Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 23
Quer uma prova? Eu te dou.


Notas iniciais do capítulo

Peguem os baldes de unicórnio porque vão vomitar arco íris. Não perguntem o que são baldes de unicórnio. Só sei que esse capítulo tá muito Kawaii desu. Novamente só tem Nalu e Gale. Gente... Esses shipps são vida. kkkkkkkkkkk... Boa leitura! :3



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Motores ligados... Olhar determinado do rosado. Olhar concentrado de Gajeel. Olhar entediado de Lucy. Olhar apreensivo da azulada.

– Então agora é pra valer. – Disse Natsu. Ele fitou o moreno. – Não há como trapacear aqui, mão de ferro.

– Tch. Eu não me lembro de trapacear nenhuma vez, Salamander.

Clique.

– Lembre-se de não fazer nada maluco, sua chefe está com você. – Ironizou o rosado.

– E você, vê se não joga a loirinha pra fora do carro com essas mãos de motoqueiro de globo da morte. – A garota arregalou os olhos.

– Natsu! Se você fizer isso, te mato, ouviu?! – Esbravejou ela, enquanto uma gota caia pela testa do rosado.

– Tenho um mau pressentimento quanto a essa corrida de carros, sinceramente... Vocês dois são muito competitivos! – Disse Levy.

Clique.

– Pronto para perder, Salamander? Gihi. – O moreno sorriu, olhando para o espaço vazio à sua frente.

– Só se for para te perder de vista quando eu ganhar a corrida, mão de ferro.

– Não se sinta tão confiante como da última vez. – Rebateu Gajeel.

– Hey... Isso não era pra ser apenas divertido? – Perguntou Lucy, com uma gota descendo pela testa.

– Nós estamos aqui, não esqueçam. E quero lembrar que vivo da minha imagem, portanto, Gajeel...

Clique.

– Não esquenta, Levy. Não vou nem suar, estaremos no fim do caminho antes disso.

– Estou em chamas! – O rosado inclinou-se ao volante com olhos animados e sorriso largo.

A Campainha anuncia a permissão!

Ambos enfiam o pé no acelerador e os carros arrastariam pneus se fossem reais. Mas eram apenas elétricos e deslizavam por uma pista lisa. Aquilo era realmente muito diferente e tudo computadorizado. O parque de diversão de quando Levy se lembrava parecia estar antiquado comparado àquele.

O moreno e o rosado andam quase lado a lado oscilando sempre entre quem estava na frente ou atrás. Gajeel passa do rosado. Agora o rosado passa do moreno, que volta a ficar na frente. A todo o momento os dois brigavam pela primeira colocação. Lucy estava agarrada ao cinto de proteção e torcia para que nenhuma daquelas curvas fosse a sua última.

– Natsu!! Estamos indo muito rápido! Desse jeito, vamos acabar atravessando a parede e atingindo o lago!

– Se sobrevivêssemos à travessia. – Ele riu.

– Não brinque com essas coisas, seu maluco! – Ela gritou sem largar o cinto.

– Sou profissional, Lucy! Não esquece que te levei a tempo de ver sua irmã! – Ela ficou estática. – Sou rápido. Heh. – A loira não soube o que dizer... É verdade, graças ao Natsu ela pode ver sua irmã pouco antes de partir...

Seu medo, de certa forma, pareceu sumir.

Gajeel deu sorte e em uma das curvas conseguiu ficar à frente de Natsu. Levy olhou para trás e riu.

– O Natsu deve estar soltando chamas de tanta raiva! – O moreno deu um risinho.

– Imagina quando ganharmos. Estamos quase no final.

– Nós temos que ganhar, agora que estamos perto! Todo esse espírito competitivo me atingiu. – Ela o fez rir novamente. – Preste atenção, senhor Redfox. Não iremos perder essa corrida! Entendido?! – Ele a fitou, sem se preocupar em olhar o caminho à sua frente. Ela o encarou de volta e tinha um sorriso determinado nos lábios. Era como uma reprise de Velozes e Furiosos. Caramba, isso é mesmo intenso!! Levy se sentia revigorada com tanta adrenalina correndo em seu sangue.

– Entendido. – Um sorriso no canto da boca e um olhar positivamente surpreso. Parece que estou te influenciando, garota. O perigo é mesmo viciante.

Já era tarde. Madrugada adentro, os garotos continuavam brincando por todos os brinquedos, repetindo seus preferidos, rindo e se divertindo. Mas como alegria de pobre dura pouco, a dos ricos também durava pouco. Precisavam começar a organização do lugar para partirem sem deixar rastros. Mas antes... Um último brinquedo, certo?

– Certo... Esse é o último brinquedo. – Disse a azulada fitando a enorme roda gigante.

– Droga, esse é o brinquedo mais entediante de todo o parque. – Disse o rosado. – Deveríamos ir no hungover.

– Que tipo de brinquedo é esse? – Perguntou Lucy, curiosa.

– Considerando que o significado de Hungover é “ressaca”, nem quero imaginar o que esse brinquedo faz. – Disse Levy.

– Está mesmo ficando tarde. Até que a roda gigante não é má ideia, precisamos de um tempo pra relaxar de toda adrenalina dos outros brinquedos. – Disse Gajeel, configurando a máquina da Roda.

– Você quer dizer da adrenalina da corrida que você perdeu? – Provocou o rosado.

– Não, da adrenalina de todos os brinquedos que fomos... – Parece que Gajeel amadureceu, afinal. Nem ao menos respondeu a provocação do Natsu. Pensou a azulada consigo. – E da corrida que eu ganhei. – Deixa pra lá.

– Eu e Lucy chegamos primeiro! – Esbravejou o rosado.

– Está caducando, Salamander?! Levy e eu estávamos bem mais na frente quando a corrida acabou. – Contestou ele.

– Tenho que concordar com o Gajeel. Apesar de que a distância entre os carros era mínima. – Falou Levy. O moreno cruzou os braços e riu.

– Até você, Vikky? – Disse Natsu, com uma gota em sua testa.

– Eu tive a mesma impressão, Levy. – O rosado arregalou os olhos.

– ÓI! – Ele protestou. Estariam todos em um complô?!

– Mas, no último momento, me pareceu que passamos de vocês. – Completou a loira, fazendo o rosado abrir um largo sorriso por, finalmente, alguém defender seu argumento.

– Uohoho!! Viu?! – Ele apontou para o moreno. – A Lucy tem uma visão aguçada e é muito observadora por ser estilista! – A loira sorriu com o elogio. – Então ela está certa, nós vencemos!! Hahahaha!

– Eu acho que a loirinha se enganou. – Ele cruzou os braços, fez sua cara assustadora e arqueou uma sobrancelha.

– N-Não é como se eu tivesse certeza, entretanto... – Encolheu-se a loira. A azulada riu.

– Ói! – O rosado se aproximou do moreno e o encarou com o rosto obscurecido. – Não tente assustar garotas indefesas, mão de ferro.

– E o que você tem a ver com isso? Salamander...

– Quer saber, dessa vez eles não irão juntos. Vão definitivamente se matar. – Disse Levy puxando o braço de Gajeel.

– Vamos, Natsu, apenas pense que deu empate. Quem sabe na próxima você ganha do Gajeel... – Disse a loira puxando o cachecol do rosado.

– Tch... – Murmurou o moreno, olhando para o lado.

– Tudo bem. – O rosado se deu por vencido.

Hora de recuperar as energias e curtir a vista noturna da cidade de Tóquio. Como a azulada disse, os ânimos dos meninos não estavam combinando tanto agora, portanto não podiam deixá-los juntos. Dessa forma, preferiram ficar longe. E beem longe. Os casais estavam quase em lados opostos da roda gigante, apesar de cada espaço ter vagas para cinco pessoas.

Gajeel e Levy estavam em silêncio enquanto o pequeno espaço circular subia e ficava cada vez mais alto. Ele sentado de forma desleixada com as pernas abertas, e ela, à sua frente, com as pernas levemente flexionadas em cima do banco, olhando para a paisagem. O moreno fitou a azulada e percebeu que ela estava sorrindo. Sua mente parecia estar longe.

– Foi pra onde? – Ela o fitou.

– Hm? – Ele deu um sorrisinho.

– Estava sorrindo. – Ela olhou para o lado e sorriu.

– Ah... É que eu estava pensando... Hoje foi muito divertido. – Ela abaixou seu olhar e depois virou-se para apreciar as luzes da cidade.

– Heh. – Ele abaixou o olhar e sorriu brevemente. – Foi um baita susto aquele. – Ela o encarou novamente. Ele a fitou. – Mas acho que não pensa o mesmo, não é? – Ela franziu levemente a sobrancelha.

– Como assim? – Ele abaixou o olhar.

– Pensei que ia ficar com medo e que a noite estava arruinada. – Ele a fitou. – Mas não deu a mínima. – Ela continuava encarando o garoto, refletindo sobre o que ele havia dito.

– Eu apenas não combino com o estilo da donzela em perigo... – Ele estreitou o olhar. – Essa fase já passou há muito tempo. E ninguém me resgatou além de mim mesma.

– Você é mesmo dura na queda, garota. Heh. – Ela sorriu e baixou o olhar.

– Não é como se eu tivesse outra opção... – Ela voltou seu olhar para a cidade. – Mesmo agora. – Ele refletiu.

– O meio em que você vive é barra.

– É. – Sussurrou ela, sem tirar os olhos das luzes.

Ela não é a mesma de quando está nos palcos. Parece que não consegue relaxar por muito tempo... Essa garota... Parece ter o peso do mundo das costas. E mesmo assim dá seu melhor para parecer o melhor possível para seus fãs e para fazer as melhores músicas. Entretanto, a sua vida parece um caos e ela não consegue esconder isso quando está nos “bastidores”. Tch..

– Gajeel... – Ele a fitou. Ela o encarou e esperou um pouco antes de falar. –... Obrigada. – Ele franziu a sobrancelha e semicerrou levemente os olhos. – Por ter esperado que eu te contasse. – Ele arqueou uma sobrancelha. Ela fez uma pausa e continuou. – Sobre o Rogue. – Ele olhou para o lado. – Você não pesquisou sobre minha vida na internet como todos fazem. – Ele ficou surpreso com o comentário repentino. Havia tomado a decisão certa ao não “pesquisar” a garota.

– Heh. Não precisa agradecer. – Ela sorriu serenamente e voltou-se à paisagem.

A loira parecia animada com a vista e o rosado estava curioso sobre o teor de certa conversa que havia acontecido mais cedo...

– Mas afinal o que vocês duas tanto conversavam? – Insistiu ele.

– Natsu, não insista. É assunto de mulheres... – Ela tentava esquivar-se.

– Roh... Entendi. – Ela o fitou.

– Entendeu o quê?

– Estavam falando sobre nós, não é? – Ela corou quase violentamente.

– N-NÓS?!

– Oh. Por que ficou assim tão de repente, Lucy?

– Você ainda pergunta? O que te fez pensar que eu estava falando sobre nós dois, Natsu?! – Ele elevou as sobrancelhas. Pareceu surpreso com o comentário dela. Oh não... Será que eu feri seus sentimentos? Será que Vikky estava certa, então?.... Natsu pode estar... Mesmo...

– PFFFGYAAHAHAHAHAA... – Inclinou-se para trás.

– Oh... Hey!!! O que há de tão engraçado? – Ela estava rosada, mas não se sabia se pela vergonha ou pela raiva de ter sequer pensado na possibilidade...

– Acho que você entendeu errado, Lucy. Me referi ao Gajeel e eu! – Disse ele, ainda dando gargalhadas. –Eu sou uma completa... Idiota. – Ói, - Disse, parando de rir subitamente. – que cara é essa?

A loira não queria estar viva. Que vergonha... Que ódio!

– Espera... Você ficou corada e pensou que eu estava falando sobre nós dois... Será... – Ele pareceu chegar a uma conclusão e arregalou os olhos. Pôs as mãos nos joelhos e inclinou-se. – Ói, Lucy! Vocês estavam mesmo falando sobre você e eu?!

Para onde haveria ido o rosto de Lucy? Porque o que havia ali era um caqui. Redondo, vermelho e brilhante por ter tantas gotas caindo por todos os lados. Gotas de aflição, constrangimento, vergonha, vontade de pular daquele lugar e se afundar embaixo da terra... Alguém me salva. Tasukete...

A garota virou ao ouvir a risada do rosado.

– Aqueles dois parecem estar se divertindo mais do que nós. – Comentou Gajeel. Levy riu.

– Você não acha que fazem um casal fofinho?

– Gihihihihi... O Natsu? Namorando a Lucy? Gihihihi...

– Não me diga... Ele é gay?! – Ela tapou a boca. O moreno gargalhou.

– Não, não... O problema não é namorar a Lucy. Eu só acho aquele cara muito comédia pra que alguma garota se interesse por ele. Não me lembro de vê-lo saindo com ninguém, pensando bem... – Ele pôs a mão no queixo.

– Ah. – Ela se encostou. – Ele não é tão ruim assim, Gajeel. O Natsu me parece um garoto engraçado, divertido... E cuidadoso. Ele esteve com a Lucy quando ela precisou e a ajuda com o trabalho. – Ele arqueou a sobrancelha.

– Estamos falando da mesma pessoa? – Ela riu.

– As pessoas mudam, Gajeel! Somos bons exemplos disso, certo? – Ela sorriu. Ele parou um momento e deu um pequeno sorriso, rendendo-se.

– Tch. Acho que sim. – A garota pareceu encolher-se com um vento forte que soprou de repente.

– Aqui em cima faz frio, não é... Será que falta muito para descermos?

– Mais quinze minutos.

– Arh... – Ela esfregou as mãos.

– Eu até ofereceria meu paletó para você, mas não vim empacotado com aquele terno irritante. – Ela riu.

– Já que mencionou... – Ela se virou e o encarou. – Você faria a gentileza de me doar sua temperatura?

– Hm? – Ela se levantou. – Ói! Não se levante aqui, é perig— Ela se sentou ao seu lado e levantou seu braço, pondo-se embaixo dele e se encolhendo perto do moreno. – O que está fazendo?

– Disse pra me doar sua temperatura. – Falou sem olhá-lo.

– Desde quando ficou tão folgada?

– Apenas me esquente. Você não parece ser afetado por todo esse vento. – Ela se aconchegou mais para perto. – Arh... Tão quente... – Ela se ajeitou para continuar olhando a vista, que era deslumbrante. – Assim está bom.

O moreno encarou a garota agarrada a ele e se rendeu a uma risadinha.

– Não há dúvida.

– Hm?

– Você era um coala na outra vida. – Ela deu uma tapinha no peitoral dele.

– Cala a boca. – Ele riu.

Então é isso. A diversão acabou, mas até que durou muito! Gajeel arrumou tudo para não deixar rastros da presença deles no parque e foram até suas respectivas motos e capacetes do lugar onde haviam escondido. Lucy ainda estava constrangida pela conversa com o rosado e Gajeel e Levy perceberam certo clima estranho. Com certeza, Levy ligaria para Lucy para saber todos os detalhes do porquê de ela estar fazendo cosplay de Hell Boy.

O garoto estaciona sua moto no jardim da mansão. Tira o capacete e percebe que a garota não se move.

– Levy? – Ele a encara de perfil. – Ói. – Ela se desencosta do moreno.

– Hm?... Já chegamos, é?

– Estava dormindo? – Ela realmente estava dormindo nas minhas costas?

– Não... Apenas distraída. – Ela boceja.

– Sei. Distraída. Anda, desça da moto e vamos entrar.

A menina parecia cambalear. Ela tirou o capacete e ambos entraram. Ela esfregou o olho.

– Eu vou para o quarto. Precisa de alguma coisa?

Mas que diabos eu acabei de perguntar? Eu não sou o empregado, sou o segurança! Argh... Deve ser apenas essa aparência fofa. Droga, parece uma garotinha.

– Não, eu estou bem... Boa noite. – Ela sorriu e virou em direção a cozinha. Ele arqueou a sobrancelha.

– Ahn... O seu quarto... É lá em cima, Levy.

– Vou apenas tomar um copo de leite... – Ela levantou a mão e balançou.

É, parece mesmo uma garotinha. Tss. Quantos lados da Levy ainda vou conhecer? O moreno virou e foi em direção ao quarto. Ele trocou de roupa e fez sua última ronda pela casa antes que fosse dormir. A casa de Levy nunca estava escura, por isso, quase não percebeu que a luz da cozinha estava acesa. Ele achou estranho e foi verificar. Ele viu a cena, cruzou os braços e expirou.

– Arh... Ela capotou aqui, mesmo? – Levy estava esparramada com os braços em cima da mesa da cozinha, segurando o copo de leite bebido pela metade.

Ele poderia acordá-la. Mas ela já havia extrapolado demais suas energias por hoje. Apenas tirou o copo de sua mão e segurou os braços da garota, pondo-os em volta de seu pescoço, virando-se para colocá-la em suas costas. Ele se abaixou e curvou-se para a menina cair sobre ele. Segurou as pernas de Levy junto a sua cintura e subiu até o quarto.

...

Lucy não falava absolutamente nada durante todo o caminho com Natsu. O rosado ainda estava curioso. Ela tratava de se esquivar de suas perguntas e ele já tinha certeza que elas falaram sobre ele e Lucy.

– Ói, Lucy.

– Se vai perguntar da conversa de novo eu já disse que—

– Não... Dessa vez é outra coisa, hehe. – A loira olhou para o lado, seu rosto estava encostado às costas do garoto. – Você está muito cansada?

– Na verdade, não... – Murmurou.

– É que eu conheço um lugar legal. – Por que quer me levar em um lugar “legal”? A loira desencostou o rosto e fitou o perfil do rosado.

– Não está um pouco tarde pra isso? – Ele deu uma risadinha.

– Bom... É que acho que ficou chateada e não quero estragar a noite. Quero dizer, nos divertimos, certo?.. Vamos apenas beber juntos! O lugar é, na verdade, bem perto da sua casa! Podemos ir andando. – Ele estacionou em frente à casa da loira. Desceu e ajudou a loira a descer da moto. – Então? – Ela parecia um pouco desconfiada.

– Não sei...

– Prometo que não pergunto mais da conversa. – Sorriu e coçou a nuca. Ela torceu a boca e pensou um pouco.

–... Tudo bem...

– Heh.

...

Gajeel sentou na cama da garota e a pôs propriamente deitada. A garota se mexeu.

– Gajeel?...

– Não, isso é um sonho. Volta a dormir. – Ele estava sentado ao lado da garota, que estava de olhos fechados.

– Se é um sonho... Como vou voltar a dormir... – Murmurou baixinho.

– Tch. Nem dormindo você economiza suas respostas. – A menina sorriu levemente, ainda sem abrir os olhos.

– Você gosta mesmo de mim, huh... Gajeel. – Murmurou a garota, baixiho. Ele a encarou em silêncio. Por que isso agora?... Ele não disse nada, não era como se ela estivesse acordada o suficiente para esperar a resposta. – Obrigada por hoje... Foi divertido... – A menina pareceu finalmente se entregar ao sono e não falou mais nada.

Ele fitou o chão e a encarou. Ela parecia leve... O moreno se levantou, a cobriu com o edredom e saiu.

...

Alguns minutos depois...

– Hey, Natsu!! Espere por mim! Aonde pensa que vai? – A menina cambaleava pela rua.

– Por que está andando tão devagar, Lucy-san? – Ele mal podia sustentar o próprio peso.

– Lucy-san? Pfff... Au... Minha cabeça está explodindo...

– Isso porque bebeu demais.

– Olha só quem fala.

– Quem?... – A loira o encarou com os olhos semicerrados.

– Isso não foi uma pergunta de verdade. – Ele coçou a cabeça. – Argh.. Como pôde deixar que eu bebesse tanto? – Ela pegou as chaves e abriu a porta, ao chegarem à sua casa. – Aposto nunca saiu com uma garota, por isso, não sabe como tratar uma dama!

– Pfff.. Claro que já! – Eles entraram e Natsu ajudou a loira a subir as escadas. Em um ponto, não se sabia se ele estava ajudando ou atrapalhando.

– Saiu, nada. Aposto que nem mesmo beijou alguém. – Ela continuou e deu uma risadinha, jogando-se nos degraus.

Os dois estavam “bebaços.”

– Quer uma prova, então?! – Disse ele.

– Tá bem! Aposto que não consegue provar nada. – Ela se sentou e ficou de frente para ele.

– Tá... – Ele pareceu pensar. Ela começou a rir. – Mas não fique chateada.

– Hm? – Ela arqueou uma sobrancelha.

Ele se apoiou nos degraus da escada beijou a loira, que estava bêbada demais para reagir... A menina pareceu resistir, mas o rosado quis prová-la que sabia o que estava fazendo. Não esqueçamos como esse garoto é competitivo. Parecia afobado, mas ela pôs as mãos nos ombros do garoto e começou a corresponder.

Eles se separaram. Ainda perto, se olhavam. O garoto demorou um pouco, mas resolveu falar algo para quebrar o silêncio.

– Viu? Heh... – Seu sorriso, aos poucos, se desfez, ao vê-la tão perto. Ele parecia confuso. Natsu se sentiu diferente assim que a garota começou a correspondê-lo. Ele deglutiu. Saiu de cima dela. – V-Você está bem, certo?

– Hm. – Ela se sentou e ajeitou a franja.

– Eu acho melhor ir... Agora.

– Eu vou te... Acompanhar até a porta. – A garota também parecia não saber o que fazer.

Os dois caminharam, ou melhor, cambalearam até a porta.

– Obrigada por hoje.. – Falou a garota à porta, com a cabeça encostada à parede.

– Que bom que não estraguei a noite, né? – Deu um sorriso.

– Hm. – Ela não se moveu, parecia cansada... E feliz. O coração do garoto acelerou. Ele se virou e começou a andar... Mas uma pressão em seu diafragma o fez parar. Ele se virou novamente, ela ainda estava lá e o observava.

Ele ficou ofegante. Deu alguns passos na direção dela e acelerou até correr e alcançá-la, beijando-a novamente, encostando-a a parede e fechando a porta da casa de Lucy.

Acho que Natsu não dormirá em casa esta noite...

...

É um novo dia. Hora de acordar, fazer o café diário, me espreguiçar na minha cam... Espera. A loira abre os olhos. Esse não é o teto do meu quarto... Ela se levanta e reconhece o lugar.

– Eu dormi na sala do ateliê?! – Perguntou a si mesma, não se lembrava de como havia chegado em casa na noite passada.

– Hm.. Lucy? – A garota não havia percebido a presença do garoto.

– Natsu?! – Ele a fitou. Arregalou os olhos e se olhou. – Arh... – Roupas... Ao menos não fizemos o que eu estou pensando.

– ÓI! – O garoto se levantou. – Como vim parar aqui?! – Finalmente reagiu?

– Você também não sabe?! Argh. – Ela massageou a testa. – Ótimo...

A campainha toca.

Lucy arregala os olhos e fita o rosado.

– Ah não! Que horas são? – Ele coça o olho e olha o relógio.

– Droga! – Ela tapa a boca do garoto.

– Shhh! – Ele segura a mão dela tirando-a de sua boca para falar, então sussurra.

– Já são 7:00. Eu deveria ter colocado a comida do Happy!

– Aquele gato, provavelmente, só vai fugir, como sempre. – Reclamou a loira. – Droga... Estou atrasada! Deve ser a Yukino! Vai ter que sair pela janela e pular! Ela não pode saber que dormiu aqui!

– O quê? – Ouviram barulho de chave.

– Ah não! – Ela puxou o rosado em direção às escadas.

– Ói!!!

Eles subiram as escadas e a loira tentava convencer o rosado a pular.

– Nem pensar, Lucy! Se eu quebrar uma perna? Ou um braço? Como vou desfilar?

– Eu te reembolso, só sai daqui antes que—

– Luucy??

A loira parou e olhou para o garoto por um momento. Subitamente começou a empurrá-lo em direção à janela.

– Por favor, Natsu!!! Saia pela janela, ela está subindo!!!

– Não, é muito alto!!

– Lucy? Tem alguém com você?!

Eles continuaram brigando e acabaram caindo no chão e o garoto ficou em cima da loira.

– Lucy, estou entran—

A perolada arregalou os olhos.

– Oh my! – Ela tapou a boca. – Natsu-san?!

– Yo, Yukino-san... Heh... – O rosado acenou sorrindo, ainda em cima da loira.

Lucy cobriu o rosto com as mãos e fechou os olhos. Droga...


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Notas finais do capítulo

BEIJO NALU! AEEEEEEEEEEEEEEEEEEE... Gente, dei a louca. O casal Nalu estava longe de acontecer e eu nem tinha planos românticos para os dois ainda. Mas aí decidi que eles iam se beijar e pronto. Legal, né? kk Mas só porque vocês são demais. Mérito todo de vocês. U_U Talvez eu faça um especial em breve. Uma cena deletada de alguma parte que não foi mostrada (óbvio, dâ) na história, porque deixei "subentendida". Provavelmente irei escolher, mas compartilhem suas curiosidades, quem sabe eu respondo se acabar fazendo outra cena. (: Beijos e até a próxima!