Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 63
Desejo remanescente.


Notas iniciais do capítulo

Faaaaaaaamiiiiiiliaaaaaaaaaa #MSP!!!!! Estou de vooooooooltaaaaaaa! Ai, meu Deeeeeus! kkkkk.... Ou quase, né? Ainda não estou de férias, mas a apresentação do meu TCC já foi e passei, então arranjei um tempo pra continuar a fanfic. Eu já estava morrendo de saudade de escrever, de ler os comentários de vocês, enfim!!! Amo tudo isso! Espero que aproveitem a leitura! ;)



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A azulada encarava o teto de seu quarto e parecia preocupada. Já havia se passado duas semanas desde aquele dia, mas sempre que ela descansava sua mente, a mesma cena voltava trazendo a mesma sensação em seu estômago e nos pelos arrepiados de seus braços. Ela respira fundo e suas bochechas ficam rosadas. Ela franze a sobrancelha levemente e fecha os olhos. 

~...~
 

— Então, como se sente após uma apresentação de verdade? – Brincou ela. – Estive ansiosa pra falar com você. – O rapaz fecha a porta atrás de si e gira a chave no trinco da porta. O som da fechadura faz a garota parar de falar. Na verdade, agora ela percebera que o moreno estava estranho. – Hm? Gaj—

— Não me leva a mal, Levy... Mas não quero falar disso agora. – Ela pisca algumas vezes em silêncio, enquanto ele anda rapidamente em sua direção. – Eu apenas preciso fazer isso primeiro.
 

O olhar que ele lançara sobre ela a fez sentir uma pressão no diafragma que aumentava à medida que ele se aproximava. Sua respiração acelerou com a antecipação do toque de Gajeel até que ele finalmente alcançou suas coxas e envolveu sua cintura com elas. A garota sentiu uma onda de prazer inesperada ao imediato atrito das mãos dele em sua pele. Era como se eles estivessem juntos pela primeira vez. A palma da mão do moreno pressionava cada parte de seu corpo ansiosamente e ele parecia desejá-la mais do que das outras vezes. Ela sentiu o ar diminuir a sua volta e começou a ficar ofegante pelo alvoroço dos movimentos de Gajeel. Sem perceber, suas roupas já estavam quase todas jogadas ao chão, assim como as dele.

— Gajeel... – A garota diz quase em um gemido sussurrado, mas é calada pelos lábios do rapaz que não pareceu se importar com o que ela tinha a dizer.

Ele continua acariciando-a. Seus toques eram fortes e doces ao mesmo tempo. Era difícil pensar em algo quando ele continuava a provocando desse jeito. – Gajeel... Aqui não é o local apropriado par—

— Não é o que o seu corpo diz. – A garota fecha os olhos e expira ao sentir a língua do garoto percorrer a ponta de sua orelha até o pescoço.

— O que deu em você? – Ela expira enquanto o moreno continua descendo seus lábios até parar entre seus seios.

— Considere isso a sua punição por me fazer cantar no meio de toda aquela gente.

— O quê?! – Exclamou incrédula. – Conta outra! Como se fosse seu primeiro show!

— Bom... Com essa quantidade de gente, sim. – Ele arqueou uma sobrancelha enquanto ela o encarou ainda ofegante. Ela não pareceu satisfeita com a resposta e esperava que ele continuasse. – Tch... Você não está caindo nessa desculpa, não é? – Ela apenas balançou a cabeça sem desviar os olhos do moreno. Ele deu uma risadinha e pôs-se sobre a azulada propriamente para encará-la. Sua expressão mudou e ele confessou seriamente. – Tá bom. Eu apenas não resisti a você. – A respiração da azulada se desregulou enquanto ele fitava seus lábios. – Eu adoro quando é atrevida. É como se nada pudesse te domar... – Ele eleva seu olhar para fitá-la nos olhos. – É incrivelmente sexy. – Ele sorri com olhos parcialmente estreitos. Leva alguns segundos antes que ela dê uma risadinha.

— Fala isso pra todas as rappers que se apresentam com você? – Brinca ela.

— Não... – Ela passa as mãos pelas pernas da garota. – Só às que têm essas coxas. – Ela a puxa e enfia o rosto no pescoço da garota, que começa a rir.
 

~...~
 

Levy abre os olhos e sente seu coração acelerar.

— Por que não consigo pensar em outra coisa desde aquele dia... ? – Ela se senta sobre a cama e abaixa a cabeça, deixando suas madeixas penderem à frente. Ela expira.

Desde aquele dia sua relação com o moreno também parecia ter mudado, era quase como se ela tivesse vergonha ao simples pensamento de estar a sós com ele. Seu olhar tinha efeito ainda mais desconcertante que antes, sua pele parecia muito mais sensível ao toque de seus dedos. Tanta coisa mudou e ela nem ao menos percebeu tudo acontecer.

— Droga... O que está fazendo, Levy?... – Diz consigo enquanto reflete sobre seus sentimentos confusos.
 

...
 

Erza estava sentada analisando algumas fotos e informações novas que recebera do paradeiro de Porla quando ouve batidas na porta.

— O que é? – Diz ela emburrada sem desviar o olhar dos documentos.

— Será que a delegada Scarlet nunca está de bom humor? – Ironizou o rapaz entrando na sala. A ruiva o encarou, surpresa.

— Jellal?

— Tá, eu confesso que senti falta até mesmo do seu mau humor. – Disse o azulado, com um sorriso.

— E eu que pensei ter me livrado finalmente de você. – Disse ela ignorando o último comentário do rapaz. Ele deu uma risada.

— Oh, não se preocupe, apenas estive numa pequena viagem com uma velha amiga. – Ela pareceu surpresa por um momento antes de voltar a sua forma durona de sempre. O azulado notou, mas resolveu ignorar e continuou. – Além disso, isso nunca irá acontecer. Você é minha mulher, afinal de contas.

— Ah, claro. E foi por isso que saiu para uma viagem íntima com uma velha amiga... – Murmurou emburrada voltando a encarar os papeis.

— Desculpe, disse alguma coisa? – Fingiu-se, inclinando-se e pendendo a cabeça em direção a ela.

— Argh! – Ela bate a mão com os papeis sobre a mesa e o encara. – Você vai me deixar trabalhar ou o quê?!

— Ah, claro. – Ele se estende. – É que achei que estivesse com ciúmes por um momento..

— Tch! Sua vida não é mais da minha conta. - Ela passa a mão pelo rosto expirando.

— Estaria tudo bem se fosse. Quero dizer, sou seu marido. – Provocou. Ela o fita em silêncio, seriamente, segundos antes de ameaçá-lo.

— Jellal, se eu tiver que repetir que estamos separados mais uma vez, eu me certificarei de que eu me torne uma viúva em vez disso. – Ele arqueou uma sobrancelha.

— Quer dizer que vai me matar?

— Entenda como quiser.

— Curioso... – Ele se aproxima e abaixa para sussurrar no ouvido da delegada. – Você diz que estamos separados... Então como se tornará viúva? – Ela parece não saber o que dizer, mas prepara-se para responder, mesmo assim.

— Olha aqui, não foi isso que eu—

O celular da garota começa a tocar, interrompendo-a. Ela fica relutante em atender e parece irritada por não conseguir pensar em algo para responder à provocação do azulado. Ele percebe sua atitude e dá um risinho antes de virar em direção à porta.

— Tudo bem, pode atender. Eu espero lá fora. – Ele vira parcialmente seu rosto para encarar a azulada. –  Mas continuamos a conversa assim que terminar sua ligação. – Ele pisca um olho e sai com um sorriso, fechando a porta atrás de si.

— D-Desgraçado... Ele sempre consegue.. Argh! – Ela cora levemente e atende o celular. – O que é?...
        

No lado de fora da sala.

Os rapazes conversavam perto de um balcão.

— Você é o único que consegue deixá-la envergonhada desse jeito. – Disse Simon em meio a risadas. O azulado tinha um sorriso vitorioso no rosto.

— Ela é sempre durona, mas não resiste ao meu charme. – Ele toma um gole do copo de café que o parceiro de Erza o oferece.

— Arh... – Ele continua a sorrir, mas fica pensativo ao encarar a ruiva através das frestas da persiana da janela de sua sala. – Eu não sei por que ela insiste em continuar assim. – A voz do moreno mudou relativamente e pareceu mais preocupado. Jellal ficou intrigado.

— O que quer dizer?

— Ela tem dedicado sua vida apenas para prender caras perigosos. Aqueles que ninguém consegue pegar. Ela dedica quase 100% do tempo apenas para isso... É raro vê-la sorrir. – O azulado fitava o chão com sobrancelha franzida e parecia refletir. Ambos encaram a ruiva. – Você faz bem a ela, Jellal. – O ex da Scarlet fica surpreso com o comentário e desvia seu olhar para fitar o moreno, que o encarava com um sorriso. O azulado abaixa o olhar por um momento antes de fitar a ruiva novamente com um meio sorriso.

— Acho que sim. – Ele diz consigo.

Algum tempo depois de desligar o telefone, a garota começa a juntar suas coisas e sai apressada da sala.

— Aqui vamos nós... – Comenta Simon, vendo que, provavelmente, a tal ligação havia sido sobre Porla. Jellal ouve o comentário do moreno e o fita rapidamente antes de observar enquanto a Scarlet se aproxima com ar determinado.

— Simon!

— Me deixe adivinhar. – O moreno diz, expirando. Ela para na frente dos rapazes, sobrancelhas franzidas.

— É exatamente o que está pensando. As câmeras de um hotel registraram a passagem de Porla por esta rua. – Ela estende um papel com um endereço anotado. – O curioso é que ele estava dentro de um carro luxuoso. – Diz ela enquanto tenta ligar os pontos em sua cabeça. – Pelas fotos, também é blindado... Ele está quebrado demais para conseguir um carro como este. – Ela faz uma pausa antes de continuar. – Além disso... Não era ele quem estava dirigindo.

— Um motorista?... – Simon coça o queixo com sobrancelhas franzidas.

— Ou pior. Aliados. – Ela diz irritada.

— Em tão pouco tempo? – Ele estranha.

— Ow... Espera um pouco... Se isso for verdade, então a coisa é mais perigosa do que vocês pensavam, certo? – Meteu-se o azulado. – E você quer investigar isso com apenas um parceiro? – Disse fitando a ruiva em tom preocupado.

— Eu sei o que estou fazendo, Jellal. É melhor ficar fora disso, conheço essa cara. – O azulado parece frustrado.

— Erza—

— Apenas consiga algum criminoso para defender como um bom advogado que é. – Ironizou a garota. – Simon! Você dirige dessa vez? – Ela joga as chaves da van para o rapaz que as agarra no ar. O moreno nota a expressão ainda preocupada de Jellal e se sente mal por ele. A ruiva já caminhava em direção à saída quando ele abaixou seu olhar, decidindo seu próximo passo. Jellal expira e segue na direção oposta até que o moreno se pronuncia.

— Quer saber...? – O azulado o fita parcialmente e a ruiva para e torna a fitá-lo. Ela arqueia uma sobrancelha. – Acho melhor levarmos uma das viaturas.

— O quê? – A ruiva pergunta, confusa. – Você sabe que não usamos viaturas para investigações como essa. Vai chamar muita atenção.

— Se acharmos Porla e seus aliados, precisaremos de mais de um carro para levá-los. Quero dizer, nós não sabemos quantas pessoas podemos encontrar hoje, certo? – Ela arqueia a sobrancelha e olha para o lado.

— Hunf... – Ela parece desconfiada, mas o argumento do rapaz realmente fazia sentido. Ela volta a encará-lo, ainda um tanto desconfiada. – Acho que sim. – Ele dá um risinho e joga as chaves de volta para a ruiva. Jellal observava tudo com igual desconfiança no olhar.

— Vá na frente, irei em seguida. Apenas pegarei as chaves da viatura. – Ela expira e se dá por vencida.

— Tudo bem, não demore. – Ela sai apressada.

O moreno vai em direção à placa onde as chaves de todas as viaturas disponíveis ficavam penduradas enquanto o azulado o seguiu com o olhar.

— Por que eu acho que você está tramando alguma coisa?.. Simon. – Falou Jellal com os braços cruzados.

— Porque estou. – Ele vai em direção ao ex da Scarlet e estende as chaves que acabara de pegar.

— O que é isso? – Ele encara as chaves na mão do moreno.

— São as chaves da viatura número 063. O número está escrito bem aqui, então sei que não vai pegar a viatura errada e estragar tudo. – Disse o moreno enfiando as chaves na palma da mão do rapaz que as segurou, sem outra opção.

— Para quê está me dando isso? Quer que me prendam? Isso é uma armação da Erza ou o quê?

— Shh! – O moreno o puxou para o canto. – Quer que todos saibam que estou te dando as chaves de uma viatura policial? – O azulado arqueou uma sobrancelha. – Apenas dirija a viatura e a siga até o local. Eu sei que está preocupado, além disso, ela não parou de falar de você desde que esteve sumido. – Ele arregalou os olhos.

— O quê? A Erza?... S-Sério?

— É... Mas você conhece a Erza. Não é como se ela assumisse que estava com saudades. Apenas citava seu nome a cada quatro ou cinco frases...

— Citava?

— Tudo bem que, na maior parte, eram acompanhadas por adjetivos não tão amigáveis.

— Oh... Hehe. – Deu um risinho sem graça.

— O que importa é que vocês precisam de algum tempo juntos e não creio que ela irá aceitar fazer qualquer coisa com você estando no auge das investigações sobre o pai dela. – Ele abaixou o olhar enquanto ouvia o moreno. Seu ombro recebe uma leve tapinha da mão do rapaz e Jellal o fita. – Se eu fosse você, estaria indo agora. A Scarlet é bem apressada, ela logo notará a demora.

— Tem certeza que isso vai funcionar? Você sabe que ela tem uma arma presa à cintura o tempo todo, certo? Não quero acabar com uma bala no traseiro.

— Está com medo da sua ex mulher, Jellal Fernandes?

— Nunca é ruim ter precaução com a Scarlet, meu caro. – O moreno dá um risinho.

— Acho que está certo. De qualquer forma, deixe tudo comigo. Inventarei algo para minha ausência. – Ele empurra o azulado em direção a saída. – E vê se não se esquece de olhar o número da viatura. Se me descobrirem nisso estou frito.

— Tch... Quem diria que o Simon conseguiria quebrar regras.

— É por uma boa causa. Heh. – O garoto se apressa e segue até a porta, mas parece esquecer algo e vira rapidamente para falar.

— Ah, e Simon? – O moreno, que já havia virado para voltar aos seus afazeres, torna a fitar Jellal com sobrancelha levemente erguida pela surpresa. – Não tem “ex” antes do adjetivo.

— Hm?

— Aquela ruiva, definitivamente, é minha mulher.

— Hunf. – Ele deu um sorriso antes do rapaz se apressar e correr até seu destino.

E o azulado ia se certificar de aproveitar a chance que o moreno lhe dera para que ficasse sozinho com Erza.
 

...
 

A loira tentava se manter em uma posição mais confortável na garupa da moto do modelo, mas sua barriga já estava começando a ficar maior e ela não parecia estar achando posições muito confortáveis naquele acento.

— Arh... Natsu, já estamos perto dessa cafeteria? Minha coluna já está começando a queimar.

— Oh.. Me desculpe...

— Além disso, não é como se uma grávida pudesse ficar andando por aí em cima de uma moto, de qualquer forma.

— O seu carro é que sempre tem algo com defeito!

— A culpa não é minha!.. Além disso, o que espera para comprar um carro?

— Bom, você poderia me comprar um, já que tenho que esperar o pagamento do desfile de qualquer jeito. Já que você é minha chefe, então apenas posso pegar um adiantamento. – Ironizou o rosado.

— Vai sonhando. Não vou te pagar tanto assim! Hunf... – Esbravejou a menina.

— Bom... Nesse caso, só nos resta a minha moto...

— Isso quando Aquarius não estiver por perto.. Se ela sonhar que estou andando de moto é capaz de me algemar ao pé da cama durante toda a gestação.

— Sem chance! Afinal, você tem que ir ao próprio desfile que acontecerá antes disso! É a estilista.

— Ela me colocará no skype. – O garoto a fitou de perfil com sobrancelha arqueada pela solução estranhamente rápida que a loira o deu.

— É, já tivemos essa conversa. Ela me disse exatamente isso... – Uma gota cai pela testa de Lucy.

— Ela é meio sinistra, não é?... – O rosado treme levemente.

— Ei, por acaso está com medo de uma garota? Pfff... Que vergonha.

— Ói, eu não estou com medo. Apenas fiquei com frio um momento..

— Aham...

Eles vão até uma cafeteria nova que abrira em um bairro vizinho. O ambiente é realmente agradável e há uma música ambiente. Eles se sentam em uma das mesas e conversam sobre os acontecimentos das últimas semanas.

— Arh... – Lucy se encosta à cadeira visivelmente cansada após comer tanto.

— Ói... Lucy.

— Hm? O quê?

— Sua barriga está desse tamanho por causa dos bebês... Ou porque você está comendo por quatro?

— Tch... Não seja rude! E como estaria comendo por quatro?! Estou grávida de apenas dois bebes e não três.

— É, mas desde que você está comendo toda a comida, não sobra quase nada pra mim, então você está comendo pelos bebês e por mim.

— Ei! Eu estou grávida, o que você esperava? Não quer ter dois bebês gordinhos e saudáveis? – O rosado dá uma gargalhada.

— É realmente fácil te tirar do sério.

— Hunf... – Ela cruza os braços e fecha os olhos, emburrada.

— Ói, Lucy-san.

— Hm? – Ela abre os olhos.

— Quer aprender um truque para servirem as melhores comidas em qualquer lugar como esse?

— Ahh não... O que vai aprontar agora, Natsu? Não me faça passar vergonha!!

— Uoh! Quando foi que eu te fiz passar vergonha, hein?! – Esbravejou o rapaz.

— Que tal quando pegou uma lagosta do aquário do último restaurante onde almoçamos?! – Pôs as mãos na cintura.

— Na placa dizia “Animais frescos”! – Ele cruzou os braços.

— Aqueles não eram para consumo... – Disse massageando a testa enquanto se lembrava do vexame.

— Pfft... E como eu ia adivinhar?! Da próxima vez eles devem colocar aquele aquário em alguma exposição de crustáceos ao invés de um restaurante de frutos do mar. – Ela arqueou a sobrancelha. – Mas o que importa é que vamos ter a melhor sobremesa dessa cafeteria logo logo quando usar a técnica que inventei.

— Técnica... Imagino que eu não possa fingir não te conhecer, já que entramos juntos, certo? – Disse a loira.

O rosado deu um risinho e chamou a garçonete.

— Por favor, pode me trazer uma torta alemã? É a última coisa que preciso avaliar nesse estabelecimento. – Disse o rosado seriamente.

— Hm?... Avaliar?

— Hm. Estive avaliando tudo que me serviu até agora, senhora. – A garota pareceu confusa. – Não esperava que eu dissesse que sou um crítico gastronômico antes de me servirem os pedidos, certo?

— Crítico gastronômico? – A garota pareceu um tanto preocupada. – Perdão... O senhor gostou da comida? – A loira estava pasma, mas sorriu quando a garçonete a fitou.

— Não sei, ainda estou decidindo...

— Oh não... O que podemos fazer? – Lucy quase se sentiu mal pela garçonete, mas Natsu estava muito hilário naquela pose séria de crítico gastronômico.

— Não ligue para ele, moça. – A garçonete fitou a loira. – Meu marido só está indeciso, mas eu sei como convencê-lo a escrever uma boa crítica. Basta nos trazer aquela torta alemã.  – Ela tosse delicadamente e se corrige. – Duas. Então o convenço a avaliar esse lugar com três estrelas.

— Três?... M-Mas o máximo não são cinco? – Pergunta a menina. A loira olha para o lado e o rosado logo a ajuda com a lorota.

— Ela quis dizer três porque não costumo dar mais que isso... Mas, quem sabe, se nos servir agora eu subo algumas estrelas na sua avaliação...

— Oh! C-Claro, agora mesmo! – A garota se apressa para pegar as tortas.
 

Alguns minutos depois, em um banco de praça das proximidades.
 

— Eu não acredito que enganamos aquela pobre moça... – Disse dando outra colherada em sua torta sentada ao lado do rosado.

— Você tem que admitir. Essa é a melhor técnica para ser bem atendido e ainda descontarem metade da conta. As pessoas fazem tudo para subornar um crítico gastronômico. – Ela riu.

— É melhor não ensinar isso para nossos filhos. – Avisou Lucy. – Não quero que criem esse tipo de hábito. – Lambeu a colher.

— Qual, aquele que te deu essa torta que está comendo agora?

— Ei, a ideia foi sua! – Protestou.

— Você pareceu entrar na minha atuação se me lembro bem. – Ele se inclina em direção a ela com um sorriso cínico. – E que papo foi aquele de marido? – A loira arregala os olhos e fica vermelha. Ela vira o rosto.

— B-Bom... Apenas pensei q-que alguém casado passaria mais seriedade... Só isso. – Ela se vira novamente para continuar justificando-se. – Além disso, foi tudo para que conseguíssemos as tor—

O rosado rouba um beijo da loira que parece estática ao se separarem.

— Oh, desculpe. É que tinha torta no canto da sua boca.

— Tch. – Ela o empurra e parece ainda mais envergonhada. – Podia apenas ter me dado um lenço ou algo do tipo... – Ela desvia o olhar e limpa com guardanapo algum provável resíduo de torta que ainda esteja em seu rosto.

— Eu gostei. – A loira para e lentamente vira para encará-lo. Ele estava sorrindo serenamente. – Acho que terei que fingir mais vezes que sou um crítico gastronômico, assim poderei ser seu marido novamente, certo? – Ela pisca algumas vezes. – Ou eu deveria apenas... – Ele enfia a mão no bolso e a garota sente um calafrio imediato em sua barriga. Ela arregala os olhos. Ele não vai fazer a pergunta aqui... Vai?

— E-Ei... Natsu eu...

O garoto tira um bolinho bem-casado do bolso e desembala, colocando-o inteiro na boca.

— Uohoh... Esse bolinho é realmente bom. Ói, você ia falar alguma coisa?

— Um bem-casado?! – O rosado pareceu surpreso.

— Hm? Oh... Você queria? – Ela faz uma expressão entediada e emburrada enquanto põe a palma de sua mão sobre o rosto. – O quê? Você já tem uma torta... Quer ter diabetes ou o quê?

— Argh! Vamos apenas para casa de uma vez!  - Ela se levanta e sai frustrada.

— Oh. – Ele observou enquanto ela saía, tentando entender o que a havia irritado. – Grávidas têm um temperamento estranho... – Ele lambe o açúcar dos dedos e recolhe as caixas com o resto das tortas. – Ói, Luceeeey! Espera por mim!

Ele se apressa para alcançá-la.


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Notas finais do capítulo

Natsu sempre tem que fazer alguma besteira se não não é o Natsu, né? UAHSUAHSUAHS... Enfim, gente. Espero que tenham gostado! Continuo sem saber quando sai o próximo, mas minhas férias são no começo de dezembro, então...
*-----*
Até a próxima, meus rappers! #FamíliaMSP



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