Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 67
Casamento?


Notas iniciais do capítulo

BU! Rá!! Peguei vocês desprevenidos! Aposto que não esperavam um capítulo de MSP no meio do hiatus. kkkkk.. Amo isso aqui demais pra aguentar ficar longe. Deixando as coisas claras, ainda demorarei pra postar os próximos capítulos porque minhas férias são beem pequenas e eu adoro escrever o tanto quanto adoro ver filmes, escutar música, comer... Quando vejo, o dia passou. Por isso é tão difícil parar pra escrever. kkkk...

Mas resolvi aparecer pra provar que A FANFIC NÃO FOI ABANDONADA. E NEM SERÁ ABANDONADA.

Beleza, dito isto, vão logo ler esse capítulo...



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Pareceu uma eternidade, mas finalmente havia chegado o tão temido dia da apresentação. Vikky McGarden e Dragões Gêmeos se apresentariam mais tarde naquele mesmo dia e a notícia já estava em todos os sites Gossip mais famosos de Tóquio. A azulada geralmente ficava inquieta e energética nos dias de suas apresentações, mas naquele dia específico, não. Ela estava pensativa e se manteve assim praticamente o tempo inteiro desde que se levantara da cama. O que eram dias agora tornaram-se horas. E em pouco tempo se tornariam minutos até ela estar cara a cara com Rogue para cantar uma canção que havia feito com Gajeel. Toda vez que ela se lembrava que teria que cantá-la com outra pessoa, sentia seu coração palpitar no peito como se seu próprio corpo rejeitasse biologicamente apenas o pensamento. Ela expira e encolhe-se no banco de balanço em sua varanda encostando sua cabeça ao encosto.

A porta de entrada se abre e alguém sai, visivelmente afobado.

— Ah, então você está aqui! – Disse a azulada um tanto ofegante.

— Por que parece que acabou de vencer uma corrida de 100 metros? – Questionou a rapper fitando sua assistente.

— Eu poderia dizer que isso é um exagero, mas também é como me sinto. Essa mansão, realmente... – Respirou um pouco mais para acalmar-se da jornada que havia feito à procura de Levy. – Confesso que Wendy seria útil agora, já que vivia correndo para cima e para baixo. – A rapper dá um risinho e abaixa o olhar com expressão nostálgica.

— É. A Wendy faz falta, mesmo tendo apenas alguns dias desde que  voltou para a Inglaterra. – A garota logo volta sua atenção à Juvia e continua. – Mas o que houve para estar tão apressada em me achar? – Perguntou a menina, com suas mãos apoiadas aos joelhos sobre o banco de madeira.

— Bem... Nada específico. Eu apenas estranhei a sua ausência por um momento e fiquei um pouco preocupada.

— Hm... Acho que apenas estou me preparando psicologicamente para o bendito dueto... – Ela abaixa o olhar e fita suas mãos. – Cantar com o Rogue... – A azulada fala consigo enquanto reflete. Juvia a encara. Sua preocupação não parece ir embora apesar de tê-la achado; ela sabia que Levy não estava tranquila. A Lockser vai até o banco e se senta perto dos pés de Levy. – Isso não vai ser muito fácil... – Continua a rapper.

— Levy... – Diz Juvia preocupada. Levy torce o canto da boca e olha para o lado, encostando a cabeça novamente no encosto do banco.

— Você lembra como foi difícil pensar em algo para colocar numa música que eu teria que cantar com Rogue?

— Hm. – Ela assente enquanto a rapper ainda olha para o lado com olhar baixo.

— Isso porque eu estava cega pelo ressentimento e pela raiva que voltei a sentir por tudo que Rogue me fez no passado. Estava realmente contrariada por ter que fazer uma música romântica onde o meu par seria aquele que me traiu da pior forma... – Juvia continuava ouvindo em silêncio. Levy respira fundo e levanta o olhar para fitar a amiga. – Mas o Gajeel iluminou outro caminho. Naquela estrada obscura havia um pequeno atalho que eu não fui capaz de achar até que ele me ajudasse.

— O Gajeel? – Juvia se surpreende. – Quer dizer que...

— Hm. – A rapper sorri. – O dueto é nosso. Meu e do Gajeel. – A azulada se manteve incrédula fitando a rapper. Levy dá um risinho e comenta. – Não teria como você saber, nós sempre nos juntávamos para compor durante a noite, quando você já havia ido, mas... É... – Ela dá um longo expiro. – O Gajeel é o verdadeiro par que deveria cantar comigo naquele palco hoje. E não o Rogue.

— M-Mas você e o Rogue já ensaiaram a música juntos, certo?

— Não é como se fosse a mesma coisa. A música tem que ser cantada com sentimento... Além disso, Rogue fez algumas alterações para adaptá-la ao estilo dos dragões gêmeos. Toda a nossa essência foi tirada da canção...

— Oh não... M-Mas eles não disseram que iam alterar sua música! – Levy fitou a amiga. – Quer dizer... Eles sequer podem fazer isso? – Juvia parece um tanto chateada.

— Eles são os Dragões Gêmeos. – Disse os últimos com ironia. – Acho que isso me deixa de mãos atadas uma vez que eu é quem estou fazendo uma participação no show deles. – Disse conformada.

— Isso é realmente um...

A azulada pareceu procurar alguma palavra muito feia, mas palavrões não eram a coisa da Juvia, então apenas expirou e conformou-se com...

—... Um desastre. – Disse a assistente. Levy respirou fundo e soltou o ar frustrado.

— Eu sei...

— Como o Gildarts não reparou em uma cláusula como essa enquanto assinava o contrato, francamente... – A amiga se levanta, chateada. O último comentário da assistente pareceu despertar uma nova inquietação na rapper, que franze as sobrancelhas e repentinamente para de ouvir o resto do protesto de Juvia. A última coisa que ouviu Juvia dizer era que tinha algo a fazer, levantando-se e deixando-a sozinha eventualmente.

— O contrato... – A garota mexe os olhos fitando as mãos enquanto raciocina concentrada.

A rapper se levanta rapidamente e parece ter algo em mente. Ela entra na mansão e passa por seu segurança um tanto afobada. Gajeel estranha seu comportamento e chama seu nome, mas ela não lhe dá muita atenção. O moreno arqueia uma sobrancelha e franze a testa. Ele encara a garota e parece decidir se a segue ou não. O que está aprontando dessa vez, garota?

...

O rosado caminhava para lá e para cá com peças de roupas de Lucy, que já tinha uma barriga de grávida aparente, apesar de ainda não ser tão grande. Ela já estava com quase 5 meses. Ela podia sentir suas pernas mais cansadas e era um pouco mais difícil seguir o seu ritmo diário agitado de sempre.

         Natsu coloca a última peça sobre o bolo de roupas e tira a poeira batendo as palmas das mãos. Ele dá um expiro.

— Essas são todas.

— É... Parece que sim. Está tudo aqui. – Diz a loira analisando atentamente todas as peças enquanto as conta.

— Fala sério, Lucy... Você realmente fazia todo esse trabalho? É um pouco pesado para fazer sozinho.

— Hm? – Ela levanta o olhar e pensa um pouco antes de responder com a mão no queixo. – Acho que sim... Não que isso fosse algo como “obrigação”. O fato é que sempre gostei de acompanhar o trabalho de perto e ajudar em tudo que podia. Que tipo de estilista “empresária” apenas desenha suas roupas e não acompanha sua manufatura?        

— Acontece que a senhora Heartfilia agora será mãe de, não um, mas dois bebês! Não vai poder participar tanto quanto antes dessa coisa de fazer roupas e entregas e análises.. – Ela dá um risinho.

— Você não precisa me lembrar disso, minhas costas já me lembram o suficiente à noite. Já não tenho o mesmo pique ou a mesma disposição de antes também... – Ela se senta sobre um puff e expira, parecendo cansada. – Não me lembro de ver minha mãe tão exaurida quando estava grávida da minha irmã..

— Talvez porque não estivesse carregando dois descendentes de um Dragneel. Heh.. – Abriu um largo sorriso agachando-se para ficar à altura de Lucy que o empurrou levemente e deu um risinho de sua piada. O rosado logo ficou sério novamente e fitou a garota. – Mas... Lucy... Eu falo sério. – A menina piscou. – Não pode continuar fazendo tanto esforço.

— Natsu, eu estou bem. – Tranquiliza-o. – Além disso, a Aquarius está quase o tempo todo comigo. É como se ela fosse a própria mãe deles. Ou a minha. – Ela ri da própria piada.

— É... No entanto, ela não é... Ela não deveria estar se incomodando tanto, certo?

— Hm? – Lucy arqueou uma sobrancelha tentando entender o rapaz.

— Quero dizer, não é como se eu não apreciasse o fato de que ela cuida de você e dos bebês, mas isso não deveria ser o papel... Do pai? – A loira pisca algumas vezes e olha para o lado, raciocinando. Ela não parece saber como responder.

— Acho que sim... – Ela o fita e inclina-se para frente, encarando-o propriamente. – M-Mas onde quer chegar? O que está propondo? Uma divisão de tarefas?... Ou talvez... V-você quer dormir aqui alguns dias da semana?

— Ou podíamos morar juntos. – Diz ele sem hesitar, como alguém que acaba de dar uma solução simples a um problema de lógica matemática. Isso a pegou desprevenida. Ela arregalou ligeiramente os olhos e ficou estática com a proposta do rosado. Natsu pareceu apreensivo com a reação da loira. – O-O que? N-Não gostou da ideia?

— Não, é só que... – A loira se levanta e dá alguns passos para o lado o posto, dando-lhe as costas para esconder sua expressão. – Eu... Não havia pensado nisso antes. – Ele fita as costas da garota e dá um passo em sua direção.

— E então?...

Não é como se a loira não tivesse sentido um frio na barriga ligeiramente animada com os mil pensamentos que a proposta de Natsu dispararam em sua cabeça. Uma família de verdade, possivelmente, era a coisa mais romântica que qualquer garota prestes a ser mãe desejaria. Quão mágico seria sair para o trabalho depois de tomar o café da manhã com o pai dos seus filhos, voltar para casa e encontra-lo brincando com as crianças e ser recebida com beijos e abraços de todos. Preparar a janta depois de um banho relaxante depois do trabalho. Deitar com ele e as crianças na cama enquanto liam uma história para dormirem, conversar sobre as coisas que fizeram durante o dia enquanto bebem escondido por não poderem fazê-lo em frente às crianças. Rirem das fotos engraçadas que tiraram do Happy, que caiu entre as almofadas do sofá da sala de estar por perseguir a luz vermelha da caneta laser.

Sim... Era mágico. No entanto, a parte mágica não era tudo. Havia mais. Ela teria responsabilidades. Muitas responsabilidades. Sem contar com o “pequeno” grande detalhe de que eles sequer se casaram. Que tipo de olhar as pessoas teriam com uma família nada tradicional como a deles, onde a sequência dos fatos foi totalmente invertida?

— Lucy?

— Ahn? O quê? – Ela pisca algumas vezes e sai de seus devaneios encarando o rosado, que estava à sua frente e ela sequer havia percebido.

— Você está bem? Está pálida e olhando pro nada há meia hora. – Diz ele, um tanto aflito.

— Ah... Estou, mesmo... – Ela move sua franja caída sobre um dos olhos empurrando-a para a lateral.

— É realmente.... Tão ruim assim morarmos juntos... Lucy-san? – A loira encara o rosado que, repentinamente, carregava uma expressão pesada. Ele a chamou de “Lucy-san”... Isso queria dizer que estava chateado? A loira pensa consigo.

— H-Hey... – Seu coração aperta ao vê-lo decepcionado. – Não faz essa cara. E-Eu falei que não era nada disso! – O rosado olha em seus olhos determinado.

— Então porque não?

— Eu... – Ela desvia o olhar. – Não disse que não.

— Mas não disse que sim. – Rebate.

— Natsu! – Ela protesta. Ele arqueia uma sobrancelha e ela expira dando-se por vencida e falando o que realmente está pensando. – Argh... Tá! Eu... Acho que tenho medo.

— Hm? Você tem... Medo? – Ele faz uma pausa. – De mim?

— O quê? Não! Não é de você... É de... Bom... Eu... Não sei. – Ela expira e se senta novamente. Ela o encara. – Você não tem medo que pensem que você de alguma forma quer tirar vantagem de mim porque sou dona da linha de roupas a qual você é um dos modelos?

— Está dizendo que prefere que pensem que você é uma mãe solteira.

— O quê? – Ela pareceu surpresa com o comentário de Natsu, que não pareceu estar brincando. – O que quer dizer com isso? – Ela parecia indignada.

— Quero dizer que as pessoas vão falar de qualquer forma. E desde quando isso é importante?

— Bem, é importante quando nos tornamos pessoas públicas!... Não é como se eu quisesse isso, Natsu...

— Lucy. – Ele a chama e se mantém sério. O rapaz se aproxima da loira que o encara com sobrancelhas franzidas. – Eu realmente não me importo com o que as pessoas vão pensar de um casal que está começando uma família. – Ela parece surpresa ao ouvir seu comentário. – Eu só quero ficar perto das pessoas mais importantes pra mim. O tempo. Inteiro. – O rapaz fala pausadamente aproximando seu rosto cada vez mais do rosto da garota, que encara seus lábios. Ela levanta o olhar e fita seus olhos determinados.

— Família, huh.. – Ela dá um risinho e parece orgulhosa. – Quando foi que amadureceu tanto, senhor Dragneel? – O garoto dá um meio sorriso.

— Talvez eu esteja treinando para quando for um pai de família. – Ele sorri fechando os olhos ao fazê-lo e põe sua mão sobre a lateral da barriga protuberante de Lucy; a puxa para perto quando põe a outra mão em suas costas.

— Tá, você está certo. – Ela envolve o pescoço do rapaz e encosta sua testa no queixo dele. – Eu acho que sou apenas boba por me importar com as outras pessoas, certo? Ao invés disso, me sinto grata. – Ela se afasta e encara o rapaz. – O garoto que eu amo acaba de me pedir em casamento. – O rosado pisca algumas vezes.

— Oh... Agora que mencionou, isso é realmente um casamento, certo, Lucy?

— Hm. – Ela sorri, mas avalia a reação do rosado. – Não gosta dessa definição? – Ele parece pensar em algo, mas logo volta a interagir com Lucy.

— Hm-hm. Eu gosto. Casamento é uma boa definição para isso. Heh. – Ela dá um risinho. – Lucy? – Ele a chama, fazendo-a fita-lo novamente. E lá estava seu olhar determinado novamente.

— Sim, Natsu.

— Eu te amo. – Ela pisca algumas vezes. E sente seus olhos arderem ao encharcarem-se gradualmente.

— Tentando me fazer chorar novamente. Garoto mau. – Ela beija os lábios do rapaz que afunda seu rosto no pescoço da loira, acariciando sua barriga com o polegar.

— LUCY! Não acredito... Quantas vezes tenho que lembrar seus compromissos?! – Eles se separam encarando a pessoa mal humorada que vinha na direção deles. Natsu revira os olhos e a loira dá um risinho.

— Aquarius... – Diz Lucy, constrangida.

— Sim, eu mesma. E você não é aquela que deveria estar no banco do carona do carro com todas essas roupas – Aponta. – No banco de trás para levar tudo até Vikky em 20 minutos??

— Oh my! É mesmo! – A loira se apressa. – E já estou atrasada!

— Ói, Lucy, não corra por aí com uma barriga de grávida! – Exclama Natsu ao ver a garota indo até as escadas rapidamente.

 - Não é como se eu pudesse tirá-la para poder correr, meu amor! – Exclama subindo as escadas.

— Acostume-se com ela. Eu já me acostumei. – Disse Aquarius sem fitar o rosado. Natsu a encara lateralmente. – Ela nunca me escuta, mas no fim... Sempre fica bem. Acho que ela sabe o que faz. – Diz a azulada. Natsu abaixa o olhar por um momento e pensa em algo antes de encarar a azulada.

— Ói... Aquarius.

— Hm? – Ela o encara com sobrancelha arqueada e cara de poucos amigos. – O que é.

— Eu nunca te agradeci por sempre cuidar tão bem da Lucy. – Ele se vira propriamente para encará-la de frente. Ele franze a sobrancelha. – Obrigado. – A azulada cora levemente, mas não desfaz sua cara amarrada.

— N-Não é como se fizesse isso por “favor”... Não precisa agradecer. – Ele arqueia a sobrancelha e abre um largo sorriso ao ver Aquarius desconcertada pela primeira vez.

— Não precisa ficar envergonhada, Aquarius-san. Heh..

— Q-Quem disse que estou envergonhada? Pff... Quer saber, por que ainda está aí parado quando deveria me ajudar a carregar essas peças todas para o carro? Tch! Francamente... Já não é o bastante ficar de namorico com aquela avoada ao invés de... – A garota se afasta com um par de peças e continua reclamando todo o caminho até o lado de fora. Natsu deu uma gargalhada e fez o que a garota pediu, seguindo com algumas peças de roupa na mesma direção.

...

A rapper sobe as escadas em direção ao seu estúdio e procura algo no pequeno armário onde ficam as cópias de todos os seus documentos.

— Tenho certeza que o Gil colocou aqui... – Diz ela retirando todas as pastas e lendo os conteúdos das capas. – Isso! – Ela finalmente acha o que estava procurando. Ela vai até seu puff-sofá cama redondo e fofinho e joga-se acomodando-se para ler o contrato que seu empresário assinara com os dragões gêmeos.

Ela começa a ler.

— Contrato de prestação de serviços artísticos... Hm. Vejamos as cláusulas. – Ela passa alguns segundos e quanto mais lê, mais parece chateada. – Mas... Aqui não tem nenhuma cláusula afirmando que eu preciso adaptar a música que eu fiz! – Ela levanta o olhar e parece estática. – Hunf... Aquele... – Ela dá um pequeno grito de insatisfação afundando o rosto no documento que acabara de ler. – Mentiras e mais mentiras. É tudo que aquele cretino sabe fazer! – A azulada continua furiosa.

~...~

Rogue e Sting estão sentados ao sofá da sala jogando videogame, enquanto Rogue espera a chegada de Levy para o primeiro ensaio juntos que farão da música que ela havia feito para o dueto.

— Mas falo sério, Rogue. Tem certeza que quer mostrar o mix que fez da música dela logo com a música que você escreveu quando estava com dor de cotovelo? Quero dizer, isso já está se tornando um pé no saco. Logo vão pensar que nosso repertório é todo dedicado à Vikky McGarden.

— Cala a boca. Como você saberia? Nem sequer se apaixonou ou namorou ninguém antes. – Respondeu o moreno, sem desviar a atenção do game.

— Observar suas experiências amorosas, brother, me faz agradecer por isso. – Deu uma risada antes de receber uma travesseirada na cara. – WÓH! – Sting inclina-se para trás com a pancada, soltando o controle.

— Isso é o que ganha por falar idiotices. – Diz Rogue colocando o controle sobre a mesinha de centro ao obter vitória no game. – Além disso, a música que ela fez não se parece em nada com um dueto entre um casal que se ama.

— Me pergunto se é porque o casal que irá cantar NÃO se ama? – Ironiza o loiro apoiando o queixo na palma da mão.

— Ela vai perceber que sou diferente, de um jeito ou de outro. E aí, sim, ela voltará a me ver como antes.

— É de dar pena. Verdade. – O loiro se levanta e se espreguiça, expirando. – Ela até já está saindo com o tal motorista ou segurança... Redrock? Fare... Oh well, não me lembro o nome dele. – Dá de ombros.

— É Redfox, seu burro. E a mídia inventa coisas o tempo inteiro. Isso é, com certeza, só mais um rumor. – O loiro dá uma gargalhada.

— Olha só, meu maninho anda fazendo suas pesquisas. – Ironizou em meio as risadas. – Que seja, cara. Ela já seguiu em frente. Você deveria fazer o mesmo depois desse dueto.

— Esquece, você nunca vai entender.

— Tch. – Ele joga um travesseiro na direção do moreno que o agarra por reflexo. – Tô falando isso porque é meu melhor amigo. Você ainda vai se meter em um problemão por causa dela.

A campainha da mansão dos dragões dispara.

Os rapazes olham em direção à porta.

— Ela não morre mais, não é? Heheh... – Continuou o loiro. O moreno encarou o amigo. – Eu vou nessa. Tenta não acabar com um olho roxo como da última vez. – Ele vai em direção ao quarto com uma porção de snacks que surrupiou da cozinha.

— Tch. – O moreno se levanta e vai receber Levy, que não pareceu querer muitas delongas. Ele guiou a garota, que apareceu sozinha enquanto Gajeel a esperava do lado de fora, a pedido de Rogue.

Ambos seguem até o estúdio dos dragões e ele se mostra animado ao dizer que fez algumas alterações no “protótipo” que a garota havia enviado. Ela fica um pouco desconfiada, mas ele está confiante. Ele já havia deixado tudo pronto para mostrar a ela. Ele pede que ela se sente e aperta o play.

Yeah... Twin dragons.
     Vikkyyyy.
          Les’t do this..

I've been living with a shadow overhead
          I've been sleeping with a cloud above my bed
          I've been lonely for so long
        Trapped in the past, I just can't seem to move on

Tenho vivido com uma sombra por cima da cabeça
         Tenho dormido com uma nuvem sobre minha cama
           Tenho estado sozinha por tanto tempo
        Presa no passado, eu não consigo seguir em frente

I've been hiding all my hopes and dreams away
          Just in case I ever need 'em again someday
           I've been setting aside time
           To clear a little space in the corners of my mind

Tenho escondido todas as minhas esperanças e sonhos
           Apenas no caso de eu precisar deles de novo algum dia
         Tenho reservado tempo
            Para apagar um pouco de espaço nos cantos da minha mente

What kind of dress you're wearing tonight
              Is he holding onto you so tight
               The way I did before?
I overdosed
             Should've known that love was a game
             Now I can't get you out of my brain
            Oh, it's such a shame

    Que tipo de vestido que você está vestindo esta noite
                Ele está segurando você bem apertado
                Da maneira que eu fiz antes?
            Eu tive uma overdose
             Deveria saber que o amor era um jogo
          Agora eu não consigo tirar você do meu cérebro
             Oh, é uma pena

 We don't talk anymore, we don't talk anymore uhh
           (All I wanna do is find a way back into love)
             we don't talk anymore, like we used to do
            We don't laugh anymore
              What was all of it for? Uhh...
             (I can't make it through without a way back into love)

             Nós não conversamos mais, nós não conversamos mais, uhh...
                      (Tudo que eu quero é encontrar um caminho de volta pro amor)
                   Nós não conversamos mais como costumávamos fazer
                   Nós não rimos mais, para que foi tudo isso? uhh...
                      (Eu não posso seguir em frente sem um caminho de volta ao amor)

A música ainda tocava quando o moreno fitou a garota que parecia confusa. A melodia chega ao fim e ele espera por um feedback da azulada.

— Então? O que achou?

— Você tá brincando, certo? – Pergunta com sobrancelha arqueada e descrente.

— Pergunta porque gostou ou não? – Pergunta ele, confuso.

— Rogue... Arh.... – Ela expira e se levanta dando-lhe as costas. Ela parecia contar de um até dez. Ela se vira e o encara com a expressão mais serena que conseguiu. – Não está ruim, ficou... Diferente. – Ele arqueou uma sobrancelha.

— Diferente. – Ele repete dando a entender que ela deve explicar melhor sobre isso.

— É. Está ótimo. Mas essa não é a música que eu fiz.

— Bom... Não completamente, mas é uma mistura dela com uma minha. Olha, Lev—

— Vikky. – Ela o corrige. O garoto expira e continua.  

— Vikky... – Ele corrige-se e continua. – Não é como se eu quisesse isso. Nosso empresário disse que a música tem que estar adaptada ao nosso público, uma vez que será cantada no nosso show. É uma questão contratual. Já foi assinada por todos, mudar isso seria uma burocracia e... Arh... – Ele se aproxima dela, que ainda estava irritada. – Você mesma disse que quer acabar logo com isso, certo?... Quer mesmo reavaliar o contrato por causa de uma birra?

— Birra?! – Ela solta um riso incrédulo. –  Você tirou toda a essência da música que fala de reconstrução... De fechamentos e esperança. E não de saudade de ex-namorados. – Falou o último de forma sarcástica.

— Que seja, Vikky. As coisas são como são. Não temos escolha além de cantar essa versão de Way back into love. – Ela arqueou a sobrancelha.

— Não mudou o título? – Perguntou desconfiada.

— Na verdade, ainda não temos um melhor, então...

A garota sorri e expira, incrédula. Aquilo definitivamente seria muito mais do que difícil.

~...~

A azulada se levantou afobada ao lembrar-se da raiva que sentiu ao descobrir que não cantaria sua canção original. Era verdade que ela estava odiando o fato de cantá-la com outra pessoa... Mas aquela música trazia uma parte do Gajeel e compartilhá-la com o mundo significava compartilhar o talento não reconhecido de seu segurança para o público.

— Ói, baixinha. O que deu em você? Parecia preocupada agora há pouco. – A azulada encara seu segurança e parece pensar em algo. Estreita o olhar e desvia os olhos do moreno. – Levy. – Gajeel adentra o local e se aproxima da garota, que continua raciocinando e o ignora. – Ói... Não me ouviu falar com v—

— Eu tenho que ligar pro Gil. – Responde ela subitamente dando um pulo de onde estava e surpreendendo o moreno, que arregala os olhos por seu movimento repentino e a observa correr para outro lugar novamente.

— Mas o que... – O moreno fica aparentemente confuso e desconfiado. Ela definitivamente estava aprontando algo. O sorriso no rosto dela não mentia.

Não muito tempo se passa e ele escuta passos rápidos retornando ao estúdio e logo vê a rapper retornando como alguém que esqueceu algo. Ela agarra a gola de sua camisa e o puxa à sua altura para beijá-lo. A azulada suga seus lábios com vontade e se separa encarando-o em seguida.

— Desculpa não te dar atenção. Mas preciso resolver umas coisinhas, tá? – Ele pisca algumas vezes, sem reação quando ela se vira e começa a correr novamente saindo no estúdio. – Preciso achar meu celular! Ele vai me matar se eu não avisá-lo dessa vez!

O moreno dá alguns passos e observa o alvoroço da garota que percorre a mansão em busca de seu telefone. Naquele momento ele não sabia o que pensar, então preferiu apenas fazer o seu trabalho. Às vezes, entender Levy McGarden era a real missão impossível.

— Tch. – Ele põe as mãos nos bolsos e vai em direção a Juvia, que parecia precisar de ajuda com as roupas que Lucy havia acabado de trazer com Natsu e a assistente mal-humorada.

É... A agitação pré-show já estava começando.


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Notas finais do capítulo

É isso, #FamíliaMSP! Próximo capítulo vocês descobrem o que a Levy está aprontando. Mas, de novo: não sei quando vou postar. Sei que pode demorar, mas prefiro escrever sem pressa. Prezo mais a qualidade do que a rapidez. Lembrem-se que depois vocês podem ler a fanfic inteira de novo e é melhor que esteja BOA do início ao fim! kkkk...

Espero que não tenham me esquecido. Se tiverem, tratem de lembrar. E aguardem os próximos capítulos atentos, nunca se sabe quando vou aparecer com um capítulo saído do forno. xD Até a próxima, meus rappers!



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