me sorte, mas se estão lendo isso... Deu certo.

Aproveitem!



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–Eu avisei, não avisei? - Diz Fury, novamente no escritório de Kitty. John se exalta.

– Se não estivéssemos lá, dezenas iam morrer. Carrie estava fora de controle.

– Ela parecia saber muito bem o que estava fazendo. - Rebate.

– Não creio nisso, Fury. - Diz Emma. - Ela parecia estranhamente convencida de que o... Pai dela tinha razão. Pode ter sofrido lavagem cerebral.

– Eles têm quem possa fazer isso? - Pergunta Natasha.

– Cassandra Nova seria mais do que capaz de fazer isso por eles. - Diz Psylocke, secamente.

– Você está bem mãe? - Pergunta John para Emma, que empalideceu.

– Sim. - Ela olha para Kitty de canto de olho. - Apenas algumas más lembranças, mas sim. Ela seria capaz de fazer tal coisa.

– Se aquela manipuladora fez Carrie perder o controle... Talvez nós possamos contra-atacar essa lavagem.

– Sim, sim. - Fury gesticula, indiferente. - Entretanto vocês estão esquecendo do que acabou de acontecer, vocês causaram uma guerra no meio de Chamberlain.

– Lembramos muito bem disso. - Diz Magik. - E é exatamente por isso que devemos falar do que pode ser feito para evitar que isso aconteça novamente ao invés de ficar batendo na mesma tecla. Vencemos Fury. Sem a S.H.I.E.L.D. Supere isso e vamos continuar.

Fury faz menção de falar algo, mas fica calado.

– Obrigada Illyana. - Diz Kitty. - Como eu ia dizendo, nós temos muitos telepatas poderosos aqui. Podemos desfazer o que Cassandra fez.

– Ela tornou Carrie uma arma. - Diz John. - E uma arma poderosa.

– Isso parece a situação de Jean de novo. - Diz Psylocke. - E sabemos como terminou.

– Não! É diferente. - Diz John. - Carrie não é Jean. Ela não tem o poder da Fênix.

– De fato. - Confirma Emma. - Como uma antiga hospedeira, eu saberia.

– Escute garoto. - Fury se levanta. - Se necessário for, será feito. Eu sei quem foi seu pai, mas...

– Em primeiro lugar meu nome não é "garoto". Para você é Nêmesis, obrigado. - John sorri com escárnio. - Em segundo lugar, não será você quem decide o que vai acontecer. Isso é um assunto de mutantes.

– E agregados. - Acrescenta Tony, levantando a mão. John sorri, assentindo.

– E por último... - Continua. Encarando fixamente o olho de Fury. - Você não tem o direito de falar sobre meu pai.

Fury o encara de volta e se retira.

– O garoto é a sua cara, Emma. - Tony ri, acompanhado de outros.

– Stark. - As risadas cessam. Emma dá um meio sorriso.

–Obrigada John. - Diz Magik. - Aquele velho já estava me dando nos nervos.

– É o que eu diga. - Ri Psylocke. - Mas creio que não terminamos.

– Não. - Assente Kitty. - Temos que decidir o que fazer.

– Podemos tentar um contra-ataque na base deles. - Sugere Steve, até então calado.

– Com todo o respeito Capitão. - Diz Magik. - Não quero entrar em um ninho de cobras, ainda mais se essas cobras possuem aliados.

– Não podemos simplesmente esperar, certo? - Natasha vai à frente. - Quero dizer, não podemos deixar que eles nos ataquem novamente. Ainda mais em uma cidade grande como Nova York. Eles literalmente acabaram de reconstruí-la.

– Temos que tirar Carrie dali primeiro. - Diz John.

– Sem querer dar uma de Fury. - Diz Magik. - Mas e se ela não quiser vir? Eu sei que ela pode estar sobre efeito de alguma lavagem cerebral, mas Shaw é o verdadeiro pai dela. Ela vai querer descobrir as razões dele tê-la abandonado.

– Margaret é muito mais mãe de Carrie do que Selene. - Diz John. -E ela sabe disso. Ela não é burra.

– Falando em Margaret... - Interrompe Psylocke. - Nós conseguimos capturá-la. Talvez ela tenha alguma informação útil.

– John já cuidou disso. E eu mesma fiz uma leitura da mente dela. - Emma respira fundo. - Ela não sabe de nada importante. E por que saberia? Ela é só um peão.

– E isso nos leva de volta à estaca zero. - Diz Vampira.

– Talvez não. - O rosto de Emma se ilumina. - Oclumência. John e Carrie têm uma ligação telepática. Deve estar fraca agora, mas com um pouco de esforço John pode ver o que ela está fazendo ou pensando sem ser detectado.

– E então vamos poder obter informações de dentro. - Steve conclui. - Se funcionar, será brilhante.

– Parece que agora depende de você, John. - Diz Magik. - Pode ser a nossa única opção.

– Eu... - John respira fundo. - Posso tentar. Não temos nada a perder.

– Na verdade, acho que é o contrário. - Diz Magneto, entrando repentinamente na sala acompanhado de Mística. - Temos muito à perder. Então é bom termos um plano B.

Mística assume a forma de Margaret.

– Eu posso me infiltrar sob a forma de Margaret. - Diz ela.

– Quem garante que isso vai funcionar? - Pergunta Kitty.

– Eu já me infiltrei lá antes, lembra Emma? - Continua. Emma ergue uma sobrancelha, irritada. Mística sorri.- E vocês também não têm garantia de que o seu plano vai funcionar.

– Odeio dizer isso. - Diz Tony. - Mas o camaleão azul tem razão.

– Stark... Você não está ajudando. - Diz Psylocke, cerrando os dentes.

– Se Mística conseguir vocês terão uma segunda fonte de informações. - Diz Magneto.

– Sim... - Mística continua. - Mas para diminuir o risco de ser descoberta seria bom saber o que ela sabe.

Ela aponta para si mesma.

– Podemos cuidar disso depois. - Diz Magik.

– Isso quer dizer que o plano foi aceito? - Pergunta Magneto.Os mutantes e vingadores na sala se entreolham. Tentando chegar à um consenso.

– Tudo bem. - Diz Emma, após uma longa discussão telepática. - Faça o que tem que fazer. Vão para a sala de contenção, Margaret está lá. Vou transferir as memórias dela para você.

– Minha cara... - Magneto gesticula para Mística e abre a porta. Mística retorna à sua forma natural e os dois desaparecem pelos corredores.

– Eu não gosto disso. - Diz Vampira.

– Eu também não. - Diz Emma. - Mas Erik também está em perigo. Por enquanto podemos confiar nele.

– E quanto a mim? - Pergunta John. - Ainda devo tentar essa oclumência?

– Isso é tão Harry Potter. - Comenta Tony.

– Sim. - Diz Emma. - Psylocke e eu concordamos, por telepatia, - Explica, após ver a dúvida em alguns rostos. - que vamos te ensinar a usar o Cérebro.

– O Cérebro? - John arregala os olhos. - Eu não estou pronto ainda, eu...

– Calma aí garoto. - Diz Kitty. - Ela disse que vai te ensinar. Você vai ter o apoio de... - Ela faz um rápido cálculo mental. - Cinco telepatas. E ainda podemos arranjar mais.

– Bem colocado. - Diz Natasha. - Mas foi uma noite muito longa e eu realmente quero dormir.

– O Instituto está aberto à vocês. - Diz Kitty. - Depois da batalha de ontem à noite. .. Eu pessoalmente preciso de algumas horas de sono.

– Ficaremos aqui para o almoço então. - Implica Tony. - Vou querer lagosta.

– Vai ter bolo de carne. - Rebate Magik. - Se reclamar eu mando você para o Limbo sem a armadura.

– Você realmente sabe convencer um homem. - Ele resmunga. - Desejo à todos um bom dia de sono, eu vou para o meu quarto.

Ele se retira da sala.

– Ele é sempre tão irritante assim? - Pergunta John.

– Você não faz ideia. - Diz Steve. - Mas ele tem razão, nós precisamos desse "bom dia" de sono.

***

– E aí? Como foi a reunião? - Pergunta Daryl, mais tarde.

– Promissora. - Responde John. - E como vai o ombro?

– Melhor. - Responde ele, olhando para o ombro coberto por ataduras. - Não acredito que deixei escapar uma bala.

– Não foi sua culpa. - Afirma Helena, arrumando o cabelo. - Vai deixar cicatriz?

– Hank disse que sim, mas deve cicatrizar logo. -Ele sorri. - Meu primeiro ferimento de guerra.

– Parabéns, eu acho. - Diz John. - Garotas adoram um cara com cicatriz.

– Falando em cicatriz. - Helena interrompe, levemente ofendida. - Repita a coisa à la Harry Potter que você terá que fazer.

– Oclumência? - Helena faz que sim com a cabeça. - É bem simples na verdade.

– Então explique. - Pede Daryl, coçando a cabeça com o braço não machucado.

– Basicamente eu vou entrar na cabeça dela sem que ela perceba e terei acesso às suas memórias e até mesmo ver o que ela está vendo.

– E para isso sua mãe, suas irmãs e Psylocke vão te treinar para usar o Cérebro. - Conclui Helena.

– Sim.

– Cara... Isso vai ser demais. - Diz Daryl. - O Cérebro pode amplificar os poderes de um telepata em até mais de dez vezes.

– E pode ser usado por mais de um telepata por vez. - Acrescenta Helena. - Havia um para cada das cinco Stepford até que... É.

– Psylocke, sua mãe, você e duas das Stepford usando o Cérebro. - Daryl arregala os olhos. - Seriam imbatíveis.

– Não exagera. - John empalidece.

– O que foi? - Pergunta Helena. - John, você está bem?

– Sim, só um pensamento que me veio à cabeça. - Responde. - Eu não contei tudo o que aconteceu ontem para vocês.

– John... - Helena ergue uma sobrancelha. - Não me faça fazer você se arrepender.

– Carrie me beijou ontem à noite, antes de partir. - Diz rapidamente, esperando um grito. O que ocorre.

– Ela fez o quê?! - Helena sorri freneticamente, sacudindo Daryl pelobraço machucado. Daryl resmunga de dor. - Oh... Desculpa. Isso quer dizer que parte dela se lembra de você!

– Talvez. - John suspira. - Mas eu não sei.

– Jonathan Crane Frost. - Helena grita, chamando a atenção de alguns estudantes que passavam. - Não venha com essa história de protegê-la de novo. Isso não dá certo.

– Eu só quero agradecer à Helena por dizer o que todos nós pensamos desde o primeiro momento e não tivemos coragem para falar. - Diz Daryl, fazendo uma reverência para Helena com o braço bom. - Em nome de todos nós, obrigado.

– Vai pra merda. - John franze o cenho. Helena ri.

– Como sempre, eu estou certa. - Diz Helena. - E chega de se martirizar, isso não vai te levar para lugar algum. Experiência própria.

– Como assim? - Pergunta John.

– Isso é complicado... - Helena respira fundo. - E já faz muito tempo. Mas para resumir, eu não quero isso para você. - Ela limpa a garganta. - Bem, eu tenho aula agora. Não posso me atrasar. Tchau.

Ela sobe pela escadaria e vira pelo corredor, deixando Daryl e John sozinhos.

– Você sabe do que ela está falando? - Pergunta John para Daryl.

– Não faço ideia. - Responde ele, igualmente curioso. - Mas eu também tenho que ir para a aula. Até logo.

Os dois caminham pelos corredores em direções opostas. Na primeira oportunidade que teve, Daryl desceu em direção à estufa do Instituto. Helena banhava os pés nus com terra fresca, como sempre fazia para relaxar depois de um dia cheio.

– Eu sabia que ia te encontrar aqui. - Diz Daryl, recostado sobre uma coluna. Helena se levanta, assustada e surpresa.

– Como você sabia? - Pergunta ela, enquanto ele se aproxima.

– Tive um pressentimento. - Ironiza Daryl.

– E o que quer?

– Quero saber o que você estava escondendo lá atrás. - Daryl arranca uma rosa da roseira ao seu lado.

– Não te interessa. - Ela pega a rosa recém arrancada e usa o seu poder para reconectá-la com a planta.

– E pare de mexer nas minhas flores.

– Vamos lá Helena... - Daryl suspira. - Não confia em mim?

– Claro que eu confio. - Ela coça a cabeça. - Mas é que... É uma longa e triste história.

– Eu não me incomodo. - Ela se senta e ele a acompanha.- E você provavelmente vai me ver com outros olhos depois dela.

– Me surpreenda. - Daryl sorri, exibindo seus dentes brancos.

– Eu... Não estou pronta para contar ainda. - Ela se levanta. - E quando eu contar eu quero que John também esteja presente.

– Helena Grace Isley. Você é um mistério.

– Então desvende-me. - Ela se retira da estufa, deixando-o sozinho. E dessa vez ele não a seguiu.


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Notas finais do capítulo

EU TIVE DE SEPARAR CADA MALDITA FALA kkk'.

Espero que tenham gostado, e até próxima semana.