Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 32
Conflito Interno... Não, isso não é o que parece.


Notas iniciais do capítulo

Yo, rappers!
Sim, também estou feliz por vê-los... Mais cedo do que pensei.
Então, aconteceu o seguinte: Eu sou viciada nessa fanfic tanto quanto vocês, ou até mais. Não resisti e dediquei os meus horários vagos para escrever mais e mais. kkkkk... Esse capítulo ficou maior e eu simplesmente A-MEI fora do normal fazê-lo, acho que vocês vão amar apesar de tudo kkk.. (Vocês já já vão saber por que "apesar de tudo" quando lerem.)
E adivinhem hoje é só NALU e GALE! E eles vem arregaçando a P#@!$ toda.
Falando nisso, vocês viram o anime?! O que foi GALE esses últimos episódios, hein, gente?! E o Laxus no último episódio defendendo o Gajeel-sama, a donzelo em perigo? Ai, gente. O Laxus LACRA demais. Esse homem é meu objetivo de vida. kkkkkkkkk... Sem mais delongas, vão ler!!!



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Algumas semanas se passam...

A Cidade de Townsvi.... Digo, Tokyo!!

A época de descanso está quase acabando! Há grandes eventos chegando e todos se preparam!

A loira finalmente havia terminado toda a confecção de roupas do seu desfile. Finalmente ia acontecer! O principal estava pronto, agora só teria que escolher cuidadosamente o local do evento e todos os preparativos para divulgação, mídia... Ufa! Lucy estava agradecida por ter mais pessoas por perto para ajudar... E isso graças ao Natsu. Rosado que, por sinal, havia beijado a garota enquanto ambos estavam bêbados. Para a infelicidade da loira, nenhuma lembrança além daquela noite havia voltado à sua consciência. Ela se perguntava se o garoto havia se lembrado de algo mais... Mas não haveria como ela saber, afinal, não tinha cara para questionar Natsu sobre isso... Depois daquele episódio, ela estava evitando-o o máximo possível, tanto Natsu quanto o tal assunto; embora ele, nitidamente, desejasse falar com ela sobre isso... Lucy sempre dava seu jeito de escapar desse constrangimento...

A azulada havia contado a última do dia à sua irmã: Romeo era filho de Silver Fullbuster, o incrível e talentosíssimo pianista que se apresentaria na capital. Wendy simplesmente ficou maravilhada e insistiu até as últimas para que sua irmã a levasse na apresentação deles para vê-los tocar. Como se isso já não fosse acontecer... Por falar em Wendy, a garota finalmente havia se convencido que Lyon podia ser um bom partido e decidiu ajudar Romeo, que havia levado uma bronca do seu pai por ter saído sozinho por aí. Silver estava bastante animado por se apresentar em sua cidade natal e por seus filhos poderem ver um de seus shows. Como não poderia deixar de citá-la, Silver falou muito bem de sua companheira de palco, a senhora Lockser, como ele se referia a ela, respeitosamente. O filho mais velho do rapaz ficou realmente curioso com tantos elogios. De qualquer forma, ele iria conhecê-la no dia do show, em poucos dias.

Os dragões gêmeos já haviam começado sua rotina de shows. Estavam em sua primeira semana, e já havia mais de quinhentos mil ingressos vendidos. Uau!

Mesmo com a preparação de seu álbum, agora eles faziam shows por algumas cidades do Japão. Rogue tentava se focar apenas nisso, mas era difícil esquecer os últimos acontecimentos. Hora ou outra ele se perguntava por onde andava Flare... Não a viu mais desde que a mandou embora de sua casa. Para uma mulher como ela, era estranho que apenas tivesse desistido dele tão fácil.

Na verdade, a ruiva havia desaparecido por completo... Desde o ataque à mansão com o gás, ninguém havia ouvido falar dela durante esse tempo. A rapper também não sofreu mais tentativas de assassinato. Talvez o oxigênio portátil de Lisanna não fosse tão necessário, afinal. Ufa!

Falando em dragões, como não lembrar da nossa Rapper preferida, Levy McGarden. Com o início dos shows dos dragões, o prazo para a entrega da música havia finalmente se estabelecido. Levy se apresentaria no último show dos dragões gêmeos, fechando a turnê dos dois pelo Japão. Por sorte, a garota havia se recomposto dos últimos episódios estressantes e já havia quase completado sua música... Ela ainda sentia que faltava algo, entretanto. Mas nada que mais alguns dias de criatividade não resolvessem. Ela definitivamente teria a música pronta antes do prazo! Isso tudo graças a Gajeel...

Consta lembrar que o moreno agora estava morando na mansão, indo apenas para sua casa a fim de alimentar seu gato Lily, que andava meio sumido, mas o rapaz deixava a vasilha cheia de ração mesmo assim. Com direito a um peixe de vez em quando. Ele já estava com saudade de seu bichano, mas sua rotina estava começando a ficar mais cheia a cada dia.

– Aleluia! – Disse Levy, jogando-se em sua poltrona com a música do dueto em mãos.

– Pelo visto o dia começou bem. – A garota sorriu ao reconhecer a voz dele e encarou a porta de seu estúdio. Sabia que ele estaria lá, como sempre.

– É. – Ela se ajeitou para fitá-lo propriamente, virando seu corpo em direção ao moreno.

– Terminou a música? – Disse de braços cruzados. A azulada percebeu o incômodo do moreno com as mangas meio apertadas. A essa altura, a garota sabia que não era o terno pequeno, mas os braços fortes do rapaz que o faziam ficar como uma sardinha dentro daquele traje.

– Quase. Mas vai dar certo.... Ahm.. Gajeel? – Ele estava tentando encaixar as malditas ombreiras que haviam saído do lugar novamente.

– Hm? – Disse ele parando de mexer os ombros.

– Você está me deixando um pouco claustrofóbica com toda essa agonia. O que está fazendo? – Falou franzindo a sobrancelha.

– Argh. Eu já disse. Não gosto de estar todo empacotado com esse tipo de roupa. – Ela arqueou uma sobrancelha.

– Tire isso de uma vez. – Ele franziu levemente a sobrancelha.

– Isso é o que me faz segurança, baixinha. Se eu tirar isso, me tornarei apenas uma visita. – A garota se encosta na poltrona desleixadamente e sorri.

– Eu e você sabemos que é meu segurança, Gajeel. Além disso, acho que todos, agora, já sabem disso, então... Tire logo esse paletó.

O moreno expirou e olhou para o lado fazendo bico. Parecia pensar sobre o argumento da garota.

– Apenas seguirei suas ordens, então. – Ele desabotoou os dois botões dos pulsos, desafrouxou a gravata, desabotoando também os primeiros botões da camisa de dentro. Puxou uma das mangas do paletó e tirou o traje, ficando mais à vontade. Ele fitou a garota, que sorria enquanto o observava. Ele não sabia dizer se estava achando graça ou apenas disfarçando a vergonha. Ele expirou. – Pensando bem, que bom que me deixou tirar isso. Estava quase rasgando essa roupa em pedacinhos. – Ela finalmente soltou o riso que estava prendendo. – Acha engraçado, não é? É muito fácil rir, quando você veste essas roupas pequenas o tempo todo.

– Hey, isso não é justo! – Fingiu protestar, a menina. – Sabe como são apertados os espartilhos que uso quando estou no palco?!

– Disse bem. Quando está nos palcos. – Falou ele, jogando o paletó em qualquer lugar, sentando-se à outra poltrona. – Eu tenho que vestir isso o tempo inteiro.

– Ao menos faz mais frio do que calor aqui em Tokyo.

– Ainda é uma—

– Sem palavrões! – Ele arqueou a sobrancelha e ela continuou encarando o rapaz.

–... Uma irritação. – Ela riu.

– Você é quem se irrita muito fácil. – Ela fez uma pausa. Olhou para o lado e o encarou com olhos semicerrados. – Quer saber, vem aqui! – Ela se levanta da poltrona e se ajoelha ao chão, erguendo os braços em direção ao segurança. Ele não se move e arqueia uma sobrancelha.

– O que está fazendo? Quer que eu te jogue alguma coisa?

– Não! – Ela revira os olhos e sorri. – É para você se sentar em frente a mim.

– Hein? – Ela abaixa as mãos e as apoia sobre as coxas.

– O Laxus me ensinou uma espécie de técnica de relaxamento. Eu costumava ficar muito nervosa nos meus primeiros shows.

O moreno não se moveu.

– Acho que vou passar... – Comentou ele, imaginando o possível ridículo que a tal técnica o faria passar. A garota expirou e contorceu a boca.

– Não me lembro de ter pedido, Gajeel. Esqueceu que você trabalha pra mim?! – Ela sorriu cinicamente. Ele assoprou o fio de cabelo caído em sua testa e deu-se por vencido.

– Arh... E trata os funcionários como “amigos”...

– Às vezes preciso lembrar quem está no comando. – Argumentou com um sorriso cínico. Ele se sentou em frente a ela.

– Tá, agora o quê? – Disse o moreno, aparentemente entediado.

– Você só precisa trabalhar sua respiração...

– Aqui vamos nós... – Ele revira os olhos e olha para o lado.

– Gajeel! – Ela o repreende e volta à sua explicação. – Bom, tudo o que tem que fazer é se focar na sua respiração. Primeiro respire com o seu pulmão. – Ela continuou, com os olhos fechados e puxando ar pelo nariz, deixando que seu pulmão expandisse.

– E há outra forma de se respirar? – Ele ainda queria sair dali.

– Gajeel! – Ela o repreendeu novamente. Soltou o ar por completo e continuou. – Como eu dizia... Depois disso, você respira apenas com o diafragma. Só a barriga se enche de ar, ao invés dos pulmões. – Ela fez o movimento com os olhos fechados, respirando calmamente. Depois disso abriu os olhos e sorriu. – Agora faz você. – Os olhos dos morenos caídos em expressão entediada. – FAZ. – Disse ela cerrando os dentes. Ele bufou e repetiu os movimentos que a garota havia feito há pouco, mas de forma desajeitada.

– Pronto. Isso era tudo?

– Como assim “pronto”? Chama isso de respirar?! Parecia mais estar assoprando um mosquito para longe.

– Argh, eu não entendo como isso me faria menos irritado. Estou me irritando com essa técnica maluca, isso é que sim.

– Assim que fizer direito, vai ver como funciona. – Rebateu a garota.

– Isso não estava no contrato... – Murmurou baixinho com uma gota descendo pela testa.

– Para de reclamar. – Ela engatinhou até ele, e ficou ao seu lado. – Vou te ajudar a fazer direito. – Ela pôs a palma da sua mão sobre o abdômen do rapaz.

O moreno se surpreendeu com a aproximação demasiada e repentina e encarou a garota com estranheza. Não que ela tenha dado importância para o que ele achou daquilo.

– Agora respire de modo que apenas minha mão sobre seu abdômen se mova.

Ele não sabia ao certo, mas aquela aproximação repentina da garota e sua mão sobre seu abdômen o haviam desarmado. Sua mão delicada e quente sobre sua barriga; ele podia senti-la tocá-lo delicadamente em suas costas enquanto fitava sua mão sobre a barriga dele. Ele decidiu acabar logo com aquilo, não estava familiarizado com tanta aproximação... De garotas tão bonitas como Levy. Eu acabei de pensar que ela é uma garota... Bonita?! O rapaz desregulou sua respiração.

– Argh... Gajeel! – Ela tirou as mãos dele, indignada.

– O quê?! Eu fiz, não?!

– Não, não fez!

– Essa coisa é inútil, de qualquer forma. Quem liga para onde o ar vai?! Basta ter ar para respirar!

– Isso não tem nada a ver, Gajeel. – Ela desistiu de tentar explicar na teoria. – Argh. Vou te mostrar de novo, vê se presta atenção. – Ela disse engatinhando para frente do moreno.

Ele encarou a garota. Ela segurou os pulsos do moreno e pôs a mão dele sobre seu tórax, posicionando a outra sobre sua barriga. Ele ficou aparentemente desconfortável por tocar em lugares que não havia pensado em tocar... Tão cedo.

– Quando essa mão levantar. – Esfregou sua mão sobre o dorso da mão do garoto para apontar de qual se tratava. – Será a respiração diafragmática. E essa a pulmonar, certo?! – Ela se ajeitou e fechou os olhos.

Ambos estavam frente à frente no chão aveludado daquele estúdio, a garota com suas mãos sobre as mãos de Gajeel, que estavam sobre seu tórax e barriga. Ela finalmente parecia ter conseguido atrair a atenção do moreno. Ele observou o tórax da garota que se elevava e abaixava embaixo de sua mão. Três vezes; Repetiu os movimentos com o abdômen, que se expandiu e se comprimiu a mesma quantidade de vezes. Ela soltava o ar pela boca, enquanto respirava com o nariz, sempre calmamente.

Ela abre os olhos prestes a dizer algo, mas nota o olhar de Gajeel. Eles não se movem, apenas continuam se encarando. As mãos do moreno ainda sobre a garota. A azulada sentiu uma pressão em seu diafragma e, agora, não tinha nada a ver com a tal técnica. O olhar de seu segurança dentro de seus olhos era o responsável. Ela estranhou a si mesma, nunca mais havia se sentido assim. Quando o “assim” é tanta coisa que não tem mais nome.

–... Viu?... – Disse ela, disfarçando o efeito do olhar do moreno sobre ela. Ele baixou levemente o olhar e pareceu encarar os lábios da rapper. Ela pareceu hesitar um pouco, mas continuou, esforçando-se para convencer a si mesma de que não havia clima diferente algum ali. – É assim... Que se faz. – Concluiu, quase sussurrando as últimas palavras. Ela encarou os lábios de Gajeel, que nunca havia ficado tão perto assim. Por isso, ela nunca havia reparado na cor rosada dos lábios dele. A boca dele é realmente bonita... Eu nunca havia reparado... Pensou ela, ainda fitando os lábios do moreno.

– Hm. – Confirmou ele, voltando a fitar os olhos da garota, que encarou os olhos dele quando percebeu seu olhar movendo-se para encará-la. A azulada, por algum motivo, começava a sentir que o ar já não era suficiente para seus pulmões... Pelo menos era isso que Levy preferia pensar ao simplesmente deduzir que ela apenas estava sem ar por estar a apenas alguns centímetros dos lábios de um homem charmoso como Gajeel. Espera... Eu acabei de pensar que o Gajeel é um homem... Charmoso?! A pequena tentava entender a si mesma.

Gajeel não sabia o que havia de errado com ele, mas não conseguia se mover. Uma voz lá no fundo, tão “no fundo” que mal era consciente dizia “Mas o que droga você está fazendo?! Mexa-se e saia dessa furada!”, Mas era praticamente inútil; uma força maior o impedia de se mexer, talvez porque apenas não soubesse como se comportar. Mas isso era loucura, ele sabia onde isso daria e ele não podia ser louco para fazer aquilo de novo. Para fazer a loucura de... Se apaixonar. Ele sentiu seu corpo tremer como se um enorme impulso estivesse sendo reprimido.

A garota podia sentir seu coração começar a se descontrolar e bater mais rápido que o normal. A pressão em seu diafragma havia se tornado constante... Seriam essas as famosas “borboletas”?! O que há de errado? Porque ele está conseguindo me deixar imóvel apenas... Com o olhar? Não... Eu não posso estar... Será?!

Eles abaixaram suas mãos suavemente, ainda tocando suas mãos. O garoto a fitou novamente, e ela o encarou; passando a língua nos lábios, parecia ansiosa, sem saber ao certo o que fazer. Eles estavam próximos, mas a garota percebeu a distância se tornar cada vez menor entre os dois. Ela quase podia sentir a respiração do moreno. Ele já podia sentir o cheiro doce dos cabelos azulados e do perfume exalado pela sua pele branca e macia.

A campainha toca na mansão McGarden.

A garota dá um impulso para trás, como quem acorda de um sonho louco; e olha em direção à porta. O moreno cerra os dentes e olha para o lado, expirando apenas pelo nariz, com a boca fechada. Não se sabia se ele estava emburrado ou apenas nervoso pelo que estava prestes a acontecer se não fosse...

– Arh... D-Deve ser a Juvia... – Ela se levantou e o moreno fez o mesmo.

– Você deve ir atendê-la. Eu vou apenas voltar a fazer a ronda pela mansão.

– Hm... – Ela confirmou; o constrangimento em sua voz era nítido.

Ele saiu e seguiu para o fim do corredor; Levy foi até porta para receber sua assistente.

...

Lucy havia empacotado o último lote de roupas com ajuda de Virgo e Yukino e as peças dos modelos estavam prontas e devidamente passadas nos cabides pendurados ao cabideiro móvel.

– Nem acredito que finalmente acabamos! – Disse virgo enxugando o suor da testa com o dorso do braço.

– Verdade, as roupas multiplicaram desde o mês passado. A produção anda muito boa! – Comentou a perolada apoiando as mãos sobre um dos bolos de roupa.

– Isso é ótimo, realmente. – A loira põe as peças em uma estante e se vira para encará-las. – A propósito, quero agradecer sua ajuda Virgo... Você nem precisava estar aqui, Natsu apenas pediu que me ajudasse enquanto estava de luto por minha irmã. – A rosada sorriu.

– Eu gostei de ajudar com a confecção, Lucy. Além disso, você se tornou uma amiga. – A loira riu. – Assim como a Yukino-san!

– Hm! – A perolada sorriu. E pareceu pensar em algo. – Oh! Acabo de ter uma ideia! Uma vez que não temos mais compromissos e terminamos tudo, pelo menos por hoje, que tal sairmos para lanchar em alguma confeitaria aqui perto?

– Me parece divertido. – Disse Virgo. As duas fitaram a loira.

– Eu adoraria, mas a verdade é que estou realmente muito cansada nos últimos dias. Toda a preparação do desfile deve estar me esgotando... – Lamentou a garota meio cabisbaixa.

– Ah, vamos, Lucy!! Quem sabe você não consegue relaxar em algumas horas de conversa com as amigas? – Argumentou a perolada.

– Também acho que te faria bem! Já faz algum tempo que você está meio abatida. Deveria ingerir algumas vitaminas diferentes. Tipo banana split. – Brincou a rosada. A loira riu, mas fez uma cara de asco em seguida.

– Vitaminas diferentes em uma banana split... Confesso que fiquei enjoada só de lembrar que juntam queijo e sorvete... – A garota pôs a mão na boca com as bochechas infladas e pareceu conter algo que queria sair. Yukino e Virgo deram risada da reação de Lucy.

– A Lucy não gosta muito de banana split, mas eu sim. – Disse Yukino. – Então, Virgo, vamos deixar Lucy descansando aqui e vamos?! Agora estou realmente desejando um daqueles bolos da doceria da esquina... – A perolada fitou a loira. – Você não fica chateada, certo, Lucy?!

– De forma alguma, vão e se divirtam! Outro dia, certamente, me juntarei a vocês, prometo! – Ela sorriu.

– Sendo assim, vamos, Yukino-san! – Ela se virou. – Até mais, Lucy-san!

– Até mais, não comam demais! – Disse a loira, acenando.

– Hah!! – Exclamaram, fechando a porta ao saírem.

A garota respirou fundo e expirou. Suas costas estavam doloridas e parecia carregar dois elefantes em cada perna.

– Só posso estar perto de entrar naqueles dias... Perfeito. – Ela virou e se arrastou para subir as escadas.

Chegando ao seu quarto, viu sua cama e sentiu uma enorme felicidade vinda do além e se jogou de bruços em cima dos travesseiros que eram macios como pluma.

– Arrrrrhhh... – Seus olhos imediatamente ficaram mais pesados. Ela estava mais cansada que o normal. A rotina realmente havia tirado sua energia.

– Lucy.

A loira respirava em cima do tecido do travesseiro com os olhos fechados sentindo o ar quente que saía de suas narinas.

– Lucy!

A garota moveu levemente as sobrancelhas. Hm... Essa é a voz do Natsu?... O que há de errado comigo, agora tenho até alucinações com aquele garoto...

–... Lucy...?

A voz dele parecia mais perto, sussurrada e rouca. Ela sentiu uma leve brisa morna em frente a seu rosto, isso a fez abrir lentamente os olhos. E se deparou com um elemento a encarando de perto, bem de perto, com cara de assustado.

– GYA!! – Ela girou o corpo indo para longe dele.

– UOHO! – O garoto caiu para trás e bateu a cabeça em um dos móveis da estilista.

Ela se desequilibrou caindo da cama, mas levou as cobertas com ela quando tentou agarrar algo para manter-se em cima do colchão.

– Au.... – O garoto massageava a cabeça.

– Natsu! O que está fazendo no meu quarto?

Algo ligeiramente azul deixava a marca de suas patinhas na coberta nova de Lucy.

– Ói, Happy, você deveria me esperar lá fora! – Exclamou o rosado.

– HEY! – Lucy puxou a coberta que havia puxado quando caiu e estava no chão servindo de tapete para aquele gato azul. O animal correu em direção às escadas. – Argh.... – Ela se levantou e jogou a coberta de volta na cama enquanto o rosado se recompunha da pancada. – Parece que o Happy – Frisou o nome do bichano. – está começando a se acostumar com meu ateliê.

– É o que parece, heh. – Riu um tanto envergonhado. A loira se deu por vencida e simplesmente voltou para a cama.

– Quer saber, nem quero saber como entrou aqui, apenas saia, estou muito cansada...

– E-Espera, Lucy. – Ela fitou o garoto. – Eu... Preciso falar com você. – Ela sentiu o coração se mover rapidamente dentro do peito e olhou para o lado.

– Eu... Já falei que estou cansada. Conversamos dep—

– Não, Lucy-san. – Ela o encarou, surpresa com sua atitude repentina. – Me desculpe, mas... Dessa vez eu vou falar com você, mesmo que você não queira.

– Natsu—

– Eu fiz uma coisa na noite em que eu te trouxe do parque. – Ele comentou, enquanto fitava o chão com sobrancelhas franzidas. Ela arregalou os olhos. Ele fez uma pausa e levantou o olhar, encarando-a. – Você também se lembra, não é?

A loira não conseguia disfarçar sua expressão de pânico. Mas por que raios eu estou entrando em pânico?! Foi apenas um beijo, certo?! Adolescentes fazem isso o tempo todo com desconhecidos em baladas... Mas ela não tinha controle nenhum do que sentia. Era como se seus sentidos estivessem à flor da pele, estavam totalmente descontrolados.

– É por isso que tem me evitado desde então? – Ele disse, sem se aproximar dela, em pé no canto do quarto, enquanto ela continuava imóvel, sentada em sua cama.

– Te evitando? – Ele apenas piscou, ainda com sobrancelhas franzidas estreitando o olhar em direção a ela. - E quem disse que eu estou te evitando?

– Toda vez que quero falar com você, você foge. Se não é isso, então eu apenas não estou tomando banho o suficiente. Eu estou fedendo ou o quê?

– Não... – Uma gota desceu pela testa da loira.

– Então você está me evitando. – Ele se aproximou dela e se sentou ao seu lado. – E é por causa... – Não... Ele não vai falar tão informalmente do.. – Do beijo. – Ele falou tão informalmente sobre aquilo?! A loira não controlou sua vergonha e constrangimento ao ouvi-lo dizer isso e se levantou, indo para o outro extremo do quarto.

– Por que está falando disso agora?! – Ele se virou para fitá-la.

– Então você também lembrava esse tempo todo, certo? Está mesmo me evitando por causa disso? – Disse concluindo seus pensamentos.

Lucy olhou para todos os lados possíveis em busca de alguma resposta madura, sensata, que mostrasse que ela era uma mulher muito bem resolvida e nada insegura... Mas como ela iria arranjar uma frase que se encaixasse em tudo isso quando tinha menos de cinco segundos para responder?

– Eu lembrei há pouco tempo, foi isso. E não achei que fosse tão importante. – Tá... Mentir não é meu forte, mas esse argumento me pareceu bom o sificiente. Não sei se conseguirei mantê-lo por tanto tempo sem acabar me contrariando, entretanto....

– Ah. – Ela não soube dizer se ele estava decepcionado ou se apenas aceitou imediatamente que estava errado sobre ela o estar evitando. Ele encarou a garota. – Então... Não ficou chateada, certo?

– N-Não, Natsu... Quer dizer, estávamos bêbados, certo... Não é como se você tivesse feito de propósito.

– É... Acho que sim. Heh. – Ele sorriu e se aproximou dela.

De novo... O coração da loira parecia disparar ao simples movimento de Natsu em direção a ela. Ele fitou seus olhos de perto.

– Que bom, então. Vamos esquecer isso, certo?

– Hm. – Foi a primeira coisa que ele disse que a fez sentir alívio desde que invadiu seu quarto. – Não vamos falar mais disso. – Ela sorriu.

– Heheh.. – Ele fechou os olhos em um sorriso largo e inclinou-se em direção a ela, abraçando-a. A menina arregalou os olhos, seu rosto parcialmente coberto pelo ombro do rosado. Suas mãos automaticamente se puseram nas laterais do abdômen de Natsu. Ele era estranhamente... Aconchegante. As pálpebras elevadas aos poucos caíram ao sentir o corpo do garoto contra o seu. – Lucy. – Disse o garoto, sem soltá-la. – Você foi má esses dias... Não pare de falar comigo novamente. – Os olhos da loira estáticos enquanto ouvia o que Natsu disse. Ele a soltou e parou, encarando-a. – Eu vou agora. Descerei pela janela, assim não saberão que estava aqui escondido. Bom descanso! – Ele virou e foi até a janela. A garota o seguiu com os olhos, não havia pensado em nada para responder ao que ele disse.

– N-Natsu! – O rosado virou. Ela fez uma pausa olhando para o lado. – O seu... Gato.

– Oh. – Ele olhou para o lado e pareceu concluir. – Vou deixá-lo aqui. Ele gosta de você. Heh. – Ele desapareceu de sua janela, mas ela ainda podia ouvi-lo. – Cuide bem dele! – Ela encarou a vidraça de sua janela que estava escancarada e foi até ela. Ela encarou o garoto correndo para atravessar a rua e o observou até que ele desaparecesse de seu campo de visão.

Ela apoiou os cotovelos no peitoril da janela com suas mãos do lado de fora. Enquanto olhava o movimento embaixo de si e era acariciada pelo vento em seu rosto, refletia sobre o que havia acabado de acontecer. Encarou a esquina aonde Natsu entrou para ir para casa. Olhos semicerrados e sobrancelha franzida.

“Você foi má esses dias... Não pare de falar comigo novamente.”

Abaixou seu olhar novamente. Seus cabelos voando pela brisa um pouco forte. Sua boca simulou um pequeno sorriso, parecia se lembrar de algo. Talvez fosse aquele abraço que ela ainda parecia sentir, mesmo depois de ter acabado. Ela expirou e voltou para dentro fechando a janela.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM! Prometo que o beijo Gale vai ser especial, mas eles estão passando pela fase da negação e esse quase beijo era necessário pra Levy acordar de que ELA TÁ GAMADA NO MACHO ALFA. E o Gajeel tem que se tocar que ele quer dar muitos pegas calientes. (Meu computador quis corrigir essa palavra e sugeriu "salientes". Esse meu pc está safado que nem a autora que vos fala.) Enfim, na Levy. *-----------------------*
Vamos apenas falar sobre essa cena Nalu, o que foi isso?! Nem eu sei de onde saiu essa ousadia de Natsu, não fui eu! kkkkk....Esses dois são meus xodós.
E como sempre, a casa de Lucy é igual cabaré, é de todo mundo e não é de ninguém. kkkkkkkkkkkkkkk... Entra quem quer nessa caçamba. E Happy é capaz de permanecer por lá. xD
Bom, por enquanto, é isso, meus amores. Adoro falar com vocês, e vocês?! kkk... O próximo demora um pouco, mas prometo tentar postar o mais rápido possível. (Que nem fiz com esse pedaço de paraíso que foi esse capítulo *-*) Até a próxima!