Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 66
Punição de despedida.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, família #MSP
O capítulo está beeem longo, espero que gostem! Boa leitura!



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A azulada se mantinha imóvel sobre o step enquanto ajudantes faziam os últimos retoques no vestido que usaria para a sessão de fotos para uma loja de noivas. Como sua assistente pessoal havia sido liberada para deixar a irmã no aeroporto, Levy apenas alcançou seu celular e tentou distrair-se durante o processo. Depois de tantos detalhes e ornamentações aquilo já estava durando uma eternidade. Não que houvesse tanta coisa interessante o suficiente na internet para distraí-la. No entanto, a rapper se lembrou de um comentário feito por Juvia recentemente sobre histórias que aparentemente eram feitas por fãs sobre ela. Isso podia ser bem interessante. Hum... Vamos ver o que meus fãs tem para mim. Me pergunto se há alguma história sobre Gajeel também?...

A garota desliza o dedo sobre a tela depois de digitar o que procurava e busca por histórias feitas por fãs. Ela encontrou uma série de sites específicos para esses tipos de histórias e resolveu entrar em um deles. Ela eleva as sobrancelhas ao ver a quantidade das ditas “fanfics” que existiam sobre ela. Uma delas até sugeria que Laxus era seu amante secreto na época em que ainda namorava Rogue.

— Credo!.. – Exclamou a garota, pensando alto involuntariamente.

— Oh. Algo errado, Vikky? Eu te furei com a agulha? – Perguntou a ajudante que ajustava o tamanho do vestido às medidas da rapper. Ao perceber que pensara em voz alta, Levy corou levemente.

— Ahg... N-Não.. Foi apenas uma coisa que vi no meu celular. Continue o trabalho tranquila... – Respondeu a garota, atentando-se para não fazer comentários em voz alta mais uma vez.

Ela continuou deslizando o polegar a procura de uma história com o título, ao menos, intrigante... Até que uma chamou sua atenção. Ela arqueia uma sobrancelha e põe o dedo sobre o link para abri-lo.

 

Cap 1. Caninos.

O rapaz já começava a ficar intrigado com as notícias frequentes na TV sobre desaparecimentos ou corpos sendo descobertos em meio à bosques ou parques distantes da cidade. As marcas nas vítimas eram transmitidas pela mídia como sendo provenientes de ataque animal, mas o lobo solitário conhecia perfeitamente os cortes precisos das garras de um canino humanoide. Ou lobisomem, como todos costumavam chamar comumente, mas ele detestava essa baboseira mitológica. Lobisomens não tinham absolutamente nada a ver com seres peludos que se transformavam em grandes cachorros raivosos em dias de lua cheia, muito menos eram desprovidos de consciência quando se transformavam. Como ele sabia?... Por que ele próprio era um canino humanoide.

 

Lobisomens?... Ela pensa consigo, dando um risinho. Francamente...

Ela volta a ler.

 

A verdade sobre os ditos “lobisomens” era que podiam se transformar a qualquer momento, não apenas em dias de lua cheia. Para os mais novos era difícil ter tal controle no começo, mas com o tempo, a personalidade podia ser adaptada para aflorar em momentos certos ou quando fosse preciso. Nada muito significativo acontecia fisicamente com a transformação, diferente do que diz a mitologia com toda a coisa da fisionomia de lobo babão com caninos afiados. O que realmente ocorre é que as características primitivas dos lobos, para os que nascem com o gene canino humanoide, elevam significativamente as habilidades e os instintos de sobrevivência já existentes em humanos. Não havia nada como homens se transformando em bestas, deixando rastros de pele por aí, matando pessoas descontroladamente ou nada que todos já tenham assistido uma vez na vida em algum filme de terror durante uma sexta feira 13. Os lobisomens da vida real são apenas pessoas com sentidos superiores à dos humanos comuns, incrível rapidez, força, instinto de sobrevivência, territorialidade e outras características comuns dos “parentes” caninos.

 

Tch... Quão criativas essas pessoas podem ser? Pensa consigo novamente antes de uma ajudante desviar sua atenção.

— Tudo pronto, Vikky. Agora só preciso buscar sua tiara e estará pronta para as fotos.

— Oh... – Ela encara a garota e sorri. – Claro.

— Fique à vontade, voltarei logo. – Ela e as outras saem, deixando-a sozinha. A rapper vai até o sofá e se senta com cuidado para não amassar o vestido. Por sorte o véu era acoplado à tiara, do contrário teria de ficar em pé.

— Bom, até que isso foi rápido... – Disse referindo-se aos ajustes que já duravam quase uma hora. Ela expira e volta sua atenção ao celular novamente. No entanto, agora não teria tanto tempo para terminar a tal história. – Arh... Quando eu vou aparecer, afinal? – Ela desliza o dedo e procura por seu nome na história.

 

Gajeel, que assistia às notícias, se irrita e bate seu punho sobre o balcão do bar.

— Isso não está cheirando bem. Há um maldito canino ameaçando nossos pescoços. – Murmurou o rapaz expirando a fumaça do cigarro entre os lábios.

— Ói, meu rapaz! – Chamou o senhor que ficava atrás do balcão, saindo de uma portinha estreita e carregando uma bebida. – Tente não quebrar nada, esse lugar não é tão novo assim. Não podemos bancar uma reforma agora!

— Hah. Foi mal, velho. – Disse o moreno, levantando-se e jogando uns trocados sobre o local. – Eu já estava de saída, de qualquer forma. – Ele se vira e vai em direção à porta do bar. Mas não saiu antes que o jornalista da TV informasse sobre o último local onde vítimas do tal ataque de animal haviam aparecido.

A porta do lugar se fecha atrás do homem e ele ajeita a gola de seu sobretudo, preto como a cor de seus longos cabelos bagunçados. Ele dá uma última tragada e expira a fumaça jogando o objeto no chão.

— Eu não sei que maldito novato está nos ameaçando desta vez. – Ele pisa no cigarro que acabara de jogar, apagando-o com a sola de sua bota. – Mas não deixarei que isso continue. – Ele vai até sua moto e segue em direção ao parque onde acontecera o último ataque. Ele estava determinado a encontrar o canino inconsequente que andava se divertindo durante a noite.

 

A azulada fica estática.

— Espera aí. O Gajeel está na história? E ele caça lobisomens? – A garota reflete sobre isso por um momento antes de dar uma risada. – Isso pode ser realmente interessante. Agora estou curiosa.

Ele começa a andar. Há pedaços de grama arrancados, restos de galhos e folhas deslocados. Tudo começou a ficar tenso apenas quando ele viu uma peça de roupa ensanguentada perto de uma fonte.

— Droga. – Ele franze a sobrancelha e se aproxima para comprovar que aquela era a roupa de alguém, e mesmo que não fosse uma vestimenta, seu faro era potente o suficiente para saber que aquela mancha, definitivamente, era sangue. Ele caminha alguns metros até que sua visão lateral capta um movimento e ele vê alguém relativamente pequeno. Ele arqueia uma sobrancelha. – Hm? Uma... Criança?

Folhas secas atrás de si estalam e ele sente imediatamente a presença de alguém.

— Quem diabos está chamando de criança? – Ele vira e vê o responsável por toda a comoção.

— Uma garota?... – Ela arqueia a sobrancelha.

— Vai ficar descrevendo minha aparência física ou o quê?

— Então você é o motivo do bando de corpos achados nas últimas semanas. – O moreno cruza os braços. A garota revira os olhos e dá as costas.

— Não acha que está meio tarde para acusar estranhos sem provas? Apenas finja que não me viu, sim? – Continuou a menina, sem fitá-lo.

 

Ela parece surpresa.

— Sem chance... Eu sou a lobisomem causando toda a confusão? – Ela ri enquanto continua a leitura.  

 

... O Redfox a fita seriamente com olhos estreitos e expressão escurecida. Parece determinado. A azulada dá um salto e segue para a direção oposta a ele, fugindo de sua vista, porém ele não deixa a distância entre eles aumentar tanto e a segue com igual fugacidade. À medida que ele a seguia, o cheiro de sangue ficava cada vez mais forte. Estaria ela guiando-o para o local onde deixara outra vítima?

— Eu irei capturá-la de qualquer jeito. Apenas se entregue de uma vez.  – Disse ele logo atrás da garota que pulava de um obstáculo a outro.

— Mal começou a caçada e está cansando? Parece que está enferrujado. Por que não persegue criancinhas com capas vermelhas ou vovós inofensivas? – Ela pula sobre o tronco de uma árvore e salta em outra direção rapidamente, aumentando novamente a distância quando o moreno estava prestes a ficar perto demais.

 

— Uau! – Ela ri. – Toma essa, lobo solitário! Hahaha... – No entanto, a garota começa a refletir consigo. – Oh my... Agora imagino quão assustador seria ter alguém como Gajeel querendo realmente me matar... – Ela olha para o lado e expira. – Estou feliz por isto ser apenas ficção.

— Deu pra falar sozinha?

— Gyah! – Ela dá um pulo e acaba derrubando o celular no chão. Era seu segurança. Ele definitivamente não morre mais. – Arh!... Nunca vai aprender a bater na porta, não é?! – O moreno, com as mãos nos bolsos, arqueia uma sobrancelha e fita o aparelho da rapper caído em frente a ele.

— Foi mal. Mas acabo de esbarrar naquela coisa cheia de cabides. – Apontou com o polegar e continuou. – Você teria ouvido se não estivesse tão distraída. – Ele se aproxima e nota que há um texto na tela do celular. – O que via de tão interessante nesse... – O moreno se inclina para pegar o aparelho, mas a azulada corre para alcançá-lo primeiro. Já era embaraçoso demais estar lendo uma história sobre ela mesma, ela não precisava que ele descobrisse que a tal fanfic era também sobre ele. E que, além de tudo, eram lobisomens. Definitivamente não. Pensando nisso, ela sentiu vergonha por ter se interessado por isso, em primeiro lugar.

— E-Ei! Deixa comigo, eu... Eu pego. – Ela consegue tomar o objeto antes que o moreno o alcance. Ela se levanta um pouco ofegante enquanto aperta o botão do menu inicial para sair do link. – Você já fez o bastante, por sorte não há rachaduras na tela. – Ela ajeita o espartilho, subindo-o um pouco mais, já que seu busto quase ficara à mostra pela súbita afobação.

— Rachaduras. – Ele repete desconfiado. Seus olhos fixos no decote acidental da rapper.

— Claro... Acha que só porque sou rica não me importo com rachaduras no meu celular... – Diz ela nervosa demais para perceber o olhar do rapaz em seus peitos.

— Devo lembrar que esse é o terceiro que tem desde que comecei como segurança porque perdeu os outros dois? – Ela abre a boca para justificar-se, mas ele interrompe. – E que, provavelmente, sequer saíram da mansão.

— Olha aqui—

— E apenas ficou com preguiça de procurá-los e então continua comprando novos celulares. – Continuou ele interrompendo-a.

— Argh! Se sabe onde estão, então por que não os procura e me devolve, hein?!

— Seria como achar uma agulha num palheiro. Além disso, não fui contratado para isso. – Ele cruza os braços com um sorriso.

— Então apenas compre quantos celulares eu precisar! – Ela cruza os braços e vira, expirando. Na verdade, estava aliviada por ter desviado a atenção do rapaz. Não era como se houvesse brigado realmente com seu segurança, entretanto. Ela pode ouvir sua risadinha, mesmo de costas. Ela tratou de enfiar o celular no meio de suas roupas e mantê-lo fora do alcance dele.

— De qualquer forma... – Ele começou. –... Vim apenas porque a garota com a tiara prefere que vá de uma vez para o estúdio e pediu que te chamasse.  Eu ficarei aqui, uma vez que essas coisas são entediantes. Não se importa, certo?

— Oh... Entendi... – Ela parecia um tanto desapontada. Ela vira e vai em direção à porta.

— Até por que... – Ela arqueia uma sobrancelha e o fita parcialmente. – Não sei se poderei conter por muito tempo a vontade de rasgar esse vestido e te possuir de novo. – A garota cora violentamente e sente seu peito chacoalhar com a súbita taquicardia.

— G-Gajeel!!!... – O moreno começa a rir ao ver a expressão envergonhada e a cor das bochechas da rapper.

— Relaxa, baixinha. Gihihihi... Quero apenas dizer que está bonita com esse vestido de noiva. – Gajeel certamente tinha um jeito excêntrico de elogiar. Ela expira e pressiona os lábios, ainda constrangida.

— Obrigada, Eu acho... B-Bem, eu vou agora.

— Bom ensaio! – Exclamou acenando enquanto a garota se apressava para sair dali. Ele a observou com um sorriso até que ela saísse. Sozinho no local, desviou seu olhar para a pilha de roupas da rapper jogada sobre o sofá. – Tch. É tão fácil fazê-la ficar nervosa. – Deu um risinho. Ele enfia a mão dentro das roupas para achar o celular que caíra em sua frente antes. Ao achá-lo, tira-o da pilha de roupas e o joga para cima, agarrando-o novamente com um sorriso vitorioso. – Agora vamos ver o que estava escondendo, Vikky McGarden. – Ele procura pelo histórico de aplicativos recentes até encontrar o tal texto que vira antes. – Era isso que estava na tela quando caiu. – Concluiu ele. O moreno pressiona o aplicativo e aumenta o texto. Ele começa a ler o conteúdo.

 

— Tch... Eu realmente deveria apenas ignorar aqueles homens e arrancar sua garganta com apenas uma mordida. – Provocou com um sorriso.

— Então teria que ser corajoso o suficiente para se revelar. Ou eliminar as testemunhas. Coisas que duvido que faça. Então memorize apenas isso: Vikky McGarden. – Ele franziu as sobrancelhas. – Esse é o nome da “criança” que te passou para trás. – O moreno piscou algumas vezes e deu uma risadinha.

— Não cante vitória antes do tempo... Vikky. Porque o Gajeel Redfox não desiste tão fácil. Agora que te escolhi como presa, não descansarei até capturá-la. – Disse com um sorriso em meio aos arbustos. A garota sorri e parece satisfeita.

 

O moreno franze a sobrancelha.

— Mas o que raios... É isso? – Ele encara a tela do celular estático por alguns segundos antes de decidir ler a coisa toda.

 

...

 

O irmão mais novo de Gray encara o teto de seu quarto, sozinho e deitado em sua cama e enquanto ouvia música em seus fones de ouvido. Ele pisca algumas vezes lembrando-se do que havia acontecido antes.

 

~...~

 

Lyon e Romeo se afastam da casa das irmãs Lockser. O pequeno ainda não estava consciente do motivo pelo qual sua orelha estava prestes a ser arrancada pelo perolado. Mas a tortura não dura muito tempo e o padrinho finalmente solta a orelha vermelha do garoto que massageia o lugar assim que é liberado.

— Au... – Romeu murmurou enquanto tentava esfriar a orelha quente. O perolado para e encara o pequeno com braços cruzados como esperasse uma explicação, batendo o pé. Romeo percebe o olhar do rapaz e pisca, bufando e olhando para o lado com braços cruzados. – Tá, já vi que fiz algo errado, mesmo.

— É. Você fez. – Confirmou.

— O que pode ser tão ruim para que quase arranque minha orelha?! O Gray já tenta arrancá-la o suficiente, sabia dindo?! – Protestou o rapazinho ainda avulso ao que Lyon havia descoberto.

— Que tal uma aposta onde a Juvia, o Gray e eu somos os protagonistas?! – Romeo piscou algumas vezes e pareceu surpreso.

— A-Aposta?

— É. E nem tente negar, porque a reação de Wendy quando me viu com Juvia foi prova o suficiente. Além disso, Juvia foi quem me disse sobre a tal aposta e ela não afirmaria algo sem ter certeza antes.

— A tia Juvia?! Ela sabe da aposta?! – Exclamou o moreno, surpreso. O perolado arqueou a sobrancelha ainda encarando o menor, que percebeu que acabara de se entregar. – Argh... Tá bem! A gente fez uma aposta para ver com quem a tia Juvia ficaria... – Ele admite, sem encarar o padrinho. – M-Mas não é como se isso fosse algo que.. AU! – A orelha do garoto é puxada novamente. – Tio Lyon, já chega!!!

— Por que eu deveria parar de punir um pestinha que aprontou?!

— Porque eu estava tentando te ajudar!! Au.... – O rapaz o solta novamente enquanto o menino massageia novamente o local com olhos vermelhos. Sua pobre orelha estava prestes a se entregar. Aquilo ardia de verdade.

— Isso não é desculpa, Romeo. – Disse o perolado parecendo um tanto mais sério sobre a bronca.

— Dindo, tá na cara que você é afim da tia Juvia, mas não fazia nada sobre isso! Então eu pedi a ajuda da Wendy para juntar vocês! Foi só isso, eu juro.

— O quê?! C-Como assim “tá na cara” que sou afim da Juvia?! – Esbravejou o perolado, um tanto constrangido.

— Provavelmente, até a tia Juvia já percebeu. Mas você nunca falava com ela. – Lyon cora.

— Está... Tão óbvio assim?

— É. – Afirma Romeo arqueando uma sobrancelha. O rosto de Lyon parece ainda mais rosado e ele parece irritar-se.

— Gh... Q-Quer saber, isso ainda não é desculpa! Além disso, essa história está muito mal contada. Se pediu para Wendy te ajudar, por que ela estaria tentando me afastar da Juvia?

— Porque ela conheceu o meu irmão e perdeu o juízo!

— Wendy... Quer que Juvia fique com o Gray. – Afirmou o rapaz.

— É. Ela apenas mudou de ideia de uma hora pra outra e então tudo começou. Eu queria fazê-la ficar com você e Wendy queria que ela ficasse com o Gray... M-Mas tudo acabou saindo do controle... Não era pra ter acabado assim...  – Ele expira e abaixa o olhar, olhando para o lado. – Agora ela me odeia. – Lyon arqueia uma sobrancelha ao notar que Romeo estava cabisbaixo a ponto de ter se esquecido de cobrir suas orelhas.

O mais velho expira e massageia a testa, pensando no que fazer. Depois de alguns segundos ele parece decidido e agacha-se para encarar o afilhado nos olhos.

— Arh... A Wendy não te odeia, Romeo. – Lyon ainda não tinha acabado com o assunto da aposta, mas confortar o garoto parecia mais importante agora. Ele não queria ver Romeo tão triste. O garoto fita o dindo, desanimado enquanto ele continua tentando animá-lo. – Pensando melhor... Talvez esteja está realmente chateada por ter que se afastar da irmã; de você... – A suposição de Lyon não teve efeito visível em Romeo, ele não acreditava muito nisso. Ele não conseguia esquecer a última coisa que a garota dissera quando se viram, provavelmente, pela última vez.

— Acho que estou realmente ferrado agora. Todos devem estar bravos comigo... E com a Wendy também.

— Todos quem?

— Você, a tia Juvia, a Wendy... E terei que preparar minhas orelhas para quando Gray finalmente descobrir. Ainda mais quando souber que estive apoiando você na coisa toda... – Ele expirou, preocupado e, possivelmente, arrependido. Ele se senta no batente da calçada. Parece tentar conter o choro e continua fitando o chão. Lyon não estava realmente bravo. O perolado se aproxima e se senta ao lado do afilhado.

— A Juvia não está brava, Romeo. E nem eu. – O garoto o fita com olhos vermelhos. – Vamos, pare de fazer essa cara. No final, vocês dois são apenas crianças fazendo criancices. – O garoto abaixa o olhar.

— Acho que sim. – Ele sempre dizia o quanto não era mais uma criança, mas desta vez sentiu que talvez ainda fosse.

— Mas o que vocês fizeram não foi certo. As pessoas devem decidir o que fazer com a própria vida sem a interferência dos outros... Entendeu? – O menino assentiu.

— Hm. Desculpa por isso, dindo.

— É bom ver que aprendeu a lição. Isso já é o suficiente. – O menino ainda estava triste. O perolado expira. – Façamos o seguinte. Te levarei para casa e lá contaremos essa história da aposta para Gray... Juntos. – O garoto arregala os olhos assustado e surpreso.

— O quê?! Contar pro meu irmão? Agora? M-Mas—

— Ói... Calma, tampinha! Eu disse que contaremos juntos. Prefere que ele descubra por outros e tente arrancar suas orelhas quando eu não estiver por perto?

— N-Não... Mas... – Ele ainda parecia incerto. Não estava preparado para encarar seu irmão depois de receber uma bronca de Wendy e Lyon na mesma noite.

— Além disso... Acho que tenho que te agradecer, de qualquer forma. – O moreno o fita, sem entender.

— Hm?...

— Foi graças a sua insistência em vir que finalmente pude confessar o que sinto a Juvia... Não é? – O menino pisca algumas vezes e não evita um risinho.

— Heh... Já era tempo, dindo...

— Tch. – Lyon puxa o garoto envolvendo o pescoço dele com seu braço e bagunça seu cabelo com a outra mão.

— Ói, não bagunce meu cabelo!

— É o que ganha por fazer essa cara de cachorro sem dono!

— Tudo bem, tudo bem! Já estou sorrindo, veja! Ha ha ha... – Exclamou o menino fingindo uma risada, preso ao braço de Lyon que continuava esfregando o punho em sua cabeça. O padrinho de Romeo ri e o solta, levantando-se enquanto o menino ainda se mantém sentado à calçada e arruma o cabelo ainda sorrindo pela brincadeira de Lyon.

— Vem logo, vou te levar para tomar um sorvete. – Diz Lyon estendendo a mão ao menino.

— O quê?! – Ele segura a mão do rapaz e se levanta, limpando a poeira da roupa.

— Ué, está prestes a enfrentar seu irmão mais velho. É justo que seu organismo tenha açúcar suficiente para que possa correr bem rápido se for preciso. – Brincou ele, fazendo Romeo dar uma risada. – Esse é o sorriso que queria ver.

— Dindo... – Romeo sorri e parece um tanto emocionado. – Você é o melhor padrinho de todos. - Lyon parece satisfeito ao ouvir Romeo.

— Tch. Sou mesmo. – Brincou. – E você é o melhor afilhado de todos. Não importa o quê. – O menino sorriu. – Agora vem logo, tampinha.

O rapaz põe o braço ao redor do pescoço do garoto puxando-o para um abraço lateral enquanto caminham em direção a alguma sorveteria próxima.

 

~...~

 

O pequeno se mantém pensativo enquanto fala consigo.

— Seria melhor ter ido com eles até o aeroporto?...

 

No aeroporto.

Lyon e Gray estavam a caminho do aeroporto para se encontrarem com Juvia e Wendy. Gray estava livre, uma vez que não haveria mais ensaios para o desfile de Lucy, então, felizmente, pode atender ao pedido da azulada, que havia requisitado a presença dele e também de Lyon para a despedida da irmã. As irmãs Lockser aguardavam a chamada para o voo da pequena quando viram os rapazes se aproximando ao longe.

— Olá Juvia. Wendy. – Cumprimentou Lyon, parando em frente a elas e ao lado de Gray que as cumprimentou igualmente.

— Oi, meninos. – Cumprimentou Juvia, que desviou o olhar ligeiramente ao perceber sua irmã escondendo-se relativamente atrás dela. Gray arqueia uma sobrancelha enquanto observa o comportamento da menina e Lyon a observa em silêncio. Juvia continua. – Ahn... Que bom que chegaram antes de Wendy partir, porque... – Juvia segura seu braço e a leva para frente, fazendo-a encarar os rapazes. – Ela queria se despedir propriamente de vocês, certo Wendy? – A menina assentiu, não levantando o olhar. Estava visivelmente envergonhada.

— Ah, é? – Disse Gray com um sorriso. – Que bom que chegamos a tempo, então.

— Está tudo bem, Wendy. – Disse Lyon. A menina olhou para o lado ao entender sobre o que o perolado se referia.

— Não, não. – Disse Juvia reprovando a educação do perolado com olhos fechados e movendo seu indicador. – Wendy, vamos. Eles estão esperando que se despeça propriamente. – Enfatizou o “despeça”. Wendy sabia que a função daquele verbo não era descrever sua atitude, mas poupá-la de ficar ainda mais envergonhada em frente às peças de seu pequeno jogo com Romeo. A azulada expira e continua fitando o chão. Pigarreia e começa.

— Adolescentes são, sim, um bando de crianças chatas e bobonas como eu... Me desculpa por meter o nariz onde não sou chamada. – Disse a garota visivelmente constrangida. Os rapazes se entreolharam confusos enquanto Juvia não conseguiu evitar uma risada. Wendy vira e cochicha para a irmã. – Hey, pare de rir! Isso não foi nada engraçado!

— Considere isto parte de sua punição. Achou mesmo que iria se safar depois de ontem? – Disse Juvia pondo uma mão à cintura. Uma gota cai sobre a testa da menor.

— Ahg... O que estamos perdendo? – Perguntou Gray, claramente entendendo que havia caroço no angu.

— Lyon levou Romeo para ver Wendy ontem e ela se comportou mal, então, como punição, ela deveria se desculpar com vocês dois antes de partir. Por isso insisti que viessem.

— Não me entenda mal, mas não me parece que Wendy queria realmente dizer o que disse. – Disse Lyon.

— Claro que não. – Disse Juvia. – A punição dela não foi apenas pedir desculpa, isso seria fácil demais. – Disse Juvia surpreendendo Lyon e Gray, que achavam que Juvia seria bondosa demais para fazer sua irmã menor pagar tamanho micão. Ela continuou. – Ao invés disso, eu pedi para que alguém escrevesse o pedido de desculpas perfeito para que ela memorizasse e dissesse aos dois.

— Uou... Isso... Foi bem criativo. – Disse Lyon prendendo um riso.

— E quem foi o autor do tal pedido de desculpas? – Questionou Gray.

— O Gajeel. – Respondeu Juvia, sorrindo.

 

~...~

 

Wendy arregala os olhos ao ouvir quem seria o contribuinte para sua punição, mas Juvia ignora a reação da menina enquanto disca o número em seu celular, prestes a ligar para o próprio.

— Juvia... Me diz que você está brincando... Eu já pedi desculpa, eu realmente me arrependi por reagir daquele jeito! – Implora Wendy esfregando as mãos, visivelmente aflita.

— Nah-ah. Não vai funcionar dessa vez, mocinha. – Ela entrega o aparelho à menina.

— Mana, por favor! Eu vou viajar amanhã! Quer mesmo que minha última lembrança do Japão seja uma situação humilhante?!

— Não seja dramática. Você mesma procurou isto. – Uma voz impaciente ressoa do aparelho e ambas encaram o objeto enquanto a mais velha ainda o segurava estendido na direção de Wendy. – Não deixe sua punição esperando, Wendy. Ele não é muito paciente. – A garota bufa e hesita por um momento antes de se dar por vencida e agarrar o telefone da mão de Juvia. – Sem rebeldia! - Ela faz uma pequena pausa e continua. – Ponha no viva-voz. – Diz a menina decidida, cruzando os braços. A pequena aperta a tela do aparelho e obedece à irmã.

— Gajeel-san? – Chama Juvia.

— Ligações não são muito o seu forte, então suponho que algo aconteceu, certo? – A mão de Wendy quase vibra pelas ondas sonoras da voz grave do moreno que ressoam através do objeto.

— Hm. – Ela assente. – O que acontece é que Wendy se comportou mal e preciso de ajuda para que ela seja devidamente punida.

— Não brinca! Gihihihi... Tudo bem, isso vai ser divertido. O que tenho que fazer?

— Você é um grande traidor, sabia, Gajeel?! A Juvia me disse como descobriu tudo e você nos entregou! – Protestou a garotinha ainda inconformada pela humilhação que ia passar.

— Ói, eu apenas incentivei a suspeita que ela já tinha. Vocês têm o mesmo sangue e, consequentemente, a mesma esperteza. Achou mesmo que sairia dessa sem ser descoberta?

— Ainda parece uma traição para mim! – Fez bico.

— Wendy, quer mesmo ser rude com a pessoa que decidirá o que você dirá quando estiver em frente a Gray e Lyon?

— O quê?! O Gajeel... Vai decidir o que eu vou dizer?... Como assim? – Repetiu Wendy, confusa, mas não tão disposta a saber mais, porque só ia ficar pior.

— Sua punição é se desculpar com os meninos falando seja lá o que Gajeel planejar.

— Fala sério. Essa é minha parte? – Diz ele decepcionado. – Pensei que a faríamos comer minhocas ou coisa do tipo.

— M-Minhocas?! – Repetiu Wendy assustada.

— O quê? Elas são nutritivas. Podem salvar sua vida se estiver perdido em uma floresta. – Justificou o rapaz, provocando-a. Juvia deu uma risadinha enquanto Wendy a fitou com olhar de desespero.

— Para a sorte de Wendy não teremos tempo para algo desse tipo, Gajeel-san. Além disso, eu não seria tão cruel. O fato é que você pensará no pedido de desculpas perfeito. Não se importe em poupá-la. – Disse Juvia.

— Gihihihi... Tudo bem, acho que já sei o que a pequena pimentinha dirá aos seus pretendentes. Ói, Wendy. Pegue um papel e uma caneta. – A menina lança um último olhar esperançoso em direção à irmã que eleva as sobrancelhas, não se convencendo.

— Você ouviu o rapaz, Wendy. Eu seguro o celular enquanto busca as coisas.

A pequena expira e obedece, sem outra opção.

 

~...~

 

— Gajeel definitivamente não é mais legal. – Disse Wendy emburrada. Os rapazes deram um risinho.

— Não se preocupa, baixinha. – Gray se aproximou da garota. – Eu não tenho o que desculpar, afinal você está no meu time, certo? – Ela pisca algumas vezes e cora, olhando para o lado.

— Gray, não a incentive! – Repreende a irmã maior.

— O quê? Ela me ajudou, não foi? Como posso ficar chateado sem motivos? – A branca cruzou os braços, mas não estava realmente brava.

— O que importa é que ninguém está realmente irritado com você ou com Romeo, Wendy. Tudo está bem. – Disse Lyon, voltando ao eu realmente interessava.

— Ah, é! O Romeo... Ele não veio... – Reparou Wendy.

— É. O pirralho estava com muita vergonha para encarar você e a Juvia, então apenas ficou em casa. Mas ele também não está com raiva de você. – Disse Gray. – Além do mais, aquele pequeno traidor não mereceu que eu o trouxesse de qualquer forma.

— Ói, não fale assim do Romeo. Ele apenas é um garoto sábio. – Brincou Lyon.

— E você não deveria estar lá com seu novo irmão?! Estou dando ele para você! – Esbravejou o moreno.

— Ele certamente ficará feliz com a notícia. – Provocou Lyon, sem alterar o tom de voz.

— Ói, o que quer dizer? Não sou bom o bastante como irmão?! – Irritou-se levantando um dos punhos.

— Foi você quem o deu para mim, primeiramente! – Disse o perolado cruzando os braços.

— Pois eu o estou pegando de volta! – Rebateu Gray, apontando em direção ao garoto.

— Já chega, os dois! – Disse Juvia. Os rapazes olham para lados opostos com braços cruzados. – O importante é que, apesar da pequena punição de Wendy, ela está realmente arrependida.

— Na verdade, me arrependo por ter magoado a Juvia e... Lyon. – O rapaz a fita. – Desculpa por ter te tratado mal. Eu apenas levei muito a sério a coisa toda de ganhar a aposta... – Ele se agacha em frente a ela e sorri.

— Tudo bem, Wendy. Aposto que um dia eu consigo conquistar sua amizade. – Ela pisca algumas vezes e dá um risinho entendendo a referência.

— Me parece uma boa aposta. Talvez você consiga. – Ela fecha os olhos em um sorriso sincero.

— Eu não precisarei apostar nada, uma vez que já ganhei seu apoio, certo Wendy? – O moreno vai até a garota e a abraça, tirando-a do chão, arrancando uma gargalhada da pequena. Ele a põe no chão novamente e continua. – Brincadeiras a parte, espero que possamos nos conhecer melhor na próxima. Boa viagem, pirralha.

— Obrigada. Vocês dois. – Juvia apenas observava os três com um sorriso satisfeito.

— Obrigada por terem vindo, meninos.

No final, tudo havia acabado bem. Mas a menina não deixou de sentir um pequeno incomodo no peito quando a imagem de Romeo surgiu em sua mente enquanto ela caminhava até o avião. Espero que você não esteja me odiando muito, Romeo.

 

...

 

A rapper finalmente volta da sessão de fotos e conversa tranquilamente com um dos fotógrafos sobre o ótimo trabalho que acabaram de fazer quando nota seu segurança entretido com algo em seu celular. Pera aí. MEU celular?! A garota se apressa e pede licença antes que o rapaz com quem conversava conclua seu pensamento.

— Ei!! – O moreno levanta o olhar, indiferente por ser pego bisbilhotando. A garota agarra o objeto, ou agarraria se ele não o tivesse desviado de seu alcance.

— Pareceu que eu tinha terminado de... Ler a fanfic?

— O quê?!... A.. Fanfic? – Ela cora. – D-Do que você está falando.

— Disso mesmo que está pensando. Fala sério... – Ele se levanta. – Lobisomens?! Você curte esse tipo de coisa?

— Claro que não! Eu apenas fiquei curiosa por um momento e...

— Que decepção... – Ele coça a nuca. – Acho que você não é tão descolada afinal. As aparências enganam, não é?... – Ele joga o celular em direção a ela que quase o deixa cair.

— M-Mas...

— Acho que terminamos por hoje, certo? Vamos embora de uma vez. – Ele expira, decepcionado. – Lobisomens... Tch. Aposto que era Team Jacob assistindo Crepúsculo também... – Diz o rapaz balançando a cabeça. Vai em direção à saída enquanto Levy sente seu coração acelerar e seu rosto esquentar com tamanha vergonha.

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— Vikky? Você... Está bem? Parece um papel de tão pálida. – Disse o fotógrafo tirando a garota de seus pensamentos.

— Ah... Não é nada. – Disfarçou a garota percebendo que havia esquecido de respirar. – Eu provavelmente não comi nada há muito tempo. Farei um lanche e ficarei bem. Com licença! – Ela segue rapidamente em direção ao moreno que continuava olhando algo atentamente em seu celular. Sim, sua imaginação havia tomado conta novamente, mas, com sorte, ele não deve ter visto o site da tal história que esteve lendo, já que ela havia retornado ao menu antes de enfiá-lo nas roupas, certo?...

A garota se aproxima e tenta ao máximo não parecer nervosa.

— Gajeel... – O moreno levanta o olhar, indiferente por ser pego bisbilhotando. Yep... Sua reação foi exatamente como pensei. Sequer liga por ter pego olhando meu celular.— Esteve muito distraído enquanto estava trabalhando?

— É. – Ele diz com a mesma indiferença e parece entediado. A garota sente suas mãos suarem e dá um sorriso amarelo.

— Hm.. E o que estava olhando... No meu celular?

— Hm? – O garoto fita o objeto em suas mãos. – Não era o meu? Tch... Esses celulares são todos parecidos. – Ele se levanta e entrega o objeto. A garota franze levemente a sobrancelha e o encara, segurando o celular desconfiada.

— Como... Você não percebeu que era meu?

— Eu estava apenas lendo umas notícias na internet. – Ela arqueou uma sobrancelha. – Não olhei suas fotos, se é isso que te preocupa.

— Ahg... É. – Ela pareceu aliviada. – Eu... Eu acho bom, mesmo!

— Até por que, não há nada que eu já não tenha visto. – Ele sorri maliciosamente.

— Gajeel! – A garota cora.

— Estou mentindo? Está dizendo que não vejo todo traje que veste para os trabalhos que faz? – Ela olha para o lado ainda mais vermelha. O garoto se aproxima devagar. – Ou... Será que pensou que eu estava me referindo a outro tipo de visão... – Ele abaixa o olhar e encara o decote da garota novamente. Dessa vez, ela percebe e o empurra, irritando-se por ele fazê-la ficar constrangida.

— Francamente, Gajeel! Você adora me provocar! – Ele dá uma risada.

— Que belo casal vocês fazem. – Disse uma idosa que entrava na loja de vestidos onde havia ocorrido a sessão para a revista. Gajeel estava com seu uniforme de segurança, que mais parecia um terno, e estando Levy vestida de noiva, provavelmente, foi o que fez a idosa associá-los com um par de noivos.

— Oh.. Na verdade—

— Muito obrigado, senhora. – Disse Gajeel, pondo a mão em volta da cintura de Levy e trazendo-a para perto, cortando a explicação que a rapper estava prestes a dar. A idosa sorriu novamente e seguiu para o andar de cima do estabelecimento.

— Por que agradeceu, Gajeel? Sabe que não somos um casal... – A garota pareceu um tanto desconcertada.

— Você sabe que parecemos um casal. – Rebateu.

— Quer saber, já chega. Estou cansada para discutir com você. Vou tirar esse vestido para irmos de uma vez. Ainda tenho que falar com o Rogue para saber se está tendo problemas com a música do dueto.

— Quer ajuda para tirar o vestido? – Pergunta o rapaz, ignorando a última parte da frase de Levy.

— Gajeel. – Ele dá uma risada.

— Desculpe, não consigo evitar. Você apenas fica muito fofa quando eu falo essas coisas. – Ela cora, mas disfarça revirando os olhos e bufando enquanto dá as costas para ele. E desta vez ela levou seu celular consigo. Felizmente ele não havia visto nada... Ou foi o que ela pensou.

O moreno se encosta à poltrona e cruza as pernas descansando os braços sobre o seu encosto, com um sorriso nos lábios. Ele não queria que ela soubesse, mas havia lido toda a história que ela sequer terminara de ler. Ele riu ao lembrar-se da tal fanfic onde ele desejava matá-la por ameaçar a identidade dos lobisomens da região.

— Esses fãs da Levy. Tch... – Ele se levanta e põe as mãos nos bolsos, indo em direção às maletas de maquiagem da rapper para recolocá-las no carro.

Por hora, ele não falaria nada. Mas ele definitivamente usará isso no futuro para ver aquela cara envergonhada da McGarden outra vez.


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Notas finais do capítulo

A fanfic que Levy estava lendo é realmente uma One Shot que fiz especialmente pra ela ler nesse capítulo, se quiserem posto à parte. Não é grande, é basicamente aquilo que ela leu. kk Só vai estar mais detalhado.. Na verdade, vou postar sim. Dane-se.

Tomara que tenham gostado do capítulo! Até a próxima, meus rappers!



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