Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 55
Super pai mode On.


Notas iniciais do capítulo

Yooooooo família #MSP! Estou de volta! Vamos ver a continuação da historinha agora, yey! Boa leitura!



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Levy e Juvia conversavam calmamente no camarim quando ouviram algumas batidas na porta. Ambas encararam o lugar e Juvia pareceu confusa.

— Hm? O Gajeel já voltou? – Questionou Juvia. A rapper soprou entre os dentes ironicamente ao ouvi-la.

— Pfff... Definitivamente não é o Gajeel. Ele apenas entra.

— Senhorita Lockser? – Disse o rapaz do outro lado, surpreendendo-as ao reconhecer quem era.

— Mas essa é a voz do.. – Comentou Levy, estendendo-se juntamente com sua assistente que prepararam-se para recebê-lo. Ele abriu a porta gentilmente, espiando.

— Silver...? – Disse Juvia, encarando-o.

— Oh, a Vikky também está aqui? Fico feliz por estar acompanhada, Juvia. Ouvi que houve uma invasão, correto? – Disse ele, aproximando-se.

— Mais ou menos isso. Mas meu segurança já está resolvendo isso. Não há nada a se preocupar.

— É, eu ouvi. Meus seguranças disseram que Gray também está ajudando. – A menina demonstrou surpresa ao ouvir o comentário de Silver. Levy sorriu ao ver a reação de sua amiga.

— G-Gray? Ele não está com os outros no balcão VIP? – Questionou Juvia.

— E ele estava prestes a ir para lá. Mas a história parece ter chamado sua atenção de alguma forma, ele resolveu ajudar o senhor Redfox a expulsar os intrusos do teatro. – Falou calmamente com as mãos nos bolsos.

— Olha só... O Gray tem um espírito de heroi, ao que parece. – Comentou Levy. – Não é, Juvia? – A menina elevou as sobrancelhas e foi tirada de seus pensamentos.

— O quê?... – Silver e Levy deram um risinho.

— Senhorita Lockser, você parece estar um pouco distraída. Está tudo bem? – Observou Silver.

— N-Não... Está tudo bem! Mesmo! Eu apenas fiquei surpresa com tudo que acabou de acontecer e... – Ela observou as expressões faciais dos dois que a fitavam e não pareciam acreditar muito em seu argumento. – D-De qualquer forma! Estou pronta para entrar no palco!

— Heh. – Ele deu um risinho. – Tenho certeza que sim.

— Oh! Falando nisso, você não deveria estar no seu camarim, Silver? Vocês entrarão juntos em questão de minutos agora! – Lembrou a rapper.

— Sim, mas já estou mais acostumado com esse clima pré-apresentação e quis fazer uma pequena visita a minha parceira quando soube do que aconteceu. – Justificou-se. – Mas você fez companhia a ela, então fico tranquilo.

— Obrigada por se preocupar, Silver. Você é realmente um cavalheiro. – Disse Juvia com um sorriso. Ela parecia mais confiante.

— Não tem que me agradecer, Juvia. Além disso, tenho que cuidar bem de você, uma vez que tenho um interesse especial pela sua pessoa.

— Eh?.. – Juvia ficou confusa e um pouco constrangida. Levy encarou o pianista com olhos parcialmente arregalados.

— O quê? Não haja como se não soubesse, Juvia. – Protestou o pianista, cruzando os braços.

— Uou, o que eu estou perdendo aqui? – Disse Levy. Fitando-os.

— I-Interesse especial?... – Juvia repetiu, confusa.

— Claro. Você é a nora perfeita, eu já falei antes. – A azulada corou instantaneamente e a rapper soltou uma gargalhada.

— Ahh, então era isso?! – Levy continuou rindo. – Me enganou por um momento, Silver.

— Oh my...

— Não é como se eu não pudesse me interessar por esta jovem, mas meu filho a viu primeiro. – Brincou ele. Juvia apenas ficava mais envergonhada a cada comentário. – Fico feliz em tê-la como nora.

— S-Silver.... Por favor! – Implorou Juvia. Levy não parava de rir.

— Tudo bem, tudo bem. Vou parar de ser tão sincero, se isso te deixa tranquila. – Disse ele, segurando sua mão. – Bem... Acho que agora é um bom momento para irmos para a lateral do palco. Concorda?

— Hm... V-Vamos. – A garota encarou a rapper eu a fitava com um sorriso. – Levy... – Ela disse em tom interrogativo.

— Eu estarei junto com os outros no balcão VIP, Juvia. Não se preocupe, estará bem com Silver. Além disso, Gajeel provavelmente chamou uma tropa inteira de seguranças a essa altura. Você vai ficar bem. Te encontramos assim que terminar sua participação! – Tranquilizou-a.

— Ela estará em boas mãos, senhorita McGarden.

— Eu sei! – Ela sorriu. O rapaz pôs o braço da garota dentro do seu, fazendo-a segurar seu braço para acompanhá-lo.

— Então te vejo depois, Levy.

— Boa apresentação! – Disse ela mexendo os punhos à frente do corpo, sorrindo. A assistente sorriu e virou-se com Silver, indo em direção ao palco.

Aos poucos o sorriso da rapper se desfez enquanto ela observava Juvia indo em direção ao palco. Ela voltou a lembrar-se do que acontecera há pouco. Ela expira e torce para que mais nenhum inconveniente aconteça naquela noite. Com sorte, a noite acabaria logo e sem mais problemas. A rapper vira e segue em direção ao balcão VIP para encontrar com os outros.

 

...

 

O rosado parecia apressado. Ele não estava no caminho da sua casa, entretanto. Estava indo para outro lugar. Mais propriamente...

— Finalmente. – Ofegou. – Cheguei.

Ele entrou no estúdio de onde havia saído às pressas mais cedo. Lucy, provavelmente, ia querer matá-lo por ter agido como um perfeito idiota. Ele cumprimenta a recepcionista e mostra seu crachá rapidamente enquanto corre até as escadas e as sobe ligeiramente, não ouvindo o que ela pretendeu começar a falar-lhe. Depois da corrida, ele finalmente chega ao andar do ensaio, entretanto as lâmpadas já estavam parcialmente apagadas e todos já haviam ido.

Provavelmente era isso que a recepcionista havia tentado falar, mas ele estava apressado demais para dar atenção. Ele respira pesadamente tentando recuperar o fôlego e põe uma mão à cintura.

— Droga... Eu cheguei muito tarde. Lucy já deve ter ido... – Ele abaixa o olhar. – Droga! – Ele passa a mão afobadamente na cabeça, bagunçando o cabelo.

O modelo se vira para ir embora, mas ao passar os olhos no horizonte do salão, teve a impressão de ver uma luz acesa ao fundo. Ele se vira novamente para checar se não havia sido alguma ilusão da sua cabeça e olha na direção da luz novamente. Realmente havia uma sala com luzes acesas, e, prestando um pouco mais de atenção, pôde ouvir uma voz feminina. Será a Lucy?... Ela ainda não foi embora? Natsu ficou feliz por um instante e correu em direção à sala, mas parou no meio do caminho ao lembrar-se de sua atitude.

—... Eu, provavelmente, não deveria apenas encontrá-la como se nada tivesse acontecido, não é?... É melhor espiar como está seu humor primeiro... – Concluiu consigo. – É, é melhor. – Ele se aproximou lentamente da porta e confirmou que havia mesmo uma mulher na sala. Entretanto, ao ouvir propriamente a voz que vinha de dentro, sentiu uma ponta de decepção. Aquela não era a voz de Lucy.

Ele expirou, decepcionado. Nem mesmo quis ver quem estava ali, já não importava mais. Ele se vira para ir embora...

— Eu já disse que é a melhor opção, Lucy. – O garoto parou e arregalou os olhos. Ela... Está conversando com a Lucy? Ele rapidamente voltou e espiou cuidadosamente. A mulher estava de costas e falava ao celular. Então é isso... Aquarius está conversando com a Lucy no celular...

— Me pergunto se estão falando sobre mim... – Sussurrou enquanto ouvia a conversa das duas, escondido.

— Mas é claro que eu já fiz isso antes, o que quer dizer com “você sabe como isso funciona”?... – O rosado franze o cenho. – Claro que não é cedo demais. Não há época certa para isso, Lucy! Não seja teimosa e apenas escute alguém com mais experiência que você. Conheço um lugar perfeito e não vai ser nada caro.

— Do que elas estão falando?... – Ele ficava intrigado cada vez mais.

— Se quer começar do zero, tem que fazer isso!... Claro que eu irei com você, acha que vai fazer isso sozinha? Tch... Não seja patética.... Logo esse problema será resolvido. Você sabe que não há outro jeito; viu como Natsu reagiu.

O rosado sentiu um arrepio passando por sua dorsal. A última frase de Aquarius fez com que todos os pontos fossem ligados e uma palavra salta em sua mente com destaque em itálico, negrito e sublinhado. O coração do rapaz acelerou e ele arregalou os olhos.

— Lucy vai... Abortar o bebê?

Ele se estende ainda com olhar estático. Ele fita o chão com sobrancelha franzida enquanto continua a ouvir a conversa de Aquarius.

—... Hum... Já que não temos compromisso, iremos amanhã mesmo! – Natsu levantou o olhar estreitando o olhar.

— Amanhã?! – Ele repetiu e refletiu movendo os olhos enquanto raciocinava. Parecia decidir o que fazer. Sua respiração acelerou. – Não... – Ele franziu a testa e estreitou o olhar, determinado. – Eu não posso deixar a Lucy tirar o meu filho.

Pela primeira vez, o rosado sentiu um impulso dentro de si que o fez querer lutar por alguém. Enquanto corria rapidamente em direção ao ateliê para encontrar-se com a loira, as palavras de Alzack voltaram à mente de Natsu.

 

“Porque não importa quantos anos eles tenham, você sempre terá medo de perdê-los.”

 

O rosado sentiu seus olhos e nariz arderem. Ele estava prestes a chorar por alguém que sequer havia nascido. Então temos medo de perdê-los até quando não os conhecemos ainda... Heh. Ele refletiu consigo as palavras daquele estranho. O rosado estava determinado. Ele desconhecia o sentimento que havia surgido dentro dele, não tinha certeza se era instinto paterno ou apenas culpa por fazer a garota que ele gostava pensar que estava sozinha, mas de uma coisa, ele tinha certeza absoluta.

— Não deixarei você não nascer por minha culpa. Isso eu prometo... Filho!

Ele, praticamente, atropela as portas do estúdio e todos em seu caminho e continua correndo o mais rápido que pode, chamando a atenção das pessoas ao seu redor que estranham o comportamento do rapaz.

 

...

 

A apresentação já havia começado e Silver já estava em cima do palco. Todos estavam animados e balançavam pulseirinhas iluminadas e coloridas; a plateia estava cheia delas por todos os lugares. Ele agradeceu a presença de todos e convidou Juvia ao palco para tocarem o primeiro dueto juntos. A azulada entra e acena timidamente para todos com um sorriso e vai direto ao seu piano, posicionado do lado oposto ao piano de Silver, de modo que ficaram sentados de costas um para o outro; mas suas posições permitiam que trocassem olhares enquanto tocavam. O rapaz passava mais confiança e Juvia soltava-se à medida que a melodia era tocada por eles. Em pouco tempo já estavam como se estivessem sozinhos.

Da seção VIP do teatro, os amigos de Juvia podiam assisti-la de perto. As salas ficavam nas laterais, no primeiro andar com sacadas não tão altas. Na primeira sala, mais perto do palco, estavam Lyon, Romeo e Wendy. A sala ao lado, um pouco menos perto, Levy esperava por Gajeel e assistia sua assistente com um sorriso. Mas apesar de estar orgulhosa por sua amiga, ela não podia deixar de pensar sobre o que havia acontecido.

— Onde será que ele está com aquela maluca agora... – Ela expira e comprime os lábios.

 

...

 

O Redfox empurra os dois intrusos que caem um em cima do outro na calçada molhada pela chuva que já havia começado a cair. Gray os observa, logo atrás de Gajeel e mais alguns seguranças também o acompanham, mantendo-se atrás dele com semblantes sérios. A ruiva se manteve calada e não se moveu do chão. Lasaro o encarou com raiva, mas também não se levantou.

— Hoje não é o dia da recolha de lixo, mas já coloquei estes para fora. Gihi. – Disse Gajeel.

— Não sei como conseguiram entrar, mas me certificarei de que não consigam ficar sequer a 10 metros desse teatro. – Disse Gray, em tom sério. – É melhor não tentarem nada, por enquanto é apenas um aviso!

— Vocês ouviram o garoto. – Apoiou Gajeel. O segurança de Levy, no entanto, se aproximou da ruiva lentamente com as mãos nos bolsos e inclinou-se para fitá-la de perto. – Quanto a você, psicopata... – A garota o encarou com olhos caídos, mas sem levantar tanto sua cabeça. – Não terminei com você. É melhor ficar longe da Levy se não quiser virar almoço de urubu. – A olhou e refletiu por um segundo até arquear a sobrancelha e concluir. – Isso se a sua amargura não for muito insuportável para o paladar deles. – Deu uma risadinha e se estendeu, virando-se.

Os dois ficaram jogados e os seguranças se posicionaram em fileira em frente a eles enquanto os rapazes se afastavam.

— Você é bem criativo para piadas de humor negro. – Comentou Gray, andando ao seu lado.

— Não posso evitar, tenho múltiplos talentos. Te convidarei para uma apreesentação qualquer dia desses. – Comentou o segurança.

— Mal posso esperar. – Ironizou o filho do Fullbuster.

 

...

 

Lucy expira e se levanta da cadeira, saindo da frente de sua pequena cabeceira de madeira francesa. A garota acabara de falar com Aquarius e parecia pensativa. Ela caminha e põe-se em frente ao espelho, levantando lentamente sua blusa para olhar sua barriga. Ela comprime os lábios e faz bico tentando notar alguma diferença no tamanho de alguns dias atrás.

— Hunf... Acho que não dá para notar, afinal.

Ela fica de perfil e movimenta a barriga enchendo-a com ar para ver como pareceria se tivesse mais semanas de gravidez. Ela  puxa o tecido da blusa e segura atrás de si para checar se o tamanho da barriga era diferente por baixo da roupa. Tudo parecia o mesmo.

— Será que essa coisinha pequena já consegue me ouvir?... – Ela olha para o lado com as mãos sobre a parte inferior da barriga.

Em meio aos pensamentos, a cena da conversa que tivera com o rosado surge aleatoriamente em sua mente e ela lembra de sua reação. Ela expira e parece triste.

— Minha vida se tornou um verdadeiro caos bem rápido, não é?... – Ela abaixa o olhar e pensa algo consigo. Seus olhos começam a marejar e ela percebe que está prestes a chorar. Ela pisca algumas vezes e passa o dorso do braço esfregando os olhos, um pouco irritada por estar triste. Ela abaixa sua blusa e vai em direção ao banheiro bufando. – Argh. Vou apenas tomar banho e dormir. Já tive o suficiente por hoje...

A loira pega sua toalha e segue até o banheiro. Ela estava um tanto tensa, então decidiu tomar banho em sua banheira e relaxar. Ela pegou alguns dos sais especiais para gestantes que Aquarius comprara há alguns dias e começou a preparar a água enquanto enchia a banheira.

 

...

 

Já era a segunda melodia e Juvia parecia muito mais à vontade no palco. Era incrível como aqueles dois tinham química juntos. Eles podiam pensar seriamente em trabalhar juntos mais vezes, Levy lembrou-se de dizer isso a Juvia depois!

A porta da sala VIP se abre e a garota vira.

— Gajeel!

— Estou de volta. – Ele vai até ela e senta-se na poltrona ao lado.

— Como foi tudo?! O que aconteceu com a Flare e o tal cúmplice? Gray veio com você? – Perguntou ela, ansiosa.

— Uou, calma aí, baixinha. – Ele estende as palmas das mãos. – São muitas perguntas.

— Gajeel! – Ela chamou seu nome em protesto. Ele sabia que ela esteve preocupada.

— Não se preocupe, tudo já foi resolvido e eles não poderão fazer mais nada. A segurança foi devidamente reforçada e Gray já está junto com Lyon e os pirralhos na sala ao lado. – Disse ele tranquilizando-a. Ela respirou aliviada.

— Isso é realmente reconfortante. Eu estava tão preocupada por Juvia e os outros... – Ela expirou, encostando-se à poltrona.

— Sobre isso... – Ela encarou o rapaz que estava com olhar baixo. Ele a fita e parece sério. – Por que quis tanto salvar aquela garota?

— Hm?... – Ela piscou. – Salvar a Flare?

— Hm. – Ele confirmou.

— Não me lembro de ter salvado a Flare. – Ela encosta-se novamente e vira seu olhar novamente para Silver e Juvia.

— Tch!.. – O moreno olha para o lado, pasmo, e torna novamente o olhar à rapper. – Isso é tudo que tem a dizer? Você sabe que eu me certificaria de que nada prejudicasse a apresentação da Juvia e, com o dinheiro que recebo agora, dificilmente conseguiriam me prender numa cela por mais de dois dias.

— Gajeel, você não entendeu, mesmo, não é? – Disse ela, sem fitá-lo. Ela o fita parcialmente e continua. – Não quis salvar a Flare. Quis salvar você. – O moreno arregalou levemente os olhos.

— O quê?

— Eu sei que você é capaz de tudo para defender seus amigos, Gajeel. Mas isso não quer dizer que medidas tão extremas não te afetem de alguma forma.

— Você fala como se eu fosse frágil e pudesse quebrar emocionalmente por fazer um favor para a humanidade. – Disse ele, tentando não mostrar sua surpresa frente à tamanha sinceridade da rapper.

— Mesmo que seja assim... – Ela o encara propriamente e inclina-se ligeiramente para vê-lo mais de perto. – Farei o possível para que não se torne de novo o lobo solitário que todos temem.

O moreno sentiu seu coração acelerar ao ouvir as palavras doces de Levy. A melodia romântica que Juvia e Silver estavam tocando ao piano não estavam ajudando Gajeel a esconder a vermelhidão em seu rosto e a vontade que ele sentiu de possuí-la ali mesmo. Ela riu ao ver o rapaz corar. Ela estava realmente linda agora. Você vê através de mim, não é, baixinha?  De alguma forma, aquela melodia parecia a trilha sonora de algum filme romântico de menininhas. Mas se era isso que o clima pedia, quem era ele para dizer o contrário?

Ela ainda ria quando ele puxou sua nuca para tomar seus lábios num beijo. A garota expira entre os lábios de Gajeel com a surpresa do ato repentino, mas não tenta pará-lo. Seu polegar acariciou a lateral do rosto da garota enquanto ele sugava os lábios da azulada e movimentava a cabeça de um lado para o outro, beijando-a profundamente.

— Hhn! – Ela se apoiou nos ombros do rapaz pela intensidade do beijo repentino. Ele levou alguns segundos para cessar o beijo e fitá-la de perto. – Gajeel.. Pra que me beijou assim no meio de uma apresentação—

— Culpe a si mesmo por ficar dizendo coisas fofas. – A azulada pareceu corar levemente.

— N-Não era pra ser fofo... Eu apenas disse o que estou sentindo.

— Sua honestidade me faz querer te morder. Coisas fofas devem ser mordidas.

— Como se precisasse de motivos pra me morder. – Disse ela fazendo bico.

— Como eu disse... Coisas fofas precisam ser mordidas. Gihi.

— Além disso, não me beije assim na frente de todos! – Ele aproximou seu rosto ao de Levy rapidamente, fazendo-a calar-se e fitá-lo. Ele sorriu.

— Não estou apenas com vontade de te morder agora, Levy. Por isso fique feliz porque apenas te beijei. Gihi.

— Gajeel, pervertido! – Ela o empurra para que volte a sentar-se propriamente. – Apenas assista à apresentação da Juvia ou direi que você prestou atenção em nada!

— Tch. – Ele deu uma risadinha.

A azulada tornou sua atenção à apresentação, mas não evitou um sorriso que foi notado pelo moreno, mas ele decidiu parar com as provocações... Por hora.

 

...

 

A loira estava renovada. Depois daquele banho ela se sentiu bem mais leve e já podia sentir seu corpo pedindo por descanso. Ela se enxuga e cobre-se com a toalha, indo em direção às gavetas para pegar seu baby doll.  A chuva lá fora começou a ficar forte e um trovão ressoou no ar. Logo em seguida houve um apagão que, aparentemente, afetou toda a rua da estilista.

— Eh?... – Ela aperta o interruptor para cima e para baixo. – Ah não... Era só o que faltava, um apagão! – Ela começou a procurar por seu telefone para poder iluminar o ambiente com a lanterna, mas não enxergava nada; então acabou passando perto de uma quina pontuda que puxou sua toalha e a deixou nua. – Oh my! – Ela se abaixa rapidamente. – Por sorte está tudo escuro!...

Há um relâmpago e a loira percebe a sombra de alguém em sua janela refletida na parede à sua frente. Assustada, ela se levanta e vira, mas não tem tempo de reagir, pois quando menos percebeu, o intruso já estava dentro do seu quarto em sua frente.

— Gya!! Q-Quem é você?! Sai daqui agora seu—

Mas não completou sua ameaça. A garota se surpreende ao ser abraçada fortemente pelo rapaz. Essa, sim, era uma cena bizarra. Ela estava totalmente nua e um garoto ensopado entra pela janela do seu quarto e a abraça aleatoriamente. Ela se sente constrangida e com medo por um momento, mas, ao ser imprensada contra o rapaz, seu rosto afunda no ombro dele fazendo-a sentir um aroma familiar. Aquele era o perfume do...

— Sou eu, Lucy. Por favor, não fica brava.

— N-Natsu?! O que você está—

— Me perdoa! – Ele estava apertando-a contra ele como se sua vida dependesse disso. A loira arregalou levemente os olhos ao ouvir as palavras dele. Ela podia sentir os pingos dos cabelos molhados dele caírem em seu ombro. Ele afundara seu rosto no pescoço de Lucy e ela sentia o ar quente quando ele falava. Ele a apertava tanto que ela podia sentir os batimentos dele acelerarem e sua respiração desregular. Os braços dele a envolveram mais e ele pareceu frágil. Percebendo o estado dele, ela decidiu retribuir o abraço, ainda que estivesse com vergonha por não ter roupas. A garota franziu o cenho e tocou as costas do rosado que não moveu seu rosto do pescoço dela.

— Natsu... Por que você está assim de repente?

— Só me deixa ficar assim mais um pouco...

— O-Olha eu sei como deve estar se sentindo, mas é que... – Ele estende a cabeça e a aperta mais contra si.

— Eu fui muito infantil, Lucy! Eu entendo se estiver me odiando agora, mas... Não me odeia.

— Está tudo bem... V-Verdade, Natsu! É só que—

— Eu ouvi tudo!

 - Espera... Ouviu o quê?!

— Sua conversa com a Aquarius. Sei que vai tirar nosso filho amanhã. – A loira arregalou os olhos e o empurrou.

— O QUÊ?!

As luzes piscaram e começaram a voltar lentamente. Todo o ambiente estava quase completamente escuro até agora, por isso ele não pôde vê-la propriamente, mas agora ele percebeu que ela estava completamente nua. Ele desceu seu olhar, estático.

— L-Lucy... Suas... Roupas. – A garota ainda mantinha o semblante assustado pela última coisa que ele havia falado quando lembrou-se de que estava, de fato, sem roupa alguma.

— GYA!!! - Ela avançou rapidamente em direção a ele e tapou sua visão com as mãos, mas, com o impacto, acabaram caindo sobre a cama e ele terminou embaixo da loira. – N-Não me olha!!

O rosado estava com semblante sério. Lucy tinha seus olhos fechados e ainda tapava a visão do rapaz embaixo de si. Sua respiração estava acelerada, mas ela percebeu que a do garoto já não estava tão desregulada. Ela sentiu as mãos do rapaz tocarem gentilmente sua cintura, causando arrepios.

— H-Hey... O que está fazendo?! – Ele as deslizou até os pulsos da garota, tirando as mãos dela de seus olhos. Ele a encarou e a garota o encarou de volta, piscando algumas vezes ao tentar entender a situação.

— Prometo que cubro meus olhos de novo... Eu só quero te ver um pouco agora... – Ele fez uma pausa. – Você está realmente bonita. – Ele sussurrou e parecia encantado. A loira o fitava levemente corada. Ele tira uma mecha de cabelo da frente do rosto da garota e acaricia a lateral de sua testa fazendo-a comprimir levemente um dos olhos.

— Natsu... – Ele franziu levemente o cenho e encarou seus olhos. – O que ia me dizer hoje cedo? – Disse quase em sussurro.

Ele continuou fitando a garota; com as mãos nas laterais de seus ombros, ele os apertou gentilmente.

— Eu ia dizer... – Ele fitou os lábios da garota e voltou a encarar seus olhos. – Que me apaixonei por você.

Ela pareceu surpresa e sentiu seu coração acelerar. Ela o encarou estática por alguns segundos antes de dar um pequeno sorriso. O rapaz não correspondeu ao sorriso da garota, ainda parecia em uma espécie de transe enquanto fitava a loira.

— Lucy... Me desculpa.

— Hm? Por ter fugido? – Ele balançou levemente a cabeça.

— Não. – Ele tirou uma das mãos do ombro da garota e segurou cuidadosamente sua nuca. – Por isso. – Ele a puxa e envolve sua cintura com o outro braço, pondo-a embaixo de si. Ele continua beijando enquanto a suspende para colocá-la propriamente sobre a cama. Ela apoia seus braços sobre os ombros do rapaz. Ele cessa o beijo e a olha. – Você já me desculpou por isso, Lucy-san? – Ela o fitou por um momento e respondeu depois de pensar.

— Cala a boca.

A garota puxa sua camisa e o beija novamente.


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Notas finais do capítulo

NALUUUUUUUUUUU! Gente, como esse capítulo estava romântico, não?! HSAUHSUAHSUAH... Amo essa fanfic.
Mas enfim, gente! Até o próximo capítulo!



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