Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 11
Capítulo 11 - Passado revelado


Notas iniciais do capítulo

Eu volteeeeei! Eu estava com saudade de vocês. Finalmente o problema no meu computador foi arrumado e eu posso voltar a postar. Felizmente as postagens serão regulares novamente (le manda indireta para Isa), mas hey... Se não fosse por ela vocês não teriam capítulos até agora.

Espero que gostem desse capítulo. Confesso que o achei pequeno se comparado aos outros, mas ainda sim ele é muito importante.

Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/602039/chapter/11

Chamberlain amanheceu sombria naquele dia. O céu estava carregado de nuvens. Carrie acordou com o som do despertador. Relutantemente, levantou-se. Passou a mão pelos cabelos bagunçados e foi para o banheiro. A ducha de água fria a faz querer voltar para a cama quente. Ela se veste e entrelaça o cabelo em uma trança. Sua mãe a recebe com um sorriso quando desce as escadas.

– Bom dia. - Diz ela. -Dormiu bem?

– Bom dia. - Ela se senta. - Dormi bem sim, mamãe. Só tive aquele sonho estranho de novo. O do garoto na igreja.

– É só uma paixonite sua... - Margaret ri, Carrie franze o cenho.

– Não é uma paixonite... - Ela toma um gole de suco. - É uma sensação estranha, como se eu o conhecesse de algum lugar.

– Da escola, talvez? - Margaret serve uma porção de ovos mexidos para Carrie.

– Não. - Ela suspira. - Já o procurei por lá.

– Bem... Então talvez seja melhor procurar melhor. - Carrie observa enquanto sua mãe se levanta e vai para a sala, voltando logo depois. - Recebi isso da sua professora de Literatura.

– Eu juro que não fiz nada. - Ela interrompe a fala para engolir a comida.

– Eu sei. - Ela abre o bilhete. - Foi ela quem me chamou e não o diretor. Falarei com ela esta tarde. Acabou de comer?

– Sim. - Responde, se levantando e pondo os pratos na pia. - Vamos?

– Vamos. - Margaret abre a porta, e as duas a atravessam.

***

Carrie vai diretamente para a aula, enquanto sua mãe anda até a sala da professora.

– Com licença. - Diz ela, ao entrar. - Estou aqui para ver a professora de Carrie.

A cadeira giratória vira, revelando a sombria mulher de cabelos negros. Margaret arregala os olhos, e imediatamente faz uma mesura.

– Minha rainha. - Ela levanta a cabeça. - O que faz aqui em Chamberlain?

– Margaret, querida... - Ela abre um sorriso sádico. - Fazem tantos anos que não nos vemos. Há algo de diferente em você... Creio que Emma ou aquele pirralho telepata tenha mexido na sua cabeça.

– O que quer dizer, minha rainha? - Margaret parece confusa, Selene olha para ela com desgosto.

– É claro que você não se lembra... Como fui estúpida de não perceber isso. - Ela respira fundo. - Cassandra Nova certamente fez um bom estrago na sua mente, dezesseis anos atrás. Eles devem ter apagado isso sem perceber...

– Minha senhora, o que quer dizer? - Margaret ergue os olhos, trêmula.

– Quero dizer que em breve o lado negro não precisará mais de seus serviços, Margaret. - Selene ergue a mão, um brilho avermelhado envolve sua mão. Margaret sente como se estivesse sufocando e leva as mãos ao pescoço. - Embora você tenha sido de grande ajuda nos últimos anos...

Ela abaixa a mão, e Margaret respira normalmente.

– O que vai acontecer, minha rainha? - Pergunta, retomando o fôlego.

– Na hora certa você verá. - Ela caminha pela sala de aula. Seus passos ecoando pela mesma. - E quanto à Carrie... Não conte nada dessa conversa para ela. Falarei com ela pessoalmente quando chegar a hora.

– Se me permite a pergunta, o que quer com Carrie? - Selene cerra o punho, e Margaret leva as mãos ao pescoço novamente.

– Eu preferia a Margaret de antes. - Ela cerra ainda mais o punho. - Aquela que não fazia tantas perguntas! - Com um movimento, Margaret é arremessada contra a parede mais próxima. A rainha negra caminha lentamente em sua direção. - Tudo o que tem que saber querida, é que o rei negro e eu temos grandes planos para Carrie. - Ela pressiona uma de suas longas unhas no pescoço de Margaret. - Agora saia da minha sala. Tenho aulas para dar.

Ela volta para sua mesa e Margaret se levanta, saindo da sala. Já fora, ela se recompõe e caminha rapidamente até seu carro.

***

– O que a senhorita Gallio queria falar com você, mãe? - Pergunta Carrie, ao chegarem em casa.

– Nada de mais. - Margaret sorri falsamente. - Acontece que fomos... Grandes amigas no passado. - Completa. - Ela só queria ver como eu estava.

– Só isso?

– Por quê? Há mais alguma coisa que eu precise saber?

– Não, claro que não. - Carrie liga a televisão recém comprada, Margaret a olha repreensivamente. Carrie volta seus olhos para o filme. Apesar de nunca o ter visto, a história lhe parecia bem familiar...

***

Assim que todos os alunos saíram da sala, a rainha negra tranca a porta de sua sala e sorri. Pela primeira vez seu sorriso não era sádico, ou falso. Apenas um sorriso de pura e sincera alegria. Com um aceno de mãos, ela conjura um portal.

O atravessa, e enquanto o mesmo fechava-se atrás de si, se desfez de suas roupas simples de professora. A longa capa preta era arrastada pelos corredores do grande edifício. Colunas rústicas e quadros decoravam as paredes, enquanto um longo tapete de seda vermelha estendido no chão indicava o caminho para a sala dos "tronos". Ela caminha pelo corredor, as poucas portas que a impediam de chegar ao seu objetivo eram abertas por homens armados, após fazerem uma respeitosa mesura. Simples peões, ela não os dirige o olhar e segue adiante.

Quando a última porta foi aberta, a rainha negra caminha pelo salão. No lado extremo da sala, dois grandes tronos negros, com estofamento em vermelho e pequenos detalhes em dourado, sobrepunham-se diante à beleza do salão. Onde uma majestosa fonte de águas cristalinas emergia de seu centro. Os lustres esplendorosos do mais puro cristal reluziam no teto. Um quarteto de cordas tocava as mais suaves melodias. A rainha varreu os olhos pela sala, e finalmente percebeu que o que procurava não se encontrava ali. Há tempos seu rei havia trocado o salão do trono pelo de guerra. Levemente irritada pelo descaso de seu "colega", adentrou furiosa pelo salão onde este se encontrava. Cercado dos estrategistas mais hábeis e calculistas que o lado negro tinha a oferecer. Ela olha para ele que, distraído, não lhe dá atenção. Quando um raio de magia negra acerta-lhe o peito, ele cambaleia.

– Selene... - Ele retoma o equilíbrio e sorri ironicamente. - Obrigado pelo pequeno aperitivo.

– Sebastian, tu sabes muito bem que posso reduzí-lo a pedaços. - Começa ela. - Mas isso iria requerer que eu sujasse minhas mãos.

– Embora isso nunca a tenha incomodado antes. - Ele a olha de cima, arrogante. - O que a traz aqui tão cedo? Tens que completar sua missão em Chamberlain.

– É por isso que quero falar com você em particular. - Ela respira fundo, e olha para os outros presentes na sala. - E se eu perceber uma pessoa sequer ouvindo nossa conversa... Vão preferir a morte ao que trarei à vocês.

Todos os estrategistas presentes na sala rapidamente saem da sala, deixando-os sozinhos.

– Afinal, o que queres? - Pergunta ele. - O que a traz aqui antes do previsto?

Ela o encara, e pela primeira vez transmite felicidade em seu olhar.

– Andei observando a nossa filha...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será um bônus escrito pela Isa. Não se preocupem, ela já terminou (Eu acho :/).

Vejo vocês nos comentários.