Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 51
Verdade Abrupta.


Notas iniciais do capítulo

Yoooooo, famíliaaaaaaaaa #MSP! Tô de volta e tenho algumas coisinhas pra dizer!

A partir de agora, a fanfic vai começar a entrar no pré-desfecho. Ou seja, os acontecimentos que darão seguimento aos desfechos dos personagens vão começar a.... Começar. KKKK... Ah, vocês entenderam.

Aí você me pergunta. "Mas autora-sama, a fanfic está perto do fim?! É ISSO?! Ç_Ç"

.... Não Priemos Cânico, mas, digamos que se a fanfic fosse uma estrada e a história fosse a carroça. Ela estaria entrando na última curva para chegar ao destino.

Deu pra entender mais ou menos? Aff, pra quê eu invento de falar em metáfora.

Seguinte, o que importa é que as coisas que estão destinadas a acontecer desde o início começarão a acontecer a partir de agora. Por isso, alguns dias se passaram na história, isso vai agilizar as coisas.

Mas enfim, galera, é isso! Aproveitem a história, porque ela está pertooooo dooooo desfechooooo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600174/chapter/51

...Alguns dias depois...

O tão esperado dia da apresentação de Juvia e Silver havia chegado. Levy havia dispensado sua assistente aproximadamente uma semana antes para que pudesse ter tempo livre total para ensaiar e praticar suas músicas.

Apesar de serem adversários em uma aposta, Wendy continuava a sair com Romeo, e, às vezes, levava Gajeel para acompanhá-los. Não que isso fosse escolha do rapaz, mas a garotinha era expert em chantagem emocional. Não, o Gajeel não caía na chantagem, mas sua chefe, sim, e ela acabava mandando que ele os acompanhasse, de qualquer jeito.

E, falando no casalzinho, após a noite que passaram juntos, Levy refletiu sobre o que sentia pelo seu segurança. Ela ainda estava confusa, mas o rapaz deixou claro que não iria forçá-la a nada. Palavras dele: “só queria que ela soubesse” e esse havia sido o motivo pelo qual ele finalmente admitiu o que sentia em voz alta. De certa forma, isso o deixou mais leve. A relação dos dois pareceu ficar, igualmente, mais leve. Agora, sem mais segredos amorosos.

Lucy foi até a clínica do seu plano de saúde com Aquarius, Yukino e Virgo, que fizeram questão de acompanhá-la, para fazer um exame de sangue. Ela já estava certa sobre sua gravidez, por isso, não quis mais testes de farmácia e optou pela confirmação oficial de um teste sanguíneo. Que deu positivo. A médica que a atendeu prontamente marcou as primeiras consultas com a ginecologista e o ultrassom. Apesar de nervosa, a loira estava relativamente conformada e recebia o apoio das três amigas, que estavam muito animadas com a confirmação. O primeiro dia de ensaio do desfile também havia chegado e todos os modelos se encontrariam novamente... Isso incluía Natsu, com quem ela não conversara desde a noite do amigo secreto.

Falando no rosado, ele, finalmente, estava decidido a confessar o que sentia para a loira. E resolveu procurá-la na próxima vez que se encontrassem, uma vez que já estava tão perto o ensaio para o desfile.  Essa seria a oportunidade perfeita. Desde sua conversa com Gray, ele havia tomado a decisão de ser verdadeiro desde o princípio e não ia desistir da estilista, a não ser que suas chances fossem zero. De alguma forma, ele sentia que ela o correspondia, mesmo de um modo bem camuflado. Isso o deixava esperançoso.  

Mirajane continuava administrando seu bar e tudo era um sucesso. Principalmente, depois que algumas fotos da branca foram postadas com Laxus em alguns sites de fofoca; seu bar ficava cada vez mais cheio. Além de ser conhecido, praticamente, por ser o tal bar do segurança da Vikky McGarden. Ela também continuava a fazer o tal favor que o loiro havia lhe pedido. Mas era difícil continuar com isso sem dar bandeira. Ela e o rapaz conversavam, eventualmente, por skype. Ao menos, agora, ela tinha um pretexto para estar em contato com o galã.

Erza continuava em sua jornada em busca do seu pai, que continuava foragido. Mas estava cada vez mais perto. Ela e Simon seguiam pistas que indicavam sua passagem por lugares onde usava nomes falsos. Erza conhecia todos os nomes que ele usava, então, isso não era tão difícil.

Ao menos, não era tão difícil quanto lidar com a ausência de Jellal desde o natal. Mas ela não podia deixar que pensassem que estavam juntos novamente. Isso era a última coisa que ela queria. Afinal, ela preferia vê-lo vivo e longe, do que morto ao seu lado.

Assim como Juvia, Silver estava praticando suas melodias ao piano e Gray o acompanhava juntamente com Romeo. Claro, o mais velho o acompanhava tocando em conjunto, enquanto o mais novo assistia animado. Romeo, mesmo não tendo a mesma paixão pela música, gostava de estar com o pai. Eram raras as vezes em que os três estavam juntos.

...

A irmã menor de Juvia estava deitada sobre o piano e apoiava o queixo sobre as mãozinhas juntas embaixo do seu rosto. Wendy sempre gostou do som das músicas tocadas ao piano, e a forma como sua irmã tocava era tão delicado que quase a fazia sonhar acordada.

— Ai, mana... Não sei por que está tão ansiosa! Tocando assim, todos se apaixonarão por você bem rápido! – Comentou a garotinha, virando-se e fitando o teto, encantada pela melodia que sua irmã acabara de tocar. Juvia riu com o comentário de Wendy.

— Até parece... Pensa que não percebi que você estava quase dormindo enquanto eu tocava? – A menina se vira novamente para encarar a irmã.

— Ah, mas isso porque a música faz o piano vibrar e isso dá sono. – Juvia riu novamente.

— Sei...

— Acredite em mim, Juvia! Você vai brilhar igual a tia Levy, no palco do tio Silver!

— Se você diz, então acredito. – Ela sorriu serenamente. – A verdade é que ainda estou nervosa por conta de uma música... Eu ainda não decorei propriamente a sequência das notas... É que esta é a única que nunca havia escutado antes...

— Não se preocupe com isso, mana. – Diz a pequena, abanando a mão. – Vai ver como tudo acabará bem. Além disso, essa é a que Silver tocará com você, não é?

— Mas por isso, mesmo! Se eu errar uma nota, arruinarei a parte dele também! – A menina encarou a irmã com a bochecha apoiada sobre o pequeno punho. Ficaram em silêncio por um momento até a campainha tocar. As duas desviam o olhar para a porta, olhando-se, novamente, em seguida.

— Será a Levy?... – Comenta Juvia.

— Hm... Ela teria avisado na mensagem que mandou para você mais cedo... Acho que é outra pessoa. – Wendy olha para o lado.

“Só espero que o Romeo não tenha dado um jeito de trazer o Lyon até aqui...”

Wendy apenas continuou deitada sobre o piano brincando com suas teclas, tocando uma musica de ninar, enquanto sua irmã foi atender a visita. A branca checa a imagem de sua câmera externa e se surpreende. Ela destranca a fechadura e abre a porta, lentamente. O rapaz tinha as mãos nos bolsos.

— Gray?

— Oi. – Ela sorri, surpresa. Olha para o lado e franze o cenho levemente.

— Eu... Pensei que o ensaio do desfile da Lucy-san era hoje...

— E é. Mas a apresentação do meu pai também. Pensei em fazer uma visita. – Ela ainda parecia surpresa. Eles trocaram olhares por alguns segundos antes da azulada perceber que ainda não havia dado espaço para que o rapaz entrasse.

— Oh my... Desculpa, Gray. Entra, por favor. – Ele sorriu. – Obrigada por vir...

— Você... – Ele a encara. – Parece tensa.

— Ah... – Ela põe o cabelo atrás da orelha e sorri um tanto sem graça. – Não é nada demais. Só estou ansiosa para a apresentação.

— Hm... – Ele sorriu. – Não tem com o que se preocupar. Você toca muito bem sem fazer esforço algum.

— Juvia! Por que está demorando tanto? Você tem que aprender aquela... – A irmã mais nova da garota vinha falando desde o outro cômodo e não percebeu que Gray estava com a garota. Ao notá-lo, ela fica nitidamente surpresa. O rapaz dá um sorriso e acena para a menina, que cora.

— Wendy, eu irei continuar assim que Gray for para o desfile, sim?

— Oh, é verdade... – Ele olha para o lado e abaixa o olhar. – Ela disse “aprender”... – Ele a fita. – Está tendo dificuldade em alguma música, Juvia? – A azulada lança um olhar repreensivo para a irmã, que levanta as mãos.

“Você tem uma boca enorme, Wendy”

“Mas você tem que aprender, mesmo, ué. Não é minha culpa...”

O rapaz se manifesta.

— Juvia. – A branca o encara novamente. – Se estiver insegura, por favor, me diga. Eu não vim apenas para uma visita.

—... Não?

— Quis me certificar de que você estará totalmente segura em cima do palco ao lado do meu pai. – Ele se aproxima dela e a fita dentro dos olhos. – Você foi a melhor parceira com quem ele já tocou. – A garota cora com semblante surpreso. – Essas foram as palavras dele. – Disse sorrindo. – E eu concordo com meu velho.

Wendy dá passos para trás e começa a se afastar de fininho.

— Eu... Fico muito honrada por pensarem assim... Mas... Tenho medo que se decepcionem por esperarem tanto de mim. Eu sou musicista, mas não tenho experiência em cima de grandes palcos. Sou quase uma amadora. – O rapaz sorriu e aproximou sua boca à orelha da garota, que arrepiou-se ao sentir o ar quente do moreno em seu ouvido.

— Você deveria se ver como eu a vejo. – Ele se afasta e a encara, sorrindo. O coração da garota, por algum motivo, começa a acelerar. – Assim, daria mais crédito ao seu talento. – Ela o encara com bochechas rosadas por alguns segundos antes de dar uma risada e abaixar o olhar.

— Você tem uma forma estranha de acalmar. – Ele sorri com o canto da boca e aproxima-se dela, estendendo o braço. Ela fica confusa por um instante.

— Senhora Lockser, me dá a honra de ajudá-la com a música?

—... Com... A música?

— A que precisa “aprender”. – Ela ri e põe uma das mãos sobre a boca. Ainda estava envergonhada por ter dificuldades, mesmo no dia da apresentação.

— Gray... – Ela hesita.

— Vamos, me deixe te compensar por ter cuidado de mim enquanto paguei aquele mico na mansão da Vikky. – A garota pareceu surpresa. – É... Meu pai me disse. – Ela começou a rir novamente. A garota estende seu braço e segura a mão do rapaz, ainda rindo.

— Na verdade, foi até divertido. Quase prefiro aquela versão...

— Tch... Não verá aquela versão outra vez nem tão cedo, eu espero.

Os dois seguiram até a sala para tocarem juntos. O moreno a ajudou a entender a sequência de notas da melodia que ela estava com dificuldade. Por sorte, era uma de suas melodias preferidas... Por ser um dueto.

...

A loira estava preparando algumas peças, colocando-as em cima dos estofados posicionados ao lado do passarela.

— O que pensa que está fazendo, Heartfilia? – Interpelou a modelo. A loira a fitou, indiferente.

— Aquarius, eu já disse que posso carregar essas peças de roupa. Não é como se pesassem duas toneladas. – Ela voltou a andar, mas seu ombro foi segurado firmemente e a azulada tomou as peças das mãos da modelo.

— Eu colocarei essas no lugar e chamarei alguém para completar o serviço. Agora vá se sentar. Não esqueça que os três primeiros meses são—

— Tá, tá... Eu já sei. – Ela se deu por vencida, mas alertou, com mãos na cintura. – E a senhorita também não esquece que vai desfilar. Ande com isso e vá para os bastidores junto com todos os outros.

— Tch. – Ela deu um pequeno sorriso e assentiu, seguindo para longe.

A loira expira e parece chateada por ter que ser menos participativa. Ela vai em direção ao banco perto de um balcão, onde Virgo estava apoiada escrevendo algo em uma prancheta. A rosada levanta o olhar, rapidamente, ao perceber a silhueta de alguém se aproximando e vê a estilista, que, praticamente, arrastava-se em direção a ela, com semblante entediado e insatisfeito.

— Oh... Lucy-san... O que houve?

— Hm? Nada... – Ela se senta ao seu lado. – Por que pergunta?

— É que sua cara não está muito boa. – Observou a rosada.

— Ah... Bem, é que eu queria ajudar com o desfile, como sempre fiz, mas Aquarius não me deixa sequer levantar um copo com água. – Disse apoiando a bochecha em sua mão, com cotovelo sobre o balcão.

— Bem... Acho que ela só está exagerando um pouco... M-Mas mesmo assim, ela tem razão, Lucy-san. Não quero que nada aconteça com meu priminho. – A loira deu uma risada.

— Priminho? – A rosada riu e assentiu.

— Hm! Torço para que seja um menino muito esperto e bem humorado, como o Natsu!

— Ói, e por que não pode ser uma garota linda e desenhista como eu? – Protestou, fazendo a rosada rir novamente.

— Ele pode apenas ser bem humorado, esperto, lindo e um ótimo desenhista! – Ambas riram, A loira ficou pensativa, entretanto.

— Mas... – Ela expira. – Continuo chateada por não poder participar...

— É melhor que descanse, Lucy-san. Deixe que nós fazemos tudo, apenas desta vez.

— “Apenas desta vez”? Acho que suas contas estão um pouco erradas, Virgo. Uma gravidez demora nove meses! Por nove meses não poderei ter a mesma rotina de antes!

—... Gravidez?

As duas viram em direção à voz e ficam em choque ao perceber quem ouvira o “fim” da conversa. O ouvinte parecia perplexo, exatamente como elas.

— Natsu? – A loira diz, estática. O rosado franze o cenho levemente enquanto encara a loira.

— Você... Está grávida?... Lucy?

— Ai... Kami... – Virgo pareceu muito preocupada com Lucy.

— Ói, o que deu em vocês? – Aquarius se aproximou dos três. Natsu e Lucy ainda trocavam olhares tensos. – Natsu, você está atrasado, como sempre. Estou indo para os bastidores, vamos, o ensaio já vai começar.

— Eu... Preciso falar com a Lucy antes. – Aquarius não havia notado a tensão no clima até ouvir o comentário do rosado, que falou sem tirar os olhos de Lucy. A azulada arqueou uma sobrancelha e fitou a estilista, que parecia um tanto ansiosa.

— A Aquarius tem razão, Natsu. O ensaio já vai começar. – Disse Lucy, tentando fazê-lo esquecer do que acabara de ouvir. – Conversamos no final.

Virgo aparentava preocupação em seu semblante e quase se sentiu mal ao ver Natsu avulso de tudo que estava acontecendo. A loira parecia aflita e o rapaz não parecia nada bem. Estava aparentemente em conflito. Ele não questionou a ordem de Lucy, mas sua preocupação era nítida.

— Arh... – A azulada expira e massageia a testa. – Quer saber, acho que meia hora não vai fazer tanta diferença. – A loira a fita, surpresa.

— O quê? – Lucy, definitivamente, não queria ter que dizer aquilo daquela maneira. Não foi como ela planejou, ela sequer havia pensado em como iria dizer tudo!

O rosado fitou a modelo, que o fitou e solidarizou-se, mesmo não deixando a pose séria.

— Aquarius... Tem certeza que não irá atrasar os outros? – Natsu se preocupou.

— Hah. – Confirmou. – Além disso, o Gray ainda não chegou. Meia hora deve ser o suficiente.

A estilista e a modelo trocaram olhares e foi como se a azulada a incentivasse secretamente. Ela precisava enfrentar isso mais cedo ou mais tarde. A loira apenas desviou o olhar, irritada.

— Virgo, me ajude a contar as peças de roupa novamente. Acho que está faltando a do signo de leão. – A rosada foi até ela. A modelo continuou. – Vocês podem ir para o salão ao lado... Não está sendo utilizado, então não haverá ninguém lá. Mas abra as janelas, não é bom ficar num ambiente tão empoeirado no seu estado.

Ela quis ter certeza de que Lucy contaria a verdade de qualquer forma, por isso, mandou a indireta propositalmente. E pela expressão do rosado, ele havia captado a mensagem.

— Obrigada pela preocupação, Aquarius. Não sei o que faria sem suas orientações tão úteis. – Ela diz com ironia e se vira, irritada, afastando-se enquanto segue até o salão.

O rosado continua fitando o chão com semblante pensativo. Ele levanta o olhar, com sobrancelhas baixas e cenho franzido. Encara a azulada e assente, agradecendo, sem dizer nada. A azulada assente de volta e o encara enquanto ele segue a garota.

...

O bar da Mira recebe, mais uma vez, a visita ilustre da rapper mais querida de Tóquio e seu fiel escudeiro.

— Mão de ferro e Vikky McGarden!!! – A branca foi em direção ao grandalhão e lhe deu um abraço com um sorriso. Em seguida, apertou a pequena azulada ao lado dele. – Seus danadinhos! Pensei que tinham esquecido o endereço do meu bar!

— Desculpa, Mira-chan. Acontece que tem acontecido tanta coisa... Há tantos compromissos!

— Tudo bem, maninha! Não precisa se explicar. Sei muito bem do que está rolando. O Gajeel, aqui, me conta tudinho. – A azulada arqueia uma sobrancelha.

— Ah é? – Ela o fita. Ele olha para o lado, mas não evita a vermelhidão em seu rosto.

— Não é como se eu fizesse fofoca. Além disso, foi a Mira que insistiu para que eu falasse sobre nossa rotina. – O comentário do rapaz deixou a rapper mais confusa. Ela fita Mirajane que abana a mão

— Pffft... São apenas detalhes. O que importa é que gosto de saber da rotina de alguém famoso, não esqueça que agora começo a ficar famosa. – Brincou. – Bom, mas quero saber apenas uma coisa! Esse bar vai ficar parado assim, mesmo, Mão de ferro? – O moreno riu.

— Não acha que está cedo demais para um show do lobo solitário, Mirajane? – Rebate o rapaz, com um sorriso lisonjeado, mas determinado.

— Nunca é cedo demais para arrasar, amor. – Ela tira uma das palhetas de uma pequena gaveta embaixo do balcão.

— Não preciso disso, Mira. – Ele tira o objeto de seu bolso e o exibe com um sorriso determinado. – Tenho a minha própria palheta da sorte.

A azulada se surpreendeu por Gajeel, literalmente, carregar aquela palheta com ele, mesmo quando não havia planos para tocar. Ele encarou a azulada com o objeto ainda em mãos e ambos trocaram sorrisos antes que ele seguisse até o palco e a guitarra elétrica, já posicionada.

...

A loira ainda abria a última janela quando o rosado entrou no salão, fechando a porta atrás de si. Ela parecia ter dificuldade em abri-la, devia estar emperrada.

— Deixa que eu faço isso, Lucy. – Disse ele, se aproximando dela.

— Está tudo bem, Natsu. Eu acho que consigo abrir uma janela. – Ela respondeu ríspida enquanto forçava a janela.

— É que não acho que consiga abrir isso sozinha... – Ela se vira e ainda estava irritada.

— O que insinuou aí? Então, agora sou incapaz! Preciso que todos façam tudo por mim, é isso?

— Calma, Lucy. Eu não disse dessa forma, apen—

— Apenas está me tratando como todos os outros! E não me peça calma.  – Ela vira e força a janela novamente. – Estou ficando farta disso!

— Lucy! – O rapaz teve medo que a loira se machucasse, se continuasse forçando a janela.

— Argh! Tudo bem, eu não consigo abrir a maldita janela. – Ela dá alguns passos para longe, com uma das mãos sobre a testa. Ofegante, ela parece tentar se recompor.

Natsu a encara por alguns segundos antes de seguir até a janela e desemperrá-la facilmente. Lucy vira seu rosto ligeiramente ao ouvi-lo abrindo, finalmente, a tal janela. Talvez a loira estivesse apenas muito afobada. A estilista continuava de costas e permanecia quieta. O rosado a fitou e pensou um pouco antes de falar. Seu olhar fixo ao chão.

— Talvez... Essa não seja uma boa hora para falar sobre isso. – Ele levanta o olhar e parece um tanto cabisbaixo. – Me desculpe, Lucy.

A loira sente uma pressão sobre seu coração ao ouvir o tom da voz do rosado, que costumava ser sempre animada. Ela franze o cenho e o encara, sentindo-se culpada. Aquela gravidez estava mexendo altamente com seus nervos.

— Conversamos depois do ensaio, como você queria. – Ele dá um passo em direção a saída.

— Natsu! – Ele a encara novamente. Ela olha para o lado e respira fundo abaixando o olhar. – Espera... – Ela o encara novamente. – Me desculpa. Isso... Não tem nada a ver com você. Se bem que até tem, mas enfim... – Murmurou baixinho a última frase. O rosado arqueou a sobrancelha.

— O... Quê? – Ela sacode a cabeça e abana a mão.

— Esquece. V-Você queria falar comigo, não é? Sobre o que era?

— Ah... – Ele olha para o lado e coça a nuca. Mas não com o sorriso largo que costumava acompanhar esse gesto. A loira franze levemente o cenho ao notar o comportamento dele. Ele está... Vermelho? Aquilo atiçou a curiosidade da estilista.

— F-Fala logo, Natsu!

— É que... Eu não sei se essa é a melhor hora...

— Ei... – Ela deu alguns passos em direção a ele, que a encarou com rosto ainda rosado. – Eu já disse que está bem conversarmos agora.

— Lucy... – A garota o fitava dentro dos olhos quando ele abaixou lentamente o olhar, pensativo. Ele franze o cenho e a encara novamente. – Você... Está, mesmo, grávida? – As sobrancelhas dela caem em desapontamento.

— Não era isso que você ia falar. – Ela parece desgostosa.

— Não. – Ela dá as costas e anda de um lado para o outro. – Mas... Eu... É que eu só... – Ela parecia estar juntando coragem para algo enquanto o garoto tentava se explicar. –... Preciso saber se ouvi direito. Eu... A verdade... É que eu... Eu gost—

— Estou. – O rapaz arregala os olhos e parece em choque.

Ela não se atreveu a olhar nos olhos dele. Apenas fitou o chão. Ela queria se enfiar em algum buraco, definitivamente. Ela não achou que isso seria tão difícil.

—... Então... – Ele murmurou consigo enquanto fitava o chão, estático. Ele pensa um pouco e volta a encará-la. – V-Você... Você tem um namorado, Lucy-san? – A garota franze as sobrancelhas e não pareceu esperar por uma pergunta como essa.

— Quê?                                                                                   

— É que eu não... Sabia...

— Natsu!—

— Quero dizer, eu pensei que não estivesse saindo com ninguém... M-Mas...

— E não estou!! – Disse ela, pasma pela lerdeza do pai do seu filho. Ela expira e se aproxima do rapaz, fazendo-o parar de falar e encará-la. – Natsu. Eu descobri isso há algumas semanas, apenas. Você me viu com mais alguém durante esse tempo... Além de você? – Ele a encarava com semblante preocupado e pensativo.

— M-Mas... Se não há mais ninguém... E-Esse... – Ele encarou o abdômen da garota.

— Exatamente. – Ela expirou e piscou lentamente voltando a encará-lo. – Esse bebê... Também é seu.

O rosado continuou atônito. A estilista expirou e deu algumas batidas no ombro do rapaz.

— Eu vou buscar um suco de maracujá. Acredite, a sensação piora com o tempo, vai precisar ficar calmo.

A garota sai do salão, deixando o rapaz com milhões de pensamentos em sua mente. Um filho. Natsu Dragneel ia ser pai. Como ele faria para memorizar quaisquer sequências do ensaio que estava a ponto de participar, ele não sabia. Na verdade, ele não sabia de mais nada. Apenas que sua vida estava de cabeça para baixo agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, não fiquem depressivos. A fanfic não vai acabar nos próximos cinco capítulos ou coisa parecida. Só está chegando perto do desfecho das coisas. Ok?

Deixa eu agradecer de novo por vocês estarem comigo e compartilharem seus ataques de histeria e suas reações com as coisas que acontecem na história. Cada um de vocês faz parte da minha vida e tem espaço especial no kokoro da autora-sama. #FamíliaMSPSempre

Até a próxima. ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Segurança Particular." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.