Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 53
A faca e o queijo.


Notas iniciais do capítulo

Eu simplesmente amei esse capítulo, tem uma penca de cenas diferentes. Bem, não uma penca, mas ficou diversificado. UHSUAHSUAHUAHSAUHSAU...

P.s: Apenas um comentário sobre o Gajeel nesse capítulo: MEDO.

Boa leitura.



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Viaturas começam a se aglomerar em uma esquina. Sem fazer muito barulho, a ruiva sai de uma van preta e ajeita sua arma, presa ao quadril. Simon sai em seguida, com sua arma em mãos. Ela fita o parceiro e parece concentrada.

— Preparada para a ação, Erza? – Pergunta Simon. A ruiva não desfaz sua expressão séria.

— Mais do que nunca. Covardes são meus preferidos. Ainda mais pedófilos cafetões. – Ela retira a arma de seu quadril e a destrava. – Mal vejo a hora de acabar com a festinha podre desse cara.

Simon faz um sinal silencioso para os outros policiais, que andam em fila em direção a uma pequena porta com luzes e música alta, subindo as escadas. Simon e a ruiva são os últimos a entrarem no local. A garota escuta quando um dos policiais anuncia a invasão policial e manda todos acabarem com a música. Há gritaria e alguns dos menores presentes tentam fugir, dando de cara com a delegada.

— Onde pensa que vai, pirralho? – Ela pergunta apontando sua arma na direção do adolescente, que treme ao encarar seu olhar. Ele levanta as mãos, com medo, e acaba derrubando sua carteira. Erza abaixa o olhar e o encara novamente, arqueando a sobrancelha. Ela agacha, sem desviar o alvo de sua arma, e pega a identidade do garoto, que acabou ficando exposta com a queda. – Pelo ano de nascimento que consta na sua identidade... Você tem quatorze anos. – Ela o encara, ainda segurando o documento à altura do rosto. – Tch... Você sequer teve o trabalho de falsificar uma identidade para entrar nesse tipo de lugar...

— Não me admira que não precise ser maior para uma boate de prostituição infantil. – Disse Simon, com uma mão à cintura.

— E-Eu juro que é a primeira vez! Meus amigos é que insist—

— Ninguém liga para essa sua historinha, garoto. Você é peixe pequeno. – Ela se aproxima do garoto e sorri. – Mas isso não significa que você não terá problemas por estar em um lugar assim.

— M-Mas eu—

— Calado. Simon, certifique-se de que ninguém saia daqui. Os gênios montaram um lugar assim com apenas uma saída. – Ela se vira e continua seu caminho, empurrando o garoto com seu quadril largo ao passar por ele. – Não há mais bandidos como antigamente... Não sei por que ainda me surpreendo.

Depois de algum tempo, algumas ameaças de morte e alguns tiros de “aviso”, a ruiva conseguiu prender o cafetão com sucesso, mas não sem antes dar-lhe uma surra. Os policiais levaram todos os menores para a delegacia e resolveram os outros assuntos que não interessavam à delegada agora. Ela praticamente o enterrou na viatura è frente e fechou a porta com força, dando algumas batidas para que o levassem preso de uma vez por todas.

— Esse cara foi difícil de achar, mas finalmente conseguimos. – Disse Simon.

— Por isso fiz questão de assumir esse caso. Eu sei bem como é procurar alguém por tanto tempo... – Disse Erza, desviando o olhar. Sua expressão séria.

— Sobre isso... – Ela o encara. – Eu tenho uma notícia... Que pode ser boa ou ruim... – Ela franze o cenho. – Sobre o seu pai.

— O quê?

— Eu recebi uma ligação ontem de um dos seus—

— Vá direto ao ponto! – Ele expirou e continuou.

— O seu pai foi visto pelas redondezas. – Ela arregalou os olhos e agarrou sua camisa, encarando-o de perto, irritada.

— E só me diz isso agora?!

— Acho que isso a torna uma má notícia... Para mim, nesse caso.

— Argh. – Ela o solta e se vira tentando pensar em algo. – Deveria ter me dito imediatamente!

— Atire no coração ou na cabeça... Já disse que prefiro uma morte rápida? – Brincou o moreno.

— Argh, não fala besteira, idiota. – Ela o encara. – Mesmo que me apunhalasse pelas costas não seria capaz de te matar. – Fez uma pausa e o encarou com olhar estreito. – Você se tornou um irmão. – Simon riu.

— É a primeira declaração de amor com tom ameaçador que recebo.

— Mas não é por isso que não acabaria com você se me traísse de verdade. – Ela dá um soco na lateral do ombro do companheiro de caça. Ele recupera seu equilíbrio dando um passo para o lado e ri da atitude de Erza.

— É, acho que posso concordar com isso. – Ele se põe ao lado da garota. – Desculpe por dizer apenas agora. Mas não conseguiria se concentrar propriamente para a missão de hoje. Isso iria te desestabilizar e te poria em perigo facilmente.

— Hunf... – Ela pareceu amolecer um pouco ao perceber o tom preocupado de Simon.

— Além disso, só confirmaram que era mesmo ele pouco antes de virmos para essa missão.

— Mas afinal, em que “redondeza” o viram?

— Não se preocupe. – O moreno abre a porta da van pelo lado do motorista. – Vamos até lá agora, mesmo. – Ele se senta ao banco e fecha a porta. A ruiva vai rapidamente ao banco do carona e entra no automóvel pouco antes do rapaz sair velozmente em direção ao destino.

 

...

 

A loira estava sentada ao lado de Yukino e Virgo e observava enquanto os modelos ensaiavam na passarela. As músicas já haviam sido escolhidas e eles deveriam desfilar de acordo com os ritmos e nos momentos certos. O tema do desfile era “Signos e seus Elementos”, cada um tinha uma peça pensada em um signo do zodíaco e os detalhes das peças concordavam com o seu elemento. Ou seja, as peças dos signos de áries, leão e sagitário tinham predominância da cor vermelha nos detalhes e acessórios decorativos, lembrando o elemento correspondente: fogo; touro, virgem e capricórnio traziam tons variados de verde e marrom, de acordo com seu elemento: terra; gêmeos, libra e aquário combinavam tons de cinza, branco e azul, remetendo ao seu elemento: ar; e, finalmente, as peças referentes aos signos de câncer, escorpião e peixes traziam predominância azul, com detalhes também em roxo, branco e verde musgo, lembrando o fundo do mar e lembrando seu elemento: água.

Esse desfile era apenas um evento para abrir a nova coleção das peças para a próxima primavera da Heartfilia Outfit e os modelos teriam de desfilar com as outras peças depois da primeira entrada com as peças dos signos do zodíaco.

— Você não acha, Lucy? – A loira pula levemente ao ouvir seu nome.

— O quê?...

— Que o desfile deveria começar com os signos do ar? – Disse Aquarius, cruzando os braços.

— Não deveríamos ir por ordem?... – Sugeriu Yukino.

— Agora os signos seguem uma ordem? – Ironizou Aquarius.

— Não sei se conseguirei substituir a modelo que viajou... – Disse Virgo, apreensiva.

— Não se preocupe, Virgo. Você só precisa aprender como deve fazer e se sairá bem. Vai ficar linda com a peça de Virgem. – A perolada tentou animá-la.

— E agradeça por estar apenas assistindo, na próxima vez terá que ensaiar como todos. Daqui de cima. – Disse Aquarius, apontando para baixo e com uma mão à cintura.

— Eu não sei... Por mim está bom. Façam como acharem melhor... – Disse a loira. Yukino a fitou espantada. Aquarius pôs a palma da mão sobre a testa.

— C-Como acharem melhor?... Isso não soou nada como a Lucy Heartifilia! – Observou Yukino. A loira expirou.

— Eu só estou um pouco cansada...

— Você parece cansada, mesmo, Lucy-san... – Analisou Virgo. – E está um pouco distraída...

— Quer saber, acho melhor ir para casa. – Disse Aquarius.

— O quê?! N-Não é pra tanto! – Explicou-se a loira.

— Eu concordo com a Aquarius-san... É melhor descansar. Afinal, somos nós que vamos desfilar! Você já fez a sua parte produzindo as roupas e o espaço! – Disse Virgo, sorrindo.

— Apenas mantenha o celular ligado, caso precise lembrar a todos quem está no comando na sua ausência. – Disse Aquarius. Alguns modelos reviraram os olhos e não pareceram gostar de Aquarius na posição de líder.

Ela odiava admitir, mas não conseguiu pensar em nada além da sua cama. Aquela noite mal havia começado e parecia ter durado uma eternidade. Era como se ela tivesse dois elefantes em cada perna, além de que suas costas começavam a ficar doloridas nos poucos minutos que se manteve sentada.

Mas o que tomava conta de seus pensamentos não era a vontade de ir para casa... E sim o semblante no rosto do rosado pouco antes de anunciar sobre sua gravidez. Ela sentia que ele queria dizer algo mais, mas a maldita notícia da gravidez atrapalhou tudo. Com toda essa coisa de gravidez, Lucy já se pegara diversas vezes imaginando Natsu, ela e o bebê juntos como uma família; antecipava motivos de briga entre eles sobre a maneira de educar, ou como ele se sentiria convencido  ao perceber algum traço de sua personalidade no filho; pensava sobre como o bebê seria... Se pareceria com ele ou com ela. No fundo, ela sabia que estava começando a gostar daquele garoto desastrado que ela conheceu em um esbarrão, literalmente.

Talvez ele quisesse falar que correspondia ao que ela sentia... Mas... Tudo deu errado e ele havia ido embora. Ele, provavelmente, está odiando ela em algum lugar agora, enquanto enche a cara.

Os pensamentos de Lucy estavam a mil e era como se ela estivesse no automático o tempo inteiro. Escutava pessoas falando com ela, fazendo planos, dando conselhos, tentando confortá-la, mas era como se ela não os ouvisse de verdade. Ela só queria dormir; aquele dia havia sido realmente exaustivo. Ou melhor... A frustração de não saber o que o rosado ia dizer antes de dar tudo errado é que estava pesada demais. Talvez o melhor fosse seguir em frente e esquecer essa ideia de família feliz. Lucy mantinha o olhar baixo todo o caminho de volta a sua casa. Ela respira fundo. A loira havia tomado uma decisão. O táxi finalmente chega ao destino e ela desce em frente ao ateliê. A loira paga ao motorista e se vira, encarando a frente de sua casa. Ela enche seus pulmões novamente, fechando os olhos. Ela parecia determinada.

— É hora de por um fim nisso. – Ela abre a porta e entra, fechando-a lentamente atrás de si.

 

...

 

O filho de Silver não parecia estar entendendo o que a pessoa do outro lado da linha falava, então, ele continuou andando aleatoriamente à procura de sinal.

— Que droga... O sinal está péssimo aqui. – Reclamou o moreno. – Eu não consigo entender nada. Mas sei que é você, certo... Natsu? – Gray continuou andando e, aos poucos a ligação começa a se estabilizar. – Nossa, que voz. O que houve, a Aquarius descontou em você a raiva de eu ter faltado? – Brincou dando uma pequena risada em seguida.

O moreno escuta um barulho e desvia sua atenção por um momento, olhando atrás de si, com olhos estreitos. Uma porta, que ele não havia percebido antes entre os corredores, se abre e um segurança sai por ela. Ele parece suspeito e Gray franze o cenho enquanto o observa.

— Espera aí, cara. – Ele sussurra enquanto segue o rapaz e se esconde para não ser descoberto. – Eu vou ter que desligar, eu te retorno depois, ok? – O garoto desliga e coloca o telefone de volta em seu bolso.

Natsu definitivamente estava estranho, mas um dos seguranças que estava com seu pai acabara de sair de um lugar misterioso e estava agindo muito estranhamente. Ele ia descobrir o que um dos seguranças estava fazendo fora do seu posto. Ele falaria com Natsu depois.

 

...

 

A intrusa continuava andando pelo corredor e arrastava seu indicador pela parede enquanto fitava o chão com um sorriso, cantarolando uma melodia qualquer. Ela chega ao destino e encara a porta à sua frente. Silenciosamente a abre e checa por transeuntes. Vendo que a área estava vazia, ela entra e começa a procurar por algo.

— O que fará a Vikky quando souber que estive visitando sua amiguinha antes do show?... Deveria deixá-la nervosa para arruinar sua apresentação?... – Ela ri consigo imaginando a cena.

— Senhora? – A ruiva eleva as sobrancelhas e vira. Sua expressão indiferente; ela não responde, apenas continua encarando a mocinha que a chamou. – O que está fazendo aqui? Essa é uma área restrita. – Ela sorriu lentamente e tornou-se para encará-la propriamente.

— Que bom, finalmente alguém poderá me ajudar.

— Desculpe, mas você deve sair imediatamente. Eu te acompanho. – A garota se vira, mas Flare segura seu pulso mantendo o sorriso nos lábios e o olhar fixo na garota à frente.

— Na verdade... – A menina a olha, surpresa. – Sou amiga da Vikky McGarden. E também da Juvia Lockser, a garota que estará no palco com o pianista, Silver Fullbuster. – A garota pareceu desconfiar. – Acontece que Vikky insistiu para que eu fizesse uma visita surpresa antes que Juvia se apresentasse, mas acabei me perdendo.

— Senhora... Me desculpe, mas não tem permissão para andar por aqui. Além disso, não pode comprovar que o que diz é verdade. Ainda tenho que guiá-la para fora. – Insistiu. A ruiva piscou e fingiu-se preocupada.

— Oh não... O que devo fazer?... – A garota continuava desconfiada. – Bem, irei apenas ligar para Vikky e dizer que não poderei fazer o que ela me pediu. – Tirou o celular que estava entre os seios e digitou um número aleatório.

— Apenas me siga enquanto fala com sua colega, sim? – Disse quase em tom irônico.

—... Alô, Vikky? Sim, já estou aqui... – Falou alto para que a garota pudesse ouvir, mas sua tentativa de enganá-la não parecia fazer efeito. Isso não a impediu de continuar o teatrinho. – Sobre isso... É que.... Bem, não poderei visitar a Juvia... É que uma das profissionais deste lugar acha que sou uma penetra e está me guiando para fora. Você sabe que faço tudo que me pede, mas não quero me meter em problemas, não é? O que posso fazer? – Continuou a ruiva enquanto seguia atrás da garota. – O quê?... O-O nome dela? – A menina parece se surpreender. – Está bem... – A ruiva cutucou a garota, que se virou.

— Hm?

— Me desculpe, mas a Vikky quer saber o seu nome. Não é como se eu não houvesse avisado... Ela parece irritada. – Alertou Flare.

— Tch... Você não acha que acreditarei nessa ligação falsa, não é? – A farsante elevou as sobrancelhas e piscou, parecendo confusa.

— Ah não? – Ela estende o celular e o tira de perto do ouvido. – Fala com ela, então. – A menina encara o aparelho e vê que havia uma chamada em andamento. Ela pareceu tremer assim que percebeu que a ligação era verdadeira e a ruiva sorriu ao ver o medo nos olhos da garota, seus olhos caíram numa expressão sinistra. –... Não vai pegar? – O tom da sua voz estava mais grave e baixo. Quase ameaçador.

— N-Não... Me desculpe! – A garota muda lentamente sua expressão e volta a sorrir simpaticamente.

— Então me deixará visitar a Juvinha?! – Deu pulinhos.

— S-Sim, claro. Eu a levarei... Pessoalmente!

— Arh... – Ela expirou e voltou a fingir falar com Vikky. – Amiga... Adivinha só: ela finalmente se convenceu! – A essa altura, a garota já acreditava cem por cento na ceninha de Flare. Parecia preocupada pela resposta da rapper com quem a ruiva supostamente falava. – Ah, não seja assim! Aposto que ela encontra muitas pessoas perigosas por aí. Apenas está fazendo seu trabalho, não precisa mandar demiti-la!

— D-Demitir?!

— Ela é uma boa garota. Saberá o que fazer de agora em diante... – A ruiva a olhou com um sorriso sinistro. – Certo?...

— Ah.. C-Certo! – Flare mantém o sorriso e pisca lentamente.

— Hm... Ok. Nos falamos em breve. – A ruiva desliga e encara a garota, fazendo uma pequena pausa antes de falar. – Essa foi por pouco, Vikky realmente ficou irritada.

— Desculpe novamente senhora...

— Corona.

— S-Sim... Eu a levarei até o camarim da senhora Lockser!

— Obrigada. – Ela vai na frente e a garota a chama. A ruiva vira parcialmente. – Hm?

— Desculpe, senhora Corona, mas... E quanto ao meu emprego? Vikky não fará nada, certo? – A garota sorri e responde.

— Não se preocupe, querida. Eu te defenderei. Afinal.... Nunca se sabe quando alguém quer fazer algo de mal... Certo?

— Sim... A senhora é muito gentil. Obrigada por isso. Bem... Vamos!

A ruiva abaixou o olhar e pareceu conter uma gargalhada. Continuou com um sorriso esnobe e satisfeito enquanto seguia a bobalhona que acabara de enganar. As pessoas eram facilmente manipuláveis para a ruiva, ela quase acreditou que o destino estava dando uma ajudinha.

 

...

 

O filho do pianista continuava seguindo o segurança suspeito. Ele parecia voltar para onde deveria estar. O rapaz o seguiu de longe e percebeu que os outros sequer sentiram sua falta quando retornou. Aquilo era bem estranho, mas era pouco provável que os outros sentissem falta de um entre tantos seguranças. No entanto, o garoto ainda estava muito desconfiado daquilo e se certificou de memorizar bem o rosto dele.

— Gray? – O garoto virou.

— Lyon?

— O que está fazendo aqui? Você já deveria estar na plateia junto com os outros! – O perolado se aproxima com as mãos nos bolsos.

— E você, por que não está lá? Onde está o Romeo?

— Ele quis ver o pai antes da apresentação.

— Nosso pai já está aqui?! – Pareceu surpreso.

— É, está, sim. E você ainda não me disse o que fazia parado aqui. – O moreno não havia percebido que estava de volta aos corredores dos camarins.

— Nada de importante. Apenas estava procurando sinal no meu celular e acabei aqui. – Lyon abaixou seu olhar para fitar as mãos do moreno. Ele arqueia uma sobrancelha.

— Não vejo nenhum celular na sua mão. – Gray bufa e revira os olhos.

— E eu não vejo o diploma de detetive. – Ironizou.

— Muito engraçado. – Disse o perolado com um meio sorriso. – De qualquer forma, vamos logo voltar. Wendy está guardando nossos lugares.

— O quê?! Deixou a Wendy sozinha?! – Espantou-se o moreno.

— Não me olha com essa cara, eu também não concordei, mas Romeo queria muito falar com Silver antes da apresentação e Wendy praticamente nos empurrou para fora do balcão VIP.

— Hunpf... Romeo sempre arrumando problemas...

— Gray. Esse é um lugar privado. Há seguranças por toda parte, não há com o que se preocupar.

Seguranças... Como aquele que saiu de um lugar totalmente invisível e estava agindo de modo suspeito. Ele não tinha tanta certeza de que aquele lugar era tão seguro assim.

— Argh.. Só vamos pegar o Romeo e encontrar Wendy de uma vez. – O rapaz puxa o braço do perolado que é praticamente arrastado.

Aquele cara suspeito não ia sair da cabeça do rapaz tão facilmente, mas talvez Lyon estivesse certo. Aquele lugar estava cheio de seguranças e, mesmo que aquele fosse suspeito, os outros dariam conta de qualquer penetra ou seja lá quem fosse que ameaçasse a segurança de todos.

Ou pelo menos era o que deveria acontecer.

 

...

 

As garotas chegam em frente ao camarim de Juvia.

— Obrigada por me trazer. – A garota levanta a mão para bater à porta, mas a ruiva segura seu pulso rapidamente. – O que está fazendo?

— Vou anunciá-la à senhor—

— Já fez o bastante. Será que não sabe o que é uma visita surpresa? – Disse Flare, rispidamente.

— Mas—

— Eu me viro daqui. – A garota não pareceu saber como agir e continuou encarando a ruiva que arqueou a sobrancelha. – O que espera para ir?

— É que...

— Será que eu devo ligar para Vikky novamente?

— N-Não! Me desculpe, senhora Corona! Eu irei imediatamente! Com licença! – A menina vira e sai apressada.

A ruiva ainda a observava com olhar irritado quando ouviu uma voz familiar vindo de dentro do camarim da azulada. A garota eleva levemente as pálpebras, surpresa, subindo lentamente seu rosto com semblante estático. Ela sorri e fica em frente à porta.

— Vikky... McGarden. – Ela ri baixinho e abaixa seu rosto.

A porta do camarim se abre novamente, fazendo a franja escarlate que cobria seu rosto agitar-se com o vento feito pelo movimento. O segurança de Levy se preparava para sair quando deu de cara com a ruiva do outro lado da porta e um sorriso sinistro, que ainda era visto no rosto parcialmente escondido de Flare. Gajeel arregalou os olhos e estreitou o olhar, tornando seu semblante furioso.

— Você? – Disse cerrando os dentes pela raiva. A ruiva levanta o olhar lentamente sem tirar o sorriso sinistro dos lábios.

— Olha só... O cão de guarda da Vikky também está aqui. – Disse encarando-o com olhos caídos.

— Flare?! – Vikky a percebeu logo depois que viu a tensão na voz de Gajeel ao abrir a porta.

— Pode apostar que sim. – Respondeu o moreno ao comentário da ruiva, cerrando os punhos. – E adivinha só... – Ele agarra o pescoço da garota e a empurra contra a parede apertando sua garganta. Levy se assusta com a atitude repentina do moreno, chamando seu nome, mas Gajeel a ignora; Juvia põe as mãos sobre a boca, igualmente surpresa e assustada com a situação. A ruiva segura o pulso do moreno, tentando folgar o aperto em seu pescoço. Ele aproxima seu rosto do ouvido de Flare e sussurra. – Ele morde.

— Gh... Então essa é... A verdadeira forma d... Do lobo solitário. Haha... ha... – O moreno se surpreendeu com o comentário da ruiva que sabia sobre o “lobo solitário”, mas não que ele se importasse. O moreno lançou seu olhar sinistro e riu.

— Você fez a lição de casa como uma boa garota. Mas está errada sobre uma coisa. – Ele imprensou ainda mais o pescoço da garota contra a parede e a arrastou para cima, tirando-a do chão. Ele a encarou de perto e a olhou dentro dos olhos. – Você ainda não viu a verdadeira forma desse lobo.

Ela o fitava de cima, onde ele a estava segurando e ela parecia sorrir com dificuldade, seu rosto ficando cada vez mais vermelho.

O moreno a fuzilava com o olhar e parecia tentar se controlar para que não a matasse ali mesmo. Mas talvez ele não devesse se controlar tanto assim. Ela havia tentado matar a Levy uma vez e, pelo olhar em seus olhos, ela não tinha medo e não ia parar. Ele tinha a faca e o queijo na mão, agora só precisava preparar o lanchinho da tarde.

— Será que eu devo mostrá-la agora?... Gihihi.

Ele sorri sinistramente e aperta ainda mais o pescoço da Corona que começa a ficar roxa. Aquela ruiva pode estar sorrindo agora, mas se depender do Redfox, em alguns minutos isso não ficará nada divertido.


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Notas finais do capítulo

O Gajeel nunca esteve tão fod@ quanto nesse capítulo. AHSHAUSHAUSHAUSHUAHSUAHSUAHUSHUAS... Só queria registrar isso. AUHSUAHSUAHSUAHSUAHS... Gente, o QUE FOI essa cena final.. O cara tá com sangue nos olhos. Bota um Eminem Ft. Lil Wayne aí Dj, faz favor. Porque o momento PEDE! KKKK...
Au, au au, a psicopata se deu mal! Yuuuu ~
Eu avisei que a ação ia começar...
Quando estiver lendo a fanfic... A treta vai estar lá! Achou que eu tava brincando?
Mmm... MmMUAHAHAAHAHAHAHAHA.... Até o próximo capitulo, família #MSP!



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