A mocinha e o vilão escrita por Tia Lety


Capítulo 15
Capítulo 15- A minha impossível felicidade


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE!! AGNES E ERIC FICARAM JUNTOS!! mas não acabou por ai ~risadinha maléfica



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Narração de: Eric

Eu nem podia acreditar. Agnes me perdoou. Agora eu estava completo. Sentamos na grama e ficamos de mãos dadas, olhando o horizonte. Quando deu exatamente três da manhã, Karine e Diego saíram da festa, bêbados e nos viram abraçados. Agnes tinha dormido no meu ombro. Eles pararam e se olharam. Fiz um sinal de silêncio para eles.

—Nós temos que voltar para o acampamento Eric.— disse Diego

Peguei Agnes pelo colo e ela acordou. Pediu para ir nas minhas costas. Ela subiu, cruzou as pernas pelo meu corpo, deu a volta no meu pescoço com os braços e apoiou a cabeça na minha. Não podia levá-la de bicicleta, então decidi ir a pé. A estrada estava escura.

Depois de quarenta minutos mais ou menos, chegamos no chalé. Coloquei Agnes na cama, que dormia feito um bebê. Deitei-me e pela primeira vez, dormi.

Pela manhã, acordei e vi Agnes me abraçando. Seria mesmo real? Minha felicidade tinha finalmente chegado? Eu teria mais um motivo para levantar da cama de manhã? Suspirei e olhei para o teto.

—Ei cretino...— disse ela, me assustando— Somos namorados agora?

—Podemos ser muito mais se você quiser.— me virei para Agnes, que estava vermelha

Ela sorriu e me deu um beijo rápido nos lábios. Agnes acha que com esse tempão que eu esperei, só vou querer um beijo rápido?! Eu queria muito mais que um beijo, mas paramos por ai. Tomei seu rosto e lhe beijei. Como eu adorava aquele sabor. Não tinha gosto de nenhum dos lábios que já provei. Agnes sorriu e disse:

—Eric... Promete nunca mais me enganar? Promete nunca mais me fazer sentir tola?

—Prometo. Para sempre.

Ela passou o dedo entre o meu alargador e sorriu.

—Diz de novo "para sempre"?

—Para sempre, para sempre...— beijei seu pescoço rindo

Eu acho que nunca fique mais feliz em toda a minha vida. Deslizei minha mão para sua coxa, sentindo sua pele quente. Agnes bateu na minha mão.

—Somos namorados!— insisti

—Eu não ligo, seu tarado.

Talvez eu fosse um pouco impulsivo e ansioso para "brincar" um pouco com Agnes. Ei, eu sou um homem! Somos todos assim.

Passei o dia inteiro com Agnes. Descobri que temos mais diferenças do que semelhanças. Era tão irônico, nós, um dia namorarmos. Agnes gostava de música clássica, tocava violão e gostava de dias ensolarados. Eu gostava de rock, sabia tocar baixo e gostava de dias chuvosos. Era... Estranho. Não, era verdadeiro.

Meu celular tocou, era Carl.

—Alô?—atendi

—Fala Eric! Que tal um jantar amanhã? É importante! Leve quem quiser!

Ele desligou. O que poderia ser? Não me importava muito, nada poderia estragar a minha felicidade. Amanhã daria adeus para o acampamento e voltar para as aulas. Estava ansioso para isso, já que não queria mais dormir com grilos gritando no meu ouvido. Mas vou sentir falta de Agnes me abraçando a noite, sentindo frio. Ouvimos um apito forte. Era o diretor.

O diretor do acampamento chamou todos para uma reunião de emergência. Todos os chalés foram. O diretor estava acabado. Tinha bebido o dia inteiro depois da derrota do acampamento adversário. Sua barba estava mal cortada e os olhos vermelhos de tanto beber. Karine disse que os acampamentos não eram inimigos, e sim os dois diretores. Era por isso que não nos lixaram quando entramos na festa de penetra.

—Eu não aguento ver vocês parados!— gritou o diretor— Peguem os caiaques e comecem a remar até o outro lado do acampamento! Quem achar primeiro a bandeira negra, o chalé do vencedor ganha uma porção de sushi! Peguem lanternas e suprimentos no chalé de vocês! Agora, vamos, vamos!

Corri para dentro do chalé e peguei os suprimentos, mas na verdade, peguei só a lanterna. Engraçado, o diretor fala assim, mas não vamos passar nem um dia no outro lado do acampamento. Sai do chalé e vi todos os campistas correram para os fundos do acampamento e pegaram um caiaque. Até Agnes. Ela adorava competições e sushi, e eu não estaria fora dessa nem se me pagassem. Peguei o caiaque e apoiei na minha cabeça. Agnes me viu e apressou o passo, competindo comigo. Sorri e comecei a correr. Joguei o caiaque no lago e comecei a remar.

***

Isso desgasta mesmo! Eu nem estava na metade do lago! Ao menos estava malhando. Meu celular tocou novamente, mas não atendi.

Finalmente cheguei no outro lado do acampamento. Peguei a lanterna e entrei em uma caverna. Acho que seria óbvio demais esconder uma bandeira num buraco sei lá. Meu celular tocou de novo. Não atendi.

Vi Agnes correndo por aquelas áreas. Ela estava mesmo competindo comigo? Ri. A vi subir em uma árvore e olhar o seu arredor. Eu sou um cara de sorte mesmo... Agnes era tão bonita. Os cabelos amarrados em um coque, uma camiseta, uma bermuda e tênis... Nunca pensei que todas essas coisas me podiam ficar exitado. Mas ela tem algo à mais. Ela tem algo que nenhuma roupa cara do mundo se compara, ela tem o sorriso.

Sacudi minha cabeça. Agnes desceu da árvore e correu. A segui, correndo também. Ela percebeu que eu a seguia e acelerou o passo. Como ela corria! O coque frouxo ia se desfazendo a cada pulo que ela dava no mato. Pulei em cima de Agnes, e a prendi contra o chão.

—Quietinha, que eu que vou ganhar o sushi.— falei, e em seguida corri

Adorava competições, principalmente se for contra Agnes. Meu celular tocou novamente. Meu Deus! O quê que Carl quer?!

—Inferno!— atendi

—Eric? Sou eu... Raquel.

—Ah, desculpe, achei que fosse o Carl.

—Eu tenho uma coisa importante para te dizer...

A ligação falhou. Tentei ligar novamente, devia ser algo importante.

—Oi Raquel, a ligação caiu.

—Eu queria te dizer que eu estou grávida.

O celular caiu das minhas mãos. Será possível?! Eu jamais conseguiria ser feliz? Ter um ponto final na minha história de vida dramática?! Não... É impossível... Eu nunca vou conseguir ser feliz. Não sei o que fazer! Se Agnes souber disso, jamais voltará a falar comigo. Logo agora, que finalmente estamos namorando, que estamos nos entendendo.


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