Quando anoiteceu,Leal e os outros estavam parados em uma estrada.Todos estavam preocupados,não sabiam pra onde ir.Carol estava sentada no capô de um carro olhando as estrelas e Lucas deitado nas pernas dela.

Leal: Olha quem eu encontrei,ele queria vir ficar com vocês.(colocando Caê em cima do capô)

Carol(sorri): Obrigada,Leal.

Lucas: Os mosquitos estão me picando.

Carol(afastando os mosquitos): Eu também estou sendo picada,logo passa.

Leal: O que foi?

Carol: Lucas está com saudades dos nossos pais,eu também.Ficamos sozinhos outra vez.

Leal: Quem falou isso?

Carol: Cigana.Ela disse que nossos pais estão no céu agora.

Leal: Cigana estava apavorada,não leve a sério o que ela disse.

Carol: Você acha que eles voltam?

Leal: Manu e Gui são fortes,eles conseguiram se salvar.Mas eu queria que eles aparecessem,estou preocupado.

Carol(chorosa): Eu amava muito eles,estou com saudades deles e dos meus irmãozinhos.

Leal(a abraça): Eles vão aparecer,isso é uma promessa.

No dia seguinte,bem cedinho,todos dormiam,menos Leal que estava de vigia,mas ele cochilava.Leal caiu no capô e despertou,logo notou que tinha um zumbi se aproximando.Ele se levantou e mirou,mas notou que vinha um enxame,como da outra vez.Leal se lembrou de Kaik que tinha morrido do mesmo jeito,ele ficou mal,desesperado,ele não queria mais ninguém do grupo morrendo.Ele acordou todos que ficaram assustados e se esconderam,mas os zumbis sentiram o cheiro de todos e foram ao ataque,só dava pra escutar gritos e tiros.Leal ficou desesperado e não sabia o que fazer,até escutar um barulho de carro vindo em alta velocidade atropelando os zumbis.O camburão deu ré e atropelou mais,Leal e os outros aproveitaram para atirar nos que sobraram.Finalmente terminam,o camburão acaba batendo,mas Manu tinha conseguido frear para não ser uma batida tão brusca.Manu saiu do camburão,Carol e Lucas saem correndo para abraçar a mãe,ela os abraça forte,abraça os outros e avisa sobre o Gui.Cigana aproveita pra cuidar do ferimento dele.Leal se preocupa,pois Gui era o cabeça do grupo.

Manu: Quantas pessoas estão conosco?

Leal: Bom,tem Lucia,eu,você,Cigana,Clarice,Andrew,Pedro Henrique,os gêmeos,Sophia,Caê,GuiV,Carol e Lucas.

Manu: E o padre.

Leal: Que padre?

Padre: Oi,pessoal.

Leal: Cara,pensei que você tivesse morrido.

Padre: Deus me salvou,irmão.

Leal: Que bom.Pra onde vamos,Manu?

Manu: Eu não sei muito bem,mas Gui tinha um mapa com ele.Deveríamos seguir viagem para o local onde ta marcado.(pega o mapa e o dá)

Leal: Parece uma praia.Eu não sabia que Gui tinha uma casa na praia.Por que será que não nos levou antes?

Manu: Talvez ele achou que não precisaríamos mais já que encontramos o campo de refugiados,mas ele sempre guardou para caso de urgência.

Lucas: Você conhece muito bem o papai,né mamãe?!

Manu(sorri e o pega no colo): Um pouco sim,amor.

Carol(olhando o Gui): Mãe,o que houve com o papai?Ele vai ficar bem,né?

Manu: Claro que sim.Cigana está cuidando muito bem dele.

Cigana: Vou cuidar de você também,mocinha.Seu tiro foi recente.

Pedro Henrique(usando o canguru): Olha,os gêmeos estão muito bem.

Manu: Com os super pais que eles tem,não me admira.

Leal: Mas está tudo bem mesmo?Passaram um dia inteiro juntos e tal,estavam brigados.

Manu: Nem me fala.Encontramos alguns ex amigos deles que descobrimos que eram bem mais monstros do que eu pensei,ainda encontramos a ex dele.Na fuga,encontramos o padre,Gui levou um tiro.Eu não sabia o que fazer.Gui morrendo e o camburão desgovernado.

Leal: Tu ferida e com os gêmeos nos braços,imagino como foi dificil pra você.Quem sabe tenha sido uma experiência pra você pensar um pouco nas coisas que aconteceram.A vida é muito curta pra permitir que as mágoas tomem conta de nós.Se deixe ser contaminada só com coisas boas.

Manu(sorri e o abraça forte): Você tem razão.Não sabe como eu precisei de você,da sua força,dos seus conselhos,foram horas difíceis e você me coloca pra cima e me ajuda.Estou muito feliz por ver meu grupo bem.Minha família.

Carol: Estamos felizes também.Então vamos rumo ao paraíso.

Todos se dividem,Cigana dirige um carro e leva uma parte do grupo e Manu dirige o camburão levando outra parte.Manu explica a Cigana o destino da mudança.Eles levam 3 horas para chegar lá,mas chegaram,estacionaram em frente a casa,todos saíram do carro para explorar o local.Manu saiu e disse pra Cigana ajudar Leal e os bebês.A casa era enorme e o local bem amplo,livre de zumbis.Era o lugar perfeito.

Pedro Henrique(levando os bebês no canguru): Uaaaaaaau,esse lugar é perfeito.

Carol(dando a mão a Lucas): É sim,é tão lindo e grande.Será que dá tempo de nós termos uma infância?

Pedro Henrique(a olha): Bom,ainda somos crianças.Creio que ainda dá pra salvar e ajudar a esses pequeninos a terem uma infância legal também.

GuiV(se aproxima): Uma infância livre de zumbis,poder dormir sem medo,saber que vamos ficar bem,brincar.É tudo o que queremos.

Carol(o abraça e sorri): É isso que vamos ter,Gui.

Cigana(ajudando Leal): Pedro,leva os bebês para o quarto junto a Manu.

Pedro Henrique: Certo.(sai)

Cigana: Crianças,se preparem.Nós iremos ter que fazer outra viagem amanhã para buscar suprimentos e coisas que não conseguimos pegar,porque saímos as pressas,como comida,gasolina,roupas e outras coisas que possa nos distrair aqui.

Sophia: Ta bom,mas a gente pode brincar no mar?

Cigana: Pode,mas tomem muito cuidado para não se afogarem,fiquem no raso e sempre perto da minha vista,tudo bem?

Todos: Siiiiim.

As crianças correram pro mar junto a Caê,Cigana deixou Leal sentado na sala e Pedro Henrique levou os bebês para o quarto principal.Manu pediu ajuda a Lucia,Cigana e Leal para levarem Gui ao quarto principal,já que ele estava desmaiado.Eles levaram e o deitaram na cama.Cigana entrou no quarto para ver como Gui e os bebês estavam de saúde.

Manu: Cigana,Guilherme vai ficar bem?

Cigana: Vai sim.Ele levou um tiro,precisa de tempo pra cicatrizar.Apesar que temos já 3 no grupo que levaram um tiro.Dois homens feridos e um sem perna,estamos ruim de homens.

Manu: Eu vou ficar aqui com ele durante um tempo.

Cigana: Vocês brigaram?

Manu: É uma longa história.

Cigana: Bom,nada como um soninho pra amenizar nossos sentimentos.Já está entrando a tarde,eu vou preparar algo pra todos nós comermos.

Manu: Eu não to com fome.Depois eu vou lá até vocês.

Cigana: Gui vai acordar logo logo e eu vou preparar uma comidinha especial pra vocês dois.Os bebês estão bem e é bom você alimentá-los o mais rápido possível.Eu deixarei a bolsa com as coisinhas deles aqui na porta.

Manu: Ta bom,eu cuidarei de tudo aqui.Cuida de tudo lá pra mim.

Cigana saiu e pediu ajuda a todos para arranjar comida e preparar o local.Manu olhou Gui,depois foi pra sacada do local,olhou o lugar e relembrou da familia que não veria mais.Ela não queria perder a nova familia dela.Ela nota que ainda estava com a camisa do Gui e ele estava sem,só com atadura na ferida.Ela sorriu ao olhar a camisa dele,tirou a camisa,colocou na cadeira e deu de mamar aos bebês.Cigana fazia comida com a ajuda de Lucia,Leal vigiava as crianças e Andrew explorava o local junto ao Padre.Depois,Manu juntou duas cadeiras pra improvisar um berço para os gêmeos,os deitou e os viu dormindo,logo se sentiu cansada também.Ela deitou ao lado do Gui sem ele acordar.1 hora depois,Gui acorda e olha para o lado,Manu tinha adormecido ao lado dele de tanto esperar,ela estava muito cansada.Gui sentia um pouco de dor,mas estava bem.Ele passou a mão no rosto dela e a olhou com profundo amor.Ele relembrou o passado dos dois,deles no inicio das gravações,deles terem ficado,depois se afastado,das mágoas,dos ciúmes,do apocalipse,deles finalmente terem ficado juntos,formado uma familia e dele quase ter virado o Gui de antes,o festeiro.Ele se lembrou de tudo o que aconteceu no casarão e dele ter dado a vida sem medo algum para ela e os filhos.Ele notou que realmente,ela e as crianças são as coisas mais importantes pra ele e que ele seria capaz de dar a vida para vê-los bem,mesmo longe dele.Ele nem acreditava em tudo o que estava acontecendo,tinha medo de tudo ser somente um sonho.Apesar que ultimamente,parecia pesadelo.Ele sabia que tinha aprendido a lição,que ele agora estava sozinho,com sua própria opinião,suas próprias vontades,que agora é outra vida,que passado era passado,que eles tinham que criar um novo futuro e que tinha que provar pra ela que o passado já passou e o que ele quer no futuro,é ela.