Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 71
Payback is a bitch.




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Muitos fãs dos dragões também amavam Vikky desde a época em que estiveram juntos. Na verdade, muitos dos fãs deles eram fãs de Vikky originalmente, então era de se esperar que a grande espera real do show era a participação da rapper ao fim da apresentação. Ela não queria se gabar, mas o record de ingressos vendidos em tão pouco tempo era provavelmente pela divulgação de sua participação com uma música inédita e, claro, o dueto – para aqueles fãs iludidos que ainda esperavam uma reconciliação entre Rogue e ela.

Depois de anunciar a presença de Vikky, Sting e Rogue recebem a azulada no palco, que os cumprimenta e vira-se para os fãs que gritavam, tomados pela animação.

— Boa noite, Tóquio!! – A menina grita animada.

— É um prazer ter você conosco, Vikky. – Diz Rogue encarando a garota que agradece rapidamente antes de voltar a falar com os fãs.

— Eu quero agradecer aos dragões gêmeos por estar aqui nessa noite espetacular. No entanto, sinto falta de mais alguém... – Ela diz e finge-se confusa pondo o indicador sobre o lábio inferior.

— Será que é impressão minha, ou Vikky McGarden acaba de falar sobre mim? – Diz uma voz masculina que não vinha nem de Rogue ou de Sting. Um rapaz jovem de longos cabelos esverdeados se aproxima surgindo da parte de trás do palco onde estavam os DJ’s e músicos.

— Lil’ Freed is in the hoooooouse!!! – Grita a azulada que faz um pequeno cumprimento curvando-se diante dele e logo o abraçou, animada. Era como se o palco fosse deles, já que ela praticamente ignorava os rappers.

— Esperamos que os fãs dos dragões gêmeos curtam essa pequena surpresa que preparamos para o fim... – Diz Sting.

— Espera um pouco, eu ouvi... “fãs dos dragões gêmeos?”... – Levy faz uma pequena pausa. Ela caminha até a beira do palco para encarar a plateia de perto e agacha-se com um sorriso. – Acho que Sting está um pouco enganado. Porque para onde eu olho só consigo ver minhas meninas más. – Ela sorri sensualmente para os fãs, que gritam histéricos em retorno. – Vamos, Tóquio!!! – A garota se estende e corre de volta ao centro.

Sting e Rogue se entreolham enquanto Lil’ Freed começa a agitar a plateia e a canção nova da garota se inicia.
 

...
 

Não muito distantes do palco e de Vikky, Silver e os outros assistiam a tudo muito surpresos pela ousadia da garota.

— Oh. My. GOD! – Wendy estava em completo choque enquanto Romeo, Natsu e Lucy tinham a mesma expressão estática em seus rostos.

— Era disso que eu estava falando!! Vai garota!!! – Lucy se anima um pouco demais enquanto observa a amiga detonando no palco.

— Ói... Sou só eu ou a Vikky-san acabou de humilhar os dragões gêmeos em seu próprio show?? – Comentou Natsu fitando a azulada.

— A tia Vikky é mesmo muito legal!! – Disse Romeo sem tirar o olhar de admiração da garota.

— Pode ser só impressão minha, mas acho que Vikky não simpatiza tanto com os colegas em questão... – Analisa Silver.

— Ela simplesmente os detesta, minha vida. – Diz Aquarius segurando levemente o rosto de seu amado. – Agora estou entendendo a animação de Lucy. Me pergunto se esta será a pequena vingança de Vikky McGarden... – Diz a azulada estranhamente mais animada com a ideia de ver uma vingança feminina ao vivo.

— Hm? Vingança... Mas do que está—

— Shhh.... Baby, depois eu explico. – Interrompe Aquarius pondo o indicador sobre os lábios do pianista, que pisca algumas vezes, confuso com a animação da garota, que passou quase todo o tempo entediada. Ele ri com sua reação e volta sua atenção à apresentação.

— Gray, muito obrigada por pedir que me buscassem para ver isto! Não acredito que quase perdi! Foi o melhor presente ever!! – Wendy abraça o rapaz, que ri.

— Ói, não agradeça a mim. Fiz isso pelo meu irmãozinho aqui. – Diz Gray que encara o irmão menor. Romeo cora e parece não saber como reagir.

— Viu, Romeo. – O garoto encara a menina. – Gray é mesmo um ótimo partido para minha irmã! – Diz ela satisfeita encarando o pequeno.

— É... Acho que você estava certa desde o início, afinal, heh... – Diz o garoto encarando Gray, que fica surpreso com o comentário do irmão e solta um risinho.

— Tch. Finalmente consegui puxá-lo para meu lado, huh? Seu pequeno...—

— Ói.... Estamos perdendo a apresentação! – Desconversa o garotinho, que não se livra de um pequeno empurrão na cabeça por seu irmão mais velho.

A apresentação continua animada.
 

...
 

Um loiro tentava limpar a tela de seu computador que acabara de levar um jato de cerveja pela risada mal contida.

— Não é como se os fãs dos caras não fossem dela primeiro, certo... – Ele continua rindo até que seu celular vibra e o garoto se recompõe. – Essa garota me matará um dia... “Só vejo meninas más”, francamente... – Ele segura o aparelho.

Temos a localização do camarim e do mixer de áudios. Os caras estão na mira. Próximo passo?

C.A.

O loiro fica satisfeito e começa a digitar algo em resposta.

Convençam os caras de que vocês, definitivamente, fazem parte do pessoal dos DG; façam como combinado e deem um jeito nos garotos. Depois disso, insiram o conteúdo do pen-drive no reprodutor de som para a segunda música. Sejam rápidos.

Laxus.

Ele envia e volta sua atenção à apresentação da rapper.
 

...
 

Gajeel e Juvia estavam estáticos. Gil acabara de explicar todo o plano de Vikky e agora eles já estavam sabendo de cada passo que ela havia planejado para aquela noite.

— Então esse é o plano dela e o Laxus também está envolvido?! – O moreno diz um tanto irritado.

— Por que ela não me disse nada?! – Disse Juvia sentindo-se um tanto traída.

— Bom, agora você sabe como me sinto quando ela decide coisas de última hora sem avisar seu próprio empresário. – Respondeu Gil enquanto uma gota escorre sobre sua testa.

— Bem, mas eu sou amiga dela, certo?! Não é como se eu fosse falar para alguém... Mas espera... Quem será que Laxus mandou para ajudá-la? Será que já estão aqui? – Questiona Juvia.

— Logicamente, já que Gajeel entrará assim que a nova música de Levy se encerrar.

— Mas como farão para que Sting e Rogue não intervenham enquanto ela estiver cantando sua música original com o Gajeel? Quero dizer, não há como não perceberem que ela estará cantando com outra pessoa uma versão totalmente diferente da que eles estipularam! – Disse Juvia.

— Bom, isso eu não sei. Sabe como ela é, adora surpresas e preferiu não me contar os detalhes. Tudo que me disse foi que ela leu o contrato e dará um jeito de se livrar dos garotos para poder cantar a canção que queria desde o início... Com a pessoa que ela queria desde o início. – Gildarts encara o moreno, que abaixa o olhar, pensativo.

— E por que ela queria, insistentemente, cantar suas duas músicas em sequência? Isto tem algo a ver com tudo, certo? – Pergunta Juvia.

— Hm. – Gil assente e continua. – Cantando separadamente, seria difícil que ela conseguisse “se livrar” dos garotos, uma vez que eles teriam que voltar para cantar novamente.

— E com duas apresentações seguidas, ela ganhará tempo para se livrar de Rogue e Sting, e então a próxima apresentação seguirá de acordo com o planejado. E sem interferências... – Conclui o moreno, mantendo seu olhar baixo. Ele encara Gil em seguida, que assente.

— Hm. Exato.

— Tch... Essa garota. Ela realmente pensou em tudo. – Diz Gajeel, observando-a no palco.

— Uau.. Não sabia que a Vikky era tão estratégica. Acho que se sairia bem numa competição de jogos de lógica... – Comentou Juvia.

— Hm. – Gil assente enquanto observa a garota.

— Acho que não tenho outra escolha então. Estarei me apresentando hoje. – Conclui Gajeel, sem tirar os olhos de Vikky.
 

...
 

O azulado tentava seguir a ruiva espremendo-se entre as pessoas que davam pouca atenção ao que estava acontecendo em sua volta, pois estavam muito focadas em outra coisa: a apresentação dos dragões. Erza ia pouco mais à frente junto com seu parceiro.

— Erza, espera! – O rapaz grita com voz ofegante enquanto tenta manter o ritmo da Scarlet.

— Jellal, se não está conseguindo nos acompanhar, deveria apenas voltar para casa. Eu falei que não precisava vir conosco. – Disse Erza, virando-se para encarar o rapaz, que parecia exausto ao finalmente conseguir sair detrás de uma pessoa  avantajadamente... gorda.

— E deixar você sair para um encontro em um show de rap? Sem chance. – Disse ele checando e ajeitando suas roupas amassadas; recompondo-se, ainda ligeiramente ofegante.

— Encontro? Tch... Será que você sequer vive nesse mundo? – Reclama Erza.

— Estamos aqui a trabalho, Jellal. Além disso, shows são estressantes. Há muitas pessoas gritando, pouco espaço e muito calor. Eu mesmo gostaria de ir para casa. – Disse Simon coçando a nuca brevemente.

— Hm. Concordo. Odeio locais lotados e barulhentos. Esse seria o último lugar para marcar um encontro. – Diz Erza.

— Agora estão concordando um com o outro sobre locais para um encontro... – O azulado comenta consigo enquanto uma gota desliza em sua testa.

— De qualquer forma, essa é uma missão importante para pegarmos a farsante foragida. E não foi você mesmo quem nos ajudou a descobrir que a garota é obcecada por um dos rappers que estão cantando essa noite e, consequentemente, odeia a tal Vikky, que acontece de estar prestes a cantar um dueto com ele e também acontece de ser ex namorada do cara por quem—

— Tá, tá, tá... Eu já entendi. É que você está bonita demais para alguém que está em uma missão policial. – Comenta o azulado ao reparar o vestido decotado da ruiva. Simon dá um riso enquanto a delegada tenta esconder seu rosto rosado.

— Idiota... Temos que nos camuflar como “parte da plateia” e não anunciar que estamos à procura de uma possível lunática psicopata foragida de um hospício para que um caos seja instalado.

— Bem, sendo assim... – O advogado põe um dos braços por trás da garota e puxa sua cintura, deixando-a perto de si. – Eu serei seu par esta noite. – Diz o rapaz com um sorriso.

— Jellal, você ouviu quando dissemos que isso é uma camuflagem e não há um real “passeio” ou “encontro”, certo... – Lembrou Erza.

— Hm. – Ele assente e continua. – No entanto, se é para fingirmos, deixe-me fingir que sou seu par esta noite. – A ruiva fita Simon como um pedido de ajuda, mas ele dá de ombros.

— Não olha pra mim. Vocês, que são um casal, que se resolvam.

— Ei—

— Está decidido. – Exclama Jellal, interrompendo a reivindicação que Erza estava prestes a fazer. – Aposto que aquela pequena criminosa não imagina que dois pombinhos apaixonados estejam a postos para o caso de ela surgir com outro escândalo na frente do estádio assim como fez na apresentação do pianista. – Ele sorri. A garota expira e massageia a testa, dando-se por vencida.

— Bem, essa é minha deixa para fazer uma pequena ronda no lado C das arquibancadas. – Diz Simon.

— Ei, aonde pensa que vai? – Erza se afasta do azulado.

— Não estou vestido de candelabro, ruivinha. Seguro sua vela outra hora!! – Diz ele sumindo entre a multidão.

— SIMON! – A garota grita, sem resposta. Ela expira e passa a palma da mão pelo rosto.

O azulado se aproxima como quem não quer nada e inclina-se em direção ao ouvido da ruiva.

— Onde estávamos...? – Ele pergunta com um sorrisinho. A menina vira e o encara com uma mão à cintura. Repentinamente, eleva seu indicador e o põe na frente do rosto do rapaz que se inclina para trás encarando o dedo da ruiva que estava praticamente em seu nariz.

— Isso... Não é um encontro.

— Ok.

— Estarei contando com você para me ajudar a checar quaisquer movimentos estranhos.

— Ok.

—... Que possam indicar que aquela garota esteja tramando algo.

— Hai. – A atitude do azulado estava desconcertando a ruiva, de certa forma.

— E também.... Você vai... Eu estarei... B-Bom, estaremos trabalhando como um time hoje.

— Hm!

— Quer parar de concordar com tudo que eu digo? Isso é irritante. – Esbravejou a ruiva, envergonhada.

—... – Ele eleva os ombros com um sorrisinho por não saber o que fazer se não concordar com o que ela disse.

— ... Esquece. Anda, vamos para a ala D.

— Estarei logo atrás.

Ele a segue como um guarda costas enquanto ela caminha rapidamente entre as pessoas que acompanhavam o show.

...

Uma dupla vestida com ternos, óculos escuros e escutas presas aos ouvidos caminhava nos corredores do estádio cumprimentando as pessoas que passavam por eles. Eles continuam seguindo rapidamente até chegarem perto do palco. Parte da decoração os escondia. Ambos pareciam analisar o espaço. Um “beep” desconcentra ambos que verificam o aparelho da qual o som ressoou.

— Era só o Laxus. – Diz a garota vestida com o terno feminino, agachada detrás dos panos pretos que cobriam a parte inferior da estrutura.

— Mais coordenadas? – Perguntou o rapaz igualmente agachado ao lado da garota.

— Não, só está ansioso. Tch... – Ela guarda o aparelho. – Quer que mandemos notícias constantemente. Qual é, a Mira nos indicou para o serviço por um motivo. – Reclama a morena. – Ele não confia em nós ou o quê? Aquele pequeno mal-agradecido.

— Não é como se ele nos conhecesse como a Mira-san, certo, Cana?

— Por que sempre tem que aliviar a barra de todos, Bacchus? – Ela expira. – Juro que depois disso Mira me deve uma semana inteirinha de bebidas grátis.

— Se ela aceitar, por mim, negócio fechado. Não seria nada mal uma semana inteira de bebida livre. – Diz o moreno com um sorriso satisfeito no rosto.

— Pff... Para você acabar com todo o estoque e não deixar nada para mim? Vai sonhando.

— Amor, você sabe que bebe o suficiente por nós dois. – Diz Bacchus. A garota parece ofendida.

— O quê?! Fala como se eu fosse a embriagada que pagou o maior mico semana passada quando—

— Shhh.. Shhh... Estamos saindo do foco. Lembre-se que o Laxus pagou uma grana preta para ajudarmos a Vikky.

— Tch. Você apenas teve sorte por ter sido DJ e entender de equipamentos de reprodução sonora.

— E de programas, não vá pensando que DJ’s apenas tocam músicas..

— O fato é que, mesmo que ele não pagasse nada, eu ajudaria a Vikky. Se ela é amiga da minha garota, então é minha amiga também.

— Hm. – Ele concorda. – Mira-san parece gostar mutio dela. E Gajeel também.

— Olha, acho que já localizei o reprodutor de áudio. Aquele cara lá em cima é quem está no comando! – Diz Cana, mudando de assunto. Bacchus olha em direção ao local que a morena aponta e assente.

— Bom trabalho, amor. – Ele dá um tapa no traseiro da morena que o fita com um sorriso vitorioso.

— Agora só temos que chegar até lá e apagar os—

— Ói, você disse “apagar”? – O rapaz a encara, estático.

— Calma, neném. Eles só vão dormir um pouquinho. – Ela retira um pequeno pano regado por clorofórmio de dentro do paletó. – Quer ver como é? – Ela sorri sinistramente e aproxima o pano do rosto do moreno que segura o pulso da morena para que ela não aproxime o “lenço batizado” de seu rosto e aproveita para puxá-la para um beijo.

— Você fica sexy agindo como uma espiã, sabia? – Diz ele de forma maliciosa.

— Ah é? Talvez essa possa ser nossa próxima fantasia sexual. – Brinca a garota, antes de terem que abaixar para esconderem-se de um membro da equipe dos dragões. Eles o observam continuar seu caminho e se afastar e levantam-se levemente apenas para recuperarem o seu próximo local alvo. – Estamos perdendo tempo. Vamos nos mover. – Conclui Cana.

— Hm! – Ele concorda e segue a garota que já havia movido em direção à próxima missão.

Os dois seguem escondidos e se preparam para resolver “o problema dos dragões” e, logo em seguida, irem até o DJ localizado no andar superior onde ficam os comentaristas dos jogos.
 

...
 

O loiro estava um tanto irritado e andava de um lado para o outro enquanto Rogue trocava de roupa sem fazer muitos comentários.

— A Vikky é inacreditável. O que ela quis dizer com “Ele está enganado, eu só vejo meninas más”?! E na frente dos fãs, paparazzi, repórteres e toda  mídia. Nós sequer pudemos responder ou seria um verdadeiro circo montado bem no meio do nosso show! – Ele reclamava indignado.

— Não é como se eu já não esperasse por uma alfinetada...

— E todos notaram essa tal alfinetada, eu te digo, meu caro! – Diz ele apontando e gesticulando. – E vocês ainda cantarão um dueto nesse clima de guerra. Argh... – Ele se joga no estofado. – Talvez isso, sim, seja um verdadeiro circo. O pior ainda está por vir... Droga!

— Ei, relaxa, cara! – Diz Rogue, parando de se trocar para encará-lo ao vê-lo alterado. – Não era você quem estava tentando me fazer pensar positivo antes do show?

— Isso foi antes de descobrir que Vikky era capaz de nos humilhar em público! – Rebate ele. – Aliás, não sei por que sequer eu tive que vir também para o camarim para trocar de figurino. Você é que irá encerrar o show com o dueto.

— Oh... É verdade... – Rogue começa a refletir sobre o comentário do rapaz.

— Acho melhor sair e confirmar com o pessoal. – Sting se levanta e vai até a porta. – Enquanto isso, você fica e termina de se arrumar para— Mas estava trancada.

— Hm? O que foi, Sting? – Rogue estranha a interrupção na fala do parceiro de palco, que começa a virar e puxar a maçaneta compulsivamente.

— Você só pode estar brincando....

— Não me diga—

— Estamos trancados aqui! – Diz o loiro virando-se para encarar Rogue, que fica imediatamente tenso.

— Não... – Ele abaixa o olhar, estático e depois olha para a TV que transmitia a apresentação da azulada. – Vikky...

— Urgh!! – O loiro chuta um pequeno jarro decorativo no calor da exaltação e senta-se ao estofado novamente abaixando a cabeça com mãos aos cabelos.

Não só estavam trancados no camarim, como teriam que assistir tudo de dentro daquele espaço enquanto eram passados para trás.
 

...
 

A azulada cantava radiante juntamente com Lil’ Freed a música que fizera especialmente para o momento que estava vivendo com Rogue. Não havia momento melhor para cantar aquilo do que em um show dos próprios.

— Vamos, meninas más. Eu sei que já memorizaram esse refrão!! – Ela grita em direção à plateia com um sorriso e uma mão ao ar.

 

You got a fetish for my love
       I push you out and you come right back
            Don't see a point in blaming yo-uh-ouh
           If I were you, I'd do me too-uh-oouh
              You got a fetish for my love

    Você tem um fetiche pelo meu amor
             Eu te afasto e você volta
               Não vejo motivo para culpá-lo
                Se eu fosse você, eu também me pegaria
              Você tem um fetiche pelo meu amor

 

E a plateia canta junto com Levy antes de Lil’ Freed entrar com seus versos.

 

The way you walk, the way you talk
            I blame you 'cause it's all your fault
              You playin' hard, don't turn me off  
              You acting hard, but I know you soft
            You're my fetish, I'm so with it

All these rumors bein' spreaded
             Might as well go 'head and whip it
               ‘Cause they saying we already did it
             Order diamonds, Aquafina
              Just need you in a blue bikini

 

O jeito que você anda, o jeito que você fala
            Eu te culpo porque é tudo culpa sua
             Você está jogando duro, não me diga não
          Você se faz de difícil, mas eu sei que você é mansa
             Você é meu fetiche, estou tão na sua

Todos esses rumores sendo espalhados
          Eu deveria mesmo ir e ficar com você
             Porque eles estão dizendo que nós já fizemos isso
             Peça diamantes, tão translúcidos quanto Aquafina
             Só preciso de você em um biquíni azul

 

O refrão se repete por mais um par de vezes e se encerra levando os fãs ao barulho intenso com aplausos e muitas meninas más chamando em coro pelo nome de Vikky, que se despede de Lil’ Freed, aplaudido da mesma forma.
 

...
 

A morena e o rapaz estavam a postos em frente ao mixer com o pen-drive conectado ao computador.

— Certo, a qualquer momento agora... – Comenta o moreno.

— MmMMmMMmmm...!!

— Shhh! – A morena fita o rapaz amarrado e com a boca tapada por uma fita preta. – Prefere dormir como seus colegas? – Ela aponta para mais dois caras grandes deitados no chão com o traseiro para o alto mais dopados que paciente pré cirúrgico.

— Mm-Mm... – O rapaz negou com a cabeça.

— Hunf... Foi o que pensei. A culpa é sua por ser resistente ao clorofórmio. Agora é melhor ficar quieto.

— Cana, você está me desconcentrando. – Diz o rapaz alterando o sistema de áudio.

— Não é culpa minha se não me deixou lidar com isto de outra maneira, o cara apenas não estava dormindo com o maldito líquido do sono! – Protesta a morena. Ele a encara com um olhar estático.

— Você queria dar um golpe de luta para desacordá-lo, meu amor.. – Disse com ironia o último adjetivo.

— Você tem que ser mais radical, querido. Não é todo dia que se pode viver a adrenalina. Meu garoto, Gajeel, sabe disso. Mal posso esperar para vê-lo cantar no lugar do trouxão do Rocco.

— Não era Rogue?

— Não, é Rocco, amor. Certeza. – Ela põe uma mão à cintura e apoia-se em seu amado para curtir o show, literalmente, de camarote.

— Que seja. – Ele aperta o play. – Está pronto.

O homem amordaçado expira e revira os olhos ao ouvir a conversa dos dois e encosta-se ao canto da parede, dando-se por vencido. O estrago já estava feito.
 

...
 

A melodia introdutória da música ao piano começa e a azulada respira fundo enquanto admira a plateia. Seus cabelos e roupas acariciados pelo vento dos grandes ventiladores das beiradas do palco; ela deveria estar mais calma agora que tudo havia dado certo, no entanto o ritmo de seus batimentos cardíacos não estava em harmonia com a serenidade das notas musicais. Era como se agora, que tudo se tornou real, ela mesma não estivesse pronta como pensou.
 

Eu realmente estou... Nervosa para cantar com o Gajeel?...
 

Talvez agora fosse diferente. Ela não estaria apenas cantando com a participação de seu segurança. Ela estaria cantando uma canção feita por eles. Ele estaria ali hoje como músico, como co-autor... Como Gajeel Redfox.

Ela sorri consigo e continua encarando o mar de pessoas que ovacionavam em meio às luzes das pulseiras neon.

Lobo solitário, chegou a hora de brilhar.


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