Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 47
Quatro perguntas, uma verdade.


Notas iniciais do capítulo

Já queria adiantar que hoje não tem Nalu. KKKKKKKK... Muitos leitores na expectativa da reação dos novos papais, mas hoje só deu Gale e outro shipp. Vou deixar vocês descobrirem no decorrer da leitura. Quase não consegui postar o capítulo, mas, no fim, deu certo! E sim, as quase duas da manhã. kkkk... Eu disse que não ia demorar mais pra postar. Achou que eu tava brincando? ò_ó Tô de volta no jogo! Olha elaaaaaaaa!



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Última cena.

O perolado prepara uma câmera diferente. Era a câmera que recebera de presente no amigo secreto.     

— Certo, essa é a última cena. – Diz enquanto foca Levy no centro da lente, olhando para o visor.

— Olha só... Parece que o Natsu acertou mesmo no presente, não foi? – Comentou Levy sorrindo em seguida.

— Na mosca. – Ele brincou, concordando. – Ainda estou me adaptando, entretanto. É uma câmera nova em questão de tecnologia e efeitos... Mas será essencial para o próximo take.

— Estou animada para começar a última cena. – Diz ela, sentando-se ao balanço, suspenso por cabos cobertos com flores.

— Aori, para esta cena, você terá que vir como se fosse convidá-la para dançar. – Disse ele ao modelo que esperava instruções. Levy também ouvia atenta. – E depois disso, vocês vão para lá. – Apontou para um jardim montado, com várias ornamentações e algumas velas.

— O Lyon é realmente bom quando está dirigindo, não é? – Diz Juvia, admirada com o profissionalismo do perolado no ambiente de trabalho. – Mas às vezes parece muito tímido... Isso é mesmo uma ironia, não acha, Gajeel-san? – A azulada fita o moreno, mas ele, aparentemente, sequer ouviu seu comentário. A branca arqueia uma sobrancelha. Ele encarava a rapper com olhar estreito e braços cruzados.

Wendy e Romeo assistiam tudo, curiosos. Assim como Juvia e Gajeel.

— Depois, já sabem o que fazer. – Concluiu Lyon. – Ok. Em seus postos... Gravando.

Uma música romântica começa a tocar e ventiladores são ligados para imitar o vento natural dos campos. A rapper mantinha-se sentada ao balanço. Sua roupa era delicada e dava a impressão de que a garota era um ser divino. Trazia algumas rosas presas às madeixas azuladas. Logo, o modelo se aproxima. Suas roupas em tons igualmente delicados; trajado com uma roupa social elegante e devidamente ajustada ao seu tipo físico e que contrastava com o tom pálido de sua pele.

Levy borrifa um pouco de seu perfume lenta e sensualmente, encarando o modelo a seguir. Ele sorri e estende a mão para ela, que segura e põe o frasco de seu perfume em uma pequena coluna branca de estilo romano, também ornamentada com flores.

Todos os olhares eram para a rapper, que parecia brilhar em cena. Esse era outro lado desconhecido da chefe de Gajeel, que não tirava os olhos dela por um segundo, mesmo esforçando-se para aparentar indiferença.

— A tia Vikky é muito linda... – Comentou Romeo, apoiando suas bochechas aos pequenos punhos, ao lado de Wendy, que posava da mesma forma.

— Hm... – Concordou ela, sem tirar os olhos de Levy. – Parece uma fada com aquele vestido e as flores...

De volta à cena, Levy e o modelo seguem até o jardim montado e deitam-se lado a lado.

— Eles podem nos esquecer... Mas não esquecerão nosso perfume. – Disse a rapper, falando seu texto enquanto o rapaz inalava o cheiro em seu pescoço. – Eternize-se na vida de alguém... Com Girl’s Power. – Ela diz com um sorriso sensual. Assim que termina sua frase, o modelo toca gentilmente seu rosto para encará-lo, fitando seus lábios de modo sedutor.

O moreno se levanta e a branca se assusta com a atitude abrupta, fitando-o.

— Gajeel-san? O que foi?

— Estou com sede. Eu já volto. – Ele explica enquanto se afasta. Juvia parece ainda um tanto confusa. Ela volta sua atenção à rapper, novamente e a vê beijando apaixonadamente o modelo com quem contracenava. Juvia percebe o que pode ter causado a sede repentina no segurança. Ela abaixa o olhar. Ela encara as costas do moreno, que caminhava para a saída.

— Gajeel-san...

Juvia expira e continua assistindo à cena.

...

Era mais um dia de prática. Silver tocava uma melodia delicada e romântica ao piano. Sua expressão serena contrastava com o crucifixo prateado que usava como brinco em uma das orelhas, o que dava um ar levemente rebelde à elegância do pianista. De olhos fechados para sentir a melodia; ele os abre lentamente e sorri, parece se lembrar de algo.

~...~

O moreno adentra o apartamento da modelo com a ajuda do porteiro do prédio, que havia aberto a porta enquanto ele a levava ao colo.

— Obrigado, jovem. – Estende a mão em direção ao rapaz, com uma nota de dinheiro entre os dedos. – Isso é por sua colaboração.

— Obrigado, senhor Fullbuster. Com licança. – O porteiro sai. O moreno se vira para a modelo que havia posicionado gentilmente ao sofá e sorri serenamente. Ele vai até ela e agacha para encará-la de perto.

— Está acordada, senhora Aquarius? – Ele sussurra.

— Hhn... É... Senhorita. – Murmura de olhos fechados. O moreno dá um pequeno riso.

— Você deve ir para o seu quarto. A ressaca será ruim o suficiente amanhã de manhã, não precisa arranjar um torcicolo dormindo nesse sofá.

— Quem disse que... Eu quero dormir...

— Tem razão, é apenas seu corpo que deseja dormir. – Brincou. – Arh... Não devia viver tão inconsequentemente. Um desses dias acabará não voltando de um coma alcoólico. – Ele segura o braço da modelo e a força a levantar-se. Põe o braço da branca ao redor de seu pescoço e a segura firmemente pela cintura.

— Nhn.... – Ela mantém a cabeça baixa, mal sustentando o próprio peso.

Ele chega até o quarto e tenta colocá-la na cama. Mas ela resiste por não querer dormir. Acabam se desequilibrando e o rapaz cai por cima da garota.

— Nhn... – Ela pressiona e abre os olhos, fitando o rapaz.

— Desculpe... Você está bem? – Ele apoiou os cotovelos no colchão para não por todo o seu peso em cima da modelo. Ela deu um sorriso e baixou o olhar para analisar seu corpo sobre o dela.

— Está melhor que antes. – Ela vai até os lábios do pianista, puxando-o para um beijo roubado. O moreno fica confortavelmente sobre a modelo por um momento, enquanto trocam carícias. Entretanto, aquilo não era certo e Silver a afasta gentilmente, encarando-a.

— Não perde sua ousadia mesmo semi-inconsciente.

—... Apenas fique aqui e não... Me deixe dormir. – Ela tenta beijá-lo novamente, mas ele resiste e apronta-se para deixá-la descansar, saindo de cima da cama.

— Shhh... – Tenta fazê-la permanecer na cama enquanto ele sai. – Não posso ficar com uma mulher desacordada. Isso não te parece uma perfeita cena de crime?

— Hhn... Parece uma perfeita cena... De filme pornô. – Ela arranca uma risada do moreno.

— Não me enganei ao te achar uma mulher interessante, sabia, senhorita Aquarius? Heheh... Apenas durma. Ficarei aqui até cair no sono e então, irei.

— Você é tão... Chato. – Ele a cobriu com a coberta e a ajeitou sobre os travesseiros. –... Mas é muito... Gostoso. – Ele ri e balança a cabeça. Beija sua testa com um sorriso.

— Você também é... Fascinante.

Ela respira calmamente de olhos fechados e seu rosto vira lentamente à medida que é vencida pela exaustão. O moreno se afasta e senta-se perto da cama, fitando-a com olhar cuidadoso.

~...~

Silver continua tocando sua melodia e abaixa o olhar novamente. Falando consigo.

— Aquarius... Essa garota é realmente incrível. Heh.

...

A amiga de Mira mal podia conter as risadas ao ouvir tudo que havia acontecido na festa de amigo secreto cuja perolada havia sido convidada.

— Me pergunto por que não entrei de penetra nessa festa apenas para assistir isso de perto. – Disse Cana, sentada em frente à Mira, do outro lado do balcão.

— O que me faz lembrar da presença inconveniente da Ever-insuportável-green.

— Não brinca! Ela também foi? Pensei que tinha dito que a Vikky convidou apenas pessoas próximas.

— Você sabe como aquela garota é. Não desgruda do Elfman, exceto quando ele lhe dá dinheiro para fazer compras. – A perolada expira. – Não sei como ele pode ser tão manipulável... Praticamente come na mão dela. Por sorte, ela foi embora depois de dar um chilique. Seria péssimo que a ex do Gajeel estivesse lá quando... – A garota se deu conta que falara demais.

— Hm? Quando o quê?! – Mira continuou encarando a morena e se desencostou do balcão, endireitando-se, como se quisesse se preparar para uma grande descida íngreme numa montanha russa. – Fala logo, Mirajane! O que aconteceu nessa festa que a Evergreen não podia... – Cana arqueia uma sobrancelha e pensa um pouco. Ela estreita o olhar e pende a cabeça. – Fala sério...

—... O quê?

— O Gajeel ficou com alguém na festa, não ficou? – Concluiu a rainha das pingas.

—... – A morena ficou mais confiante sobre sua teoria. A interpelou, mais ansiosa pela resposta.

— É isso, não é?! – A branca cobre o rosto com as mãos.

— Não é como se ele tivesse ficado com alguém... Foi mais o que ele disse! – A morena começa a rir.

— Rá! – Bateu o punho sobre a palma de sua mão. – Aquele traidor anda mantendo segredos?! Pode contar tudo agora, mocinha! – Disse com as mãos na cintura. A perolada expirou e se deu por vencida.

— Quer saber, eu precisava falar sobre isso com alguém de qualquer forma, aquilo foi muito fofo. Mas o assunto morre aqui, entendeu?! Se isso começar a se espalhar, o Gajeel pode ficar com uma fama pior do que apenas um cara assustador que agora tem um emprego.

— Argh... Tá, tá! Vai falar logo quem foi ou não? – Disse, impaciente.

~...~

É a vez do Laxus. O loiro se anima e vai até a garrafa.

— Enfim! – Ele gira a garrafa com força e ela gira como louca no centro da roda parando apenas quando bate no sapato de um dos participantes. O moreno arqueia a sobrancelha.

— Esta rodada não valeu, a garrafa deve parar espontaneamente. – Disse o segurança atual de Levy. O loiro riu e cruzou os braços.

— Está com medo de jogar comigo, mão de ferro? – Provoca o loiro.

— Tch... Você sequer me dá uma coceira no s—

— Gajeel! – Levy chamou sua atenção pela baixaria que estava prestes a dizer. Gajeel a fitou e entediou-se pela atitude da azulada. Ele arqueia a sobrancelha com olhos caídos e volta a encarar Laxus. O loiro cai na risada.

— Sempre bem humorado, mão de ferro. Anda e responde de uma vez. Você quer verdade ou consequência?

— Tanto faz. – Diz de braços cruzados.

— Qual é, você sabe que não funciona desse jeito, mão de ferro! Não arruíne o jogo! – Esbravejou Natsu, um pouco mais bêbado que antes.

— Ói, Salamander, vê se não se mete! – Rebateu Gajeel irritado.

— Seu amigo tem razão, Gajeel. – Observou o loiro. – Você deve escolher. Regras são regras. – O moreno expira.

— Tudo bem. Escolherei desafio, então. – A loiro deu um sorriso no canto da boca.

— Roh... Corajoso... Não esperaria outra coisa de você.

— Heh. – O moreno esperou pelo desafio. O loiro começou.

— Muito bem... Meu desafio é: responder quatro perguntas. – Disse, encarando Gajeel ainda com o sorriso.

— O quê? O sentido do desafio não é mandar que alguém cumpra alguma atividade? – Disse ele confuso.

— Pensei que não fizesse diferença. – Ironizou ele.

— Não faz.

— Além disso, o desafio é livre. Pode ser qualquer coisa, mesmo. Me agradeça por não usar minha mente maliciosa neste jogo. Heheh...

— Tch... Não me importaria. Teria volta de qualquer jeito, Gihi.

— Afinal, esse desafio sai ou não, vocês dois? – Disse Mirajane.

— Certo, certo. Vamos logo às perguntas. Mão de ferro... Minha primeira pergunta é: você é capaz de tirar a vida de alguém que oferece real perigo a você ou alguém que preza?

A pergunta pegou todos de surpresa. Era algo um tanto sério, já que o segurança de Levy já tinha cara de assassino, de qualquer forma. E sua resposta não foi tão surpreendente.

— Se não houver outro meio, certamente não pensarei duas vezes antes de matar qualquer um que seja uma ameaça. – Laxus abaixa o olhar e parece satisfeito com a resposta do moreno. Ele faz uma pequena pausa e continua.

— A segunda pergunta é... Seria capaz de desistir da sua própria vida... Para salvar alguém?

— Hah. – Confirmou o moreno, ainda de braços cruzados. O loiro se agacha, mantendo o sorriso e encarando o rapaz do outro lado da roda.

— Existe realmente alguém por quem você mataria ou morreria, mão de ferro? Ou estamos apenas lidando com hipóteses? – Pergunta o loiro, curioso.

— É, existe. – Responde sem rodeios. – E você só tem mais uma pergunta. – O loiro ri. Talvez o rapaz estivesse constrangido, no fundo. Mas Laxus não facilitaria as coisas. O loiro tinha a leve impressão de que sabia a quem o Redfox estava se referindo. Por isso, a última pergunta seria o seu “tira-teima”.

— Está certo, essa foi outra pergunta, afinal. Então, minha última pergunta é... Essa pessoa tão especial... Foi convidada está ou esteve aqui, na mansão hoje?

Todos ficaram na expectativa da resposta do segurança, que olhou para o lado e ficou em silêncio por alguns segundos. Braços cruzados e sobrancelha franzida; ele pareceu relutante, por um momento. Mas só “pareceu”. Porque sua resposta foi alta e clara.

— Hah. – Ele confirmou. O loiro arqueou a sobrancelha.

— Hm? Espera, essa pessoa esteve na mansão ou ainda está? – O moreno abre um sorriso ainda com olhar estreito.

— Desculpa, parceiro. Já fez suas quatro perguntas. Gihi.

— E convenhamos que nem precisa responder, não é Gajeel? – Diz Mira. – Ele, claramente, estava falando de mim. Somos brothers. – O moreno arqueia a sobrancelha e encara a perolada, que o fitava com um sorriso. – O sentimento é recíproco, maninho. Ninguém mexe contigo sem me encarar depois. – Gajeel ri.

~...~

A morena entediou-se.

— Então você descobriu que o Gajeel mataria e morreria por você, foi isso? – A morena apoia o cotovelo sobre o balcão e arqueia a sobrancelha. – Vocês estão se pegando ou o quê? – A perolada ri.

— É que não foi pra mim. – A morena franze e eleva levemente as sobrancelhas.

— Hm? Então? – Mira expira e parece ficar boba.

— Eu fiz aquilo para que a tal pessoa especial não descobrisse que era tudo sobre ela. – Cana parece surpresa.

— Não me diga... – A perolada concorda balançando a cabeça.

— Ele estava falando da Vikky.

— Sem chance! O mão de ferro apaixonado...

— Hm. – Mirajane parecia feliz em contar.

— Isso é inédito...

— Ele, finalmente, está se abrindo novamente para o amor! Isso sim é muito fofo! – Cana ri.

— Você é romântica demais. Quero apenas que Gajeel saia da seca de vez. Aquele cara, tch...

As duas continuam comentando sobre a vida amorosa de Gajeel. E o bar fica cada vez mais cheio e movimentado com o passar do tempo.

...

A gravação do comercial termina e a equipe comemora o fim de mais um trabalho. As assistentes vão até Levy e ajudam a retirar parte dos acessórios que usou. Juvia se aproxima e Lyon sorri ao vê-la. Ela retribui o sorriso.

— Parabéns pelo trabalho, Lyon. Ficou tudo muito lindo... – Ele sorri.

— Obrigado, mas a propaganda nem ao menos ficou pronta, como sabe que ficou tão boa?

— Porque foi muito bem dirigida por Lyon Vastia. – Ele se surpreendeu com o comentário e ficou visivelmente sem graça, mas lisonjeado.

— Isso é gentil da sua parte, Juvia... – Ela fecha os olhos em um sorriso simpático. O perolado analisa o rosto da branca e cora levemente, sorrindo. Era impossível não sorrir com aquela imagem.

— Arh... Mais um trabalho realizado com sucesso, senhor Vastia. – Diz Levy, animadamente, que se aproxima dos dois.

— Sim. A gravação ficou ótima, logo tudo estará pronto e disponível nos canais de TV. – Diz Lyon. A azulada sorri.

— Ói, tio Lyon! – Um rapazinho grita, correndo até o diretor, lhe dando um abraço.

— Romeo! – Ele se inclina um pouco para acolher o afilhado. – Não aprontou nada enquanto estava trabalhando, não é? – Brincou ele, carinhoso.

— Juro que não. Eu estava com a Wendy no... Bem, não sei o que é aquilo, mas havia muitas roupas lá... – Ele respondeu. Juvia elevou as sobrancelhas e olhou em direção à sala de figurinos. Wendy não estava lá.

— Quis dizer a sala de figurinos. – Disse sorrindo.

— Heheheh.. – Ele ri, coçando a nuca.

— Oh... Romeo, onde está a Wendy? – Pergunta Juvia.

— Bem, ela foi... Beber água e ainda não voltou.

— Hm... – Juvia ficou pensativa. – Será que ela está com o Gajeel? – Pensou em voz alta. Levy estranhou.

— Com o Gajeel? – Ela olhou ao redor. – Oh... É mesmo, ele não está aqui.

— Hm. Ele também disse que ia beber água e ainda não voltou.

— Ah... Ótimo, eles devem estar juntos. Então, vamos para o camarim? – Despreocupou-se Levy. Juvia assentiu. O garoto pareceu tentar pensar rápido.

— Ah.. Tia Levy. Eu acho que a Juvia devia ficar mais por aqui... E se a Wendy voltar? Ela não vai achar ninguém por aqui e pode se perder. – Juvia pareceu refletir e ficou preocupada.

— Romeo, não assuste a Juvia. Wendy, provavelmente, está com o segurança de Levy ou andando por aí. Se ela se perder, simplesmente, um dos seguranças do estúdio nos comunicará.

Romeo passa a palma da mão sobre o rosto.

“Não vê que faço isso para ajudá-lo a ficar mais com a tia Juvia, cabeção?!”

A Azulada pensa.

— Levy, pode ir na frente? Vou procurar a Wendy. – O garoto arregalou os olhos e sorriu.

— Juvia, ela estará bem! Não conhece a sua irmã? – Insistiu a rapper.

— Por isso, quero procurá-la. Ela é aventureira demais. Não tenho tanta certeza de que ela está com Gajeel, de qualquer forma...

— Por que diz isso? – Levy fica confusa com a afirmativa. Juvia sabia que Gajeel não estava exatamente com sede quando saiu do set de gravações e, realmente, era melhor que fosse procurá-la, ela mesma.

— Apenas acho.. – Não contribuiria em nada dizer que ele, na verdade, deveria estar em outro lugar porque não estava realmente com sede, mas com ciúme de Levy. Ela não queria expô-lo dessa maneira. – De qualquer forma, se ela não aparecer logo iremos nos atrasar e ainda tenho que praticar para o show do Silver. Eu a conheço, então, provavelmente, a acharei antes dos seguranças. – Justificou Juvia.

...

A menina caminhava animadamente por outro set de gravações que achara quando fazia seu trajeto de volta ao local onde gravavam o comercial. Era como o filme de A fantástica fábrica de chocolate, ou Alice in wonderland. Provavelmente, algo muito divertido estava prestes a ser gravado ali. Wendy se divertia dentro de uma grande xícara que se mexia e rodava ao comando de alguns botões.

— Ói. – A garota para o que está fazendo e olha em direção a voz. – Quem te deu permissão para mexer nisso? – Estava escuro, então a garota só pôde ver propriamente quem era, quando o sujeito adentrou à luz e se aproximou dela.

— Ah... Gajeel, é só você? – Ela se vira novamente.

— Tch... “É só você”... Se me lembro bem, você quase se borrou quando me conheceu.  – Ele diz, parando perto do grande objeto com mãos nos bolsos. Ela o encara.

— Isso porque não sabia que você era legal. – A sinceridade natural da garota tocou o moreno, que se rendeu.

— Tch... – Ele se aproxima e analisa a grande xícara. – Afasta para o lado, baixinha. Vou me juntar a você. – Ela se afasta, mas o encara com um sorriso.

— Pensei que não era permitido. – Ironiza.

— Acontece que essa xícara parece divertida. – Abre um sorriso. – Anda e liga essa coisa, antes que alguém nos pegue aqui. – A menina ri e obedece.

...

A azulada se dá por vencida.

— Tudo bem, irei na frente. Mas logo precisarei de você. Não demore. – Disse Levy, se afastando em seguida.

— Ói, por que não vamos todos juntos procurá-la? – Sugere Romeo. Lyon encara a azulada.

— Se Juvia quiser, não vejo problema. – Diz Lyon. O garotinho fita Juvia que parece relutante.

— Eu não queria incomodar... Mas não conheço o estúdio, provavelmente será mais rápido se me ajudar, Lyon...

— Então vamos! – Disse o menino, animado, indo na frente.

— Ó-ÓI, Romeo! Não vá tão rápido ou perderemos você também, seu pestinha! – Juvia ri.

— Tudo bem, nós achamos os dois, então. – O diretor encara a garota, que sorri simpaticamente. Eles haviam se aproximado mais nos últimos dias e o rapaz percebia a mudança no comportamento da assistente de Levy. Estava mais confortável com ele. Isso o deixava feliz.

...

Aquela xícara era mesmo muito divertida. Gajeel e Wendy começavam a se perguntar o que possivelmente poderiam gravar com um cenário como aquele.

— Acha que vão gravar mesmo uma peça teatral da Alice no país das maravilhas? – Pergunta Wendy.

— Ou algo como os pensamentos de alguém muito drogado. Quem tem uma xícara gigante e com assentos? – A garota ri.

— Gajeel. – A pequena o chama.

— Hm. – Ele responde, encostado ao estofado da grande xícara.

— Por que está aqui? – Ele a encarou com sobrancelha arqueada.

— Hm? Quer que eu vá embora ou o quê? – Ela riu.

— Não, bobo. Pergunto por que saiu da sala onde a tia Levy estava gravando. – Ele desviou o olhar.

— Eu estava com sede.

— Não estava não. – Ele a fitou novamente.

— Como é?

— Eu fui beber água e não vi você em canto nenhum! – Lançou a menina.

— Acontece que fui antes de você.

— E ainda assim, está aqui ao invés de lá! O que significa que você estava andando por aí, como eu! E por muito mais tempo, porque só saí perto do fim, isso porque ficou realmente chato! - Então já acabou.. Pensou ele.

— Por que diz que estava chato? – Perguntou, curioso.

— É que a última cena não ficou boa de primeira, então tiveram que fazer aquilo várias vezes... – Ele franziu a sobrancelha. – Quero dizer, uma vez só é fofinho e romântico, mas tantas vezes é apenas... Uhg!

— Mas do que raios você está falando?

— Daquela cena do beijo. – O moreno arregalou os olhos.

— Gh... A Levy beijou aquele cara mais de uma vez? – A pequena piscou algumas vezes, analisando sua reação.

— Foi por isso que saiu?

— O quê? Não! Eu não estava lá.

— Por isso, porque não queria ver. – Ele ficou emburrado. Ela continuou encarando o segurança. – Não é? – O rapaz olhou para o lado e expirou, voltando a encarar a pequena que também o encarava.

— Você também já sacou. – Ela ri e sente-se bem por ter acertado em sua teoria. – Você e sua irmã são boas nisso.

— Hm? Minha irmã? Somos boas em quê?

— Ler as pessoas. – A garota fica admirada com o elogio do rapaz e sorri. – Mas, às vezes, é irritante. As pessoas gostam de poder ter segredos. – Diz ele encarando a garotinha. Ela ri.

— Então... Eu estava certa. Você e a tia Levy estão namorando.

— Não.

— Hm? Não?... Então... Estão saindo juntos?

— Menos.

— Mas e o dia da praia? – Ele encarou a garota, pasmo.

— O dia da praia? O qu... Como voc...

— Eu sempre soube que aquilo era um encontro. – Concluiu abanando a mão.

— Tch... Não foi um encontro. – Ele disse sem fitá-la. Pareceu se lembrar de algo. Wendy percebeu que o rapaz não estava de bom humor, parecia... Cabisbaixo. Ou apenas estava entediado. Ela não sabia dizer.

— Nada foi de verdade. – Ele a fitou.

— O quê?

— Ela estava beijando de mentirinha. - Ela disse, a fim de melhorar seu humor.

— Por que está dizendo isso?

— Porque você gosta da tia Levy e está triste porque ela beijou outro garoto.

— Você é apenas uma criança, não sabe nada sobre essa coisa de gostar.

— Na verdade, eu sei, sim.

— Pff... Vai dizer que já se apaixonou por algum coleguinha da sua escola. – Ele pareceu animar-se. Ela riu.

— Eu não, burrinho! A minha irmã é que se já apaixonou.

— Não brinca. A Juvia? – Ele se encosta novamente e cruza as pernas, apoiando o braço ao encosto do estofado da xícara. A essa altura, não estavam mais brincando com os botões do controle.

— Hm. Ela gostava de um garoto muito popular, era muito bonito e todas as garotas queriam sair com ele. E ele ficava com todas as meninas da escola.

— Tch... Não sabia que caras assim faziam o tipo da Juvia.

— Mas, aí, ele também começou a gostar da Juvia e disse que tinha mudado por ela. E ela ficou muito feliz por um tempo. Só que ela descobriu que ele ainda ficava com outras meninas além dela.

— Não me diga. A Juvinha também é azarada no amor... Hunf... Por isso ela e a Levy são tão amigas.

— Hm... A Juvia sabe como é ter o coração quebrado... Minha irmã estava sempre triste por aí.. Eu não entendia porque era muito pequena, mas agora entendo. Talvez, por isso, eu saiba reconhecer quando alguém está com o coração quebrado. – O moreno a fitou.

— Você é muito madura para uma adolescente. – Ela sorriu.

— Eu só quero te animar um pouco. Eu sei que a tia Levy gosta muito de você. Ela está muito diferente desde que você começou a ser segurança dela!

— Pft.. Está me estranhando, baixinha? Por acaso, pareço desanimado?

— Parece. – Ela diz com sobrancelha arqueada. Ele dá um riso. – Bem... Ou parecia há pouco.

— Eu até estava mal humorado. Mas Relaxa. Estou bem.

— E eu ajudei, certo? – Ele arqueou a sobrancelha. Ele podia apenas ser o Gajeel normal que diria algo como “Nem um pouco”, ou “Não precisava de ajuda para começar”. Mas a verdade era que aquela pirralha havia melhorado seu humor com todo aquele papo.

— Tch... É. Ajudou, sim. – Bagunçou a franja da menina, que riu. Ela ficou feliz por saber que havia melhorado o humor do grandalhão. No entanto, a garotinha, subitamente, se lembra de algo.

— Oh my!... Estamos a muito tempo aqui! Temos que voltar, Juvia deve estar preocupada! – Ela disse, preocupada pela reação da irmã quando a encontrasse.

— Tem razão. Mas elas, provavelmente, estão no camarim, se tudo já acabou. Vamos.

O moreno ajuda a garota a pular de um batente um tanto alto e segue de volta com ela.

...

Juvia, Lyon e Romeo seguem até uma sala um tanto isolada.

— Romeo, tem certeza que viu a Wendy indo por esse caminho? – Perguntou Lyon, estranhando o fato daquele lugar não ter nada de interessante.

— Confia em mim, dindo. Eu sei que ela estará em algum lugar por aqui...

         Juvia e Lyon continuam seguindo o garoto, que entra em uma sala cheia de perucas. De fato, aquela sala, sim, era interessante o bastante para uma adolescente de 12 anos.

— Uau... – A garota fica admirada. – Aqui é realmente muito legal. Até eu me divertiria num lugar como esse.

— Heh... Aqui é bem grande. Tem todo tipo de coisa, como uma sala de perucas. – Disse Lyon. – Mas Wendy parece não estar aqui, Romeo.

— Esperem um pouco, há uma parte no fundo que precisam checar... Enquanto isso, vou lá fora verificar as outras salas! – Ele sai correndo e bate a porta ao sair.

— ÓI, ROMEO! – Ele expira. – Esse garoto... Não sabe andar propriamente!

— Wendy não está aqui... – O perolado vira e encara a azulada, que voltava do fundo da sala.

— Arh... – Ele expira. – Vamos apenas encontrar Romeo e continuar procurando.

— Ah... Lyon. – Ela segura o braço do rapaz, que a olha com surpresa. – É que... – O perolado sente seu coração acelerar por um momento. A garota o solta e continua. – Eu acho melhor seguirmos para o camarim. Sinto que, se ficarmos dando voltas procurando a Wendy, vamos apenas nos desencontrar. Ela, provavelmente, sabe voltar para o camarim...

— Ah... – Era só isso... Ele se sente um tanto decepcionado. Ou aliviado... Talvez não estivesse pronto. – C-Claro. Vamos voltar. – Ela sorri.

O rapaz vai até aporta e gira a maçaneta.

—... Hm? – Gira novamente. – Só pode estar brincando... Argh... Romeo!

— O que foi Lyon? – Pergunta Juvia.

— Acho que Romeo, acidentalmente, nos trancou aqui.

— Ah não... A Levy vai me matar se eu demorar muito! E agora? O que fazemos? – Ele expira.

— Acho que precisamos apenas esperar que ele se dê conta que não saímos daqui e volte para nos ajudar.

— Acha que isso vai demorar muito?

— Não sei... Por que não tenta se distrair, enquanto espera. Disse que você se divertiria em um lugar como esse. – Ela ainda parecia preocupada. Desvia o olhar e parece aflita.

— Ói. – A garota o fita novamente. Ele estava com a peruca da rainha de copas e a garota dá uma risada.

— Lyon!

— Experimente uma também, Juvia.

 A porta continuava trancada... E do lado de fora. Um rapazinho ria baixinho, com o ouvido contra a porta.

— Sim... Se divirtam muito... Isso pode demorar, mas essa é a chance do dindo! Ele tem que se declarar pra tia Juvia agora!

O garotinho se senta no chão e põe fones de ouvido para passar o tempo enquanto espera que algo aconteça naquela sala. Eles, certamente, estavam se divertindo com todas aquelas perucas. Talvez, a demora de Romeo não fosse tão notada assim no final.


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Notas finais do capítulo

Ciúme do Redfox eu adoro. E isso ainda vai render. HSUAHSUAHSUAHS.. Alguém mais vomitando com o Gajeel e a Wendy aí, produção? Esses dois são um unicórnio de tanta fofura. Mas enfim, gente! Até a próxima! Beijoooos!



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