Lembranças escrita por Enma Ai


Capítulo 1
O aroma




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Os olhos arregalados brilhavam com a luz daquela sala às 3h da madrugada. Ela olhou suas mãos tremulas e a lagrima quente escorria de seu rosto pingando nelas. Um grito de dor vindo do âmago da alma. Ela sentiu seu coração ser apertado com força e ser esmagado sentia ele se transformar em poeira. Deslizou na parede de azulejos brancos e caiu sentada no chão chorando. Estava tudo embaçado, pessoas a seguravam, falavam com ela, mas as vozes estavam longe assim como as cores, assim como a luz e a dor também estava indo embora e ela escuta ao longe antes de chegar a escuridão...

– Vai ficar tudo bem.

Ofegava quando abriu os olhos, sentiu a pele do rosto úmida. Tivera novamente aquele pesadelo. Já fazia anos, mas às vezes ele voltava e a dor também. Ela vira para o lado e aperta com força o travesseiro, algumas imagens passam como flash em sua mente, o som do bipe e dos passos apressados, a correria, os vultos brancos e a visão dela com a mão pendente e mole do lado da maca e a tentativa em seu rosto de um sorriso. Soluçando, ela se levanta e abre as cortinas e a janela. Lá fora uma bela lua cheia iluminava a escuridão da noite. Ela olha para o céu e se recordava de um bom momento:

– Mamãe, mamãe! A garotinha corria muito apressada dentro de casa, sem perceber os próprios brinquedos jogados pelo chão da sala, sem querer ela tropeça em um deles e acaba caindo machucando o joelho.

– Ei, cuidado mocinha. Uma mulher jovem com cabelos longos e ondulados e delicados olhos verdes, sorrir para a garota caída e a ajuda a se levantar. – Deixa eu ver como está esse joelho.

– Ai...

– Não foi nada meu amor. Está tudo bem. Ela beija a testa da menina que ainda respirava ofegante.

– Mamãe, elas abriram, elas abriram. A garota estava tão radiante, extremamente feliz que nem se importava com machucado.

– Já? Que bom Sam. Vamos ver então, devem estar tão linda! As duas seguraram uma à mão da outra e se dirigiram ao quintal da casa. Lá estava o que a menina tanto apreciava e chamou a mãe para participar desce maravilhoso momento que ela tanto esperava o desabrochar das flores Dama da Noite.

– Hmmm... As duas respiram fundo, ainda segurando uma a mão da outra.

– Esse cheiro! A mãe sentou-se no chão do quintal e olhou a beleza daquelas flores brancas a luz da lua cheia, ela olhou para a lua e os olhos começaram a lacrimejar.

– Mamãe sabia que você é como essas flores? A garota olha para mãe um pouco envergonhada. – Vocês são lindas.

– Oh! Ela rir surpresa. – Obrigada meu amor. A mãe abraça a sua querida filha. – Você é minha lua minha pequena, você é a luz que me ilumina nas noites sombrias.

Ela olha no rosto da filha com os olhos brilhando com lágrimas passa a mão pelo pequeno rosto da menina.

– Eu te amo, Sam.

– Te amo também, mamãe. Novamente elas se abraçam e as lagrimas correm abaixo no rosto daquela mulher, a brisa balançava as flores e deixava no ar um aroma o qual Sam chamava de aroma do amor.

Samantha sai da janela, enxuga o rosto e recorda de como sua mãe era linda e feliz. Se sentindo melhor com aquela lembrança, olha o retrato da mãe com aquele sorriso que ela sempre demostrava pra ela, mesmo nos momentos mais difíceis. Abria a porta do quarto quando o vento trouxe pela janela o cheiro da Dama da Noite no quintal e imediatamente lembrou-se que as flores e a lua sempre estariam juntas pela eternidade, ela sabia que não estava sozinha.


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